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História Not Safe - Obrigada


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oooooi gente <33
Eu achei esse capitulo bem bonito quando o escrevi, então espero que vocês gostem também <33
Boa leitura <33

Capítulo 16 - Obrigada


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Obrigada

Pov – Caroll

Decido ir para casa, estou ciente de que preciso tomar um banho, então assim faço. O dia está bonito e silencioso, como se fosse a um ato de respeito pela morte. Caminho devagar pelas ruas e assim que adentro minha casa vou direto para o banheiro. Tomo um banho longo, e tento deixar tudo o que sinto ser levado pela água que escorre pelo meu corpo. Logo depois troco de roupa e passo pelo quarto de minha mãe para ver se ela já chegou. Então posso vê-la deitada em sua cama, como se ainda estivesse em choque, suspiro profundamente com uma dor imensa em meu coração e saio de casa novamente, não quero ficar presa a um lugar que me faz lembrar cada vez mais de meu pai. Caminho sem rumo, deixo com que minhas pernas me levem para qualquer lugar, apenas preciso me distrair um pouco e esfriar a cabeça. Acabo chegando até onde Mistério está, o acaricio um pouco e logo depois me sento no tal banco de madeira onde costumava me sentar com meu pai. Cruzo minhas pernas em cima do banco enquanto fito o gramado logo a minha frente. Em questão de segundos minha visão se embaça com as lagrimas e posso sentir um aperto forte em meu coração. Não sei o que está acontecendo, eu começo a chorar do nada, mesmo quando não estou pensando nele eu choro. Soluços aparecem entre o choro, e a falta de ar surge junto, me causando pontadas na cabeça. Automaticamente deposito minhas mãos até a mesma, em uma tentativa falha de fazer a dor passar. Depois dessa crise, vou me acalmando aos poucos. Apoio minhas mãos em minhas pernas e abaixo a cabeça, permanecendo com os olhos fechados.

—Caroll?! – ouço a oz de Carl se aproximando – você não pode continuar assim... – ele se abaixa na minha frente.

—E o que você quer que eu faça? A única coisa que eu sinto é vontade é chorar.

—Eu sei como é isso, eu passei pela mesma situação que você está passando agora... Mas a questão aqui é que eu não posso deixar você se afundar nisso, porque ficará cada vez pior, só irá piorar a cada dia.

—Por que está fazendo isso por mim? – digo baixo.

—Porque não consigo te ver desse jeito. Mesmo você não gostando de mim, e me achando um completo idiota, eu me importo com você e te considero minha amiga Caroll – ele pondera por um instante, mas eu não digo nada – isso não apenas te afetará, mas como também afetará a todos que gostam de você, inclusive eu – ele deposita suas mãos sobre as minhas e eu permaneço de cabeça abaixada – por favor não se deixe levar por essa dor... Eu sei que ela não passará tão cedo, talvez nunca passe, mas você terá que seguir em frente, tem que mostrar ao seu pai que você é forte, faça isso por ele Caroll... Será difícil, eu sei. Mas você aprenderá algo com tudo isso.

— Dolor hic tibi proderit olim – digo erguendo a cabeça devagar.

—O que é isso? – ele parece confuso.

—É em Latim. Significa “um dia esta dor será útil para você”... Meu pai sempre dizia isso quando tudo ia de mal a pior.

—Seu pai era muito sábio, ele tinha razão sobre isso... A dor sempre é útil pra gente de alguma forma – ele diz com um sorriso esboçado no canto de seus lábios – e você acha mesmo que ele iria querer te ver assim? – ele me questiona olhando no fundo de meus olhos intensamente – o que você acha que ele diria sobre o seu estado nesse momento?

—Ele teria uma boa teoria para o assunto e diria tudo o mais filosoficamente possível – dou um riso anasalado – obrigada Carl, você me fez querer seguir em frente.

—É isso o que os... Amigos fazem – ele sorri sem graça.

—É – sorrio para ele, o mesmo se levanta e estende a mão para mim – onde vamos? – seguro sua mão.

—Dar uma volta – ele me puxa andando devagar.

—Que tal se formos de cavalo?

—Boa ideia – vamos andando até o Mistério.

