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História Not Safe - Não podemos esperar


Escrita por: carollt

Notas do Autor


Oiiiii meu amores, que saudadeeeeeeees <333

Sim, eu estou viva e sim eu também sei que demorei muuuito. Mas acreditem, tive meus motivos, só não vou escrever aqui porque é muita coisa.
Me desculpem pela demora mais uma vez. Mas estou aqui com um capitulo novinho e espero que vocês gostem <3333

Obrigada pelos 496 favoritos eu estou muuuito feliz com isso meus amores <3

Enfim. Boa leitura <33

Capítulo 47 - Não podemos esperar


Fanfic / Fanfiction Not Safe - Não podemos esperar

A neve indica que uma nova época está se iniciando. Um novo momento começará para todos nós. E isso me faz pensar em algum tipo de coincidência, já que Carl e eu também estamos iniciando uma nova fase, juntos.

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Pov – Carl

É até um pouco difícil de acreditar que ela está aqui de novo, que ela está comigo novamente. Eu realmente achei que isso não iria acontecer mais, e que iriamos permanecer distantes um do outro, mesmo que isso doesse cada dia mais.

E está tudo tão bom que não parece ser real. As coisas estão dando tão certo que chega a ser estranho, se levarmos em consideração o mundo em que estamos vivendo.

Acabo perdido em seus olhos claros, e enquanto os encaro o tempo para por instantes. Por vezes seus olhos brilham, e talvez isso seja o que prende minha atenção a eles, pelo simples fato deles serem o único brilho visto durante esse dia nublado e cinzento.

E o mundo sem cor ao meu redor ganha novas cores quando eu estou com ela, Caroll me faz enxergar algo a mais em tudo isso em que estamos vivendo. Ela é um dos motivos que me faz ainda estar aqui. Gostar dela é algo que eu sabia que iria acontecer, desde o começo.

Sou retirado de meus devaneios pelo floco de neve que caíra sobre nossas mãos, o primeiro floco de neve para nós nesse inverno. Sigo o mesmo com o olhar e permaneço o observando assim como Caroll.

Nos permitimos ficar mais um pouco aqui fora, podendo aproveitar mais esse momento de tranquilidade que estamos vivendo.

Me aproximo mais de Caroll e a envolvo em meus braços, fazendo o topo de sua cabeça ficar na altura de minha boca, me permitindo assim, beijar a mesma num sinal de carinho.

Ficamos observando por um tempo a neve caindo serenamente diante de nós. As rajadas de vento começam a ficar cada vez mais fortes, fazendo o frio tomar conta de nós, nos obrigando a ir para casa.

Pov – Caroll

Decidimos ir para casa já que o frio está ficando cada vez pior. Enquanto caminhamos sinto a brisa gelada batendo em meu rosto e seguindo para meu cabelo, o deixando bagunçado. Solto um riso anasalado e tento arrumar meu cabelo com a ajuda de Carl que sorri com a cena.

—Vamos pra minha casa, Carol fez biscoitos hoje mais cedo – Carl diz logo depois de terminar de me ajudar.

—Tudo bem – sorrio a ele.

Uma fina camada de neve se formou sobre o chão, nossos pés ainda não chegam a afundar, mas já é estranho caminhar sobre essa neve, ainda mais quando você mal consegue sentir suas pernas que parecem estar congeladas.

Assim que adentramos a casa de Carl um alivio parece tomar conta de mim, aqui está tão quentinho que posso até tirar um de meus casacos.

Passos vindos da escada chamam minha atenção e assim que olho para ver quem é, vejo Jessie descendo calmamente enquanto observa alguma coisa que se encontra em suas mãos.

Quando termina de descer, ela deposita o aparelho que ela tinha em mãos sobre o balcão e enfim posso ver que é a babá eletrônica que eles utilizam para observar Judith enquanto dorme.

—Oi, gente – Jessie nos cumprimenta – ahn... Eu já estou de saída. A Judith já está dormindo há algum tempo, ela está lá no quarto – ela sorri.

—Obrigado, Jessie – Carl agradece. A mesma assente e sem demoras deixa a casa.

Me aproximo do balcão e pego a baba eletrônica enquanto observo Judith pela tela.

 —Ela está tão linda – constato – logo estará andando por ai – sorrio imaginando e coloco o aparelho de volta sobre o balcão – você não pensa nisso? Em quando ela estiver andando por ai, não querer mais ficar presa dentro de casa... – olho para Carl e ele ajeita o chapéu parecendo meio preocupado.

