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História Not Safe - Foi real


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiii meus amoreees, eu volteeei <3333

Primeiramente muito obrigada pelos 403 favoritos da fic, vocês realmente são demais <33 E peço desculpas pela demora (mais uma vez) me desculpem mesmo, a correria ficou demais e eu não estava dando conta... Mas agora estou aqui com capitulo novinho <33

Espero realmente que vocês gostem

Boa leitura <33

Capítulo 45 - Foi real


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Foi real

Mas eu irei mudar essa situação. Irei lutar para resolver isso.

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Pov – Caroll

Uma pequena gota de suor escorre por minha testa. Paro de rastelar as folhas do chão e uso o dorso de minha mão para enxugar o suor, aproveitando para colocar uma mecha de cabelo, que caíra sobre meu olho, para de trás da orelha.

Volto minha atenção às folhas, e então começo a rastelar novamente. É bom ter o que fazer, é bom poder trabalhar na comunidade novamente. Isso me distrai, e ainda me aquece do frio que está fazendo aqui fora.

E quando as ultimas folhas restantes enchem o cesto, sabemos que nosso trabalho por aqui acabou. Olho para o pessoal e posso notar o semblante de satisfação de cada um. 

Sinto uma breve tontura, e sou obrigada a encontrar um apoio no rastelo que ainda se encontra em minhas mãos.

—Tudo bem? – Rick me questiona enquanto se aproxima.

—Só tive uma tontura, não foi nada. Já passou – solto um riso anasalado.

—Acho que já fizemos um bom trabalho por hoje – ele passa a mão sobre minha cabeça e eu sorrio fraco – Maggie, April e eu vamos guardar esses rastelos e levar os cestos – entrego o rastelo a ele – enquanto isso, acho melhor você ir comer alguma coisa, ainda não se recuperou totalmente.

—É, você tem razão – concordo.

Eles então se afastam, levando as coisas junto deles. Sigo meu caminho de volta para casa. Caminho devagar, enquanto me distraio chutando pequenas pedras pelo chão.

O som do toque de uma caixinha de musica, chama minha atenção. Levanto a cabeça para poder ver quem está por perto, e então vejo Carl sentado na escada de sua varanda com Judith no colo, enquanto a pequena brinca sorridente com a caixinha de musica em suas mãos.

Desvio meu olhar e abaixo a cabeça novamente para tentar evitar que os sentimentos mexam com o meu psicológico. Então apenas continuo andando.

Assim que vou passar por eles, Judith, sem culpa, derruba a caixinha no chão. No mesmo instante paro de caminhar e olho para a pequena, que agora possui um semblante assustado.

A queda do objeto faz com que consequentemente uma pequena engrenagem venha parar próxima ao meu pé. Me abaixo e pego a mesma. Olho para Carl e noto que ele acabara de apanhar a caixinha do chão. Me aproximo mais e estendo a mão para poder entregar-lhe a engrenagem.

—Obrigado – ele diz após retirar a peça de minha mão.

—De nada – respondo um pouco sem graça – sinto muito pela caixinha, é bem bonita... Você acha que tem concerto?

—Não sei. Da ultima vez quem concertou foi o Daryl. Peço pra ele dar uma olhada depois – Carl me responde enquanto deixa o objeto de lado e ajeita a irmã nos braços.

—Nunca a vi antes. Foi o Daryl quem a encontrou também?

—Não, eu a encontrei. Foi antes de Aaron nos trazer para a comunidade. Eu estava procurando agua e então a encontrei. Eu a entreguei para Maggie, achei que ela ia gostar, mas não funcionava... – ele pondera por um instante e solta um riso anasalado – pra falar a verdade isso é dela – ele alterna seu olhar entre a caixinha ao seu lado e eu, e então continua – depois, Daryl a concertou, ele disse que era apenas sujeira nas engrenagens...

—Então... Acho que ele pode dar um jeito nisso de novo – sorrio.

—Espero que sim – Carl esboça um sorriso e abaixa a cabeça.

—Ahn, eu já vou indo – digo sem graça.

Acaricio levemente a cabeça de Judith que me olha sorridente. Faço menção de sair dali, mas sinto a mão de Carl tocar meu pulso levemente, me fazendo virar para ele.

—Espera! – ele diz um pouco abafado e afasta sua mão de mim – eu nem te perguntei... Você está melhor?

—É, eu estou sim. Obrigada por perguntar – Carl apenas assente.

Tento formular algo para dizer a ele, um pedido de desculpas talvez, preciso fazer isso, mas simplesmente sinto minha garganta travar e minha voz não sai. Então apenas comprimo meus lábios, formando uma linha reta com os mesmos, suspiro e volto a caminhar.

A caminhada calma não dura mais do que cinco minutos. Assim que adentro minha casa, vejo Spencer na cozinha enquanto ajeita sua arma na cintura e pega uma pá que estava encostada na parede.

—O que vai fazer? – pergunto a ele.

