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História Not Safe - Fugindo


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiiii meus amores <333

Desculpa postar tarde assim, acabou a força aqui em casa e eu perdi o que eu estava escrevendo, então tive que começar tudo de novo.
Espero que vocês gostem desse capitulo <3

Boa leitura <3

Capítulo 30 - Fugindo


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Fugindo

Tenho medo, admito. E isso me faz pensar... Será que aquele meu pesadelo tem alguma coisa haver com o que poderá acontecer hoje?

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Pov – Caroll

Seguimos o nosso percurso em silencio, por enquanto tudo parece estar calmo. Estamos realmente atentos a qualquer barulho que ouvirmos. Como Rick disse, não podemos baixar guarda, devemos nos manter firmes para poder enfrentar o que virá, mesmo ainda não sabendo o que seja. Muitas vezes somos surpreendidos pelos acontecimentos que o destino põe em nosso caminho, mas temos que fazer de tudo para não sermos pegos de surpresa e acabarmos saindo na pior. Então por isso devemos sempre estar preparados, pra qualquer coisa. Alguma coisa dentro de mim me diz que algo ainda vai acontecer hoje, é como um alerta dentro de mim, é como se eu tivesse mesmo que estar totalmente atenta, em qualquer circunstância, para qualquer coisa. Não estou me sentindo bem, e isso é tão estranho, um sentimento ruim está me rondando, algo que eu realmente não sei o que é, algo que eu não consigo ao mínimo explicar.

Olho para a minha mão e a de Carl juntas, e esboço um sorriso para mim mesma, logo direciono meu olhar para o rosto dele e o observo cuidadosamente, o mesmo está concentrado, e não tira os olhos de nosso caminho. Ele está tão bonito, seu rosto sereno e iluminado pelos raios solares que se infiltram por entre os galhos das árvores a nossa volta, apenas proporciona ainda mais destaque a sua boca levemente corada e aos seus olhos azuis, que agora estão um pouco encobertos pela sua franja. Esboço mais um sorriso bobo e volto minha atenção ao nosso caminho.

 Por incrível que pareça ainda não encontramos nenhum zumbi pelo nosso caminho, mas isso é porque a maioria deles foram guiados para longe daqui com os sinalizadores disparados por Rick e Michonne ontem. Está tão calmo que é até estranho, e isso acaba se tornando uma coisa ruim, até porque sempre que as coisas parecem calmas algo ruim acontece, é sempre assim, nunca podemos ter um momento bom que dure muito, sempre algo acontece depois, e hoje em dia as coisas que acontecem depois são sempre as piores que podemos imaginar.

Ouvimos o som de grunhidos perto de nós. Rapidamente sacamos nossas facas e ficamos em posição de ataque. Os grunhidos se aproximam gradativamente, até um zumbi se revelar por entre as arvores a nossa frente. Carl vai até ele e crava a sua faca na cabeça pútrida do morto-vivo que perde os movimentos no mesmo instante e cai no chão rapidamente. Carl se abaixa ao lado do corpo e o observa atenciosamente. Me aproximo dele e me abaixo ao se lado.

—É a flecha do Daryl? – eu questiono olhando para a flecha presa na cabeça do zumbi. Porém ela não afetou seu cérebro, pegou apenas de raspão e ficou presa em alguns pedaços de pele pútrida.

—Parece que sim – Carl responde sem desviar o olhar.

—Então quer dizer que Daryl Dixon passou por aqui?! – eu digo.

—A flecha parece sim ser dele, mas não acho que foi ele quem atirou essa aqui – Carl olha pra mim um pouco apreensivo.

—E por que não? – fico sem entender.

—Eu conheço o Daryl, ele tem a mira certeira, sempre teve. Não acertaria um zumbi apenas de raspão. Passei anos convivendo com ele, mesmo se não acertasse a flechada, ele não iria deixar o zumbi vivo.

—Você acha que... – pondero por alguns segundos olhando para ele.

—Não sei – ele continua – mas não podemos ficar parados aqui – ele retira a flecha da cabeça do zumbi, se levanta, e a coloca no bolso da frente de sua calça.

—É... – digo num fio de voz, e isso soa num tom de medo.

—Ei, vai ficar tudo bem – Carl deposita sua mão em meu ombro – vem eu te ajudo a se levantar – ele estende a mão a mim e eu a seguro.

Me levanto e o encaro nos olhos, ele passa a mão levemente em meu rosto tentando me acalmar. Ele sela nossos lábios por alguns longos segundos, enquanto seu polegar afaga minha bochecha, e isso é tão bom.