—Eu penso. E é por isso que quero que esse lugar de certo. Quero que ela possa ter realmente uma vida aqui, que todos nós possamos ter uma vida – ele pondera por alguns instantes abaixando a cabeça – esse é o tipo de lugar que minha mãe queria pra gente...

—Sinto muito pela sua perda – é apenas o que consigo dizer.

—Eu não só a perdi – Carl diz olhando para mim e comprimindo seus lábios logo em seguida – eu a matei... Tinha que ser eu.

Essas palavras soam um tanto nostálgicas, e me fazem notar a dor que ainda existe escondida dentro dele.

—Agora eu sei como é isso – digo num tom baixo.

E em instantes o silencio toma conta da casa, o clima tenso que se estende por aqui se torna incômodo demais, fazendo com que eu tente formular algo para dizer, mas Carl é mais rápido e diz:

—Ok, vou pegar biscoitos... Você quer? – ele anda em direção à cozinha.

—Com certeza – sorrio o seguindo.

Carl pega a assadeira que contem alguns biscoitos bem distribuídos e coloca sobre o grande balcão da cozinha. Olho para aqueles biscoitos e sinto a fome aumentar ainda mais.

—Primeiro as damas – Carl diz num tom brincalhão e aponta para os biscoitos.

­—É muita gentileza sua, senhor Grimes – entro na brincadeira e pego um.

Começamos a comer. Tento saborear cada pedacinho que mordo, até porque sei que posso ficar muito tempo sem comer isso novamente. 

E logo resta apenas um biscoito na assadeira. Meu olhar se alterna entre Carl e o único biscoito a nossa frente. Solto um riso anasalado e me permito dizer:

—Acho que podemos dividir esse ultimo. O que você acha? – o questiono e ele me lança um sorriso.

—Eu concordo – Carl me olha profundamente.

—Então vou pegar uma faca para poder dividir – digo e faço menção de me afastar.

Sinto a mão de Carl envolvendo minha cintura, me fazendo recuar e parar de frente para ele. Estamos totalmente colados um ao outro, nossos rostos estão a poucos centímetros, dando o privilegio de sentir a respiração quente dele contra mim.

Um sorriso surge em meus lábios como consequência dessa ação. Sinto meu coração bater mais acelerado e um sentimento bom percorrer dentro de mim.

—Depois você faz isso – ele diz num tom baixo e rouco – o biscoito pode esperar um pouco – Carl fala perto do meu ouvido, me fazendo arrepiar involuntariamente.

Não respondo nada, apenas o encaro enquanto ele volta a olhar em meus olhos.

Aos poucos nossos lábios vão se aproximando, dando inicio a um beijo envolvente, que toma intensidade conforme nossas línguas exploram a boca um do outro. Minha mão envolve os cabelos de Carl os puxando levemente.

Suas mãos apertam minha cintura com jeito, enquanto o permito beijar meu pescoço. Nossas respirações se mostram cada vez mais ofegantes. Carl volta a beijar minha boca com intensidade, nos fazendo dar alguns passos até que eu encoste no balcão atrás de mim. Meus braços envolvem seu pescoço fazendo com que nos aproximemos ainda mais. Carl coloca as mãos em minhas coxas, as erguendo, assim me fazendo enlaçar sua cintura.

Ele me coloca devagar sentada sobre o balcão sem parar o beijo que ainda acontece cada vez mais intenso, enquanto nossas mãos agora tentam desesperadamente empurrar a assadeira que se encontra aqui em cima, para outro canto qualquer. E logo em seguida retiro seu chapéu, o colocando ao meu lado sobre o balcão.

Posso sentir o calor que existe aqui nesse momento. Estamos completamente ofegantes, mas nos recusamos a parar esse beijo que nos traz sensações novas e boas.

As mãos de Carl passam pelas minhas coxas num toque suave e vão subindo até minha cintura, assim, me puxando devagar para que eu consiga passar minhas pernas totalmente em volta dele, fazendo nossos corpos ficarem colados um ao outro.

Um som um pouco abafado vindo do andar de cima chama nossa atenção. Paramos o beijo e olhamos um para o outro em silencio, e sem demoras podemos ouvir com mais precisão que o som é apenas o choro de Judith que pelo jeito acabara de acordar.

Solto um riso anasalado e coloco o chapéu de volta em sua cabeça. Ele o ajeita e então me ajuda a descer do balcão.

Vamos caminhando devagar enquanto tentamos normalizar nossa respiração. Subimos a escada e logo chegamos ao quarto onde a pequena está. Ela diminui o choro assim que vê o irmão.

Carl a pega no colo e a balança um pouco enquanto anda até o criado mudo onde a chupeta de Judith está. Ele a entrega para ela e em instantes já não se tem mais choro algum.

