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História Not Gonna Die - Season 1 - Pain


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


OI GENTEEEEEE! Podem me xingar o quanto quiserem, eu mereço!!! Gente do céu, MIL perdões pela demora gigantesca! Tive competição esse fim de semana e os outros foram tirados para estudar e estudar e estudar (n aguento mais) me desculpem meeeeeesmo pela demora!!

Mas tenho boas notícias, ESTAMOS QUASE NA MARCA DE 200 FAVORITOOOOOOSS, gente, puta que me pariu, comemorem comigo, pq isso n seria possível sem vocês!!! Obrigada mesmo para todos que acompanham, e obrigada mais Ainda para todos que comentam, que me animam cada vez mais a continuar Not Gonna Die (meu xodózinho que deu certo)

Tenho agora uma má notícia (acho) a primeira temporada de NGD está no fim... vou começar agora a escrever o último ou penúltimo capítulo da Season 1, MAS N SE ESQUEÇAM QUE SEASON 2 VEM AÍ, com personagens e problemas novos!

Gente, queria avisar, que a partir de agora, a história de Not Gonna Die não vai seguir a série e muito menos as HQ's, então tudo será uma surpresa hehe!

Sem mais delongas (falei demais já)

Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 46 - Pain


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Pain

Pov. Negan 

 

   Reyna tinha a capacidade de conseguir me irritar tão facilmente, que às vezes pensava como eu não a matava de uma vez. Apenas uma coisa me impedia de usar Lucille contra ela, e não era para ter vantagem, ou para fazer algum jogo emocional com Rick. Mas isso tudo não me impedia de descontar toda minha raiva nela, mesmo que eu não quisesse machucá-la.

 

   — Eu não vou fazer nada com você, Reyna. — Meu ódio me cegava enquanto proferia as palavras. — Mas Daryl vai.

 

   Eu sabia que o que eu estava pensando naquele momento era completamente desumano, mas estava pouco me fodendo. Queria vê-la implorar para parar. Queria ouvi-la gritando por misericórdia, e queria vê-la seguindo todas as minhas regras, como fazia antigamente. Queria que ela se ajoelhasse perante mim, e que implorasse para que eu não fizesse aquilo. Se não fosse ela, Daryl faria. Ele nunca machucaria a irmã.

 

   — Como é? — A surpresa no olhar de Reyna era explícita. Sorri ao perceber.

 

   — Acho que você entendeu, baby. — disse, com um sorriso sombrio. — Eu não vou te bater, ou qualquer coisa. — Virei meu rosto até Daryl. Ele encarava o chão, como se o assunto não tivesse a ver com ele. — Seu irmão fará todo o trabalho por mim. 

 

   Daryl ergueu o rosto no mesmo instante, incrédulo, amedrontado e impotente. Gostava de causar isso nas pessoas, principalmente em um Dixon. E pelo que pude ver, consegui desmoronar dois deles em uma tacada só. Daryl encarou a irmã, como se buscasse por alguma resposta, ou apenas por algum apoio.

 

   So go and tell all your friends 

   (Então vá e dia a seus amigos)

 

   That I'm a failure underneath 

   (Que sou uma falha por baixo)

 

   If it makes you feel like a bigger man

   (Se isso te faz um homem maior)

 

   — Só pode ser brincadeira. — Ruby murmurou, um tanto alto. Ao voltar meu olhar até ela, vi que ela preparava-se para deixar o local.

 

   — Eu não disse que podia sair, Ruby.

 

 

   Pov. Ruby Adams

 

   Não queria ser obrigada a ver aquela cena. Negan era um doente desgraçado. Como ele poderia sequer pensar em algo como aquilo? Cada dia eu me perguntava se poderia existir alguém que fosse pior que Hitler, e eu já tinha um suspeito para o cargo.

 

   — Eu não disse que podia sair, Ruby. — Ao ouvir as palavras, parei onde estava, de costas. Respirei profundamente em me virei, parando novamente ao lado de Stellar.

 

   — Isso é doentio, Negan. — disse, encarando os olhos do líder profundamente.

 

   — Você não decide nada nessa merda. — Ele vociferou, fazendo-me ficar calada mais uma vez.

 

   Qual era o meu problema? Onde estava toda a coragem que eu tive em toda minha vida lutando contra todos que não conseguiam respeitar minha orientação sexual. Lembro-me da época que não abaixava a minha cabeça por nada, mas onde estava a Ruby de antes naquele momento? Por que diabos eu não conseguia tomar nenhuma atitude?

