História Not over yet- Neutral ending (Sans x Frisk) - Essa vai

   “A barreira era a prioridade dos presentes agora... Assim como também o aniversário de Frisk.”

   Mais alguns dias se passaram. Durante esse tempo, Toriel e Asgore voltaram a governar o subsolo em harmonia, porém algo ainda incomodava a rainha... Algo... Que teria que ser resolvido com o próprio Asgore para que Toriel tirasse esse peso de suas costas.

   A rainha tomava café da manhã na casa dos irmãos Skeleton. Iria comprar as coisas para a festa de Frisk com as duas humanas e seu marido. Aproveitariam que Mettaton estaria ocupado com seu “fabuloso” MTT NEWS da manhã e escapariam de todo aquele “glitter”.

   Chris já estava sentada à mesa, saboreando uma torta feita por Toriel. A única ainda na cama era a de cabelos curtos, que apareceu minutos depois de Sans adentrar na cozinha, cumprimentar as presentes e ir em direção a geladeira para pegar uma garrafa de ketchup, como de costume.

—Que cara é essa? — Perguntou a de olhos verdes ao ver Frisk entrar no local com uma cara enjoada e respiração pesada.

—... — A garota não respondeu a amiga, apenas procurou algo para comer ainda mantendo a expressão.

—Dor de barriga, né?

—Eu to bem! — Pelo tom manhoso –e ao mesmo tempo raivoso- da humana era obvio que mentira.

—Ah é? — Se levantou colocando um imenso pedaço de torta em um prato e aproximando o alimento do rosto de Frisk — Então não vai haver problema em comer um pedacinho dessa SABOROSA torta de caramelo e canela feita pela sua querida mamãezinha!

—... — Frisk respirou mais pesado ainda ao fitar a guloseima tão próxima de sua face e virou o rosto, comprovando que Chris estava certa.

—Sabia!  — Descansou o prato na mesa — É melhor você ficar aqui enquanto eu e a Toriel compramos as coisas.

—Não! Eu estou ótima!

—Ela está certa, minha criança... — Toda a atenção do local agora era voltada para a rainha — Você deve ficar aqui, caso este enjôo piore! — Frisk abriu a boca para falar algo, mas foi cortada pelo esqueleto baixinho, que não falara nada até o momento.

—Kiddo... Acho que todos concordamos ao dizer que você tem que ficar em casa...  — Aproximou-se — Eu posso cuidar de você! Não se preocupe!

—Eu to be-Atchiiim.

—Ta vendo? Agora começou a espirrar! — Falou Chris com um tom de “eu tenho razão”.

—Vem, Kiddo... — Sans sabia que a garota não iria segui-lo de bom grado, então pegou-a no colo e foi escada acima com uma Frisk tentando se soltar.

—Ela estará em boas mãos... — Disse Toriel sorrindo.

— MUITO boas mãos! — Enfatizou Chris.

   As duas saíram após um tempo, já encontrando Asgore na frente de uma das muitas lojas que visitariam naquele dia.

   Ao longo do caminho e das lojas em que passavam Asgore percebia que algo incomodava Toriel... Sua maneira de agir estava... Estranha... A verdade é que a cada minuto que a rainha passava ao lado de seu amado, a tristeza e a culpa cresciam mais e mais, porém Toriel estava disposta a dizer o que sentia. Bastou a oportunidade de Chris deixá-los sozinhos para ver outros objetos.

—Asgore... — Saiu do lado do marido e se posicionou a sua frente — Eu... — Abaixou a cabeça — Sinto muito... — O rei fez uma expressão confusa — Eu... — Suspirou — desde que nossos filhos morreram... Bem... Desde que eu sai das Ruínas eu... — A forma de não saber se expressar fazia a rainha pausar sua fala — Você sofreu muito naquele dia... Assim como eu... A maneira de expressar nossa dor era diferente e eu... Fiquei com raiva disso... Naquele dia você se tornou o monstro mais frio pra mim... O que menos realmente se importava com todos, independente de ser monstro ou humano... Eu só queria te esquecer... Pra mim você era a criatura mais tenebrosa do subsolo... Mas... Assim que eu soube da sua morte... Um arrependimento veio em mim... E-E... — As lagrimas começaram a se formar no rosto de Toriel e sua voz começou a ficar trêmula — Todos os dias que não passávamos juntos... Naquela hora soaram como se eu dissesse “Eu te odeio” pra você... Eu percebi que eu deixei o ódio tomar conta e me cegar... E foi exatamente isso que eu repreendi em você... — Toriel não conseguia dizer mais nada. Asgore abraçou sua mulher descansando a cabeça em seu peito. Após algum tempo Asgore segurou os ombros da esposa fazendo-a olhar em seus olhos. Sorriu e disse.

