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História Not Safe - Apenas espere


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiii amoreees <33

Estava morrendo de saudades de vocês <3 Era pra eu ter postado no domingo, mas aí aconteceu alguns imprevistos e não pude postar. Mas enfim, agora estou aqui, e capitulo novo é o que importa.

Obrigadaaaa pelos 271 favoritos, você realmente são demaaais <3

Boa leitura <33

Capítulo 42 - Apenas espere


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Apenas espere

Estou destruída.

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Pov – Caroll

Depois de alguns minutos, em um estado descontrolado de choro e confusão dentro de mim mesma, eu consigo me recompor aos poucos. Me levanto enquanto enxugo meu rosto rapidamente ainda com as mãos um pouco trêmulas. Respiro fundo, e tento ser de alguma forma a garota forte que eu deveria ser, ou então simplesmente passar essa imagem para as pessoas. Mas eu falhei.

A dor que toma conta de mim nesse momento é imensa, já que agora eu sei que estou realmente me afastando de Carl, mas ao mesmo tempo sei que não estou mais sendo um risco a ele, e isso me faz entender ainda melhor o motivo por eu ter tomado essa decisão um tanto quanto insana.

Estou com uma bagunça enorme dentro de mim, e isso às vezes me deixa ainda mais perdida do que já estou. Fico me questionando, sobre a escolha que fiz, que me parece muito errada. Não sei explicar, é como se uma parte de mim, quisesse me alertar de que isso foi um tremendo erro. Mas ao mesmo tempo, a outra parte diz que isso é o certo a se fazer, pelo menos agora, pelo menos por um tempo. E no final de tudo, a resposta que me resta, é sempre a mesma, pelo mesmo motivo. Pelo bem de Carl. Todas às vezes, sempre é essa a conclusão.

Sei que isso vai doer, tanto em um quanto em outro. Alias isso já está acontecendo, a dor que estou sentindo é enorme. Mas de qualquer maneira, essa dor é menor do que a dor da culpa que eu poderia sentir caso algo de ruim acontecesse com ele novamente por minha causa.

As lembranças de tudo que aconteceu nos últimos dias e horas, ainda me atormentam. Flashes dos piores momentos parecem fazer questão de rondar minha cabeça. Deixando minha mente ainda mais atormentada. Não sei. Mas de alguma maneira ainda me sinto suja por conta das coisas que Negan fez.

Decido parar de ficar pensando sobre tudo isso. Volto minha atenção para April que ainda brinca com Mistério, e vou caminhando devagar na direção deles, enquanto observo a forma que ela o trata. Seu olhar e seu sorriso são tão doces, e suas caricias no pelo de Mistério são tão suaves, que consegue me fazer lembrar da pureza que ainda pode existir. Paro ao lado dela e tento formular um sorriso, mas não consigo.

—Você estava chorando? – ela me pergunta e eu fico parada a encarando, sem saber o que responder – seus olhos estão vermelhos e seu nariz também – ela constata.

—É, eu estava chorando sim – sou sincera.

—Minha mãe costumava falar certa frase para mim, sempre que ela tinha a chance – ela toca minha mão, e um arrepio percorre minha espinha – essa frase talvez sirva pra você – ela sorri – bem, ela dizia assim... Talvez a pessoa mais forte seja aquela que mais chora, pois não foge das emoções, as enfrenta e as assume, e simplesmente chora – ela diz a frase enquanto eu a encaro – você é um exemplo de pessoa forte Caroll.

Isso me toca de alguma forma. É muito bom ver uma garotinha como April dizer coisas tão verdadeiras e com uma intensidade tão grande como isso. Nela eu posso ver algo diferente, é como se ela pudesse carregar a esperança dentro dela, é como se ela tivesse esse brilho, e que conseguisse partilhar isso com as pessoas. 

—Obrigada – agradeço tentando sorrir, mas sem sucesso – que tal irmos pra casa comer alguma coisa?

—Ok – ela assente – até mais amigão! – ela diz passando a mão em Mistério.

Também me despeço de Mistério e então começamos a caminhar de volta para casa. Conforme vamos andando, vou mostrando os lugares a ela.

Mais a frente vejo Rick em sua varanda. Ele está sentado na escada olhando para o nada, parece estar pensando em algo que de alguma forma lhe deixa perturbado, e eu não tenho a mínima ideia do que seja. Conforme vou me aproximando dele, fico o encarando, tentando saber de algum jeito o que passa pela sua mente, mas isso com certeza é impossível, então simplesmente volto meu olhar para o chão diante de mim e continuo minha caminhada.