Me aproximo até a janela do quarto e observo o lado de fora da casa.

—Parou de nevar – afirmo e olho para Carl que se aproxima de mim.

—É – ele também observa pela janela e sorri – achei que nevaria mais – ele diz voltando seu olhar para mim.

—Eu também.

Passo a mão devagar sobre a cabeça de Judith e ela estende os braços para mim, num gesto para que eu a pegue.

—É difícil ela fazer isso para as pessoas – Carl diz e sorri logo em seguida.

—Acho que isso é um bom sinal – digo meio sem jeito enquanto a pego no colo.

—É, ela gosta de você.

Sorrio fraco. Algo vem em mente e me faz ficar pensativa. Eu não tenho nenhuma lembrança minha com bebes, não me lembro de algum bebe ter gostado de mim.

Talvez tudo foi se apagando durante esses anos em meio a tantos acontecimentos, mas é tão estranho quando se para pra pensar nisso, acho que eu nunca havia parado para pensar nesse tipo de coisa, até porque dificilmente temos tempo para isso hoje em dia e as coisas que ficam mais marcadas em nossa memória são as coisas que acontecem recentemente, e as vezes, as piores delas.

Pra falar a verdade eu pensava que jamais veria outro bebe novamente.

Saio de meus devaneios quando Judith começa a resmungar. Ela passa a ficar inquieta em meus braços e eu confesso que fico um pouco sem saber o que fazer.

—Carl, acho que ela está com fome – opino.

—Vou lá na cozinha ver se ainda tem purê de maçã – ele responde e eu assinto.

Ele sai do quarto enquanto eu permaneço com Judith no colo a balançando. Noto um quadro sobre o armário e me aproximo para poder ver melhor a foto. Na imagem se pode ver Carl e Rick com Judith no colo. Isso me faz lembrar do colar que minha mãe deixou para mim, eu ainda preciso colocar uma foto nele, não posso me esquecer disso.

Vou para perto da cama e me sento um pouco, ajeitando a pequena sentada em meu colo.

Carl entra no quarto com um potinho de purê de maçã e uma colher, ele se senta ao meu lado e olha para mim.

—Ok. Acho melhor você fazer isso – digo a ele e entrego Judith.

­—Tudo bem.

Observo Judith comer, enquanto sorrio com a cena.

O barulho da porta se abrindo bruscamente lá em baixo e o som da voz de April gritando meu nome varias vezes apavorada, me faz levantar da cama e automaticamente retirar minha arma do coldre, indo em direção à porta, Carl vem logo atrás de mim.

Corro para a escada, desço sem pensar duas vezes e acabo dando de encontro com April que começara a subir. Seus olhos estão assustados e lagrimas escorrem dos mesmos.

Abaixo minha arma e a devolvo em meu coldre, April segura uma de minhas mãos e começa a me puxar em direção à porta.

—Caroll, vem comigo, rápido, ela precisa de ajuda – ela fala entre soluços causados pelo choro.

—Quem precisa de ajuda? O que aconteceu? – a faço parar antes de sairmos da casa e pergunto tentando soar o mais calmo possível, mas não obtenho resposta – April querida, preciso que me diga o que aconteceu – tento ao máximo não demonstrar o meu medo sobre sua resposta.

—É a Maggie – ela se esforça para conseguir falar entre o choro – ela está muito mal.

—Meu Deus – digo baixo.

—Vou buscar ajuda – Carl diz pegando seu casaco e colocando sobre a irmã.

—April, quero que vá buscar ajuda junto com o Carl está bem? Enquanto isso eu vou ver como Maggie está – April assente – fica calma, vai dar tudo certo – não pareço convincente o bastante.

Saio correndo na direção da casa de Maggie, levo alguns escorregões durante o percurso por conta da camada de neve que se formou no chão, mas mesmo assim faço de tudo para chegar o mais rápido possível até ela.

Assim que chego na frente da casa vejo a porta entreaberta, entro desesperada e logo vejo Maggie sentada no chão com as mãos na barriga. Seu semblante de dor me faz assustar.

Ela acaba soltando alguns gritos abafados enquanto fecha os olhos com força dando impressão de que é para tentar amenizar a dor.

Respiro fundo e me aproximo dela, me ajoelho ao seu lado e seguro sua mão. Maggie olha para mim com os olhos totalmente cheios de lagrima e aperta a minha mão depositando toda a força que ainda lhe resta.

—Maggie o que aconteceu? – faço a primeira pergunta que vem em mente.

