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História Not Gonna Die - Season 1 - Anger


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


FALA GALEEEEEERA... cá estou eu, em um finalzinho de domingo, quando bate aquela depressão porque a gente sabe que tem que acordar cedo em plena segunda feira... mas aí chega a notificação avisando que TEM CAP NOVO DE NOT GONNA DIE, aeeeee hahahah

Gente, nem sei mais como me desculpar pela demora, e sempre eu atraso de novo... sério não é a intenção, principalmente agora que comecei um novo projeto (não vai interferir em nada em NGD, mas tá me prendendo bastante)

Bom, queria avisar, antes de tudo, que estou escrevendo o ÚLTIMO capítulo da Season 1 de NGD... logo depois dele vou postar um cap a parte perguntando pra vocês sobre algumas coisinhas que estou em dúvida Hehe, mas já estou avisando que o cap 51 será o último da Season 1

Sem mais delongas,
Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 47 - Anger


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Anger

Pov. Reyna Dixon

 

   A sensação de ardência era mais uma vez presente em minhas costas, mas isso era o mais insignificante. O que estava realmente me machucando era a imagem do olhar de meu irmão enquanto segurava aquele chicote. Ele sentia-se sujo, e com toda certeza lembrara-se de Will. Queria ir até ele e abraçá-lo, mas Negan me impediu mais uma vez.

 

   Ele apenas me deixou sozinha na enfermaria, ainda sem o moletom, completamente exposta e desconfortável, sem contar a dor nas costas e o aperto em meu coração. O líder trancou a porta por fora após sair. Ele nunca me deixaria sozinha em uma sala destrancada e sem pessoas que pudessem me vigiar, mesmo sabendo que no momento eu não estivesse com absolutamente nenhuma condição de tentar fugir.

 

   Meu momento sozinha não durou muito. Minutos depois Lincoln apareceu na porta. Parecia preocupado, desconfortável e inquieto. Ele não olhou para mim em momento algum, apenas dirigiu-se até um dos armários e tirou uma caixinha pequena de um deles. Dentro dela continha uma agulha, gazes, esparadrapos, algodões, soro fisiológico, antibióticos e analgésicos, dentre outras coisas.

 

   — Posso? — Ele perguntou antes de encostar o algodão molhado com o soro fisiológico em minhas costas. Apenas assenti.

 

   O contato do algodão molhado foi doloroso no começo, mas depois um alívio surgiu, enquanto eu sentia minhas costas finalmente relaxarem. Suspirei ao mesmo tempo que fechei os olhos, tentando esquecer o olhar de meu irmão. Ele se culpava por cada nova cicatriz, e nunca se esqueceria desse dia, muito menos eu.

 

                                        (...) 

 

   Para melhorar a merda toda, Negan decidiu que levaria Carl de volta para Alexandria. E ele me deixaria de fora? Óbvio que não. Na verdade, essa era apenas mais uma desculpa para que ele pudesse ver a carcaça acabada de Rick e de minha família novamente.

 

   Mais uma vez, lá estava eu, grudada em Lincoln, ao lado dos caminhões. Negan gritava e xingava a todos. Carl permanecia ao lado do líder, completamente calado. Olhei para os lados, procurando por Stellar e Ruby, já que Negan nunca sairia sem sua filha, e ela nunca sairia sem sua melhor amiga.

 

   Lincoln me guiou até o caminhão maior. — O mesmo que Negan estava, juntamente de Carl. — Sentei-me calada, apenas querendo que aquele dia acabasse de uma vez. Minhas costas doíam cada vez mais, mesmo com os curativos que Linc havia feito. Porém, uma única coisa estava diferente. Negan não me obrigara a usar o vestido mais uma vez, então permaneci com o moletom grande e sujo. Já nem ligava. Preferia aquele moletom a qualquer vestido que já fui obrigada a usar naquele lugar.

 

   Não prestei atenção ao caminho, fiquei todo o tempo calada encarando o chão. Daryl não estava lá daquela vez, e estava sentindo a distância me corroer. Queria poder conversar com ele, e certificá-lo de que ele não tinha culpa alguma, mesmo que se sentisse um monstro por ter apenas segurado aquele chicote. Mas não era culpa dele. Nunca seria culpa de Daryl. 

 

   — Rey... — Lincoln tentou.

 

   — Não, Linc. Não estou bem, e não quero conversar. — Não me preocupava se fosse grossa demais. Lincoln já estava acostumado, e ele entendia, então apenas calou-se e se aproximou minimamente.