—Tenho que por um fim nisso – ele me responde decidido se referindo a nossa mãe.

—Nós temos – dou ênfase à palavra “nós” e ele assente.

Confiro se minha arma está carregada e a ajeito novamente em meu coldre junto com minha faca.

Logo deixamos nossa casa e seguimos para o portão. E sem demoras saímos da comunidade.

Estamos na floresta. Já faz alguns minutos que estamos aqui procurando pela nossa mãe, ou pelo menos pelo corpo dela. Andamos de um lado para o outro e nada de a vermos. Vimos alguns outros zumbis pelo nosso caminho, menos ela.

Já estou começando a ficar cansada de perambular por aqui sem ter nenhum resultado. Eu só queria encontra-la logo e acabar com isso, acabar com meus pesadelos à noite.

Me sento no chão enquanto Spencer se mantem em pé, de costas para mim, observando toda nossa volta. Permanecemos assim por alguns instantes, até escutarmos um grunhido ao longe. Me levanto rapidamente e espero junto com Spencer o morto-vivo se aproximar de nós. Ainda não temos a visão dele, apenas o ouvimos, enquanto os grunhidos ficam mais altos.

De repente de trás de algumas arvores se revela a dona dos grunhidos. Sim, finalmente é nossa mãe. Ela vem cambaleante em nossa direção. Olho para Spencer e ele corre até ela, a segurando para que eu possa agir.

Retiro minha faca do coldre e me aproximo deles. Enquanto uma de minhas mãos segura firmemente a faca, a outra segura a cabeça de minha mãe, para que eu possa ter mais firmeza.

Um nó se forma em minha garganta, e noto as lagrimas querendo se acumular em meus olhos. Mas antes que isso aconteça, consigo cravar a faca em sua têmpora, fazendo enfim seus movimentos se cessarem.

Spencer se senta no chão com o corpo dela ainda em seus braços. Me ajoelho ao lado dele e lhe dou um abraço, o mais reconfortante possível, enquanto nossas lagrimas escorrem sem parar.

E depois de alguns minutos relembrando a dor da perda, nós finalmente conseguimos no recompor. Nos levantamos e damos um enterro decente a ela, à sombra de uma grande arvore. E antes que possamos partir, pego minha faca novamente e desenho um “D” no tronco da arvore, indicando a inicial de seu nome, a inicial de um nome muito importante para nós.

[...]

Assim que chegamos à comunidade, Spencer troca de lugar com Rosita na vigia do muro, e eu decido ir para a casa, aconteceram coisas demais para um dia só. Assim que chego em casa, vou direto para a cozinha, e me sirvo com um enlatado que encontrei dentro do armário.

Me jogo no sofá da sala, puxo um pouco meu colar do pescoço e fico observando seu pingente. Me sinto aliviada pelo o que fiz hoje, sinto esse alivio bom por ter resolvido uma das coisas pendentes na minha vida, mas agora tenho que resolver outras a mais.

Me lembro que Daryl saíra para procurar soro para mim, mas não sei se ele já retornou de sua busca. Querendo ou não, fico preocupada com ele, ele se ofereceu para sair, preferiu arriscar a sua vida do que a minha.

Sem hesitar, me levanto do sofá e me dirijo para fora de casa. O primeiro lugar em que penso em procura-lo é a garagem onde ele guarda sua moto, ele praticamente vive lá. Apresso meus passos e logo chego a tal garagem que se encontra aberta, enquanto Daryl está limpando algumas peças de moto, que estão distribuídas sobre uma mesa de madeira.

—Daryl?! – paro na entrada da garagem.

—Entra aí – ele diz e faz sinal com a cabeça para que eu entre, e assim faço.

—Eu queria ver se você já tinha voltado. Não sabia que já estava aqui – paro ao lado dele enquanto o observo limpando as peças – na verdade eu vim te agradecer.

—Pelo o que? – ele para o que está fazendo e me encara.

—Por ter saído por ai atrás de soro, você sabia que estaria se arriscando e mesmo assim foi...

—Não foi nada... – ele volta a fazer o mesmo de antes – você podia precisar de mais – sua voz sai mais rouca do que de costume – você está bem?

—Estou – sorrio de canto – o que houve com seu braço? – pergunto logo ao ver sangue escorrendo de um arranhão.

—Deve ter sido na busca enquanto me desviava de alguns deles – ele diz se referindo aos zumbis.

—Você precisa limpar isso.

—Não precisa. Está tudo bem – ele diz num fio de voz rouca e se afasta um pouco.

—Eu vou fazer isso Daryl Dixon – digo decidida procurando um pano limpo. Daryl apenas me lança um olhar sério por entre seus cabelos que cai sobre seus olhos.

Pego um pequeno pedaço de pano limpo em uma prateleira e o umedeço com um pouco de agua da pia. Me aproximo novamente de Daryl e começo a limpar o local do ferimento.

—Por que? – Daryl me questiona num tom baixo enquanto me observa.