—Confia em mim – ele sussurra assim que separamos nossos lábios.

—Eu confio – digo no mesmo tom que ele e o abraço fortemente, tentando pegar um pouco mais dessa segurança que ele consegue me passar.

Sim, eu confio em Carl Grimes, isso foi uma das coisas que ele conseguiu conquistar em mim, a confiança. As vezes eu me surpreendo com o modo em que Carl me transformou, talvez não seja uma coisa explicita, mas eu sinto isso, sinto que ele conseguiu me mudar de alguma forma. Ele me mudou por dentro, fez com que alguns sentimentos que eu deixei de ter a muito tempo voltassem para mim, e também despertou novos sentimentos que eu jamais imaginei que teria. Ele foi uma das melhores coisas que aconteceu pra mim.

O barulho de um automóvel e de arvores secas caindo ecoa pela floresta e chama a nossa atenção. Olhamos um para o outro, sacamos nossas armas e começamos a caminhar rapidamente até aonde vem o som. Vamos nos escondendo atrás de árvores e de montes de galhos secos juntos pelo chão, para que ninguém nos veja. Tentamos fazer o mínimo de barulho possível, mas parece ainda mais difícil com folhas e galhos secos espalhados por todo chão. Vamos diminuindo a velocidade de nossos passos conforme conseguimos ver o que causa esse barulho alto que pode atrair os zumbis que estejam pelas redondezas. Firmo meu olhar na cena que acontece logo diante de nós. É um caminhão que está passando por cima das arvores pequenas e frágeis que tem pela frente. Permanecemos parados olhando para eles. De repente o caminhão para, e o homem que o guiava desce junto com o que estava ao seu lado e então ficam olhando em volta, como se estivessem procurando algo ou alguém. Eles estão com armamento pesado, porem, não estamos perto deles, há uma grande distancia entre nós e esses caras.

—Nós vimos vocês antes – o cara diz ainda olhando para os lados – e sabemos que estão por aqui, então acho melhor saírem de onde estiverem.

Olho assustada para Carl, sinceramente não sei o que fazer. Eles ainda não sabem onde estamos nesse exato momento, não nos viram escondidos aqui. Não sei se devemos ficar e esperar para ver se eles irão nos encontrar, ou então se corremos e arriscamos sair daqui o mais rápido possível. Permaneço encarada em Carl, esperando que ele tome uma decisão. Ele pensa por alguns segundos e logo estende a mão para mim, e eu a seguro.

—Nós vamos ter que correr, e muito. Vamos para a estrada, está preparada? – ele sussurra para mim e eu assinto – mantenha seu corpo o mais abaixado possível, e corra o mais rápido que puder, se acontecer algo no caminho e eu ficar pra trás não volte pra me buscar, continue correndo, não hesite – ele continua sussurrando.

—Ok – eu digo e respiro fundo.

—Acho que não vão querer resistir. É uma escolha, mas iremos acabar com vocês – o cara continua – ok, vocês que escolheram – ele começa a caminhar nos procurando.

—Agora – Carl diz para mim e nós começamos a correr.

Faço o que Carl me pediu, mantenho o meu copo mais baixo possível, e faço o máximo para poder correr o mais rápido que posso. Logo os sons dos tiros começam. Até agora nenhum nos acertou, então continuamos a correr em disparada na direção da estrada, minhas pernas já doem muito, e minha respiração está ofegante e descontrolada. Corremos mais e mais, porem, a estrada parece nunca chegar. Os tiros continuam, porem parecem estar mais longe que antes, talvez conseguimos despista-los, pelo menos um pouco. Continuamos nosso percurso, alguns zumbis aparecem em nosso caminho, eles estão sendo atraídos pelo som dos tiros. Não temos tempo de acabar com eles, então apenas os empurramos e damos continuidade a nossa “corrida”. Talvez os zumbis atrasem esses caras, até porque o som que os tiros fazem, causa uma grande repercussão por toda essa floresta, e são levados cada vez mais longes pelo vento. Os grunhidos dos mortos-vivos vão se misturando com o som dos tiros e logo apenas os grunhidos reinam, os tiros parecem se sessar. Finalmente avistamos a estrada, assim que chegamos na mesma paramos de correr e respiramos fundo para recuperar o folego. Tiro minha mochila das costas e pego uma garrafinha com agua, bebo um pouco e logo entrego para Carl para que ele beba também e assim ele faz.

