1. Spirit Fanfics >
  2. Not Gonna Die - Season 1 >
  3. Dreams

História Not Gonna Die - Season 1 - Dreams


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKERS CHEIROSOS I'M BACK!!! Deixei vcs curiosos semana passada né non??? Kkkkkkk NÃO ME MATEM PLEASE!!!

Primeiramente: MUUUUTO OBRIGADA PELOS FAVS E COMENTS!!! Vcs são incríveis!!!❤️❤️

Está aqui mais um capítulo!! Já vou visando que esse cap é mais pra vcs saberem um pouquinho sobre o passado da nossa querida Reyna!! Espero que gostem!!

Boa leitura❤️

Capítulo 7 - Dreams


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Dreams

Pov. Reyna Dixon

   Os sentidos foram voltando aos poucos. Primeiro a audição, depois uma puta dor de cabeça tomou conta de mim. Tentei abrir os olhos, mas continuava tudo escuro. Parecia que minha cabeça havia sido coberta com algum pano preto, ou era apenas minha visão falhando. Não sabia, e pelo visto, demoraria para saber porque a medida que a dor de cabeça aumentava, mais a inconsciência se aproximava, até me dominar por completo  novamente e me presentear com uma lembrança.


   Estávamos eu, Daryl e Merle no início de toda essa cagada. Havíamos conseguido fugir para a floresta, descobrimos como acabar de uma vez por todas com os mortos-vivos, e estávamos tentando sobreviver a mais uma merda em nossas vidas. Perdemos o nosso pai no início de tudo, mas digamos que não foi uma coisa tão ruim assim.

   Enfrentávamos mais um dia sem um teto para morar, e caçando. No caso apenas eu e Daryl. Merle estava sentado esperando a comida chegar, e como ele tinha apenas uma arma de fogo, era melhor que não usasse. Não queríamos atrair mais daquelas coisas, além de que gastar munição atoa também não era uma opção muito válida.

   Após passar o tempo combinado, voltei até onde nosso irmão mais velho estava, e o encontrei todo contorcido em uma árvore, dormindo. Segurei a risada e caminhei silenciosamente até ele. Antes que pudesse fazer alguma coisa, avistei Daryl chegando, com alguns esquilos amarrados em uma corda. Fiz sinal para que ficasse em silêncio e se aproximasse cuidadosamente. 

   Ele franziu o cenho, confuso, mas sua expressão logo mudou para divertida quando viu o irmão mais velho quase babando. Me abaixei ao lado de Merle, perto o bastante de seu ouvido. Puxei ar para os pulmões e gritei — não tão alto para não chamar a atenção.

   — VAI COMER OU NÃO, VELHO? — Merle pulou como um gato e socou o ar tentando achar quem havia atrapalhado seu sono. Daryl e eu tentamos conter a risada. Tentamos. 

   — Filha de um asno, você. — disse ele irritado depois de recuperar a calma.

   — Asno é pouco... — respondi automaticamente, sem pensar. Nos olhamos por alguns instantes, assombrados pelas memórias sobre nosso falecido pai.

   — Vamos comer ou não, pirralhos? — Merle desviou o assunto, com um sorriso amarelo nos lábios. Daryl suavizou o rosto antes de dizer:

   — Faça a fogueira, bro. — Merle ergueu uma sobrancelha na direção do irmão mais novo.

   — Eu sou o mais velho aqui. Você devia fazer. — Ele apontou para Daryl. — Na verdade a pirralha aqui deveria fazer. — Ele desviou o dedo para mim.

   — Se não percebeu, velho, o mundo acabou de ruir. Isso não se aplica mais à sociedade. — falei enquanto repousava o arco em meu ombro. — Faça a fogueira, ou comeremos carne crua de coelho. — Ergui o animal que havia conseguido capturar. — A escolha é sua.

   Merle acabou cedendo depois de muito resmungar dizendo que era o mais velho, e que deveria mandar em nós, como um pai faria. Enquanto ele acendia a fogueira, aproveitei para limpar o animal, provavelmente todos estavam com fome. Tanta fome que quando olhei para o lado, Daryl já havia limpado um pequeno esquilo e já lambia os dedos saboreando a carne crua.

   — Parece que alguém não conseguiu esperar nosso velho Merle acender a fogueira. — comentei atraindo o olhar dos meus irmãos para mim. Merle olhou para Daryl.

