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História Not Gonna Die - Season 1 - Trouble


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


OH MEU DEUS, BALEIA, VOCÊ AQUI NO DIA SEGUINTE POSTANDO UM CAPÍTULO ENORME??? POIS É GALERINHAAAAA, vim aqui porque no capítulo passado a ~MissPS pediu que já que eu iria viajar, para eu postar mais um cap! E CÁ ESTOU EU PARA REALIZAR SEU PEDIDO SUA LINDA!!!

Gente, queria dizer que não era para eu postar porque vou ficar atrasada com os caps futuros, mas eu amo TAAAAANTO vcs e esse capítulo é TAAAAOOO incrível, que cá estou eu! Depois eu juro que correrei atras de todo o atraso, e NUNCA deixarei de postar uma vez por semana! Eu JURO!!!

Bom gente, esse cap é um dos meus favoritos, e espero que realmente gostem!!

Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 27 - Trouble


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Trouble

Narradora On      
 
   Estavam todos tensos. Queriam esconder, e manter a postura firme e confiante, mas no fundo estavam com medo de que Alexandria pudesse ter seu fim após sobreviver durante todo o apocalipse. Reyna era uma das que estava mais preocupada. Não só com a comunidade, mas com seu irmão, Glenn, Sasha e Abraham. O coreano ainda não havia voltado, e não havia dado pistas de seu paradeiro. Já os outros três, não estavam mais respondendo os chamados no rádio, e isso estava incomodando a todos da família.

   Reyna andava de um lado a outro na comunidade, ajudando qualquer um que precisasse, apenas para tentar afastar o pensamento de Daryl fora dos muros. Ela passou pela aula que Rosita dava aos moradores sobre os facões, e observou por algum tempo, até seu cérebro gritar novamente por algo que prendesse mais sua atenção. 

   Quando ela se virou para voltar sua caminhada em círculos pela comunidade, deu de cara com Jessie. A loira tinha um sorriso no rosto, ao passo que Reyna simplesmente queria sumir, ou apenas contornar a figura pequena e delicada da mulher em sua frente e se afastar o máximo possível dela. Mas ela ficou, sem esboçar nenhuma reação, apenas continuou encarando Jessie, como se desafiasse a mulher a permanecer em seu caminho.  

   — Não sabia que precisava aprender a usar um facão. — disse Jessie, em tom divertido. Reyna controlou sua vontade de revirar os olhos. 

   — Não preciso. — Ela respondeu simplesmente. 

   — Está preocupada. — A loira afirmou, mas Reyna não respondeu. — Tem razão em estar, afinal tem um exército lá fora, huh? — Jessie estava na tentativa falha de ter uma conversa com a Dixon.

   — Meu irmão está lá fora. — disse Reyna, um pouco mais irritada. — Estou pouco me fodendo para os mortos. — completou, rudemente. Jessie não expressou reação, mas continuou tentando uma conversa. 

   — Olha, eu sei que você e Rick são amigos muito próximos. — disse ela. Reyna controlou uma vontade repentina de soltar uma risada com o comentário, mas continuou ouvindo. — E eu prometo que não farei nada de mal a ele. — Reyna franziu o cenho, realmente confusa com o rumo que a conversa estava levando. 

   — Como é? — Ela perguntou. 

   — Só estou tentando dizer que Rick está em boas mãos comigo. — Reyna não conseguiu, nem se quisesse, segurar o riso dessa vez. Jessie parecia confusa. — Qual a graça? 

   Reyna continuou rindo enquanto dava de ombros e deixava Jessie para trás, completamente confusa por conta da mudança repentina de humor da outra. A Dixon seguiu seu caminho até sua casa ainda rindo, achando quase ridícula a última fala de Jessie. "Rick está em boas mãos comigo", está de brincadeira? Pensou ela, enquanto subia a pequena escadaria da varanda do imóvel. 

   Quando entrou em casa, percebeu uma pequena discussão na sala de jantar. As duas vozes eram familiares e jovens. Não foi difícil distinguir como sendo Carl e Cassie. Reyna se encostou na parede, de um jeito que nenhum dos dois conseguissem vê-la. Ela sabia que era errado ouvir a conversa alheia, e se sentia até um pouco infantil fazendo isso, mas daquela vez sentiu como se fosse responsável a uma solução. 

   — Carl, é muito perigoso... — dizia Cassie. Reyna percebeu que estava quase implorando. 