Assim que conseguimos recuperar nossa respiração normal voltamos a caminhar, apressamos nossos passos pela estrada, não sabemos para onde ir, apenas sabemos que temos que nos afastar daqui, temos que manter distancia desses caras, que pelo o que deu para perceber não estão nada satisfeitos com a nossa escolha. Andamos na direção contraria de onde estávamos indo antes, não queremos correr o risco de nos deparar com eles novamente. Essa estrada é cercada pela floresta dos dois lados, então corremos riscos de ambas as partes.

Ouço grunhidos ao meu lado, mas dessa vez não é de apenas um zumbi. Olho para o lado e vejo que é uma horda deles, talvez uns vinte ou trinta, não são tantos quanto à horda que rodeava Alexandria, mas é uma quantidade que não podemos dar conta. Carl me puxa e então começamos a correr de novo. Eles estavam sendo distraídos pelos tiros, e isso era o alvo principal antes, mas parece que eles optaram pela opção carne fresca agora. Eles andam cambaleantes atrás de nós, e estão conseguindo se aproximar de nós cada vez mais rápido. Minhas pernas parecem querer fraquejar, mas eu retiro o restante de forças que tenho e continuo a correr. Mais zumbis aparecem, talvez uns dez deles, mas dessa vez estão andando realmente lado a lado com nós.

—Não vamos conseguir Carl – eu digo ofegante.

—Vamos sim, temos que encontrar um lugar – ele diz olhando em volta.

Não digo nada, apenas observo a nossa volta e tento enxergar algum lugar que sirva para nos escondermos.

—Carl, o carro! – eu digo vendo um carro abandonado um pouco a diante na estrada.

—Ótimo – ele responde e nós vamos até o mesmo.

Paramos do lado da porta do carro e tentamos abri-la, mas é em vão. Estamos perdendo tempo com isso, os zumbis estão se aproximando cada vez mais, precisamos dar um jeito. Saco minha arma e miro no vidro da porta, sem pensar duas vezes atiro e ele se quebra inteiro em pedacinhos. Coloco meu braço pra dentro do automóvel e o abro por dentro, entramos rapidamente.

—Você sabe dirigir? – pergunto para Carl que tenta fazer ligação direta.

—Não, mas vi muitas vezes meu pai dirigindo – ele responde concentrado – ou tentamos isso, ou então morremos aqui – ele constata.

Os zumbis conseguem nos alcançar e começam a se debaterem contra o carro, na tentativa de nos pegar, os que estão do lado de Carl colocam os braços para dentro e tentam o agarrar, atiro na cabeça deles dando cobertura a Carl e ganhando um pouco mais de tempo. Meu desespero parece aumentar cada vez mais, não podemos ficar aqui por muito tempo, se não iremos morrer. Quando penso que as coisas estão pelo fim, o carro liga e Carl se prepara para dirigir. Ele pisa no acelerador e nós saímos dali o mais rápido possível, deixando os mortos-vivos para trás e passando por cima dos outros dois que estavam na nossa frente. Por um momento fico aliviada, parece que conseguimos escapar, e isso é bom, realmente é muito bom. O carro está em alta velocidade, o que me preocupa um pouco, mas o que importa é que estamos conseguindo fugir deles. Alguns minutos se passam e nós continuamos dentro do carro, a procura de algum lugar para ficarmos até as coisas ficarem totalmente calmas.

—Acho que conseguimos – Carl diz olhando pelo retrovisor.

—Carl, cuidado! – eu digo quando vejo um zumbi a nossa frente.

Carl volta sua atenção para a nossa frente, ele tenta se desviar, porém já tarde demais. Ele perde totalmente o controle do carro. A ultima coisa que eu escuto é um estrondo, e a última coisa que sinto é meu corpo se debatendo em varias partes do veiculo, me causando uma dor forte. E então tudo se apaga.


Notas Finais


O começo foi bem calmo, e só depois rolou um pouco de ação. Vocês entenderão o porque da Caroll ter pensado tanto sobre o Carl, e como ele foi bom pra ela, mas só descobrirão no proximo capitulo <3

Talvez pensem "pensei que ia ter mais ação", mas isso é só o começo do que acontecerá nos proximos capitulos. Vamos dizer que é apenas para abrir o apetite para o prato principal.
Meio estranha essa minha comparação, mas é porque é tipo isso mesmo.

Realmente espero que tenham gostado. Espero a opinião de vocês.

Beijos <33


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