   — Nunca mais vou fazer uma fogueira, seu marica morto de fome. — disse ele irritadiço. Eu e Daryl nos olhamos segurando a risada. 

   A noite caiu mais uma vez. Estava tudo silencioso, por enquanto. Continuávamos no mesmo lugar, com a fogueira ainda acesa, algumas "armadilhas" para os mortos e mais alguns poucos esquilos que haviam sobrado da caçada. Daryl e Merle estavam dormindo já que eu quis ficar no primeiro turno de vigia. 

   Aproveitei o momento "sozinha" para checar cada uma das minhas flechas. Querendo ou não, as vezes eu tinha que me livrar de algumas que não serviriam mais, e depois fabricar outras. Tudo continuava tranquilo, até que ouvi um barulho. Um barulho não, uma voz. Parecia ser bem infantil, feminina e doce. Ela cantarolava algo. Uma melodia calma de uma música familiar. 

   Concentrei-me mais na voz da garotinha, e por alguns instantes achei que havia caído no sono e estava sonhando. Mas depois de algum tempo percebi que não era sonho. Tinha mesmo alguma garotinha cantando, em pleno apocalípse. Só podia ser brincadeira.

   Me levantei de onde estava, já passando a alça da aljava pelo tronco e passando o arco para a mão esquerda. Caminhei até Daryl, e o chacoalhei algumas vezes. Fraco no começo, mas ao ponto que ele não acordava, o empurrava mais e mais forte, até ouvir o primeiro grunhido.

   — Daryl, acorda. — falei já impaciente, ainda chacoalhando seu ombro. Ele logo levantou assustado, buscando a besta com uma das mãos. — Está tudo bem, tudo calmo. — Me apressei em dizer recebendo um olhar aliviado de volta, que logo se transformou em irritação.

   — O que diabos está fazendo tentando me assustar desse jeito, Reyna? — perguntou ele, com irritação e impaciência na voz. 

   — Pare de falar. — Fiz um sinal com os dedos para que ficasse quieto. Lógico que Daryl iria protestar. — Está ouvindo isso? — perguntei tentando focar na voz novamente. Daryl parece ter ouvido, pelo olhar surpreso que me lançou.

   — Tem alguém... Cantando? — Ele estava mais confuso do que eu, quando decidiu se levantar e procurar pela dona da voz.

   — Caso não se lembre, Merle está aqui também. — falei sarcástica apontando para a carcaça cansada de meu irmão mais velho.

   — Ele não vai sair daí. 

   Foi tudo o que ele disse antes de andar pela mata, atrás do som delicado que a voz transmitia. Não demoramos muito para achar um casebre de madeira. Parecia que velas iluminavam o interior, e a voz havia ficado mais alta. Com certeza, quem quer que esteja cantando, estava ali. 

   Puxei uma das flechas da aljava e Daryl levantou a besta na direção dos olhos. Ele fez sinal para que o seguisse, até chegarmos na janela do casebre. Lá dentro havia duas pessoas. Um garoto, com olhos e cabelos cor de chocolate, e uma garotinha de cabelos dourados e grandes olhos azuis. A voz vinha dela. 

   — Quando o papai vai voltar, Jay? — A garotinha perguntou assim que terminou a música.

   — Eu não sei, Cassie. — disse o garoto mais velho, com aquela famosa preocupação no olhar. 


   As lembranças se afastavam novamente conforme a dor de cabeça e a minha consciência lutavam para me deixar acordada. Tentei me mexer, mas senti uma pontada em minha perna, logo me lembrei do que acontecera. Minha cabeça ainda martelava, minha respiração estava completamente irregular, minhas pálpebras pesavam, e o saco preto cobrindo meu rosto me fazia sentir sufocada. Não demorou para que eu ficasse inconsciente novamente e tivesse outro sonho. 


   Estava sozinha. Na mata. O grupo de quase cinco pessoas que fiz parte durante uma semana havia sido atacado por Walkers. Eu estava destruída. Corri, me machuquei entre as árvores e quase não me aguentava nos pés. Isso além do fato que eu estava faminta e a única coisa que eu tinha em mãos era o meu arco, algumas poucas flechas e uma faca na bainha. Se eu morresse ali, agora, não seria uma surpresa tão grande. 