 

   Além de aquela ideia ser completamente sem noção, eu gostava de Reyna. Ela não fizera nada de mal comigo desde quando a vi pela primeira vez, com seu jeito carrancudo, grosso, porém preocupado com todos a sua volta. Queria ter me aproximado mais dela na época em que Negan não a fazia de escrava, mas não conseguia sair de perto de Stellar. Aquela garota era tudo para mim, apesar de já ter superado após a chegada de Dylan.

 

   — Acalme-se, Ruby. Meu pai sabe o que está fazendo. — Stellar sussurrou em meu ouvido assim que Negan virou-se novamente para Reyna.

 

   — Não, Stellar, ele não sabe. — disse, ríspida. — Você tem consciência disso, mas mesmo assim não faz nada. — Tentei controlar meu tom de voz. — Isso não é normal.

 

 

   Pov. Lincoln Burrows 

 

   O que Ruby parecia estar sentindo não chegava nem aos pés de como eu me sentia naquele momento. Além de ser obrigado a ver minha melhor amiga apanhando, sem poder dizer absolutamente nada, teria que ver Daryl fazendo. Não sabia se conseguiria suportar. Queria gritar e socar Negan até que parasse de ter ideias absurdas e idiotas como aquela, mas eu simplesmente não podia fazer nada, e isso estava me deixando desconfortável e irritado.

 

   O olhar dos Dixons era devastador. Eles se encaravam preocupados e perdidos. Odiava vê-los daquele jeito. Queria poder me aproximar, tirá-los de lá e levá-los para bem longe do Santuário, mas novamente, eu não podia nem sequer tentar. Encarei o garoto de Alexandria, Carl, e ele parecia desesperado, encarando a cena com o olho arregalado, enquanto o outro era apenas um buraco descoberto.

 

   — Dwighty Boy, leve o chicote até Daryl. — disse Negan, com um sorriso cínico nos lábios. 

 

   — Eu não vou fazer. — Daryl proferiu, nervoso.

 

   — E eu não perguntei se você faria ou não. Eu mando nessa porra, e se eu digo que você vai espancar sua irmã, então você me obedece. — Negan gritou, com a paciência se esvaindo.

 

   — Isso é ridículo. — Pude ouvir Ruby murmurando.

 

   — Reyna, venha até aqui, e tire o moletom. — Negan ignorou o comentário, e ergueu o braço, chamando a Dixon até o centro que se formava.

 

   — Isso é doentio demais. Até pra você. — Reyna disse, encarando o líder profundamente. Encarei Stellar, pensando que ela diria algo, mas a garota encontrava-se com a cabeça baixa.

 

   Naquele momento, vi a Reyna de antigamente todas as raras vezes que mencionava o pai em alguma conversa. Sua postura rígida e o olhar de ódio eram explícitos, e pude ver o mesmo em Daryl encarando o chicote que Dwight lhe estendia. Ele não moveu um músculo.

 

   — Pegue essa merda. — Negan vociferou, erguendo Lucille na direção do Dixon.

 

   — Eu não vou fazer. — Daryl repetiu, desafiando o líder. Negan parecia um animal selvagem no momento em que puxou Reyna pelo moletom e a jogou no chão.

 

   — Tire o moletom. — disse ele, pausadamente, com a voz rouca e enraivecida.

 

   — Pare com isso, por favor.

 

 

   Pov. Carl Grimes

 

   Não aguentava mais ver aquela cena. Não sabia de onde havia surgido coragem para abrir a minha boca. Provavelmente tenha sido o fato de ver Reyna sendo jogada no chão brutalmente. Daryl não iria pegar aquele chicote, mas o olhar de Reyna parecia dizer para ele obedecer Negan, e eu sabia que não conseguiria ver aquilo.

 

   — Pare com isso, por favor. — gritei, atraindo a atenção de Negan até mim. Ele me encarou, com o olhar e sorriso insanos.

 

   — Não. — Ele respondeu, como um louco. — Pegue o chicote. — Ele voltou-se para Daryl. 

 

   O Dixon não moveu um músculo novamente, e como um incentivo, Negan puxou o revólver do cós da calça e apontou para a cabeça de Reyna. Ela continuava no chão, fraca demais para levantar. Meu coração simplesmente parou naquele instante. Não conseguia decidir se era pior ver Reyna morrer, ou se era ver Daryl a espancando.

 

   — Não. — Daryl não deu o braço a torcer. Ele estava se apoiando em uma certeza insegura demais de que Negan não atiraria. Mas, pelo contrário, ele destravou o revólver.

 

   — Pegue logo essa merda.