 

   Não demorou para estarmos parados, mais uma vez, em frente aos portões de Alexandria. Rosita estava em seu turno, e se assustou ao ver Carl junto de nós. Ela evitou ao máximo olhar para mim, mas eu a encarei até ter certeza de que ela estava bem. Pelo menos fisicamente. 

 

   — Viemos para um almoço. 

 

                                        (...)

 

   No momento, me encontrava fora de minha antiga casa, ao lado de Lincoln e Ruby, apenas observando o lugar que costumava chamar de lar. Negan estava do lado de dentro, com Olivia, Carl, Jayden, Judith e Julian. Não fiz questão de entrar, não queria que nenhum dos pequenos me vissem, e também sabia que não conseguiria simplesmente encará-los sem correr para abaraçá-los.

 

   Rick estava fora, e o único motivo de Negan ainda estar em Alexandria era a espera por Big Grimes. Estava sentindo falta de chamá-lo assim. Queria vê-lo, ao mesmo tempo que não queria que se aproximasse. Não enquanto eu estivesse com os Salvadores.

 

   Stellar guiava os outros por toda comunidade, colocando medo em todo morador, fazendo questão de passar com todos eles em minha frente. Eugene estava mais abismado. Ele simplesmente não conseguiu desviar o olhar de mim, e aquilo já estava me deixando desconfortável. Mas era só um detalhe, até Tara aparecer.

 

   Ela me encarou de cima abaixo, com os olhos lacrimejados. Ela surpeendentemente sorriu, feliz em me ver. Não consegui retribuir absolutamente nada. Fiquei estática, sem saber como reagir. Não queria que ele me visse daquele jeito, mas estava aliviada por ver que estava viva e segura. Apenas mostrei alguma reação quando vi que ela caminhava em minha direção.

 

   — Acho que não, sweetie. — Ruby entrou em minha frente, com a mão direita posicionada no coldre onde seu revólver se encontrava. Lincoln me puxou para trás.

 

   — Como é? — Tara encarou a mulher, mas então desviou o olhar para mim novamente, tentando me enxergar por cima do ombro de Ruby.

 

   — O Anjo de Lúcifer pertence a Negan, agora. — Ela dizia como um robô. Parecia não estar de acordo com nenhuma palavra que saía de sua boca. — Não posso deixar que se aproxime.

 

   — O que acha que posso fazer com ela? Sequestrá-la e levá-la para longe de vocês? Bem que eu gostaria, mas seria estupidez. — Tara estava impaciente, mas olhava para todos os detalhes da silhueta de Ruby.

 

   — Só estou seguindo ordens...

 

   — Está tudo bem por aqui? — Stellar atrapalhou a fala de sua amiga, sendo seguida por um homem. O mesmo que estava ao lado dela mais cedo, antes de Negan obrigar a mim e meu irmão a passar por aquele episódio ridículo. 

 

   — Tudo ótimo. — disse Ruby, sem desviar os olhos de Tara.

 

   — Com licença. — Mais uma pessoa se juntou ao grupo que se formava. Spencer continha um sorriso tímido, enquanto segurava uma garrafa de whiskey em mãos. Franzi o cenho ao vê-lo arrumado.

 

   — Você quem é? — Stellar deixou seu desinteresse explícito.

 

   — Meu nome é Spencer. — disse ele, simpático demais. — Gostaria de ver seu líder.

 

                                       (...)

 

   Spencer estava à espera quando Negan abriu a porta da casa. Confesso que fiquei realmente surpresa pelo homem querer falar com o líder dos Salvadores, porém o que mais me deixou preocupada foi o fato de Negan estar segurando Julian nos braços, com o habitual sorriso no rosto. O garotinho abriu o maior sorriso ao me ver, o que me fez sentir uma pontada no coração.

 

   Ele estendeu os braços em minha direção, mas Negan não moveu um músculo. Pensei em dar um passo, entretanto sabia que Stellar me pararia no mesmo instante. Tentei sorrir na direção do garoto, como se dissesse que estava tudo bem, mas foi impossível. Não sorria normalmente, e não seria naquele momento que eu conseguiria.

 

   — Se acalme. Está tudo bem. — Lincoln murmurou para que apenas eu conseguisse escutar. Lógico que ele percebeu meu desespero. Minha vontade era de tirar Jules de perto daquele homem ou de qualquer um que o seguisse.

