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História Not Safe - Tenho que aguentar firme


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiiii divas minhas <33

Quero agradecer vocês pelos comentários e também pelos 161 favoritos, eu estou muito feliz, vocês são demais amo todas vocês <333 E obrigada também pelo carinho...

Boa leitura <3

Capítulo 24 - Tenho que aguentar firme


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Tenho que aguentar firme

Novamente a dor toma conta de mim. Não quero mais acreditar que existe algum lugar seguro, porque realmente não existe. Minha mãe está morta agora, morta dentro da comunidade onde ela sempre acreditou que seria um lugar seguro.

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Pov – Caroll

Minha esperança nesse momento? Bom, posso dizer que ela se foi totalmente, isso se eu ainda tivesse um pouco de esperança dentro de mim. Durante esses poucos minutos que fiquei aqui no chão chorando, tentei processar alguma coisa em minha cabeça, mas não consegui, tudo está uma imensa bagunça. Está tudo misturado. Ainda não caiu a ficha de que eu estou órfã de pai e mãe. Apesar de eu não querer aceitar isso eu vou ter que enfrentar. Ouço o som de um grunhido e imediatamente olho para o lado, vejo um zumbi vindo na minha direção, me levanto rapidamente e vou de encontro a ele, com minha faca empunhada. Assim que fico frente a frente com ele, cravo minha faca em sua têmpora antes mesmo de que ele possa me morder. Seu corpo pútrido e mutilado cai no chão assim que retiro minha faca de sua cabeça. Olho para aquela coisa no chão e me ajoelho ao seu lado, então começo a depositar varias facada em sua cabeça e seu peito, fazendo o sangue espirrar por todo meu rosto e corpo. Quero descontar minha raiva, preciso fazer isso. Minhas lágrimas descem novamente pelo meu rosto, se misturando com o sangue fétido que está no mesmo.

—Nós precisamos sair daqui – sinto os braços de Carl me segurarem por trás, me fazendo levantar.

Não respondo nada, apenas vou andando com a ajuda de Carl que agora me segura de lado. Chegamos na casa onde Glenn, Maggie e Enid estão. Entramos e vamos até a sala onde eles estão, fico de pé fitando a parede, estou me sentindo fora de órbita, como se eu estivesse em um transe total. Estou desnorteada. Me sinto presa dentro de mim mesma. Maggie segura minha mão e me conduz até o banheiro.

—Quer que eu faça isso? – ela pergunta se referindo a me dar banho.

—Não – respondo num fio de voz e ela assente.

Maggie sai do banheiro e fecha a porta. Fecho meus olhos e respiro fundo tentando sair do meio de tantos sentimentos. Abro os olhos e me olho no espelho. Meu rosto está completamente sujo, meus olhos estão inchados por conta do choro, e meu cabelo está todo desgrenhado. Passo as pontas de meus dedos por cada parte de meu rosto e posso sentir meus olhos marejarem novamente. Deixo as lagrimas saírem, preciso disso, preciso soltar tudo o que está aqui dentro. Suspiro novamente e vou até o registro do chuveiro e o ligo. Me dispo e logo entro em baixo da agua quente que cai. Tomo um banho longo, depois coloco uma troca de roupa que tem aqui no banheiro e vou para o quarto. Me deito na cama e coloco as mãos no rosto, varias lembranças vem em minha mente. Tenho lembranças boas de minha mãe, lembranças de quando eu era mais nova e ela cantava para eu dormir, uma musica que dizia sobre aguentar firme, e era disso o que eu precisava para conseguir conviver no que o mundo havia se tornado.

Flashback on

Querida já está na hora de ir pra cama – minha mãe diz entrando no quarto, enquanto eu brinco com algumas peças de montar.

—Você vai cantar pra eu dormir? – pergunto animada.

—Claro que sim – ela sorri e me leva até a cama – pronta?

—Sim – digo, fecho os olhos e me aconchego entre o cobertor quente.

—They hung a sign up in our town. "If you live it up, you won't live it down". So, she left Monte Rio, son. Just like a bullet leaves a gun – sua voz doce entra em meus ouvidos e me faz esquecer aqueles monstros lá fora – with charcoal eyes and Monroe hips. She went and took that California trip. Well, the moon was gold, her hair like wind. She said don't look back just come on Jim… Oh you got to hold on, hold on. You got to hold on. Take my hand, I'm standing right here. You gotta hold on... – vou sendo embalada pelo sono, sinto o beijo calmo de minha mãe em minha testa e depois acabo dormindo.