   — Exatamente, Cassandra. — Carl a cortou, e parecia irritado. — É muito perigoso, e Enid está lá, então por que não fica com seu amigo Ron enquanto eu faço algo útil, como salvar a vida de alguém? — Ele gritou, enraivecido. Reyna se controlou para não dizer nada. 

   — Eu estou tentando fazer algo útil. — Cassie respondeu, com a voz mais elevada. — Estou tentando fazer alguém que eu gosto não se matar. — O silêncio prevaleceu por alguns segundos. 

   — Saia da minha frente. — A fala de Carl foi deixa para Reyna finalmente se fazer presente na conversa. 

   — Você não vai a lugar nenhum. — disse ela, parando em frente ao garoto, que revirou os olhos. 

   — Você não pode me impedir. — Ele retrucou, ainda irritado. 

   — Eu posso e eu vou...

   — Você não é a porra da minha mãe. — Carl gritou. Cassie permanecia calada, assustada e preocupada. Reyna não demonstrou reação.

   — Não, eu não sou sua mãe. — disse ela tranquilamente. — Não sou seu pai. Não sou porra nenhuma sua. — Carl abriu a boca para falar, mas a Dixon foi mais rápida. — Mas me sinto responsável por você. Por Cassie, Jay, Jules e Judy, portanto eu não vou deixar você cometer um ato suicida apenas por uma garota que você mal conhece. — Carl pareceu cada vez mais irritado. 

   — Cassie andou envenenando sua cabeça, não foi, Reyna? — Ele perguntou, nervoso. 

   — Essa conversa não tem a ver com seu ciúmes infantil por Cassandra. — Reyna gritou, já perdendo a paciência. — Tem a ver com você, e sobre como eu me importo com você. — Seu tom de voz estava elevado. — Você pode me ver como qualquer coisa sua, Carl, mas eu o amo como se fosse a porra do meu próprio filho. — O garoto permaneceu calado, um tanto surpreso. — Então, você pode me odiar, me xingar e gritar comigo o quanto quiser. Estou pouco me fodendo, mas eu não vou deixar você morrer, porque eu me importo com você, e tudo o que eu quero é que as pessoas que eu me importo continuem vivas e salvas. — Reyna encarava os olhos azuis do garoto profundamente. 

   — E você não dá a mínima para Enid estar lá fora agora? — Carl perguntou um pouco mais calmo. 

   — Meu irmão também está lá, Carl. Glenn está lá, Sasha, Abraham, e estão lá para ajudar essa comunidade a não ser destruída. — Ela rebateu. — Enid escolheu sair, então se ela quiser, ela voltará e ajudará a resolver essa merda toda. — Ela fez uma pausa, tentando se acalmar. — Não posso deixar que vá. Já têm muitas pessoas que amo fora desses muros, não preciso de mais uma. — Sua voz se tornara calma, e Carl pode ver em seus olhos a verdadeira preocupação que sentia. 

   — Eu também não. — Cassie completou após muito silêncio. Carl desviou o olhar para a garota, e se perdeu nos olhos azuis em sua frente. 

   Carl se interessou por Cassie dês da primeira vez que a viu, e depois de beijá-la, sentiu se envolver cada vez mais com aquela garota. Sua voz o entorpecia toda vez que ouvia, e quando a viu se dando bem com Ron, sentiu como se seu coração estivesse sendo arrancado. Ele odiava admitir, mas sentiu ciúmes de Cassie, e tinha vergonha por isso. Ele pensava que Cassandra sequer gostava dele.

   Carl voltou a olhar para Reyna. A Dixon não era sua mãe, como ela mesma havia dito, mas finalmente sentiu um pouco de amor materno, após tanto tempo, com a mulher. Sem pensar e quase involuntariamente, Grimes se aproximou de Reyna e envolveu sua cintura fortemente. A mulher se surpeendeu de início, mas logo tratou de abraçá-lo de volta. 

   — Me desculpe. — disse ele, com vontade de chorar, mas ao mesmo tempo confortável no abraço de Reyna. 

   — Está tudo bem, Little Grimes. — Ela respondeu, acariciando levemente os fios longos e escuros dos cabelos de Carl. — Está tudo bem. 

                                        (...)

