1. Spirit Fanfics >
  2. Not so Beauty, not so Beast >
  3. I'm just a monster

História Not so Beauty, not so Beast - I'm just a monster


Escrita por: Namooni

Notas do Autor


HEYA GENTE

Eu demorei pra postar?

Eu realmente esqueci a última vez que postei, mas se eu demorei desculpa.

De verdade. Por favor. Desculpa.

Eu demorei mais porque esse capítulo ficou muito maior do que os outros (vendo as mais de 4.000 palavras e xingando) eu até tentei diminuir, mas eu não consegui, então fazer oq

Mais uma coisa: minha internet está horrível, por isso ainda não consegui responder os comentários do capítulo anterior (to tendo que pegar wifi do vizinho pra postar isso), mas eu vou tentar responder tudo ainda hoje

Eu demoro, mas respondo :)

Espero que gostem e desculpa o capítulo se ele tiver ficado grande demais

ALLONS-Y, MANAS

Capítulo 4 - I'm just a monster


Dean andava de um lado pro outro na sala comum, tentando se entreter com qualquer coisa, seja com suas mãos ou com o fogo crepitando na lareira a sua frente. Ele fazia de tudo para não pensar 'nela'. Céus, o fera sentia uma leve dor de cabeça só de pensar no garoto que no momento estava num quarto de seu castelo, ele simplesmente não conseguia entender o porquê de um rapaz querer usar vestidos, e nem como ele conseguia ficar tão belo, muito mais deslumbrante que várias moças que Dean já viu em toda sua vida.

— Continua assim que você vai abrir um buraco no chão. — Jo zombou do loiro, que parou seu andar confuso por um instante. — Ainda não consigo entender, Dean. Por que? Você poderia simplesmente ter deixado a mãe do garoto ir, se eles contassem sobre o castelo ninguém iria acreditar, sabe disso.

— Eu não sei, Jo, já lhe disse! — Dean exclamou completamente irritado, sendo que era a quinta ou quarta vez que a loira fazia a mesma pergunta. — Eu só... Eu ia libertar a mulher, mas no momento em que a garota, quer dizer, o garoto entrou no castelo eu fiquei hipnotizado, Jo. Jamais vi alguém tão lindo, foi como se o mundo tivesse parado por um instante.

— E você acha que ele é capaz de quebrar o feitiço?

— Não seja tola, Jo. Para a maldição ser quebrada o sentimento necessita ser recíproco, e eu não gosto de garotos. Sem falar que... — sem falar que ele é tão lindo e eu sou um monstro, era o que Dean iria dizer, mas as palavras não saíram. O loiro nunca fora bom com palavras, carinhos ou coisas sentimentais no geral.

— Dean, você é, de longe, a pessoa mais complicada que existe! E não sei porque insiste nessa história de 'eu não gosto de garotos', céus, todos sabem do caso que você teve com o príncipe Jimmy quando o reino dele veio nos visitar!

— Isso é outra coisa diferente!

— Por que?!

Dean se virou para o local que a loira aparentava estar e rugiu de raiva, mostrando os dentes de modo ameaçador. A loira achou que o príncipe fosse atacar, nada era questionável agora que o mesmo tinha instintos animais junto á sua consciência. Até que a porta se abriu, informando aos dois que alguém chegara no cômodo.

— Dean, eu vou te bater até seu rosto ir parar na sua bunda. — Charlie, calma como sempre, falou.

— Charlie, me ameace depois, só me fale como ele estava.

— Péssimo, claro. Você tira o garoto da mãe e diz que ele ficará preso aqui por toda eternidade, como esperava que ele estivesse? Pobre garoto, estava aos prantos, só parou quando consegui falar com ele.

— Sim, e não se preocupe com o fato dele já saber sobre nós, eu contei sobre a maldição. — Sam informou ao fera, logo tossindo brevemente como um pequeno pedido para que as outras os deixassem á sós, que passou despercebido pelo loiro.

Remoendo a culpa por prender o garoto, Dean não percebe o barulho da porta fechando, estando muito ocupado olhando para a pelugem meio loira que cobria suas mãos.

— Dean. — Sam chamou o príncipe. — Será que você já pensou que, talvez, Castiel seja o escolhido?

— Já, e isso não vai acontecer.

— Não me venha com a desculpa dele ser um homem, Dean. Já se passaram quase duas décadas e o tempo está acabando, se não for Castiel então quem será?

— Qualquer pessoa que não seja tão... Tão pura. — o príncipe sussurrou apenas para si mesmo, deixando seu olhar vagar pela sala. — No momento que eu o vi, achei estar diante de um anjo, não desses de mármore que os nobres mandam construir para exaltar sua riqueza, ou daqueles que estão estampados em gravuras nas igrejas. Um verdadeiro anjo. Por um momento, eu achei que ele tivesse vindo ao meu encontro para me salvar, um pequeno milagre enviado por Deus á uma alma amaldiçoada, mas essas coisas não existem. Milagres não existem.

— Dean, não perca a fé, a maldição ainda pode ser quebrada. — o castanho falou ao loiro, recebendo apenas um leve aceno negativo do mesmo, que no momento já não se importava mais com palavras de conforto.

— Eu já deveria ter me conformado com o meu destino, Sammy. Condenado a ser esse monstro para toda a eternidade, enquanto durar. Céus, eu... Não sei o que dizer. Se fosse somente eu, estaria tão fácil de aceitar essa derrota, mas também há você, Ellen, Jo, Charlie e todos os funcionários do castelo. Talvez seja isso que ainda me faça ter o minimo de esperança, eu não quero vencer essa maldição por causa de mim, eu quero libertar vocês.

