“—O-o D-Doutor Gaster e e-eu fizemos p-pesquisas p-p-para descobrir o-o que exatamente a-a-aconte-t-teceu... D-Descobrimos que... C-Chara fundiu o-o que restava de s-sua alma c-c-com a-a d-d-d-de F-Frisk... E-E b-bem... I-Isso é irreversível... N-Na verdade nem sabemos c-c-como C-Chara fez isso, m-mas u-uma a-a-alma só pode ha-habitar um corpo.
—E o que isso quer dizer? — Perguntou Asriel.
Gaster, que estava de costas até o momento checando sua prancheta, virou-se de frente para todos.
—Q*e $om@nt& *m% $ob*evi*e”
Bip... Bip... Bip... Era o único som que conseguia ser ouvido da sala de cirurgia, juntamente com alguns sons de ferramentas cirúrgicas. Todos demonstravam-se muito apreensivos enquanto aguardavam na sala de espera.
Bip... Bip... Bip... Biiii- Este era o som de que a “cirurgia” finalmente tinha acabado e uma das humanas agora havia ficado sem vida. Todos tinham entrado em um acordo: não escolheriam a humana de quem seria tomada a vida. Simplesmente iriam deixar com que a “mais fraca” fosse.
Gaster e Alphys saíram da sala em passos – no caso de Gaster, como não possuía pernas, rastejava com seus “tentáculos” – lentos e cabisbaixos.
—E então? — Perguntou Toriel.
—A-A h-h-humana sobrevivente p-p-passa b-b-bem... E-E-E e-est-t-ta f-fora de perigo...-
—Certo, certo, mas quem foi a humana sobrevivente?!! — Sans, já muito aflito, saiu da cadeira que estava sentado.
—F-F-Frisk... — Deu um leve suspiro, juntamente com toda a sala que parecia mais calma —... N-não sobreviveu...
—O que?! — Os presentes ficaram em estado de choque. Então era isso? Chara foi a preferida do “destino” para permanecer nesse mundo? Aquela na qual havia cometido tantos assassinatos? Por que ela e não Frisk? Por que justamente quando a história dos dois juntos estava prestes a começar? Essas eram as perguntas que rodavam em volta da cabeça de Sans.
Finalmente chegou o dia do velório. Um caixão branco na cor da alma de Frisk tinha sido preparado. Asgore colocou a pequena dentro da urna, em seguida todos abaixaram suas cabeças, mas num flash de luz inesperado Sans encontrava-se sozinho e o caixão de Frisk fechado. Batidas podiam ser ouvidas.
—SANS!! — Era Frisk, gritava horrorizada dentro do caixão.
—Frisk!! — Sans correu em direção ao caixão, porém Chara apareceu bloqueando sua passagem. Esta tinha um sorriso perverso em seu rosto como se debochasse de Frisk — Sua assassina CRUEL!! — Dita estas palavras o olho de Sans começou a brilhar, alternando em azul e amarelo.
—SANS! SANS! SANS! — Gritava com todas as suas forças a humana desesperada, enquanto batia na caixa em que se encontrava presa.
—SANS! SANS! — Chara pegou sua faca e a cravou no caixão de Frisk podendo chegar ao peito da mesma.
—FRISK!!
—SAAAANS!
—Sans! Hey, Sans acorda!! — Asriel chacoalhava Sans que havia adormecido em cima do balcão de Grillby.
—Huh? — Endireitou sua postura passando a mão pela face.
—Você parecia estar tendo um pesadelo. — Se sentou ao lado de Sans.
—Não era nada... Eu apenas-
—Estava pensando no que Gaster disse, não é? — Interrompeu — Eu sei... Também não paro de pensar nisso... É claro que deve ser muito mais difícil pra você... Já que você e Frisk acabaram de começar e... — Sans Fechou uma orbita (?) olhando para Asriel.
—Não... — Olhou para frente em seguida fechando os olhos — A sua dor deve estar sendo pior, já que você nem conseguiu dizer a Chara que a amava... — Reabriu uma de suas orbitas.
—O-O que?
—Well, disfarçar não é o seu forte, bro. — Grillby que secava um copo, ouvia tudo atentamente e não pode deixar de dar uma leve risada.
—Do que está rindo? — Grillby colocou seu pano nos ombros e se debruçou no balcão encarando o príncipe.
—Posso me lembrar das vezes que estiveram aqui. Desde a primeira, até a última vez, e bem... Posso dizer que vocês não desgrudavam... Ou melhor, você não desgrudava dela. — Asriel não pôde deixar de corar.
—Mas que amor duradouro... — Brincou.
—Eu não-
—Desde que eram crianças? Eu nem estava aqui na época! — Olhou para Grillby. — Tinha sentimentos por ela quando era Flowey?
—Já chega! — Asriel saiu do local furioso.
—Heh, ele está perdidamente apaixonado por ela... — O barman balançou a cabeça concordando. — Certo, eu também vou indo — Virou a garrafa de ketchup para beber o resto — Põe na minha conta, Grillby!
->->-> Muito tempo depois, já no laboratório <-<-<-
— E então... Qual delas nós queremos que sobreviva? — Chris perguntou.
—Não é obvio? Frisk, é claro, quem quer Chara viva?
—Undyne! — Disseram.
—Qual é! Não escondam isso. Todos nós sabemos que Frisk é a preferida daqui, porque ao contrario da louquinha ali, ela nunca tentou nos matar. — Todos abaixaram a cabeça, como se estivessem se entregando.
Depois de uma longa discussão, finalmente entraram em um acordo: que a mais forte sobreviva.
Gaster e Alphys ainda estavam se preparando para a cirurgia, mas isso já estava deixando todos angustiados, principalmente Sans. Até agora, tudo parecia muito semelhante ao seu sonho e isso o preocupava cada vez mais.
Horas depois, os cientistas saíram da sala logo após um dos monitores cardíacos indicar uma morte.
—E então? — Pergunta Toriel.
—A-A h-h-humana sobrevivente p-p-passa b-b-bem... E-E-E e-est-t-ta f-fora de perigo...-
—Certo, certo, mas quem foi a humana sobrevivente?!! — Sans, já muito aflito, saiu da cadeira que estava sentado.
—F-F-Frisk... — Deu um leve suspiro, juntamente com toda a sala que parecia mais calma — Passa bem, infelizmente Chara se foi...
Lagrimas estavam se formando nos olhos de Asriel, mas antes que pudessem fazer qualquer coisa ouve-se um som.
—Ugh... — Um gemido baixo foi ouvido, todos pararam o que estavam fazendo – não que estivesse fazendo alguma coisa – para procurar o emissor do som.
De repente, em uma maca ao canto. Se levanta uma figura bem conhecida por uma parte dos presentes.
—O que estão olhando seus idiotas? — Era Flowey. Todos se levantaram admirados e confusos. Como Flowey teria sobrevivido?
Gaster foi até a flor e tentou analisar confuso o que acontecera.
—I&cri#el... M@!mo c%m p#rte d@ &ua ES*ên@ia t!r s%#o Tr*ns*&rida p@ra Asrie!, $le a!n$a viv*... Dr. Alp&ys... Co*o f#z i&so?
—Do que isso importa agora? — Perguntou Undyne.
Gaster virou para Undyne serio, com uma postura ereta.
—P%de s*! a nos*& ch@v# p]r* sa&v#$ Ch]#a.
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