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História Not Safe - Não se entregue


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiiiii genteeee <3333

Bom, vamos lá. Primeiramente eu peço desculpas pela demora novamente. Mas muitas coisas aconteceram e se acumularam, e sem contar que estou sem tempo pra nada.
Minhas aulas voltaram há +/- 2 meses, eu mudei de escola e nessa escola nova os professores passam muitos trabalhos, esse final de semana passei o dia todo dentro de casa fazendo trabalho.
Como vocês já sabem eu estou trabalhando com minha mãe e está cheio de coisas para nós fazermos.
Meu curso de teatro voltou, e nós estamos pegando firme também.
Passei uma semana de cama, com febre de 39 graus e estava preocupada, porque tinha alguns sintomas de dengue. Mas felizmente não era nada disso. Apenas fiquei essa uma semana sem poder levantar da cama e tomando antibiótico.
E com tudo isso acontecendo, eu tive um grande bloqueio de criatividade, e tudo o que eu escrevia não estava bom... Posso dizer que prefiro ficar uns dias a mais sem postar, do que postar correndo e o capitulo não agradar a ninguem... As escritoras sabem do que eu estou falando e talvez até se identificarão...
Me desculpem mesmo pela demora. Eu realmente não estava em condiçoes de escrever.

Agradeço a todos que continuam aí firmes e fortes esperando capitulo novo. Obrigada por todas as leitoras que me procuraram para saber o que tinha acontecido <33 E pra finalizar, obrigada pelos 329 favoritos, amo vocês demaaaais.

Pra compensar, o capitulo está com um pouco mais de 3.000 palavras. E peço para lerem com atenção, pois varias coisas importantes serão citadas ao decorrer do capitulo...

LEIAM AS NOTAS FINAIS

Boa leitura <333

Capítulo 43 - Não se entregue


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Não se entregue

Eu e Caroll precisamos de um tempo. É isso o que ela quer, e assim vai ser. Só não sei até quando. Ou então, por quanto tempo eu aguentarei isso.

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Pov – Caroll

Posso dizer que tenho certo receio de ler o que está escrito nessa carta. Tenho medo de que ela me deixe pior do que já estou. Uma parte de mim me diz para não ler, pois posso piorar minha situação e meu estado emocional ainda mais. Mas outra parte diz que eu tenho que ler, que isso é realmente preciso.

Fico em duvida quanto a questão de ler ou não ler a carta, que ainda se encontra em minhas mãos enquanto eu estou sentada no chão de meu quarto, com as costas encostadas em minha cama.

Decido que irei ler, mesmo que isso me faça sofrer ainda mais por lembrar de minhas perdas, mesmo que isso me deixe mal, eu já estou tão acabada com a situação entre Carl e eu, que acho que nem me importo mais com algo que possa me machucar novamente. Até porque como meu pai mesmo dizia um dia esta dor será útil para você”.

Coloco uma mexa de cabelo para de trás da orelha, e respiro fundo. Devagar começo a abrir a carta, que aos poucos vai revelando as palavras escritas com a letra de minha mãe. Sua caligrafia um tanto quanto tremula, apenas me faz imaginar a dor imensa que ela sentia naquele momento, e o desespero que deveria estar tomando conta dela totalmente. Meu olhar atencioso começa a percorrer aquelas palavras. Sinto minha garganta se comprimir, e arder tanto quanto meus olhos, que nesse momento estão lutando contra as lagrimas que ameaçam escorrer.

“Filha,

Se você está lendo isso agora, é porque conseguiu ficar bem e isso me deixa muito feliz. Isso apenas mostra o quão forte você é, e você não tem noção do quanto eu tenho orgulho disso. Queria poder continuar acompanhando seus momentos de força e superação, mas infelizmente a realidade desse mundo chegou até mim, e fez questão de que eu fosse embora, talvez esse seja o preço que eu tivesse que pagar por ainda ter acreditado em um recomeço, talvez apenas por eu ter tido esperança durante todo esse tempo, no meio desse caos que o mundo se tornou. Ou então isso só aconteceu porque realmente o meu momento de liderança já tivesse ido embora com o tempo, deixando o aviso de que agora o momento de liderar é seu.