 

 

   Pov. Stellar

 

   Foi uma surpresa tremenda ao ouvir Reyna abrir a boca naquela hora. Me fez erguer a cabeça para encarar a cena com mais atenção. Sempre costumei defender as ações e decisões de meu pai a qualquer hora, mas, realmente, aquilo não me parecia certo. A quem eu queria enganar? Aquilo não estava certo. Era insano demais. Doentio demais. Meu pai nunca ficou daquele jeito em momento algum.

 

   — Pegue logo essa merda. — Reyna proferiu, deixando o irmão atordoado e confuso. Mas mesmo assim ele não se mexeu.

 

   But it's my, my heart, my life that you're calling a lie 

   (Mas é meu, meu coração, minha vida que você está chamando de mentira)

 

   I've played this game before 

   (Eu já joguei esse jogo)

 

   And I can't take anymore 

   (E não aguento mais)

 

   Já estava acostumada a ver Reyna apanhar de Negan. No começo me afetava demais. Reyna era como uma segunda mãe na época, e eu a amava, e muito. Mas ao passar do tempo, a posição de Negan cresceu, e ela não pareceu feliz com isso. Queria fazer de tudo para estragar os planos de meu pai. Bom, foi isso que ele me disse.

 

   — Muito bom, baby. — Negan disse, sarcástico. — Você deveria escutar sua irmã. — Daryl bufou.

 

   — Eu não vou fazer. — O Dixon repetiu mais uma vez. Meu pai estava prestes a abrir a boca, mas Reyna conseguiu ser mais rápida.

 

   — Você vai. — disse ela, enquanto tirava o moletom, e ficava apenas com a calça. 

 

   O sutiã estava completamente a mostra, assim como todas as cicatrizes que ela carregava. Reyna estava extremamente desconfortável sendo exposta daquele jeito mais uma vez. Os ferimentos causados por meu pai dias antes já estavam quase cicatrizados, porém ainda estavam um pouco abertos.

 

   — Não... — Daryl murmurou, completamente amedrontado.

 

   — Faça. — Reyna gritou, sem se mexer.

 

   — Pegue o chicote, Daryl. — Negan ordenou mais uma vez.

 

   Daryl finalmente o fez, mas ele tremia, como se fosse um condenado apenas por segurar o objeto. Reyna nunca me contou detalhadamente sobre seu passado, mas eu sabia sobre os maus tratos do pai quase todos os dias, e pelo que pude perceber naquele momento, Daryl sentia-se exatamente como o velho, e estava simplesmente odiando a sensação e a si próprio.

 

   Daryl balançou a cabeça negativamente, com o olhar fixo no chicote em sua mão. Ele não conseguia segurar firmemente o objeto. Parecia que, para ele, ficar cercado por uma horda dos mortos era melhor do que segurar aquele chicote enquanto sua irmã encontrava-se impotente no chão de um local desconhecido para ele.

 

   — Ande logo com isso. — Negan vociferou. 

 

   — Não. 

 

 

   Narradora On

 

   Daryl recusava-se a fazer qualquer coisa. Ele nunca machucaria sua irmã. Ele aguentaria qualquer tortura, ficaria quieto até morrer, mas jamais faria algo que pudesse ferir de algum jeito Reyna. Ela sabia disso. Tinha certeza, na verdade, mas ela queria que toda aquela cena se acabasse de uma vez, e nunca culparia seu irmão por absolutamente nenhuma cicatriz.

 

   I feel it coming over me 

   (Eu sinto isso vindo até mim)

 

   I'm still a slave to these dreams 

   (Ainda sou escrava desses sonhos)

 

   — Daryl. — Ela chamou, mas ele continuou olhando para o chão. — Daryl, olhe pra mim. — pediu, ajoelhada, sentindo-se mais uma vez exposta. Ele virou o rosto, e olhou para Reyna. — Está tudo bem. — Ela sabia que não estava, mas tentou confortar o Dixon.

 

   Reyna virou-se de costas para Daryl, e ele pôde ver todas as cicatrizes ali presentes. Seu coração falhou por um segundo, e o chicote em sua mão parecia ácido em contato com sua pele. Ele não queria fazer aquilo, mas o olhar de Reyna conseguiu dizer tudo o que ela queria, e ele entendeu muito bem. Não seria culpa dele, mesmo que se sentisse mal por machucar sua irmã. Ele entendeu que quanto mais rápido fizesse, menos tempo aquela palhaçada duraria.

 

   Reyna preparou-se para a dor. Ela fechou os olhos com força e apoiou o corpo em cima dos braços no chão. Ela respirou e expirou fundo diversas vezes, tentando ignorar os incômodos olhares dos outros. Daryl arfou, firmando o aperto no chicote. Tudo parecia estar em câmera lenta, e era torturante tanto para os Dixons, quanto para os outros presentes.