   Reyna novamente caminhava pelas ruas de Alexandria. Ela deixara Carl e Cassie em casa para que conversassem melhor. Ela avistou Maggie na torre de vigia. A mulher estava lá o dia inteiro e se recusava a sair. Reyna não a culpava, afinal o marido estava fora dos muros, e não sabiam se estava vivo, morto ou ferido. Reyna sabia como Maggie se sentia, então subiu as escadas da torre de vigia, e parou ao lado da mulher. 

   — Há quanto tempo está aqui? — Reyna perguntou, olhando a rua. 

   — Não estou contando. — Maggie respondeu, sem desviar o olhar para a amiga. Elas permaneceram em silêncio, apenas observando o horizonte além da comunidade. — Era para eu estar lá com ele. — A Greene voltou a falar. 

   — Maggie... 

   — Não, eu estou falando sério. — A mulher não deixou a outra continuar. — Eu estaria lá com ele, mas ele me fez ficar. — Ela desviou o olhar para a Dixon. — Eu queimei a única foto que ele tinha minha, porque eu disse que ele não precisaria mais dela, já que nunca nos separaríamos novamente. — Reyna a olhou. 

   — Não é culpa sua...

   — Eu estou grávida, Rey. — Maggie a cortou novamente. A fala foi o suficiente para a Dixon arregalar os olhos, surpresa. — Por isso fiquei. — Reyna estava sem palavras. Ela se sentia de algum jeito feliz pela amiga, mas também preocupada. — Entende por que estou tão preocupada? — perguntou, olhando sugestivamente nos olhos da Dixon. 

   Reyna não disse nada. Ela não tinha palavras. Não sabia se parabenizava sua amiga, se a consolava ou apenas dizia que entendia. A notícia de Maggie grávida era quase uma bomba, deixando a Dixon cada vez mais preocupada com o destino que Alexandria tomaria se não tomassem uma providência para os Walkers do outro lado sumirem de uma vez. 

   — Isso... isso é... me desculpa. — Reyna não segurou o sorriso. Maggie repetiu o ato. — Você está grávida... uau, isso é... ótimo. — completou. Suas palavras eram verdadeiras. Estava realmente feliz pelo casal. Maggie sorriu novamente. 

   — Me desculpe despejar tudo em cima de você assim. — A outra respondeu. 

   — Não tem problema. — Reyna não escondia a alegria e surpresa em seu rosto. — Mas, estou muito feliz por vocês. — disse encarando os olhos da Greene. Maggie ergueu o braço e apertou levemente o ombro da outra. — Eu vou indo. Qualquer coisa, me chame. — A Dixon encerrou a conversa, pronta para descer novamente as escadas da torre de vigia. 

   — Chamarei. — disse Maggie, observando a amiga descer as escadas. 

                                       (...) 

   Já era tarde quando Reyna finalmente voltou para casa. Ela encontrou Rick dormindo no sofá. Pelo estado do homem, ela sabia que ele devia ter se deitado e apagado no mesmo instante por conta do cansaço. Ela soltou uma leve risada antes de caminhar até o homem, e gentilmente chacoalhar seu ombro, enquanto acariciava a bochecha do líder. 

   — Big Grimes. — Ela chamou, e não obteve resposta. — Big Grimes. — chamou novamente, chacoalhando-o um pouco mais forte. Rick grunhiu. — Hey, Big Grimes, você tem uma cama. — Rick grunhiu mais uma vez. 

   — Deite aqui, Rey. — disse ele, com a voz grossa e manhosa pelo sono. Ela revirou os olhos antes de chacoalhá-lo mais uma vez, um pouco mais forte que antes. 

   — Você não é mais criança, Big Grimes, não consigo te carregar até chegar na cama. — disse ela. Rick ergueu um dos cantos dos lábios ao ouvir, mesmo que seu sono o impossibilitasse de fazer muita coisa. 

   — Você é insistente, Reyna Dixon. — disse ele, tentando abrir os olhos. 

   — É, agora levanta. — Reyna se afastou para que o homem pudesse levantar. Ele o fez após alguns segundos. 

   Os dois subiram as escadas lado a lado. Eles pararam em frente ao quarto de Carl, e viram que o garoto dormia tranquilamente. Depois pararam em frente ao quarto de Jules e Judy. Eles nem se mexiam. E finalmente antes de chegarem ao seu quarto, passaram em frente ao quarto de Daryl. Reyna sentiu a preocupação presente em seu coração por um segundo, mas logo Rick tratou de evolver seus ombros e conduzí-la até a cama. 