 

   — O que diabos é isso? — Negan perguntou ao notar a presença de Spencer ao seu lado.

 

   — Não nos conhecemos oficialmente. — disse Spencer, estendendo a garrafa de whiskey. — Sou Spencer Monroe.

 

   O tempo seguiu com Negan e Spencer sentados na varanda da casa, batendo papo, como bons e velhos amigos. O líder havia deixado Julian dentro de casa, onde provavelmente Judith também estaria. Era realmente muito estranho Spencer agir daquela maneira, principalmente porque ele era um dos que odiavam a liderança de Rick. Não conseguia desviar a atenção.

 

   — Isso está muito bom. — disse Negan, tomando mais um gole do líquido em seu copo. — Mas ainda falta uma coisa. Uma mesa de sinuca. — Ele sorriu. — É, um joguinho agora iria ser bom.

 

   — A casa do outro lado da rua tem uma mesa de sinuca na garagem. — Spencer respondeu, arrancando um sorriso satisfeito de Negan.

 

   — Como não conheci você antes? — Negan levantou-se. — Mas eu tenho uma ideia melhor. Burrows, traga a mesa até aqui fora. Peça para alguém te ajudar. — Ele gritou. Lincoln atendeu ao pedido prontamente, deixando-me lá ao lado de Ruby e Stellar.

 

   Não demorou para que Linc e mais dois homens trouxessem a mesa até a rua. Negan abriu um sorriso satisfeito e irônico, encarando Spencer de cima abaixo enquanto ele arrumava as bolinhas em um triângulo para que o jogo pudesse começar. Lincoln terminou o serviço quando entregou os dois tacos para Negan e o Monroe mais novo.

 

   — Isso definitivamente é algo que não daria certo fazer com Rick. — Negan comentou divertido. — Ele só ficaria parado, com a maior cara de bunda. — Odiava ouvir o nome de Big Grimes sair da boca daquele homem.

 

   — Na verdade, é exatamente sobre ele que vim conversar com você. — Se eu já estava atenta antes, naquele momento fiquei mais ainda. Nada desviaria minha atenção. Pouco a pouco os moradores iam se aproximando para ver o jogo, também curiosos sobre a conversa.

 

   — Continue. — Negan parecia entediado. 

 

   — Entendo o que está tentando fazer aqui, mesmo que seus métodos não sejam os melhores em meu ponto de vista. — Spencer começou, com a fala totalmente ensaiada. — Mas, saiba que Rick Grimes não é um dos melhores exemplos para trabalho em grupo. 

 

   — Como é? — Não consegui me conter. Se não fosse por Ruby, já estava em cima de Spencer naquele momento. 

 

   — Rick não era o líder original aqui. — Spencer continuou, sem se importar com a minha fala. — Minha mãe era. E estava tudo bem, mas logo após Rick chegar, ela morreu. Minha família inteira morreu depois que Rick e seu grupo chegaram.

 

   — Uma pena que quem sobrou tenha sido você. — disse alto o suficiente para que Negan e Spencer pudessem ouvir. O líder sorriu em minha direção, mas voltou a encarar as bolas na mesa.

 

   — É uma puta história triste, devo dizer. — Negan comentou, sarcástico. 

 

   A cada segundo, mais pessoas se juntavam ao redor. Rosita chegou, mas não fez questão de me encarar em nenhum momento. Também não conseguiria focar apenas nela, ou em Eugene, Tara, Padre Gabriel. No momento, a conversa entre Spencer e Negan era tudo o que importava, além do meu ódio pelo Monroe mais novo crescer cada vez mais. A mãe e o pai eram pessoas tão boas, não sei o porquê dos dois filhos terem saído daquele jeito.

 

   Então olhei para a varanda da casa, onde vi Carl, Olivia e Jayden. O último me encarava a todo momento, em um misto de preocupação e carinho. Quis caminhar até ele e abraçá-lo. Jay era como um irmão mais novo para mim, assim como Cassie. A imagem da garota brotou em minha mente, e me perguntei se ela estaria bem em Hilltop, ao lado de Maggie e Sasha.

 

   — Estou dizendo isso porque Rick ainda vai ferrar com tudo, e vai tentar recuperar o controle de tudo isso. — Spencer continuou falando ao mesmo tempo que preparava-se para uma jogada. Negan se aproximou. Desviei minha atenção de Jayden, e voltei a escutar atentamente a conversa.