Gostaria de te prometer que tudo vai ficar bem, mas não posso e você sabe disso. Sei que será difícil enfrentar as coisas, mas a única coisa que você pode fazer é tentar ficar bem agora, isso é o que importa. Preciso que você lute por esse lugar, faça o que tiver de fazer para mantê-lo em pé. Me desculpe por não ter acreditado desde o começo na sua capacidade de enfrentar as coisas como elas realmente são agora.

Se Spencer também conseguiu se salvar, quero que vocês fiquem juntos, vocês precisam enfrentar isso juntos. Cuidem um do outro. Spencer nunca quis assumir a responsabilidade de liderar a comunidade, então, quero que você faça isso por mim, junto com Rick e Michonne. E se um dia houver um governo aí, quero que você trabalhe nisso com a Maggie, assim como eu disse uma vez.

Existe uma pequena caixa de madeira dentro da primeira gaveta de meu armário, dentro dela você ira encontrar um colar de prata, onde o mesmo possui um pingente que se abre em duas partes. Antes havia uma foto minha e de seu pai juntos, mas depois que ele se foi eu decidi retirar a foto do pingente. Então eu quero que preencha esse espaço vazio com uma foto sua junto com a pessoa que você ama, ou então que ainda amará um dia. E então carregue esse colar junto de você todo tempo possível que puder. Acredito que isso te trará sorte, assim como trouxe sorte para mim durante todos esses anos ao lado de seu pai. Sei que não é o melhor presente que eu poderia deixar, mas é algo que um dia já teve muita importância para mim, e agora quero que tenha importância para você também, e um dia para a sua filha, e para a filha dela, e assim por diante. Isso é um presente que vai poder ser passado de geração em geração, carregando uma história diferente, a cada passagem de tempo.

Não deixe de viver um amor simplesmente porque parece ser impossível nos dias de hoje. Viva esses momentos sempre que puder, e mostre a todos que ainda é possível recomeçar e ser feliz.

Sei que é difícil, mas você não pode deixar de viver novas emoções, por causa do passado que hoje te machuca, por isso, quero que você siga em frente, independente do que aconteça, Caroll, você tem que seguir em frente. Não deixe que as pessoas, e nem que o mundo derrube você. Sei que é forte, e irá superar tudo isso. E quando pensar em ter medo, não tenha. Lembre-se que aonde quer que eu esteja, de alguma forma eu sempre estarei ao seu lado, e que existem pessoas boas ao seu redor, e essas pessoas agora fazem parte de sua família, elas estão aí, com você. Sei que elas precisam de você, tanto quanto você precisa delas. Se um dia sentir saudades, olhe para o céu, e quando olhar para as estrelas pense numa delas, como a minha alma. Defenda essa família e esse lugar, Caroll, assim como eles defenderam a gente.

Desejo que vocês consigam fazer o que é certo para poderem vencer esse mundo. Quero que você e Spencer saibam, que eu amo vocês, e sempre amarei.

Dolor hic tibi proderit olim.”

 

A longa escrita me deixa sem reação. Passo alguns minutos paralisada, apenas olhando para o papel em minhas mãos. Aos poucos as lagrimas vão se acumulando nos meus olhos, cada vez mais, deixando minha visão totalmente embaçada. Sou retirada de meu “transe”, por conta de uma lagrima que pinga sobre o papel e chama minha atenção.

Me levanto devagar enquanto me apoio na beirada da cama. Sinto minhas pernas um tanto quanto tremulas, e tenho a sensação de que elas podem fraquejar a qualquer instante. Começo uma caminhada lenta e cambaleante até o quarto de minha mãe. Adentro o mesmo e vou à direção de seu armário, abro a gaveta e pego a tal caixinha citada na carta. Assim que a abro, já posso notar o colar lá dentro. O pego com cuidado, e quando o abro noto que realmente está vazio, assim como minha mãe disse na carta. O fecho novamente e aperto fortemente o mesmo em minha mão. Me debruço sobre o armário a minha frente, e permaneço assim durante um tempo, enquanto sinto as lagrimas escorrerem pelo meu rosto.

Esse colar carregou uma foto que significava muito para minha mãe, uma foto que marcou a história dela, mas esse momento já se foi e agora o que ela queria é que eu desse inicio a um novo momento, colocando uma nova foto aqui, para marcar de um modo importante uma parte da minha vida também. Mas não posso.

Posso dizer que já passei por momentos de confusão dentro de mim mesma. Mas em nenhum momento foi como está sendo agora. Eu me sinto mais perdida que nunca. São muitos acontecimentos, muitos traumas, que vieram uns atrás dos outros, fazendo tudo virar uma grande bola de neve.