   Os dois se deitaram com a roupa que estavam, apenas tiraram os sapatos, e Reyna deixou o arco, aljava e facas no canto de costume do quarto. Rick envolveu a cintura da mulher e a puxou para mais perto. Reyna se aconchegou ao corpo do líder e deitou seu rosto no peito do homem. Ela fechou os olhos, mesmo que seu único pensamento fosse em como Daryl estaria fora dos muros. 

   — Tente relaxar, ok? — disse Rick em voz baixa. — Ele está bem. — Reyna suspirou. 

   — Boa noite, Big Grimes. — disse ela, sem abrir os olhos. 

   — Boa noite, Rey. 

                                      (...)

   Rick e Reyna foram acordados no dia seguinte por alguma conversa no andar de baixo. A mulher reconheceu a voz de Cassie, depois a de Carl e por último a de Jayden. Parecia uma conversa agradável, e isso deixou a Dixon mais aliviada. Ela desviou o olhar para Rick, e o viu com a atenção sobre ela. 

   — Bom dia. — disse ele, com a voz ainda grossa. Reyna apenas grunhiu em resposta, como de costume. Antes que a mulher pudesse se levantar, Rick a puxou pela cintura e beijou seus lábios rapidamente. 

   — Nenhum de nós escovou os dentes ainda, Big Grimes. — Reyna zombou, já se levantando. Rick fez o mesmo.

   O homem não respondeu, apenas sorriu levemente e caminhou até o banheiro. Reyna colocou os sapatos e caminhou até o guarda-roupa. Ela tirou uma regata de dentro do móvel e trocou a que estava. O colete de couro foi por cima, como de costume. 

   Os dois trocaram os lugares. Reyna estava no banheiro, escovando os dentes, e Rick estava trocando a camiseta. A mulher prendeu o cabelo, mas daquela vez fez um rabo de cavalo firme. Ela não estava cansada da trança, apenas sentiu que aquele dia precisaria de algo mais prático. Ela escovou os dentes e finalmente estava pronta para descer, mas antes pegou o arco, aljava e faca no canto do quarto. Rick a esperava apoiado no batente da porta. 

   Antes de descerem as escadas, passaram em frente ao quarto de Julian e Judith, e perceberam que os dois não estavam mais no cômodo. Provavelmente estariam com os jovens no andar de baixo. Enquanto desciam, sentiam o cheiro de algo sendo preparado na cozinha. Reyna se deu conta de que não havia jantado no dia anterior, e seu estômago reclamou por algo que pudesse saciá-lo de imediato. 

   — Bom dia, sunshine. — Cassie disse com um sorriso radiante no rosto e Judith no colo. Reyna apenas balançou a cabeça em resposta, o que não pareceu afetar o bom humor da jovem. 

   — O cheiro está bom. — disse Rick, observando Jayden no fogão. 

   Os cinco tomaram o café juntos. Estavam animados, como se não existisse um exército de Walkers cercando os muros, e como se Daryl, Glenn, Abraham e Sasha estivessem seguros na comunidade. Reyna também parecia animada, do jeito particular de um Dixon ser. Julian estava elétrico no colo de Carl, e Judith no colo de Cassie. 

   Após todos terminarem de comer, inclusive os dois menores, cada um foi para um canto. Cassie e Carl foram levar Jules e Judy para caminhar na comunidade. Os dois pareciam mais próximos, e isso deixou Reyna mais feliz. Rick foi novamente checar a situação dos muros, e Reyna e Jayden foram até o arsenal, onde encontraram Olivia, com um fraco sorriso preocupado no rosto. 

   — Bom dia, Olivia. — Jayden cumprimentou. Reyna apenas lançou um aceno com a cabeça. 

   — Bom dia, Jay, bom dia, Srta. Dixon. — Olivia lançou de volta. — No que posso ajudar? 

   — Preciso de armas. — Jayden respondeu. Olivia deu passagem. Parecia constrangida com a presença de Reyna, mas a mulher não demonstrou reação. 

   — Por que todos temem eu e meu irmão aqui? Parece até que vamos sair atirando em todos enquanto dormem. — Reyna sussurrou para Jay, que soltou uma risada. 