 

   — O que exatamente está propondo aqui? — perguntou, encarando-me de relance.

 

   — Eu posso ser o líder que minha mãe era. — Spencer respondeu. Meu coração parou por um segundo. Ele não poderia estar pensando naquilo, poderia? 

 

   — Quer que eu te coloque no comando? É isso? — Negan perguntou. Spencer assentiu. Tentei dizer mais alguma coisa, tentei dar um passo, tentei defender Rick de todas as maneiras, mas Ruby e Lincoln conseguiram me segurar. 

 

   — Acalme-se, Rey. — Ruby murmurou para que apenas eu e Lincoln conseguíssemos escutar. Stellar estava entretida demais com a conversa.

 

   — Sabe, Rick pode ter tentado me matar. — Negan continuou falando. — Mas agora, ele está lá fora, juntando coisas para garantir que eu não machuque mais ninguém aqui. — Ele sorriu. Franzi o cenho, com total atenção nas palavras de Negan. — Ele está engolindo o ódio por mim e está sendo produtivo. Além de ele saber que Reyna ou Daryl podem sofrer a qualquer instante.

 

   Negan deixou o taco em cima da mesa, e voltou a se aproximar de Spencer.

 

   — E aí tem você. — continuou. — Esperou Rick sair e veio falar comigo para que eu fizesse o trabalho sujo e você ficasse com o trono de Rick. — Ele sorriu novamente. — Então eu te pergunto. Por que você não mata Rick de uma vez e assume o controle por si só? — Meus músculos estavam tensos. Não conseguia ter reação alguma.

 

   — Você me entendeu errado...

 

   — Eu tenho um palpite. — Negan ignorou completamente a fala do outro. Cada vez mais próximo. Pude ver o leve brilho de uma adaga em seu cinto. — Eu acho que é porque você não tem estômago pra isso. 

 

   Negan puxou a arma branca da bainha antes mesmo de terminar a frase. Eu já tinha certeza do que aconteceria naquele momento, mas não estava abalada. E ao ver o intestino de Spencer cair sobre o concreto da rua após o corte limpo e rápido feito por Negan, não senti absolutamente nada. Apenas encarei o homem agonizando no chão, sangrando até a morte, completamente indiferente. Poderia até me considerar um monstro por isso, mas naquela hora eu não estava dando a mínima, ao mesmo tempo que os moradores encontravam-se surpresos.

 

   — Isso é constrangedor. — disse Negan, encarando o homem aos seus pés. — Seu estômago estava dentro de você a todo momento. — O sarcasmo de Negan continuava. — Eu nunca estive tão errado em toda minha vida. 

 

   Eu continuava encarando a cena, indiferente. Ruby parecia decepcionada. Lincoln tinha o cenho franzido. Stellar sorria ao ver o pai. Eugene chorava. Rosita parecia furiosa. Tara e Gabriel estavam surpresos e pálidos, assim como todos os outros.

 

   — Ninguém mais quer terminar o jogo? — Negan perguntou após buscar Lucille do lugar onde ela se encontrava.

 

   Todos permaneceram em silêncio absoluto. Apavorados, surpresos e acabados. Encarei Rosita atentamente. Ela tinha a expressão raivosa mais explícita que antes, e tinha plena certeza de que ela poderia tentar algo. Não apenas poderia como tentou. Em um movimento brusco, ela tirou um revólver do cós da calça e apontou para Negan, e nesse mínimo movimento, Ruby deixou imediatamente o meu lado para tentar impedí-la.

 

   Mas ela não conseguiu.

 

   O tiro soou por toda comunidade.


Notas Finais


FOOOOOI ISSO GALERIS... gente, estamos na reta final da Season 1, portanto, comentem pra mim, por favor! Sei que é chato eu ficar pedindo, mas um dos motivos de eu demorar pra postar é porque fico meio desanimada... seus comentários me ajudam bastante!! Não sou daquelas autoras que só posta capítulo se tiver um certo número de comentários, mas eles me animam demais, e sinto que os capítulos saem bem melhores!

Espero muitíssimo que tenham gostado, e obrigada meeeeesmo, a todos que acompanharam NGD até aqui... essa fanfic é meu maior orgulho, e é meu bebezinho hahahah, amo ela demais, e vou levar Reyna Dixon em meu coração pra sempre, espero que vocês também levem!!

BEIJOS DA BALEIA, E ATÉ O PRÓXIMO🖤🐳


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