—Caroll?! – Rick me chama e eu olho novamente para ele, assentindo para que o mesmo continue – preciso te entregar algo – ele se levanta – pode entrar um instante?

—Ahn... Claro – digo um tanto relutante.

Ele se dirige até a porta e abre a mesma. Então fica a segurando para que eu e April entremos na casa.

Assim que nós três adentramos, noto o olhar do pessoal sobre nós. Parece que todos do grupo de Rick estão aqui. Carl também está aqui, está sentado no sofá e seu olhar sobre mim é o pior de todos. Não é como os outros, ele está totalmente sério, e realmente não sei distinguir se seu olhar é de pena, tristeza, ou raiva. Me sinto desconfortável com isso.

—Ahn... Rick?! O que tem que me entregar? – pergunto tentando fazer com que as coisas aconteçam o mais rápido possível.

—Está lá em cima, fique aqui, eu vou pegar – ele diz e vai à direção da escada.

Não o respondo, apenas abaixo minha cabeça e tento me esquecer de todos esses olhares sobre mim.

Não aguento e acabo olhando para Carl. Nossos olhares se cruzam e ficamos alguns longos segundos assim, nos encarando. Ele balança sua cabeça em sinal de negação enquanto se levanta, então sai de perto de nós e sobe as escadas batendo os pés fortemente contra o chão. Fico totalmente sem graça, lagrimas se acumulam em meus olhos. E todos parecem notar isso.

—Quem é ela? – Maggie pergunta se aproximando de April.

—Essa é a April – a respondo notando seus olhos marejados – Maggie, está tudo bem?

—Sim... E-eu só... – ela para de falar enquanto encara April esboçando um pequeno sorriso – eu só me lembrei da minha irmã, Beth. Ela se parece muito com ela. Ainda mais quando Beth era mais nova.

—Eu sinto muito, realmente não sei o que dizer – sou sincera.

—Está tudo bem. Foram lembranças boas – ela sorri e passa a mão sobre a cabeça de April.

—Vocês devem estar com fome, eu vou preparar algo para comerem – Carol diz.

Não demora muito e Rick volta com papel dobrado em sua mão. Ele se aproxima de mim e antes de me entregar o papel ele diz:

—Sua... Sua mãe estava na casa em que era de Jessie antes de ser invadida pelos zumbis, ela estava com a gente naquele dia em que o muro caiu, ela tinha sido mordida e não tinha como salva-la. Depois de tudo o que houve, enquanto você e Carl estiveram sumidos, presos naquele lugar, Jessie voltou na casa junto com mais algumas pessoas para poderem pegar algumas coisas e então ela encontrou isso, no quarto onde sua mãe estava... – ele me entrega o papel – é uma carta escrita por ela – ele constata.

—Obrigada – digo abrindo a carta.

Assim que meus olhos tem a primeira visão da carta, eu já sinto as lagrimas se acumulando nos mesmos e algumas delas pingam no papel. Enxugo meus olhos e dobro a folha novamente, mesmo sem ler nem se quer uma palavra do que está escrito. Guardo a carta no bolso de meu casaco. Não posso ler isso agora, sei que provavelmente irei desabar quando fizer isso, e não quero que seja aqui, e nem agora. Respiro fundo e olho para o pessoal ao meu redor.

—Maggie, você... – pondero por alguns segundos e alterno meu olhar entre ela e April.

—Claro que sim, fique tranquila. Eu vou ficar com ela – Maggie entende o meu pedido.

—Obrigada – a agradeço – April?! Eu quero que fique aqui, tudo bem? Tenho que fazer umas coisas, Maggie vai cuidar de você.

—Eu gostei muito da Maggie – ela me responde com um sorriso. E essa é a sua única resposta.

Assinto e deixo a casa de Rick o mais rápido possível. Meus passos se apressam ainda mais enquanto caminho pelas ruas da comunidade. Quero chegar logo em casa, quero ler a carta e tentar de alguma forma encontrar uma nova resposta para meus problemas.

Pov – Carl

Confuso. É assim que me sinto agora. Já não sei mais o que aconteceu, ou então até que parte tudo o que eu e Caroll passamos juntos foi real. Depois do que ela me disse hoje mais cedo, eu não sei mais o que pensar. Eu realmente pensei que ela gostava de mim, até porque de certa forma ela provou isso, tanto para mim quanto para ela.

Eu sinceramente estava gostando dela, de uma forma que eu jamais gostei de outra pessoa. Eu ainda gosto dela. Os momentos que passamos juntos, e as coisas que já dissemos um para o outro, tudo isso ainda está guardado, e nunca irei esquecer.