   — Acredite, eles não temem vocês. — disse ele e fez uma pausa. — Tudo bem, às vezes sim. — Reyna revirou os olhos. — Mas eles também admiram você e Daryl. São os melhores exemplos de sobreviventes para eles. — completou, enquanto observava as armas do arsenal. 

   — Deviam escolher um exemplo melhor. — Ela respondeu, pegando uma Taurus 838 e munição. 

   — Não se rebaixe assim, Rey. — Jayden pegou uma Colt 45 e uma Glock G25. — Você é melhor do que pensa. — disse ele antes de guardar as duas pistolas nos coldres. 

   Reyna não respondeu, apenas guardou a pistola no cós da calça, e seguiu Jayden para fora do arsenal. Olivia estava na garagem, tomando nota de todos os suprimentos que ainda tinham. Ela novamente se encolheu quando viu a Dixon passando, mas a observou até que desaparecesse de sua visão. 

                                        (...)

   Mais algumas horas do dia haviam se passado, e Reyna estava quase surtando por ficar presa em Alexandria, sem poder sair para caçar ou para apenas não se sentir presa. Jayden percebeu o desconforto da amiga, e tratou de passar todo o tempo ao seu lado, tentando distraí-la. Às vezes realmente funcionava, mas Reyna logo voltava a ficar impaciente e o fato de Daryl, Sasha ou Abraham ainda não terem respondido não ajudava. Glenn também não mandava sinal nenhum como havia prometido. 

   Os dois se encontravam perto dos portões, e conversavam. Jayden tentava manter um assunto agradável, e Reyna fazia o possível para manter a mente em outro ponto que não fosse sua família correndo perigo fora dos muros, ou ela se sentindo sufocada por estar presa em Alexandria. 

   — Preciso fazer alguma coisa, ou vou enlouquecer nesse lugar. — disse ela.

   Reyna mal acabou sua fala, e já foi interrompida por Jayden. Ele olhava para algum ponto no céu, com um sorriso imenso no rosto. A mulher seguiu seu olhar, até se deparar com vários balões verdes no céu azul. Ela se permitiu sorrir suavemente antes de olhar para o garoto. Um dos pesos em suas costas se esvaiu, pensando que Glenn estaria vivo. Ela se sentiu mais leve apenas por constatar que o filho de Maggie ainda teria um pai. 

   Mas então tudo pareceu ficar em câmera lenta. A alegria momentânea logo se esvaiu para dar lugar ao desespero e preocupação, enquanto observavam uma das torres de fora de Alexandria desabar nos muros da comunidade. Reyna encarava tudo com os olhos arregalados, já sentindo sua respiração falhar. Ela conseguiu ver as silhuetas dos mortos entrando através da poeira. 

   — Corra, Jay, corra. — disse ela, puxando o arco do tronco e correndo juntamente com Jayden. 

   Eles correram até se depararem com Deanna e Rick lutando contra alguns dos mortos. Os dois os ajudaram, sem hesitar. Reyna atirou algumas das flechas, e se puniu mentalmente por não ter fabricado mais. Jayden usava a faca, percebendo que uma arma de fogo apenas os atrairia mais. 

   Quando as flechas acabaram, Reyna puxou a faca da bainha, e passou a acertá-los sem piedade. Ela olhou de soslaio para Deanna, e viu que a mulher caíra. A Dixon tentou se aproximar, mas Michonne e Carl conseguiram chegar e ajudá-la. O grupo correu para longe dos mortos, e logo Jessie apareceu. 

   — Judith está comigo, venham. — gritou ela, chamando-os para dentro de casa, onde Padre Gabriel esperava na porta. Reyna olhou em volta, e não viu Cassie em lugar nenhum, e seu coração se apertou com a preocupação. 

   — Onde está Cassie? E Julian, onde está meu filho? — Reyna gritou, desesperada. Jessie não respondeu. 

   — Vi os dois na casa de Jayden da última vez. — Carl respondeu, e pareceu igualmente preocupado. Reyna suspirou.

   — Eu vou com você. — disse Rick, mas Reyna o impediu. 

   — Fique aqui. Vou sozinha. — gritou de volta. Rick tentou impedir, mas Reyna novamente não deixou. — Não vou discutir, Rick. Fique aqui, cuide de Jayden, Carl e Judy. Eu volto logo. 

   — Reyna... — Jayden tentou dessa vez.

   — Já falei que não vou discutir. — Ela o cortou.

