História Not over yet- Neutral ending (Sans x Frisk) - Just One

   “A batalha foi finalmente encerrada, porém de uma maneira trágica, um dia tão especial se tornando um dia cinza e triste. Nada mais se ouvia, estavam todos imobilizados pelo ocorrido, ninguém se atrevia a se mexer.

   Undyne encontrou-se ao chão de joelhos se curvando em seguida para dar um soco no piso. Asriel se encontrava curvado ao solo tentando suportar a dor que sentia. Lagrimas se formavam nos olhos dos Dreemurr e nas orbitas de Sans. O resto das pessoas estavam completamente perplexos.”

   Frisk e Chara apresentavam-se inconscientes, os corpos estavam sobre duas macas lado a lado e Gaster se encontrava ao lado de Alphys, entre o espaço das macas em frente a pequena alma de Frisk que brilhava como uma chama fraca que ameaçava a apagar a qualquer momento. Anotava tudo que parecia ser de extrema importância para o diagnostico das suas humanas.

   Os outros monstros aguardavam sentados na sala ao lado alguma informação sobre as garotas. Undyne caia sobre a parede apoiando o pé esquerdo na mesma, as vezes colocando seus dois pés sobre o chão para virar seu ombro direito para a parede. Sans andava de um lado para o outro apreensivo só conseguia pensar no pior, suas orbitas escuras tornavam seu eterno sorriso assustador e Papyrus tentava ser otimista em silencio. Asgore e Toriel estavam sentados em nas cadeiras em frente a porta aberta, com seu filho entre eles. Asriel era o que parecia mais tenso, tinha uma expressão de susto além de dor causada pela mesma coisa que tornará Frisk e Chara inconscientes. Sua barriga estava enfaixada, simplesmente para evitar o contado do remédio, colocado na área para tratar da dor, com o tecido de seu suéter.

 Gaster e Alphys finalmente saíram da sala, fazendo com que os que estavam sentados se levantassem e todos os presentes os fitassem.

—E então? Alguma novidade? — Perguntou Asgore apreensivo.

—Por favor, Gaster, diga que minhas crianças ficarão bem! — Implorou Toriel entrelaçando suas próprias mãos como tentativa de controlar sua ansiedade e desespero.

—O-O D-D-Doutor G-Gaster a-a-a-ainda n-não c-concluiu todos os e-exames... A-Ainda iremos l-l-levar os d-dados o-observados s-sobre as humanas p-para o l-laboratorio e v-ver o-o-o que a-aconteceu. — Respondeu Alphys no lugar de Gaster, já que o mesmo ainda não conseguia falar sem embaralhar a fala com WingDings.

—Acho que o melhor à fazer agora é irmos todos para casa tentar descansar... — Disse o rei suspirando.

—Sem chance! Não deixarei a Kiddo sozinha! — Protestou Sans serio.

—E-eu também não quero deixar a Chara... —  Disse Asriel timidamente. Toriel se abaixou para encarar melhor seu filho.

—Querido... Eu sei que quer ficar aqui com sua irmã e ver como ela vai ficar, eu também estou muito preocupada, mas... O seu pai tem razão. Devemos ir para casa, recuperar nossas energias, acabamos de sair de uma batalha — Toriel permaneceu em silencio durante um tempo para fitar seu filho até voltar a falar — Depois voltaremos para visitá-las, ok? — Asriel balançou a cabeça de forma positiva. A rainha voltou seu olhar para Sans que se mostrava de costas para ela. Toriel se ergueu e foi em direção ao esqueleto menor.

—Você também Sans. — O esqueleto olhou para ela — Acabou de dar tudo de si em uma luta. Precisa descansar! — Colocou a mão sobre seu ombro — Frisk ficará bem! Está nas mãos de Gaster! E Christina está lá dentro, cuidando das duas por nós! Qualquer novidade ela nos avisará!

   O esqueleto suspirou olhando para baixo. Tinha que concordar que a rainha tinha razão, estava exausto e seu irmão completamente desnorteado. Papyrus foi o principal motivo pelo qual Sans voltou para casa, não queria deixar seu irmão sozinho depois daquele episodio, porém... Também não queria deixar sua amada.

   Finalmente chegou a hora de dormir. Os Dreemurr encontravam-se na casa de Toriel. Asriel dormia na antiga cama de Frisk, ou melhor, tentava dormir. Virava de um lado pro outro sem conseguir fechar seus olhos, estava completamente acordado: O que aconteceu com as humanas? Frisk ficará bem? E o mais importante... Chara voltaria para ele?

   O pequeno príncipe saiu de sua cama em direção ao grande buraco, onde todos os humanos haviam caído. Observou a cama de flores e parecia ver o dia em que viu Chara pela primeira vez.