—Eu não sei – sua voz sai tremula e totalmente embargada pelo choro – aconteceu do nada – ela fala tudo pausadamente – Caroll... – assinto para ela esperando que continue e a mesma respira fundo tentando retirar forças para continuar falando – ajude a salvar meu bebe... – ela pondera por alguns segundos – por favor.

­—Maggie, eu... – eu realmente não sei o que posso fazer, me sinto perdida – eu vou tentar fazer de tudo pra ajudar vocês... Eu prometo – e nesse momento as lagrimas se acumulam em meus olhos, porém não as deixo cair, não quero chorar na frente dela, preciso ser forte.

—Eu sei que vai, eu confio em você – ela tenta esboçar um sorriso mas a dor parece ser mais forte.

A ajudo se deitar no chão. Retiro meu ultimo casaco e coloco debaixo de sua cabeça na tentativa de deixá-la mais confortável.

—Carl e April foram buscar mais ajuda, logo eles estarão aqui e você ficará bem... Você e seu bebe – tento soar o mais firme possível.

Passo a mão levemente sobre sua testa e noto que ela está soando frio. Me levanto rapidamente, dou a volta no balcão e pego o primeiro pano que encontro, o levo até a pia e o umedeço.

Volto para perto de Maggie enquanto dobro o pano em minhas mãos e antes de me ajoelhar novamente ao seu lado eu olho para entre as pernas dela e vejo uma mancha de sangue.

No fundo eu sei o que isso pode significar, não quero acreditar nessa possibilidade. Não sei se ela já sabe que está sangrando, mas acho melhor não dizer nada, isso pode a deixar ainda mais nervosa e acabar piorando a situação.

Me ajoelho ao seu lado e coloco o pano úmido sobre sua testa. E novamente tento não demonstrar meu medo de que algo ainda pior aconteça. Minhas mãos estão tremulas e eu não consigo controlar isso.

As coisas estão piorando, e eu estou ciente disso.

Carl chega junto com Carol, Tara e Glenn. Eles entram rapidamente e param ao meu lado todos assustados. Glenn segura a mão dela e diz repetidas vezes que tudo ficará bem e eu me afasto deles para não atrapalhar.

Carl me abraça forte me passando apoio e eu retribuo me aninhando o máximo possível e “escondendo” o rosto no seu peito, ainda estando um pouco “aérea”.

—O que aconteceu? – Carol me pergunta enquanto “examina” Maggie.

—Ela disse que foi do nada, a dor começou de repente – a respondo me afastando um pouco de Carl – onde a Denise está? – pergunto ainda esperançosa.

—Ela saiu com Daryl e Rosita atrás de mais suprimentos, isso foi antes de começar a nevar – Tara diz olhando para mim.

—O pai de Maggie me ensinou algumas coisas, mas não tudo, se isso for um aborto não temos nada que podemos fazer para parar o sangramento, a única coisa que posso fazer é tentar amenizar a dor. Mas, precisamos ir para a enfermaria, agora – Carol continua.

Glenn a pega no colo e logo deixamos a casa. O tempo parece tão curto para nós, precisamos fazer algo depressa, mas não sabemos com certeza o que está acontecendo com ela.

Enquanto os três vão na frente levando Maggie, eu e Carl ficamos um pouco para trás, eu ainda estou tentando me conformar com tudo, e é difícil.

Carl vai à procura de Rick enquanto eu sigo os outros.

A colocam na maca assim que chegamos à enfermaria. Carol começa a procurar o remédio certo. Ela revira as prateleiras da enfermaria e anda por todo o espaço enquanto observa cuidadosamente cada canto, tentando encontrar o que for necessário para ajudar.

Fico inquieta observando toda essa situação. Maggie se contorce de dor, Glenn segura sua mão e tenta passar o maior apoio possível, Carol continua procurando algum medicamento específico enquanto dá instruções a Tara sobre o que ela deve ajudar a procurar.

Começo ajudar a procurar. Olho as embalagens de medicamentos e a maioria se encontram vazias.

Encontro um frasco de comprimidos para dor, o abro e vejo um único comprimido dentro dele. Suspiro com certo alivio e ando em direção a Carol para entregar o mesmo.

—Foi a única coisa que eu encontrei – digo enquanto ela analisa o frasco rapidamente – é muito pouco, vai dar pra ajudar? – questiono preocupada.

—Isso não vai ser o suficiente... – Carol responde – estamos sem as coisas necessárias. Vou fazer o que for possível.

—O que aconteceu com os medicamentos que tínhamos? – Glenn questiona com a voz embargada.

—Foram usados com os últimos problemas que tivemos – Tara responde.