 

   Lincoln encarava os dois preocupado, e extremamente enraivecido. Ele conseguiu odiar Negan mais ainda. Carl segurava as lágrimas, mas era extremamente difícil para ele ver aquela cena. Ruby tinha os braços cruzados, e não encarava nada além do chão. Estava nervosa, queria sair daquele lugar e levar Reyna e Daryl junto. Stellar tinha o cenho franzido. Aquilo não estava certo e ela sabia, mas não se atreveu a dizer nada.

 

   Daryl ergueu o braço, sentindo-se sujo como seu pai sempre fora. Ele ficou naquela posição por alguns segundos, com os olhos fechados, sem coragem alguma. Um grito saiu de sua boca quando finalmente desceu o braço rapidamente. Reyna reprimiu um gemido de dor, mas não mostrou fraqueza, ao passo que Daryl sentia uma lágrima escorrer em seu rosto. 

 

   Is this the end of everything? 

   (Isso é o fim de tudo?)

 

   Or just a new way to bleed?

   (Ou apenas um novo jeito de sangrar?)

 

   O Dixon repetiu o movimento, parecendo cada vez mais desesperado. Reyna manteve-se resistente. Ela não gritou daquela vez, mesmo que sentisse o sangue quente escorrer e a dor aumentar. 

 

   Carl não conseguia mais ver aquilo. Ele simplesmente não olhava mais. Lincoln, por outro lado, olhava para os dois, querendo fazer aquilo tudo parar. Stellar não conseguia mais ver. Ela simplesmente negou com a cabeça e virou-se para sair. Ruby a acompanhou. Negan apenas desfez o sorriso sacana quando viu a filha deixar o recinto. Naquele momento ele viu que havia feito demais. 

 

   — Chega, já deu. — Ele gritou.

 

   Daryl suspirou, e largou o chicote no chão. Ele encarava a irmã sem reação alguma. Ela respirava irregularmente, mas continuava acordada e resistente. Ele caiu de joelhos, e tentou controlar seu corpo e suas lágrimas. Ele não choraria em frente a todos, não mostraria fraqueza, mesmo que estivesse completamente frágil e quebrado por dentro.

 

   Reyna virou-se para olhar seu irmão nos olhos. Ela não chorava, não deixava transparecer absolutamente nada. Ela arrastou-se até seu irmão, com a dor das costas tornando-se cada vez maior, mas não conseguiu chegar até ele. Negan a puxou pelo braço. Ainda estava puto da vida, mas queria que tudo acabasse de uma vez, então a levou até a enfermaria. Lincoln correu até Daryl e o ajudou.

 

   — Hey, está tudo bem. — Ele afirmou, mesmo sabendo que não estava. Daryl negou com a cabeça.

 

   — Me leva até ela. — Ele pediu, erguendo-se lentamente do chão. Lincoln franziu o cenho e trincou o maxilar. Ele queria, mas não podia. — Por favor, eu preciso vê-la.

 

   — Desculpe... — Lincoln ia continuar sua fala, mas a voz estrondosa de Negan o interrompeu no mesmo instante que ele percebeu que as pessoas, antes presentes, começavam a sair lentamente do local.

 

   — Burrows, vá até a enfermaria e cuide do Anjo de Lúcifer. Dwight vai levar Daryl de volta. — Ele ordenou, sem ao menos considerar um "não" como resposta. — Vamos sair ainda hoje para levarmos o pirralho de volta, então se apresse com os curativos.

 

   Lincoln hesitou, mas por fim afastou-se de Daryl e seguiu, em silêncio, até a enfermaria.

 

   Is this the end of everything? 

   (Isso é o fim de tudo?)

 

   Or just a new way to bleed?

   (Ou apenas um novo jeito de sangrar?)


Notas Finais


Link da música do capítulo: https://youtu.be/UezeSk0mIi0

FOOOOOOOI ISSO GALERINHAAAAAA! Gente, eu considero esse capítulo tenso pra caralho, e foi bem desconfortável para mim enquanto escrevia, nem imagino como deve ser pra vocês. Foi bem dolorido escrever o Daryl espancando a irmã, mas espero que eu tenha conseguido passar tudo que eu esperava!

Espero muitíssimo que tenham gostado! COMENTEM PRA MIM POR FAVOR!! Ajuda bastante a me animar! Gosto de saber as opiniões de cada um de vocês!!!

Acho que isso é tudo!! Obrigada por acompanharem, e desculpem mais uma vez a demora!!

BEIJOS DA BALEIA🐳🖤


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