->->-> Há muito tempo.... <-<-<-

   Asriel brincava solitário pelo Underground quando um som, muito parecido com um choro, foi ouvido por ele. O herdeiro do trono seguiu o som até um local afastado, lá encontrou uma criança humana que chorava com o rosto colado ao chão. 

—O-olá... — Aproximou-se timidamente da criatura.

   A menina assustada, sentou-se no chão e procurou o dono da voz direcionada a ela. Ao olhar para frente, pôde ver um monstro sair do escuro lentamente. A humana abriu a boca para gritar.

—Oh, não, não, não, por favor! —Estendeu as mãos para frente — E-eu prometo que não irei te machucar! — Disse suave.

   O príncipe se aproximou da desconhecida que recuou um pouco. Os dois ficaram se encarando por alguns instantes até o príncipe de ajoelhar no chão, dando um susto na humana que recuou de reflexo, ficaram se encarando por mais tempo até o pequeno monstro estender sua mão em direção a humana.

—Dreemurr, Asriel Dreemurr. — Permaneceu com sua mão estendida a fim de que a garota a apertasse. A de curtos cabelos hesitou um pouco, antes de tocar na mão do mais novo amigo, ainda, apreensiva.

—Chara...

->->-> Tempos atuais <-<-<-

   O jovem retornou até sua casa, mas não foi diretamente para o quarto. Ficou parado observando a escura sala de estar – que era uma cópia da que se encontrava no palácio – Lembrou-se de  mais um dos episódios com Chara que ficaram marcados em sua memória.

->->-> (Vou mudar o nome dessa fic pra “De volta ao passado”) <-<-<-

—Papai, vai demorar muito? — Perguntava Asriel ao seu pai, ansioso para ir à festa anual do palácio em homenagem aos grandes guerreiros monstros que lutaram bravamente durante à Guerra e honrar o único guerreiro monstro ainda vivo: Gerson.

—Bom, temos que esperar as damas... Sua mãe está ajudando com as roupas de Chara. Assim que elas terminarem iremos. — O príncipe impaciente saltou do sofá em que estava sentado e mirou o corredor que dava aos quartos.

—Chara vá logo! Não entendo porque tanta dem- — As palavras de Asriel foram interrompidas por um suspiro do mesmo, após as mulheres finalmente apresentarem-se. — Uau... — Disse baixo.

   Chara trajava um vestido verde claro rodado que ia até seus tornozelos, em seu cabelo, sua franja era segurada por uma presilha amarela fazendo destacar ainda mais seus belos olhos. Ao contrario dos outros dias, a garota não mantinha seu olhar frio com sua expressão indiferente. Seus olhos que procuravam um lugar para olhar fixamente mostravam-se tímidos, assim como o sutil sorriso no rosto da garota, sua cabeça estava levemente abaixada por conta da “vergonha”.

   Um momento inesquecível por vários fatores: Chara estava simplesmente linda aos olhos de Asriel, e foi a primeira e única vez que o príncipe vira a humana de um jeito tão meigo e fofo. Simplesmente uma noite linda... Assim como ela....

->->-> Atualmente <-<-<-

—Asriel! Querido, acorde! — Toriel chacoalhava de leve seu filho com o intuito de acordá-lo.  

—Huh? — O monstrinho abria seus olhos lentamente soltando um suspiro forte.

—Vamos ao laboratório de Alphys e Gaster ver a situação das meninas! Por que dormiu no sofá? Não seria mais confortável dormir na cama?

—Eu...  — Sentou-se no sofá desnorteado por conta do sono — Estava sem sono e fui dar uma volta...

—Certo. Vou preparar o café da manhã. Apronte-se para irmos! — Disse se levantando e indo em direção a cozinha.

->->-> No laboratório <-<-<-

—Certo, Gaster. — Falou Chris — Estão todos aqui, diga logo o quadro das meninas.

—O-o  D-Doutor Gaster e e-eu fizemos p-pesquisas p-p-para descobrir o-o que exatamente a-a-aconte-t-teceu... D-Descobrimos que... C-Chara fundiu o-o que restava de s-sua alma c-c-com a-a d-d-d-de F-Frisk... E-E b-bem... I-Isso é irreversível... N-Na verdade nem sabemos c-c-como C-Chara fez isso, m-mas u-uma a-a-alma só pode ha-habitar um corpo.

—E o que isso quer dizer? — Perguntou Asriel.

   Gaster, que estava de costas até o momento checando sua prancheta, virou-se de frente para todos.

—Q*e $om@nt& *m% $ob*evi*e