Eu posso entender o que ela quer com esse afastamento entre nós dois. Posso entender que ela está se sentindo culpada e não quer mais se sentir assim caso outras coisas aconteçam comigo. Ela talvez tenha feito isso para que eu não me machucasse novamente, mas essa situação está acabando comigo. Parece que isso está me machucando ainda mais do que um soco, um corte, ou até mesmo um tiro.

Não sei se estou com raiva. Sempre que penso em ficar com raiva dela ou desse momento pelo qual estamos passando, eu me culpo e me repreendo por pensar de tal maneira. Não quero sentir raiva. Mas é como se eu não comandasse mais os meus sentimentos. Estou me sentindo completamente perdido, dentro de mim mesmo. E fico me perguntando “como isso é possível?”.

Caroll deve estar lá em baixo agora, meu pai a trouxe aqui para poder entregar uma carta deixada pela mãe dela. Eu não pude ficar lá em baixo, tendo que olhar para ela, e vendo o seu olhar triste e apagado sem poder fazer nada.

É como se a falta de esperança tivesse totalmente tomado conta dela. Como se isso assumisse o controle agora. E eu não posso suportar isso. É horrível ver a pessoa com quem você se importa assim. É horrível não poder ajuda-la agora.

Acho que se ela se sente mal comigo por perto, o melhor a se fazer agora é deixar as coisas se acalmarem e se ajeitarem aos poucos. Acho que com o tempo tudo irá se resolver. Assim espero.

Batidas na porta do quarto me despertam dos pensamentos. Sem demoras a porta é aberta e meu pai se revela por trás dela. Ele vem na minha direção enquanto eu permaneço deitado na cama.

—Ela já foi embora? – pergunto num fio de voz.

—Sim, acabou de sair. E pelo jeito pareceu arrasada.

—Você acha que foi a coisa certa a se fazer? Entregar a carta a ela assim? – me sento e encosto minhas costas na cabeceira da cama.

—Ela precisava saber. É um direito dela.

—Eu sei disso, eu só não acho certo deixa-la sozinha para isso. Ela provavelmente vai desabar quando ler o que a mãe escreveu. E ela já está mal o bastante.

—Você se importa com ela não é mesmo?

—Sim... Eu realmente me importo e gosto dela também pai.

—E por que não vai falar com ela? Ela pode estar precisando de você agora – ele apoia a mão em meu ombro.

—Ela me pediu para que nos afastássemos. Essa foi a escolha dela. E quero respeitar isso, ela precisa de um tempo, e talvez eu também. Passamos por muitas coisas esses últimos dias.

—Com tudo o que você disse que aconteceu naquele lugar, não é pra menos ela estar agindo assim – meu pai compreende – só acho que não deviam ser tão duros com vocês mesmos.

—Eu não queria, pai – minha voz está embargada – eu não sei mais o que fazer, eu gosto dela, mas... – lagrimas escorrem de meus olhos – com todas essas coisas que estão acontecendo, eu já não sei de mais nada. Eu pensei que ela gostasse de mim, mas talvez, eu já não acredite nisso mais. Não mais.

—Ei, calma – meu pai segura meu rosto com uma de suas mãos – as coisas vão se acertar, aos poucos, e pra isso você precisa ter paciência. É um momento difícil para ela também, você é o único daqui que viu o que aconteceu com ela. Ela deve estar em estado de trauma ainda. Dê um tempo para que ela pense melhor em tudo isso, dê um tempo para que as coisas se acalmem...

—É você tem razão – concordo com ele – talvez seja bom para nós dois – enxugo minhas lagrimas rapidamente.

—E vai ser – ele esboça um sorriso e me puxa para um abraço – conte comigo sempre que precisar – nos afastamos – agora, eu vou ver como a Judith está – assinto, então ele se levanta e sai do quarto.

Meu pai está certo.

Eu e Caroll precisamos de um tempo. É isso o que ela quer, e assim vai ser. Só não sei até quando. Ou então, por quanto tempo eu aguentarei isso.


Notas Finais


Caroll destruida? Com certeza.
Carl também? Fato.
Mas se acalmem, coisas ainda estão por vir...
Pov do Carl minha genteeee, o que acharam disso?
Vocês repararam na parte da April com a Maggie? Ela se parecer com a Beth, talvez seja algo bom? Quem sabe então seja uma pista sobre o que poderá acontecer nos proximos capitulos...

E avisando que no proximo capitulo ocorrerá uma passagem de tempo.

Por favor deixe a opinião de vocês, isso é importante para mim <3 E eu realmente espero que vocês tenham gostado, estou me esforçando ao maximo para escrever algo bom, durante essa correria aqui.

Bjooos, amo todas vocês <33


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