   Avistei uma pequena cidade mais adiante. Não sei se conseguiria chegar até lá, mas fiz o maior esforço do mundo para tentar. Eu estava sentindo que iria desmaiar faz uns cinco minutos, mas não achei que seria assim que pisasse no chão de concreto da cidade. Simplesmente apaguei.

   Quando consegui acordar novamente, estranhei o fato de que me sentia confortável. Olhei em volta, tentando ver onde eu estava e percebi estar em uma casa abandonada, deitada em um sofá. Não havia ninguém em volta, mas na mesinha de centro tinha comida. Procurei meu arco e minhas flechas por todo o cômodo, mas não os vi em lugar nenhum. Agora sim eu estava começando a ficar preocupada. 

   Tentei me levantar do sofá, mas a dor nos músculos era quase insuportável. Ouvi um barulho vindo do lado de fora, seguido de passos. Era alguém vivo, isso era certeza, e antes que esse alguém pudesse entrar na sala, busquei pela minha faca. Não foi uma surpresa tão grande quando descobri que ela não estava lá. Fiz força para me sentar e esperar, receosa, a pessoa entrar.

   Era uma mulher. Cabelos grisalhos, olhos grandes e azuis e roupas não tão sujas quanto às minhas. Ela sorriu quando me viu acordada e caminhou em minha direção. Movi o corpo para trás, franzindo o cenho em sua direção. Ela percebeu e pareceu recuar um pouco.

   — Não precisa ter medo, ok? Não vou te machucar. — disse ela levantando os braços para cima. — Sou Carol Peletier. — A mulher sorriu singelamente em minha direção.


   Um barulho me despertou dessa vez. Parecia que um novo tiroteio estava acontecendo, o que me fez lembrar do que se passara mais cedo. Automaticamente minha perna latejou, junto com a minha cabeça. Ouvi pessoas gritando e dizendo coisas sem nexo. Mas o que me assustou realmente foi o cheiro. Minhas conclusões foram que uma horda, muito grande por sinal, invadiu o Terminus. 

   Tentei me mexer assim que me certifiquei que a cabeça não estava doendo tão intensamente como antes, mas minhas mãos pareciam estar presas. Tentei mover as pernas, mas a única coisa que consegui foi conter um gemido de dor por causa do tiro na coxa. Olhei para todos os lados, tentando decifrar onde eu estava por baixo do pano preto. Parecia alguma sala. E estava fedendo.

   Senti mãos em meus ombros. Um alívio rápido tomou conta do meu corpo, achando que alguém me tiraria dali, mas os grunhidos e o cheiro eram inconfundíveis. Estava prestes a ser comida viva por um Walker imundo. 

   Usei toda a força possível para levantar a perna que não estava machucada e chutei várias vezes alguns pontos aleatórios, acertando algumas vezes na coisa em minha frente. O movimento fez a minha perna doer cada vez mais. Não contive os gritos de dor que queriam sair da minha garanta enquanto continuava afastando o morto-vivo de mim. 

   Tinha plena certeza de que não conseguiria sair dessa viva, mas quando estava prestes a desistir, um tiro soou em meus ouvidos. Me assustei com o barulho repentino, mas logo relaxei, tentando controlar minha respiração. Era a hora. Eu iria morrer. 

   Mas não. A única coisa que senti foram mãos em meus ombros novamente. Me debati um pouco, completamente sem forças nas pernas e no resto do corpo por conta da perda de sangue. Mas dessa vez não era um Walker. Dessa vez era uma pessoa viva. Mesmo assim ainda não sabia se a ameaça maior eram os mortos ou os vivos. A pessoa tirou o pano preto da minha cabeça. Demorei para me acostumar com a luz, mas logo vi as grandes orbes azuis lotadas de preocupação. Ele olhava em todos os pontos do meu rosto, tentando achar algo a mais do que machucados.

   — Consegue se levantar? — Rick perguntou parando a busca em meus olhos.

   — Não sei. É um pouco difícil com um tiro na perna, sabe? — falei irônica e ofegante com certa irritação na voz. 

   Rick desamarrou minhas mãos e logo se apressou para colocar um dos meus braços em seus ombros. Ele colocou a mão em minha cintura e fez força para nos levantar do chão. Grunhi pelo esforço mas logo estávamos de pé. Olhei ao redor e vi que estava em uma sala comum, completamente vazia, a não ser o corpo morto no chão ao meu lado. O casaco que tinha o capuz não estava mais em meu corpo, então deixava meus braços à mostra junto com um tão amado colete de couro preto que eu achara no meio do apocalípse. Além da sala, pude ver Daryl segurando um facão um pouco mais afastado, tentando não olhar para mim, um homem asiático e um homem negro. 

