História Não fui feita para este mundo. - Família.

Capitulo 2 - Familia.

-É, se você não me dissesse eu não teria percebido. –Reviro os olhos.

Ele sorri de canto se aproximando.

-Já vou logo avisando. –falo séria. –Não vou transar com você -ele começa a rir debochado.

-Não? –me puxa, mantendo suas mãos em minha cintura. –Tem certeza? –sussurra em meu ouvido, como eu era uma ‘virgem rabugenta.’ Eu nem liguei pra isso.

-Tenho. –falo séria, não sei ser sensual.

-Caramba, você é dura na queda, em! –ele me solta, dando risada de mim. –Eu não quero transar com você, relaxa. –ele fala dando um sorriso de canto. -Não hoje. –completa e fico arrepiada.

-O que você quer? –falo irritada. –Por que se você não vê, eu quero ir embora. –fico entediada.

-Por que? Tá cedo! –ele fala insistindo.

-Nossa, você é muito chato em. –Solto e depois percebo o que falei, segurando a risada.

Ele por outro lado começa a gargalhar.

-Nossa, você é muito sincera em. –ele fala.

Bufo e olho ele entediada.

-Docinho, por que não vai curtir sua noite com alguma garota? –falo fingindo ser meiga.

-É o que eu to tentando fazer, porem ela é bem difícil e sincera. –típico, é sempre isso que os homens falam, tsc, como se eu fosse fácil.

-Ai, tchau. –viro as costas e ele me prensa, sinto seu membro e fico desesperada, ele tampa a minha boca com uma das mãos dele e segura meus pulsos com o outro, droga odiava ter pulsos tão finos.

-Você me excita, sabe? –ele se esfrega em mim, tsc que nojo. -Eu quero você. –morde meu pescoço forte e começo a chorar, eu não queria perder minha virgindade assim. –Com suas atitudes infantis você se mostra ser uma virgem, ou uma garota muito insegura em relação ao sexo. –minhas lagrimas molham a mão dele. –Acho que fico com a primeira opção. –ele me solta e me deixa sozinha.

Recuperando o ar, entro no meu carro saindo dali o mais rápido possível. Ele era assustador. Nunca mais vou sair de casa.

Chego em casa, abro o portão e coloco meu carro na garagem, depois disso tomo um banho tentando não fazer muito barulho para não acordar meus pais.

Entro no meu quarto acendendo a luz e vendo meu sobrinho dormindo na minha cama, logo deduzo que a vadia da minha Irma tá biscateando por ai e deixou ele aqui, de novo.  

Pobre criança, ele não teve uma infância fácil, minha família é daquelas tradicionais, meus pais são casados a mais de vinte anos, minha mãe quando se casou com meu  pai, tinha dezessete anos, ela se casou por que estava apaixonada, e ela me disse que foi ai que ela  se ferrou, logo no começo do casamento deles, ele a levou para morar no sitio, ela era moça de cidade, se ferrou muito carpindo a roça, sem ganhar um tostão. Ela teve a minha Irma depois dos vinte, e a Konan, a Konan...

Konan sempre deu trabalho para todos, ela era muito teimosa, desde criança ela sempre foi assanhada, com doze anos ela conheceu o Sasori, pai de Kenji(meu sobrinho.)

Aos quinze ela apresentou ele ao meus pais, logo de inicio meus pais não gostaram dele. Diziam que ele não era para Konan, e ela insitiu nisso, e fez uma das loucuras dela.

Pelo menos essa loucura, no fim resultou em algo bom, o Kenji!

Ela engravidou e falou pros meus pais, eu tinha nove anos na época, quase fazendo dez. Tive um dia de passeio na escola, ela me buscou e a briga rolou solta.

Meus pais saíram, por que foram falar com o meu avô paterno. Pedir para que ele arranjasse uma casa para ela morar, digamos que meu avô paterno é bem rico, porem ele nos odeia, sem motivos.

Nesse meio tempo, minha Irma fugiu de casa me deixando sozinha. Eu chorei tanto pedindo para que ela não fosse. Ela nem deu bola, foi viver a vida dela, e quebrou a cara, por que depois de três dias ela ligou, nos pedindo desculpas.

Entre muitas brigas com Sasori ela voltava pra casa, me obrigava a fazer faxina, ela sempre foi ruim pra mim, sempre me bateu na minha infância, ela cuspia no meu rosto, me humilhava, ameaçava contar coisas inexistentes pros meus pais, o que dizer?

Uma vez ela me bateu tanto, mais tanto que eu desmaiei, ela ficou desesperada, e depois que eu acordei muito dolorida e só acordei quando minha mãe foi mexer comigo, ela falou pra mim mãe que eu tava dormindo. Meus pais sempre estavam ocupados.

A minha infância não foi boa. Eu perdoei ela, mesmo ela não me pedindo perdão. Eu tento não ser ruim pra Kenji.

Enfim, depois de muitas brigas e voltas, ela e Sasori brigaram, e ela saiu com a moto dela sozinha. O resultado disso foi um terrível acidente, e ela tendo algumas cicatrizes pelo corpo.

Depois disso, ela não voltava mais pra casa, até que um dia ela voltou, Sasori não queria mais ela, ele tinha vergonha dela, vergonha. Dizia que ela estava horrorosa.

Dói em mim isso.

Eu sempre estive lá quando ela precisava, sempre tentei ser uma boa Irma.

Algum tempo depois, tipo uns três anos, ela se reergueu, tomou alguns remédios e ficou com o corpo bonito, antes ela era gordinha.

Ela saia mais, e deixava Kenji aqui em casa. Ela passou a ser mais vaidosa, passou a se importar só com ela, e abandonou Kenji.

Sasori não dá a mínima pra Kenji, se for ver bem essa criança não tem um pai e nem uma mãe, ambos estavam ocupados em cuidar somente da vida deles.

Minha vida não é tão fácil, porem, apesar de tudo eu cresci tendo um pai e uma mãe por perto, mesmo eles sendo muito ocupados no trabalho.

Eu sou a filha exemplar, não gosto de dar trabalho pros meus pais. Quase não vejo mais Konan, ela não tem contato com meus pais, ela só deixa o Kenji em frente de casa e sai e ela só vem falar comigo quando precisa de dinheiro.

-Tia? –Kenji acorda um pouco assustado.

-Oi Amor. –o abraço, dando um beijo na testa  dele, ele tinha dez anos.

-Konan me deixou aqui de novo. –ele falava.