 —Tudo bem – respiro fundo – vou dar um jeito nisso – ando até Maggie e seguro sua mão – eu vou dar um jeito de te ajudar, eu prometo.

—Obrigada – sua voz soa fraco, sendo seguida por uma expressão de dor.

Deixo a enfermaria e vou à procura de Rick, meus passos são precisos e rápidos sobre a neve que possui no chão. Tento não pensar no frio, penso apenas em um jeito de ajudar Maggie.

Vejo Rick e Carl com um mapa nas mãos, não muito longe de mim. Os dois olham para mim e vêm ao meu encontro.

—Rick, vamos ter que sair, não temos coisas necessárias e ela só está piorando.

—Se Denise estivesse aqui ela poderia ajudar, como vamos saber do que é preciso se nem sabemos o que está acontecendo com ela realmente – Carl diz.

—Não podemos esperar por ela, não sabemos quanto tempo Maggie pode ficar assim – o respondo.

—Caroll tem razão, não podemos esperar... Mas sairmos daqui sem saber ao certo o que devemos procurar não vai adiantar nada – Rick diz depositando o mapa sobre a mesa improvisada de madeira ao nosso lado.

—Então o que vamos fazer? – questiono.

—Vamos encontra-los pelo caminho, eles disseram que não iam muito longe.

—Pai, nós já vasculhamos todos os lugares possíveis procurando suprimentos, até pelas cidades vizinhas nós já passamos, só não fomos a outras porque já estavam tomadas – Carl analisa o mapa.

—Vamos ter que ir ainda mais longe dessa vez – Rick passa o dedo sobre o mapa, traçando uma linha imaginaria até parar sobre uma cidade.

—Quanto tempo levaremos até chegar lá?

—Praticamente um dia, isso se nada nos atrasar durante o caminho. Essa cidade, das que não estão tomadas, é a mais próxima.

—Então vamos, é a nossa única opção.

Vamos caminhando com pressa, na direção do trailer. Rick entra e da uma olhada nas armas que deixamos ali dentro por precaução. Ele se senta na direção e dá partida.

Corro para o portão junto de Carl. Enquanto ele abre a primeira grade, eu me preparo para abrir o segundo portão, enquanto escuto o barulho da bala da arma de Sasha, que se encontra na torre de vigia, atravessar o crânio de um zumbi do lado de fora.  

Assim que termino de abrir o portão, vejo ao longe um carro se aproximando, fico observando por alguns segundos até conseguir ter a total visão de quem está dentro do carro. Sim, finalmente são eles, vejo Daryl e Rosita no banco da frente, mas não tenho a visão de quem está no banco de trás.

Quando enfim o carro entra em Alexandria, vou para perto do mesmo, esperando que eles desçam.

Rosita é a primeira a descer, ela está cabisbaixa e seu semblante não parece ser dos melhores. Daryl sai logo em seguida e pelo seu olhar já posso notar que há algo de errado.

—Onde está a Denise? – pergunto a eles – precisamos dela.

Recebo como resposta apenas um balançar negativo de cabeça e mais uma vez aquele olhar distante dos dois.

No mesmo instante me vejo ainda mais sem chão. Não acredito que perdemos mais uma pessoa, a pessoa que era nossa esperança para ajudar Maggie.

—Não, não pode ser – digo num tom baixo, olhando para um ponto fixo no chão.

—Como isso aconteceu? – Carl pergunta.

—Tinha uma árvore bloqueando a passagem da estrada em que estávamos, tivemos que continuar a pé. No caminho fomos atacados – Rosita explica – era um grupo pequeno, devia ter umas três ou quatro pessoas no máximo, estavam bem armados e um deles tinha facas de lançamento.

—Essa foi a faca que acertou Denise – Daryl retira a faca de seu coldre e me mostra – depois disso eles fugiram, tentamos ir atrás deles seguindo os rastros pela floresta, mas começou a nevar e então os perdemos. Tem uma coisa escrita nela – Daryl mostra o lado da faca que possui uma palavra talhada.

—Vindicta – digo assustada – é em latim.

—Tá, e o que significa? – Daryl pergunta.

Vingança – minha voz soa um pouco tremula e meu olhar se alterna entre todos, que nesse momento se entreolham sem reação.


Notas Finais


Bom gente, vocês puderam ver que no final as coisas ficaram bem tensas, e o que posso dizer é que isso tende a piorar, afinal estão em um apocalipse.

Espero realmente que vocês tenham gostado <3333

Deixem a opinião de vocês nos comentários, até porque estou morrendo de saudades disso <333

Beijos <3


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