Sei que minha mãe escreveu essa carta para tentar me motivar a seguir em frente e a enfrentar tudo isso. Mas ela não podia imaginar que aconteceriam as coisas que aconteceram. Recebi essa carta na hora errada, talvez se eu tivesse a lido em outro momento, eu conseguiria pelo menos raciocinar melhor e seguir os conselhos dela. Mas agora a única coisa que consigo pensar depois de ler tudo isso, é que minha mãe estava errada, não tem como viver um amor nesse mundo, não tem como sempre criar esperanças para seguir em frente, e eu não sirvo para liderar esse lugar.

Isso tudo só me fez lembrar ainda mais da dor que sinto pela perda de meus pais. E a dor recente da “perda” de uma das pessoas mais importantes na minha vida, Carl Grimes.

Sinto tudo girar, enquanto flashes passam pela minha mente, me fazendo lembrar de cada detalhe dos acontecimentos desde a morte de meu pai. Minhas mãos tremem e minhas pernas fraquejam. Caio no chão e me deixo levar pelo desespero. Olho para o teto tentando enxergar algo em meio as lagrimas, mas é impossível, as imagens voltam a me atormentar. A ideia de que “minha mãe” possa estar perambulando por ai como uma dessas coisas invade minha mente, me fazendo ficar ainda pior. Me permito ficar em posição fetal. Está tudo girando, tudo embaralhado, minha respiração já não se encontra mais normalizada e meu coração está descompassado. E tenho a consciência de que tudo isso é apenas o resultado de tantos acontecimentos ruins que foram se acumulando ao decorrer dos dias, e que agora tomaram conta de mim por completo. De tal maneira que posso notar meus principais sentidos se desvanecer, me levando direto para a escuridão.

[...]

O som da voz de Spencer bem ao longe é o começo do meu despertar. Não consigo entender o que ele diz, e muito menos enxerga-lo com clareza. Não consigo raciocinar direito, me sinto um tanto quanto grogue. A única coisa de que me lembro é que eu caí no chão e tive vários flashes de lembranças.

Meu corpo é retirado bruscamente do chão gélido, e posso me sentir sendo carregada, até sentir meu corpo sendo depositado em um lugar macio. Sinto mãos segurando meu rosto, defino que a pessoa é Spencer. Sinto outra mão tocando meu pulso, porem não me esforço nem um pouco para ver quem mais está aqui. Apenas continuo sem saber o que está acontecendo, enquanto as vozes ao redor de mim aumentam.

Não tenho controle sobre meu corpo, não sinto nada. É como se eu estivesse sendo embalada aos poucos em direção ao abismo.

O silencio em volta de mim vai se tornando cada vez mais ensurdecedor. Isso é tão estranho, por fora sinto o silencio me rondando, e por dentro eu sinto uma confusão de lembranças e sentimentos ruins.

Meu olhar está fixo em um único ponto, e esse ponto é um lugar qualquer da parede. Eu estou tão mal que não tenho capacidade para movimentar meu olhar ou meu corpo. Não consigo.

E enquanto permaneço assim, as horas vão passando, levando junto com elas a madrugada. Trazendo um novo dia para nós. Não tenho noção de que horas são, não tenho mais noção de nada praticamente. Sei apenas que já amanheceu, pois a claridade vinda de fora invade o quarto.

Não consegui dormir em nenhum momento. Continuo a mesma de horas atrás. Mas posso notar que minha audição melhorou, e que agora consigo ouvir com mais precisão os barulhos vindos lá de baixo.

Ouço a porta abrir, mas não olho para ver quem é, meu olhar continua fixado em um mesmo lugar.

—Trouxe um copo com leite e um pouco de biscoitos que a Carol fez – a voz de Spencer soa perto de mim, enquanto ouço ele depositando as coisas sobre o criado-mudo ao lado da cama – você precisa se alimentar, não pode ficar assim – ele continua – estamos todos preocupados com você, Caroll. Não se entregue tão fácil. Não desista só porque as coisas estão difíceis – ele conclui.

Após alguns minutos em silencio, e sem nenhuma resposta, ele então deposita um beijo em minha testa e sai do quarto.

E mais horas se passam. Denise veio me examinar hoje mais cedo, ela disse que estou estável, mas que meu pulso continua fraco. Ela repetiu a mesma coisa que Spencer me disse antes, dizendo que eu preciso me alimentar. Mas não posso fazer nada quanto a isso, não estou com fome.