   — Sabe usar? — Rick perguntou me estendendo um revólver. Olhei para ele entediada.

   — Claro que eu sei, meu irmão me ensinou. — falei sem pensar lembrando de Merle. Ainda não fazia ideia do que havia acontecido a ele. Rick travou o maxilar encarando meus olhos antes de assentir fracamente. 

   Segurei o revólver com a mão direita, enquanto me apoiava com o braço esquerdo em Rick. Daryl estava mais à frente, nos guiando e matando o máximo de Walkers possíveis com o facão. E a besta onde estava? E meu arco? Acho que aquela não era muito a hora para perguntas. 

   Atirei em alguns dos mortos que conseguiam se aproximar de mim e Rick, lembrando de todas as dicas e instruções que recebi de Merle anos atrás. Corremos até o local onde entramos pela primeira vez no Terminus, e só então pude ver o quão destruído aquele lugar estava. O fogo e os Walkers se espalhavam rapidamente. Eles ainda não haviam nos visto, mas era só uma questão de tempo.

   — Bob, vai primeiro. — disse Rick para o homem negro, que assentiu prontamente já escalando a grade e pulando para o outro lado. — Glenn. — O asiático hesitou, parecia que não queria nos deixar ali, mas logo atendeu a ordem do líder. — Vai, Daryl.

   — Vai você. — Daryl respondeu. Ele sempre teve essa mania de proteger à todos.

   — Só vou depois dela. — Rick disse olhando firmemente nos olhos de meu irmão. Daryl o encarou por alguns segundos antes de se aproximar e colocar meu braço direito em seus ombros.

   — Vamos juntos. — disse ele, ajudando Rick a me erguer o suficiente para eu conseguir colocar uma perna para o outro lado. Levantei a outra com dificuldade, mas a adrenalina ajudava no processo. 

   Não tive forças para cair em pé do outro lado, portanto, caí de costas na terra, consequentemente, o revólver se soltou da minha mão. Soltei um grunhido com a dor, me movendo lentamente para o lado, tentando me erguer. O asiático — Glenn — se aproximou e me ajudou a levantar. Rick e Daryl chegaram logo em seguida. O líder se aproximou e tomou meu braço esquerdo novamente. 

   — Tudo bem? — perguntou ele virando o rosto para mim.

   — Na medida do possível. — respondi ofegante. 

   — Vamos, o grupo está esperando. — Rick falou para todos, tomando a frente junto comigo.  

   O caminho foi curto até eu ver um grupo — relativamente grande — de pessoas. Estavam apreensivos, com medo, mas mantinham a velha pose dura para disfarçar. Quando viram o líder e os outros se aproximando, aliviaram a tensão nos ombros. Alguns sorriram. 

   Carl correu em nossa direção e me abraçou em um movimento rápido. Não escondi a surpresa, mas demorei alguns segundos para levar minha mão solta até suas costas. Ele se afastou depois de alguns instantes e abraçou rapidamente o pai. 

   — Reyna? — Uma voz parcialmente familiar chamou meu nome. Era uma voz doce e feminina, mas era mais madura do que da última vez que ouvira.

   Olhei para os lados procurando a dona da voz, e tudo o que vi foi uma garota, na idade de Carl, provavelmente. Cabelos dourados e grandes olhos azuis. Franzi o cenho tentando me lembrar da garota. Por alguns segundos nada me vinha à mente, mas depois de tanto analizá-la, lembrei-me do começo do fim do mundo. Eu, Daryl e Merle na mata. Encontramos dois irmãos. Um menino e uma menina. Não era possível, era? Era ela? Era...

   — Cassie


Notas Finais


FOOOOIIII ISSO GALERINHA!!! Espero que tenham gostado... foi um capítulo mais calmo, eu acho kkkkkk

Genteeee a Cassie e o Jay que apareceram, são personagens originais ok? Eu imagino a Cassie como a Sabrina Carpenter oká?

Comentem bastante o que estão achando!!! Se tiverem alguma coisa que queiram ver acontecendo na FIC, farei o possível para encaixar na história ok?!?! COMENTEM BASTANTE SEUS LINDOS!!!

BEIJOS DA BALEIA🐳❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...