Carl monta no cavalo e estende a mão novamente para que eu suba também, e assim faço. Envolvo meus braços envolta da cintura de Carl, e logo Mistério começa a caminhar devagar. Andamos praticamente a comunidade inteira, apenas por distração e posso dizer que foi ótimo fazer isso, pois me sinto melhor. A cada dia estou percebendo o quanto Carl é legal e me faz bem, aos poucos ele conseguiu conquistar minha amizade, o que era algo que eu realmente nunca imaginei que aconteceria. Ele me da forças, para poder continuar, ele conseguiu encontrar as palavras certas para poder me incentivar a isso. Ele está conseguindo aos poucos se tornar alguém importante para mim. No meio dessa dor, no meio de tantos sentimentos, no meio de tantas coisas sombrias Carl conseguiu me fazer sorrir novamente, ele conseguiu fazer algo que dificilmente alguém faria. Eu me encontrava dentro de um mundo totalmente já sem cor e sem vida, e Carl apareceu aqui pra poder devolver a cor, devolver a vida pra mim.

Digo que tenho que voltar pra casa, então ele cavalga até a frente da mesma, eu desço e o agradeço. Entro em casa e noto que não tem ninguém. Não sei onde meu irmão Spencer e a minha mãe foram, mas sei que logo voltarão. Vou para meu quarto e deito em minha cama, relembrando o dia que tive, e de certa forma me sinto mais aliviada. Fecho os olhos e acabo cochilando.

[...]

Acordo com o barulho da porta batendo bruscamente e então abro os olhos assustada, notando a presença de Ron em meu quarto. Não dormi por muito tempo, talvez apenas alguns minutos, tempo suficiente para ele conseguir entrar aqui sem que ninguém o visse.

—Ron?! O que você está fazendo aqui? – me sento rapidamente na cama.

—Depois de tudo o que aconteceu a gente não teve tempo pra conversar...  – ele se aproxima devagar e com uma capa de psicopata que me faz ficar com medo.

—Não tenho nada pra conversar com você – me afasto cada vez mais ainda sentada.

—Mas é claro que tem! Se existe uma pessoa culpada por minha vida estar assim, essa culpada é você. Meu pai está morto agora, por que você o matou.

—Seu pai era um imbecil, se eu estou sem meu pai agora é porque o SEU pai o matou, eu só fiz o que foi preciso fazer. Estamos na mesma situação. Mas pelo menos eu sei que meu pai morreu como um homem de verdade, e não como um covarde que batia na própria esposa.

—Cala a sua boca – ele se aproxima de mim e sinto o seu hálito que cheira álcool.

—Você está bêbado Ron – faço careta – então acho melhor você ir embora! Ou vai bater em mim também?

—Já disse pra você calar a boca! – ele começa a alterar o tom de voz e segura meu braço com toda força.

—Tira a mão de mim Ron – eu estou completamente tomada pelo medo, nunca pensei que fosse sentir tanto medo dele.

—Você pode me recompensar de alguma forma – ele vai se aproximando com uma voz maliciosa – eu estou solteiro e você também está, então que tal se nós... – ele começa a passar a mão pelo meu corpo.

—SAI RON! – eu me desespero, começo a gritar e tentar empurra-lo.

—Calma Caroll! Está tudo bem – ele diz irônico e começa a abaixar a alça da minha blusa.

A única coisa que consigo fazer é tentar empurrar ele, mas é como se fosse inútil, ele é mais forte que eu, não irei conseguir sair daqui desse jeito. Me debato enquanto ele continua passando as mãos pelo meu corpo e beija meu pescoço, deixando esse hálito de bebida alcoólica na minha pele. Meu desespero consegue ser maior que minha força, não sei o que fazer quanto a isso.

—RON, ME SOLTA! SOCORRO! POR FAVOR ALGUEM ME AJU...

—Quietinha – ele tapa minha boca com uma mão e com a outra ele tenta tirar minha blusa, mas não tem sucesso.

—Pa-ra Ron – eu começo a chorar tentando falar quando ele afrouxa a mão de minha boca.

—Tira a mão dela seu idiota! – Carl entra no quarto e segura Ron por trás, o tirando de cima de mim.

Eu fico paralisada chorando, ainda sentindo o desespero dentro de mim. Carl joga Ron no chão e começa a distribuir socos pelo rosto do mesmo até ele apagar. Ele se levanta e me olha ofegante. Permaneço ali sentada, não estou com condições de me levantar, a adrenalina do meu corpo ainda não passou, o medo ainda está aqui, estou com medo de Ron e do que ele possa fazer quando acordar.

—Obrigada... Por tudo – agradeço.

—Pode contar comigo – ele responde.

Devo meus agradecimentos a Carl Grimes, por cada coisa que ele me fez hoje.

 

 


Notas Finais


Aos poucos eles estão se aproximando *-*
Quis mostrar o lado bom e carinhoso dos dois, o lado com que eles se importam um com o outro... E daqui pra frente eles ficarão cada vez mais proximos!
Espero que tenham gostado, deem a opiniao de vocês, bjos <33


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