E mais um dia se passa.

Durante a madrugada eu sou despertada por sons de grunhidos que invadiam minha mente. Eles estão cada vez mais constantes em minha imaginação. E eu só me dou conta que isso não é real, depois de acordar assustada e chamar a atenção de Spencer que se mantivera a noite toda sentado no chão ao meu lado. Ele me faz ficar calma e me cobre novamente com meu cobertor. E essa cena se repete varias vezes durante a madrugada que parece nunca acabar.

E durante o novo dia, eu permaneço da mesma forma que anteriormente.

Enquanto há vida, há esperança, Caroll. Por isso eu sei que ainda existe esperança dentro de você – April tenta me dar apoio de alguma forma durante a visita dela e de Maggie para mim.

Precisamos de você – Maggie diz com sua voz doce, e logo as duas deixam o quarto.

Ao longo do dia, aconteceu de eu apagar do nada. Algumas vezes que Spencer estava falando comigo, eu acabava apagando e acordando só depois, quando Denise já se encontrava aqui, dizendo que isso era normal na minha situação, é como uma defesa do meu organismo, que, assim como um gerador sobrecarregado, desliga-se repentinamente. Todas as pessoas em situação de extremo estresse físico ou emocional podem passar por isso. E no meu caso, isso apenas piora, por conta da minha fraqueza gerada por minha falta de alimentação.

E no meio da madrugada, acordo desesperada após minha mente receber uma imagem de minha mãe perambulando por aí como um zumbi. As lagrimas rolam pelo meu rosto e Spencer segura fortemente minha mão, tentando me passar segurança.

Apago novamente.

Mais alguns dias passam. E eu recebo visitas do pessoal. Alguns dizem coisas para que eu tenha alguma motivação para sair daqui. Outros apenas me observam em silencio. Recebo novas visitas de Denise, que sempre diz a mesma coisa, relatando que eu não tive nenhum sinal de melhora.

Em algum desses dias, eu podia jurar que havia visto Carl na porta me observando, mas de repente tudo escureceu e quando acordei não existia ninguém ali, então aceitei que era apenas algo da minha cabeça, apenas mais um sonho que tivera.

Quero que você saiba que existe dentro de si uma força capaz de mudar sua vida, apenas basta que lute por isso – Spencer diz em algum momento, novamente tentando me ajudar.

A presença e as palavras ditas pelo pessoal me fazem bem de alguma forma. Mas da mesma maneira eu não tenho capacidade de ao menos me mover.

Em um momento durante o dia, Glenn aparece em meu quarto, e o que me surpreende é que Enid está junto com ele. Eles entram e se aproximam de mim.

—Oi – Glenn diz – eu entendo pelo o que está passando. Mas é assim que perdemos as pessoas, mesmo quando elas já se foram. As pessoas que te amam, fizeram de você quem você é, elas são parte de você – suas palavras me lembram das palavras de meu pai – se você parar, se simplesmente desistir, aquela ultima parte que ainda está aí dentro, aquilo que você é, some. Pense em quem são essas pessoas para você, e saiba que eles ainda estão aqui, porque você ainda está aqui.

Eu queria poder respondê-lo de alguma maneira, pelo menos o agradecer por isso. Mas não consigo, e isso me deixa ainda mais ciente de meu estado.

Imagine uma nova historia para sua vida e acredite nela – Enid diz num tom apoiador antes de deixarem o quarto.

Tudo se junta em minha cabeça, fazendo algo começar a despertar dentro de mim. Um sentimento que eu já não sentia há algum tempo.

E no dia seguinte Maggie passou a manha toda ao meu lado, esperando que eu demonstrasse alguma reação, mas não recebera sucesso.

Eu sentia o seu olhar sobre mim, era como se ela já tivesse passado por algo assim antes. Ela parecia querer me ajudar, apenas não sabia como.

—Sua mãe disse uma vez, que tinha planos para esse lugar, e que se um dia houvesse um governo, você trabalharia nisso junto comigo – Maggie diz algo depois de minutos em silencio – eu quero que isso aconteça, mas pra isso vou precisar da sua ajuda. Se quisermos realmente que esse lugar continue em pé, se quisermos que as pessoas que amamos fiquem bem, temos que nos unir, temos que lutar por isso, todos juntos, nós precisamos que você nos ajude Caroll, é assim que você mostrará para seus pais, que você é capaz de liderar esse lugar, assim como eles fizeram – ela respira fundo e passa a mão levemente sobre minha cabeça – há certas coisas que você não supera. Ou você vive com elas, ou não vive – Maggie continua firme – não se entregue, querida – ela deposita um beijo em minha testa e sai do quarto.