Flashback off

Como é bom poder me lembrar disso. Ao mesmo tempo em que me sinto bem com isso, eu também sinto uma dor imensa pelo fato de nunca mais ter minha mãe aqui do meu lado junto comigo. A letra dessa musica serve para mim nesse momento, preciso aguentar firme, preciso ter forças, mesmo sendo difícil. Três batidas na porta ecoam pelo quarto, mas eu não me esforço para mandar entrar, apenas permaneço quieta do jeito que eu estou a alguns segundos. Ouço a porta se abrindo e se fechando, então logo sinto alguém se sentando na cama bem ao meu lado. Olho por entre meus dedos que ainda estão sobre meu rosto e vejo Carl de cabeça baixa, e agora sem aquele lençol por cima de suas roupas. Me sento e o encaro, esperando que ele diga algo.

—Não posso te ver assim – ele permanece olhando o chão – eu não consigo – ele volta seu olhar pra mim – sei que não é a melhor hora para dizer isso, mas, nos dias de hoje a única forma de não ver alguém morrendo é fechando os olhos. Provavelmente agora as coisas só irão piorar. Nós conseguimos tirar os zumbis daqui, meu pai a essa hora deve estar levando eles para um lugar longe junto com Michonne, mas não podemos nos esquecer que uma parte do muro caiu e estamos vulneráveis as ameaças lá de fora, iremos perder pessoas, mas vamos ter que passar por isso, vamos ter que enfrentar – ele pondera por alguns segundos – juntos... Se lembra? – ele diz um pouco apreensivo.

—Claro que eu me lembro – tento sorrir, mas não dá muito certo – eu sei disso tudo Carl, e também sei que nenhum lugar mais é seguro. E também sei que eu terei que ser forte, muito forte, porque nos dias de hoje tudo se trata de sobreviver. As pessoas que nós mais gostamos, as pessoas em que nós mais nos apegamos, elas se vão e nos fazem ficar com a dor que a saudade nos causa, e isso nos torna mais fracos. Não quero sofrer de novo Carl, não quero ter que sentir essa dor por alguém que eu me apeguei demais... Por isso não vou mais me apegar a ninguém.

—Faça o que tiver de fazer, mas continue em frente, por favor não desista Caroll... Por mim. Não me deixe sozinho nessa – olho nos olhos dele e vejo que ele está quase me implorando. Não quero me apegar ainda mais em Carl, mas isso parece ser impossível. De alguma forma eu gosto dele.

—Carl...– o abraço e ele retribui – eu prometo tentar – me afasto um pouco de seus braços.

Volto a encara-lo, assim como ele que me mantém o seu olhar profundo e intenso em mim, fazendo um arrepio percorrer a minha espinha. Começo a notar o quanto ele fica bonito com esse chapéu, faz tempo que eu não o vejo com ele, depois do dia em que ele chegou na comunidade nunca mais usou seu chapéu. Seus olhos perfeitamente azuis também chamam minha atenção, eles são tão... Hipnotizantes. Não consigo desviar meu olhar de seus olhos. Sinto algo diferente, algo que nunca havia sentido antes. Sinto um frio na barriga, e parece que existem borboletas em meu estomago. Carl toca levemente minha mão e afaga a mesma. Aos poucos ele vai aproximando seu rosto do meu. Sua respiração quente bate contra meu rosto. Estou nervosa quanto ao que pode acontecer aqui, não sei o que fazer, não tenho reação, não consigo recuar. Carl se aproxima um pouco mais, fazendo nossos lábios se serrarem levemente, ele parece um pouco receoso, assim como eu. Sinto uma leve pressão contra meus lábios e automaticamente fecho meus olhos assim como Carl. Os lábios dele são quentes e macios, o que me fazem ter uma sensação boa. Depois de alguns longos segundos assim, sentindo nossos lábios juntos, ele pede passagem com a língua, e isso sinceramente me assusta um pouco, tudo isso é novo para mim, eu nunca beijei ninguém, e Carl fez esse momento ser especial, ele conseguiu isso. Dou passagem para sua língua, mesmo não sabendo muito bem o que fazer depois, apenas faço o mesmo que ele, sigo o que Carl faz, movo minha língua lentamente, explorando cada parte de sua boca. Apenas me entrego a esse momento. Sinto a outra mão de Carl se depositando em minha cintura enquanto nossas línguas parecem dançar em total sincronia. Aos poucos vamos parando o beijo, estamos um pouco ofegantes e talvez um pouco desconcertados também. Aquela sensação que eu sentia de estar presa dentro de mim mesma desaparece junto com a sensação de que eu já era mais uma morta nesse mundo. Permanecemos nos encarando e eu chego a certa conclusão.

Carl Grimes me faz sentir livre outra vez. Ele me faz sentir viva novamente.


Notas Finais


Finalmenteeeeeee minha gente kkkkkkkkk
Deixem aí nos comentários o que vocês acharam sobre esse capitulo <33

E agora gente, a Caroll vai começar a mudar seu jeito de ser com as pessoas, por causa da dor que sentiu com as perdas que já teve...

Espero que tenham gostado <3 Amo vocês <3
Obs: Terminarei de responder os coments do capitulo anterior daqui a pouco...

O link da musica caso vocês queiram ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=DkpaKx1UUUw


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