—Você se arriscou por aí, é o mínimo que posso fazer – respondo como se fosse obvio e ele solta um tipo de resmungo rouco, que me faz esboçar um sorriso involuntariamente.

—E você? – ele pergunta.

—Eu o que?

—Teve problemas por ai? – ele aponta minha roupa que contem respingos de sangue.

—É... – termino de limpar o ferimento e me afasto para deixar o pano sobre a bancada – Spencer e eu saímos da comunidade – sinto a sensação de que um nó está prestes a se formar em minha garganta, então continuo a falar com a voz um tanto quanto embargada – fomos procurar nossa mãe – abaixo a cabeça e limpo rapidamente uma lagrima solitária que ameaça cair.

Permanecemos alguns segundos em silencio. Daryl, de alguma forma, parece entender essa dor que ainda sinto. Ele fica um instante de cabeça baixa e logo deposita a peça que estava em sua mão sobre a mesa e então começa a dizer:

—Sabe, a minha mãe, ela gostava de beber. Gostava de fumar na cama, Virginia Slims – o encaro com atenção, ouvindo cada palavra sua dita – eu estava brincado com a criançada, lá da vizinhança. Só podia fazer isso quando o Merle estava fora. Eles tinham bicicletas, e eu não tinha. A gente ouviu sirenes vindo pro nosso lado. Eles pegaram as bicicletas, foram atrás das sirenes, esperando poder ver alguma coisa. Eu corri atrás deles, mas não consegui acompanhar, eu virei à esquina, e vi meus amigos olhando para mim... Nossa! Eles todos estavam olhando para mim – ele parece imaginar a cena – tinha caminhões de bombeiro para todo lado, pessoas da minha vizinhança também. Era pela minha casa que eles estavam lá, era minha mãe na cama, era um punhado de cinzas. Essa foi a parte difícil. Sabe, ela estava morta, pulverizada, não sobrou nada dela. As pessoas disseram que era melhor assim, sei lá, é como se aquilo não fosse real, sabe?!

—Eu fui atrás de minha mãe, consegui encontra-la, na verdade eu acho que já não era mais ela, mas a encontrei... Eu pus um fim nisso, Daryl. Foi real – após minhas palavras Daryl abaixa a cabeça e eu suspiro – sinto pela sua mãe – digo sincera. Daryl ergue a cabeça novamente e me encara por alguns segundos.

—E eu sinto pela sua – ele responde apoiando a mão em meu ombro, e eu apenas assinto.

—Daryl, eu ainda não entendo porque você quis sair para buscar os soros. Você já me disse que eu poderia precisar, mas porque não deixou Spencer ir?

—Não queria perder mais uma pessoa da família – ele diz novamente num tom rouco e abafado – mas não foi só por você... Foi pelo garoto também.

—Pelo Carl?! – pergunto sem entender.

—É, você precisava ver o quanto ele ficou preocupado com você. Teve um dia que ele passou a tarde inteira ao seu lado. Eu via ele entrando na sua casa todas as manhãs – as palavras de Daryl parecem não entrar em minha cabeça, não me lembro de nitidamente de Carl lá comigo, sinceramente não me lembro de quase nada – eu vi o jeito que ele ficou, então decidi sair pra buscar os soros, eu achei que ele ou Spencer tinham que estar ao seu lado quando melhorasse.

—Eu não sabia que o Carl tinha ido me visitar... Na verdade eu não tinha certeza, eu me lembro vagamente de ter visto ele na porta, mas achei que era mais uma alucinação – um sorriso surgi em meus lábios involuntariamente.

—O garoto gosta de você – ele afirma e anda na direção de uma prateleira mais afastada, pega algo e volta – ele trouxe isso para eu concertar – ele mostra a caixinha de musica.

—E você a concertou? – pergunto enquanto pego a caixinha.

—É, era só uma engrenagem que havia se soltado... Por que não vai levar pra ele? – Daryl propõe essa ideia.

—É, vou seguir seu conselho senhor Dixon – digo num tom brincalhão e ele solta um tipo de riso anasalado – obrigada Daryl – sorrio a ele – por tudo.

Ele assente e dá um sorriso meio sem jeito.

Pelo caminho vou pensando sobre tudo o que Daryl me disse. Eu realmente jamais imaginei que conversaria de tal forma com ele, ele se porta como um cara fechado e grosseiro, mas na verdade Daryl é uma pessoa boa, e é difícil encontrar pessoas assim. Pude ver que até mesmo as pessoas mais frias possuem um coração bom.

E sobre Carl, eu também não pensei que ele fosse fazer o que fez. Ele demonstrou que ainda se preocupa comigo, ele ainda se importa. E eu preciso agir sobre isso.


Notas Finais


E ai? O que Caroll vai fazer?

Deixem a opiniao de vocês aqui nos comentarios <3

Espero que tenham gostado, e preparem o coração porque no proximo capitulo teremos Caroll e Carl <33

Bjos meus amores <3


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