Fico pensando sobre o que Maggie disse. Ela está certa. Mas não quero prejudicar o grupo caso faça algo errado novamente.

E logo sou interrompida pelas lembranças ruins novamente. Que me fizeram ter novas imagens de minha mãe sozinha por aí. Despertando as descontroladas lagrimas. Me permitindo ficar em posição fetal novamente. Ate apagar.

Numa tarde, enquanto cochilava, uma voz soou um pouco distante de mim, não consegui reconhecer de quem era a voz, eu apenas ouvi as palavras de força que foram ditas. E quando abri os olhos já não tinha ninguém por perto.

Nós encontraremos um jeito. E se não encontrarmos, eu ainda estarei com você – essa foi a frase dita por essa pessoa.

E essas palavras entraram na minha mente e ficaram martelando durante um longo tempo. Trazendo uma pontinha da vontade de lutar dentro de mim.

E depois de outro dia, acordo com Spencer sentado ao meu lado, enquanto lê para si mesmo a carta que minha mãe deixou. Posso ver uma lagrima solitária escorrer de seu olho, e uma dor imensa percorre dentro de mim.

—Já se passou uma semana desde que você se fechou para tudo e para todos. E eu tive tempo para ler e reler a carta – Spencer fala – e teve dias em que eu pensei em sair da comunidade, para tentar encontra-la, pois ainda acho que ela está por aí. Mas não consegui, não sozinho. Acho que não dou conta sozinho, sabe?! – ele desabafa – se ela realmente estiver por aí, eu não quero que ela continue assim. Quero por um fim nisso. E preciso de você para que isso aconteça. Agora você é a única pessoa que vai entender o que estou falando – sua mão toca a minha e eu sou capaz de sentir seu desesperado pedido de ajuda – eu não vou suportar perder mais alguém. Você não pode me deixar, Caroll – noto que ele limpa outra lagrima – nós precisamos resolver isso juntos. E você sabe disso. Você não pode pensar para sempre. Cedo ou tarde, terá que tomar uma decisão. Você não esboçou nenhuma reação até agora durante todos esses dias, eu só te peço para que demonstre alguma reação. Por favor. Eu te amo.

Todas as palavras ditas por Spencer se junta com as outras palavras ditas pelo resto do pessoal. Tudo isso me toca de alguma maneira. E eu sinto vontade de reagir.

O apoio de cada um deles me fez pensar que ainda existe um jeito, ainda existe uma forma de conseguirmos vencer isso tudo, mas pra isso temos que tentar.

Devo honrar meus pais, ele queriam isso. E acho que a única forma de essas imagens de minha mãe saírem de minha cabeça, é tendo a certeza de que ela não está por aí. Preciso ajudar Spencer.

Durante os dias, eu tentava recuperar minhas forças, e ia juntando cada palavra para conseguir fazer isso, e agora eu finalmente consegui.

Tento formular algo para dizer. Mas minha voz não sai. Estou há dias sem falar nada. Ainda estou fraca.

E a única coisa que consigo fazer é movimentar os dedos de minha mão, numa tentativa de apertar a mão de Spencer. Dando a ele a resposta de que eu ainda estou aqui. E no mesmo instante, recebo um olhar surpreso e um sorriso aliviado vindo dele.

E agora sei que minha mãe estava certa. Ainda é possível existir amor nesse mundo. E agora eu tenho certeza disso. Todos demonstraram isso a mim, todos me deram apoio para melhorar, e agora eu devo meus agradecimentos a eles.

Não irei me entregar.


Notas Finais


Gente espero que vocês tenham gostado do capitulo, eu me esforcei bastante para escreve-lo...
Por favor, deixem a opinião de vocês. Estou morrendo de saudades dos comentarios de vocês <3333

Vou deixar o link da imagem de uma garotinha de que eu imagino como a April, quem se interessar o link é esse: http://tiagonew.com.br/wp-content/uploads/2015/09/56222_454864667898901_571795214_o.jpg

Beijooos amores <333


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