   Rick a encarou, com o coração em pedaços por deixá-la ir sozinha. Ele puxou o facão da bainha, e pediu para que ela levasse quando percebeu que ela estava sem flechas. Reyna aceitou, e logo golpeou um dos mortos. Rick a observou desaparecer de sua visão, enquanto ele entrava na casa de Jessie, e Reyna virava a rua. 

   Grimes tratou de desviar a atenção para Deanna. A mulher se machucara gravemente, e logo uma correria acontecia na casa dos Andersons. Rick tentou de tudo para ajudar no que fosse possível, mas sua preocupação com Reyna era maior do que qualquer coisa que já sentira em toda sua vida. Ele segurava as lágrimas de frustração e medo pela possibilidade de perdê-la, e percebeu que estava apenas atrapalhando. 

   — Nós cuidamos disso, Rick. — disse Michonne, lançando um olhar reconfortante ao líder. 

   O homem saiu do quarto onde cuidavam de Deanna, e se direcionou até a janela onde conseguia ver a frente da casa. Os mortos infestaram o lugar, estava um caos. Rick teve medo de que fosse o fim de Alexandria, e mais medo ainda de que Reyna poderia estar sozinha, com Cassie e Julian no meio de todos os Walkers.

   A preocupação o consumia por completo. Se sentiu cada vez mais sem chão enquanto observava as ruas, e nenhum sinal de sua amada. Ele se lembrou da prisão, e de como se sentiu quando se separou de sua esposa, minutos antes de sua morte. Aquilo não era nem metade do que sentia naquele momento. Sua respiração estava irregular, mas não era cansaço. Suas mãos suavam, e sua mente girava. Rick teve que se concentrar para manter o foco nas ruas. 

   Seu coração acelerou quando percebeu uma movimentação na rua. Ele arregalou os olhos quando finalmente conseguiu ver os cabelos escuros de Reyna no meio dos Walkers, acabando com todos e abrindo caminho para que Cassie passasse com Julian nos braços. Grimes estava pronto para correr para ajudar, quando percebeu que o ombro esquerdo de Reyna sangrava. O escarlate escorria por todo seu braço, e isso fez o coração de Rick voltar a se apertar, como se alguém o esmagasse sem piedade alguma. 

   — Michonne! — Ele gritou, já descendo as escadas e puxando a machadinha do cinto. 

   A mulher correu atrás dele, com a espada em mãos. Os dois saíram, e não hesitaram um segundo sequer antes de ajudar Reyna a abrir caminho até que todos entrassem na casa. Cassie entrou primeiro, com o garoto no colo, assustado e com medo. Ele não chorava, mas seus olhos demonstravam o pavor que sentia. 

   Eles subiram até o andar de cima, onde Jessie esperava, apreensiva. Reyna tinha sua respiração ofegante, e a roupa completamente suja de sangue, juntamente com o rosto. Ela se encostou na parede e fechou os olhos, tentando controlar novamente seu corpo. 

   — Reyna, seu ombro. — disse Jessie, encarando apavorada a quantidade de sangue que escorria do ombro ao braço esquerdo da mulher. 

   A Dixon não disse nada, apenas suspirou uma última vez e olhou para Rick. O líder tinha seus olhos grudados no local citado por Jessie. Ele não controlou as lágrimas daquela vez. Ele deixou que elas escorressem livremente enquanto observava a grande e maldita marca na pele de seu anjo caído. Ele sentiu seu coração se partir em pedaços tão pequenos, que não sabia se um dia voltariam a se juntar, enquanto uma única frase se passava repetidas vezes em sua mente, corroendo cada pedaço do seu ser.

   Reyna foi mordida.


Notas Finais


FUDEO GALERA hahahaha

FOOOOOOII ISSO GALERINHAAAA! Não vou me estender aqui porque já falei tudo no cap passado! RELEMBRANDO QUE VIAJAREI ATÉ TERÇA ENTÃO SE EU NÃO RESPONDER SEU COMENTÁRIO ATÉ LÁ, É PQ LA N TEM INTERNET OK?!

COMEEEEEENTEM BASTANTEEEEE POR FAVORZINHO, ajuda pra caralho quem escreve, e eu fico muuuuuito feliz!! Hahahaha

BOM GENTE, QUINTA EU VOLTO DE NOVO OK?! BEIJOS DA BALEIA🖤🐳


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