—Não precisar se desculpar Tori... Eu também errei... E além do mais... Deixe o passado no passado! — Toriel sorriu enquanto lagrimas ainda saiam de seus olhos e o abraçou.

—Meu fofucho... — Disse.

—Ai! — Chris veio até o rei e a rainha — Eu já- Eta... — Viu o pelo molhado marcado pelas recentes lágrimas no rosto de Toriel e imaginou ter chegado em um mau momento — Uh... Eu interrompi algo?

—Oh... Não! Não! — Saiu do abraço limpando as lágrimas, enquanto Asgore ajeitava sua postura e mudava sua feição — É... Queria nos falar algo?

—Sim! Eu ia dizer que já pegamos tudo pra festa da Frisk! Já podemos ir embora!

—Oh! Certo, certo!

—Eu levo as compras para o castelo — Pegou as sacolas das mãos de Chris e no chão — Vocês podem ir ver como Frisk está! — Asgore se curvou um para ficar do tamanho de Toriel, enquanto a mesma segurava o rosto de seu par e esfregavam os focinhos.

—Até mais tarde meu fofucho! — Disse com suas testas encostadas.

—Até mais tarde Tori! — Chris revirava os olhos enquanto a despedida melosa acontecia. Quando finalmente acabou Toriel se virou para Chris e foram na direção contraria de Asgore.

->->-> Casa dos irmãos Skeleton <-<-<-

   Frisk estava sentada na cama de Sans com um cobertor sobre seu corpo colocado ali pelo mesmo. A garota nem tentara sair. Sabia que Sans a impediria de sair, então estava lá, com a cara emburrada fazendo birra como uma criança.

   A garota não estava de cara feia por não poder ir às compras com seus pais e sua amiga. Estava brava, pois Sans estava a tratando como bebê e não só naquele momento. Parecia que todos os dias o esqueleto não via nada mais em Frisk do que uma criança, e isso ficava martelando em sua cabeça fortemente.

—Aqui esta! — Sans entrou emburrando a porta de lado, pois suas mãos equilibravam uma bandeja contendo uma tigela de sopa quentinha feita pelo mesmo que trajava sua roupa costumeira, porém com um avental rosa claro com um coração (ou alma) no meio e luvas de borracha. Se sentou na cama e descansou a bandeja na cama — Tó! — Estendeu somente a tigela.

—Não! — Fez birra.

—Vai, Kiddo!

—Nãão! — Cobriu sua cabeça com o cobertor ainda sentada. Sans não pode de soltar um pequeno riso. Tirou as luvas e descobriu a cabeça da amiga.

—Por que você ta tão birrenta?

 —Eu não to birrenta. Eu só... — Suspirou — Sans desde que eu retornei aqui sinto que você ainda me trata como uma criança — O sorriso no rosto do esqueleto se desfez –o que era raro- — Eu não sou mais a garotinha de 10 anos confusa que caiu aqui... Poxa... Eu já vou fazer 16 anos! E sinto que você me trata como um bebe — falou levantando os braços apontando para os lados com a mão aberta indicando que o esqueleto estava fazendo aquilo agora — Eu... cresci... Sans... — Abaixou a cabeça.

—Sinto muito... Acho que não percebi como eu estava te tratando... — Abaixou a a cabeça também. O silencio e o clima chato permaneceu por alguns minutos até Frisk decidir brincar para tirar o clima pesado.

—Tá, mas agora tira esse avental ridículo ai — Falou rindo e tirando e puxando o avental de Sans de forma que o mesmo saíra.  

—Hey! — Falou rindo também. Se Inclinou um pouco para pegar o avental na mão de Frisk, mas a mesma distanciou ainda mais o objeto usando as mãos deixando seu corpo imóvel.

   O ato fez com que Sans inclinasse o corpo para tentar alcançar a roupa fazendo seus rostos ficarem tão próximos que um podia sentir a respiração do outro. Ficaram um tempo se encarando enquanto coravam. Sans aproximou seu rosto ainda mais fazendo seus lábios (?) tocarem os da morena que fechava os olhos e abaixava os braços que seguravam o avental suavemente. Logo o esqueleto pediu passagem com sua língua. Os dois aproveitavam o momento como se esperassem isso a séculos!