No momento tudo que Sam mais queria fazer era atravessar a sala e abraçar o loiro fortemente até o mesmo se sentir bem novamente, mas isso não seria possível. Ele era um fantasma, fantasmas não tocavam em pessoas, muito menos abraçavam. Então era assim que ele observava Dean ao longo dos anos, de longe, cautelosamente o aconselhando com palavras e o reconfortando com sua presença, e, comparando o príncipe de antes com o de agora, havia uma diferença gritante entre os dois, não só pela aparência, mas pela pessoa em si que ele havia se tornado.

— Dean, eu -

— Chega dessa conversa de menininha, Sammy. — Dean interrompeu o outro. — Eu vou estar aqui, qualquer coisa me chame.

O príncipe foi até a poltrona localizada na frente do fogo da lareira, e se sentou pesadamente sobre ela, sentindo como se seu corpo pesasse o dobro depois desse dia exaustivo. Sam até pensou em acrescentar algo a conversa, mas entendeu que era difícil para o príncipe se abrir de tal modo, expressar seus sentimentos em palavras sempre foi algo complexo demais para Dean, que, muitas vezes, preferia demonstrar seu carinho e/ou afeto com gestos. Tendo-se sub-entendido que a conversação estava acabada, o castanho apressou-se para sair dali, batendo a porta com força para que o outro escutasse que ele havia saído.

xxxxx

Mais ou menos quarenta minutos depois, Dean, que ainda estava sentado na poltrona olhando o crepitar do fogo totalmente distraído, foi interrompido quando escuta a voz feminina de Jo o chamando.

— O que é?! — o loiro perguntou á garota, grosso como sempre.

— O jantar está pronto e nós fomos chamar Castiel, mas... — a loira não completou a sentença, com medo do tipo de reação que o príncipe iria ter.

— Mas o que? — Dean perguntou de modo ameaçador.

— Ele não está respondendo ao nosso chamado e não conseguimos abrir a porta. — Jo disse rapidamente.

Por um instante a loira pensou que a reação do príncipe não seria tão explosiva, entretanto logo um rugido de raiva vindo do mesmo acaba com as esperanças tolas delas. Dean rapidamente levanta-se da poltrona confortável, sentindo a raiva começar a borbulhar dentro de si, ele sai andando em passos largos até o corredor, onde bate a capa no ar (mania que ele havia obtido com o tempo, ele sempre usava quando queria fazer algo dramático) e se põe a correr até o quarto do moreno, usando as mãos como patas para ir mais rápido.

A porta do quarto do moreno realmente estava fechada, o que enfureceu Dean ainda mais, pois ele ainda tinha esperanças que tudo não passasse de mais uma das brincadeiras sem-graça que Jo fazia com ele. Com força, ele bate na madeira da porta, quase a quebrando. Quando não houve resposta, ele bate na porta novamente, desta vez gritando o nome de Cas com tamanha fúria que até os empregados do outro lado do castelo conseguiram escutar.

Sem mais nenhum resquício de paciência, Dean força a porta com o pé, a fazendo abrir. Ele esperava ver o moreno chorando ou escondido em algum lugar do quarto fazendo birra, mas não esperava ver o quarto escuro e silencioso, aparentemente vazio. O príncipe sentiu um leve sentimento alarmante transpassar por si, achando, por um minuto, que o moreno pudera ter fugido, mas logo jogou a ideia para longe, sendo que era impossível sair do castelo sem que ninguém o visse. Um leve movimento vindo da cama chama a atenção do loiro, que não perde tempo e anda em passos largos até o móvel.

Castiel dormia tranquilamente, como se não tivesse escutado nenhum pio das batidas enfurecidas que o loiro deu na porta - que agora estava escancarada - e, certamente, foi isso que aconteceu. O príncipe reprime a vontade de rir, todo aquele trabalho para, no fim, descobrir que o moreno na verdade estava dormindo. Contudo toda sua diversão vai embora quando vê os olhos inchados de Cas, mostrando que, obviamente, o moreno estava chorando. Um nó se formou na garganta do príncipe ao ver tamanha beleza devastada pela tristeza, não era justo alguém que aparenta ser tão puro estar sofrendo deste modo, pensou Dean.

Com pesar no coração, Dean embrulha o corpo do garoto com o lençol fofo que, de algum modo, fora parar no chão ao lado da cama. Um leve suspiro sai da boca de Cas, fazendo o príncipe olhar para os lábios rosados do moreno, meio rachados e tão apetitosos que Dean teve que balançar sua cabeça para espantar tais pensamentos pecaminosos, ele não tinha direito de pensar esse tipo de coisas para com alguém tão puro quanto Cas.

O príncipe saiu do quarto feito um tufão, tão rápido que nem os próprios empregados do castelo o viram direito, e ficaram ali, em frente ao quarto do moreno, sem saber o que fazer.

xxxxx

O dia amanheceu ensolarado no castelo, coisa que não acontecia a anos. Os raios de sol entravam pelas janelas do quarto de Castiel, iluminando o local e o tornando mais quente e aconchegante. O moreno dormia tranquilamente, acostumado ao calor do sol batendo em seu corpo ao amanhecer, mesmo que os lençóis do castelo fossem mais grossos e quentes que o seu, o travesseiro estava confortável demais para ele levantar. Uma leve batida na porta ressoa pelo quarto, acordando o moreno que, desorientado, olhou ao seu redor tentando reconhecer em que lugar estava.

Demorou cerca de dez minutos para que Castiel acordasse por completo e lembrasse dos vários acontecimentos do dia anterior, e então ele preferiu não ter lembrado. Ele estava sozinho a partir de agora, mesmo tendo várias pessoas para conversar, a única que ele realmente poderia ver era Dean, e ele não era nenhum colírio, não só pela aparência, mas também pela personalidade, Cas não conseguia acreditar que alguém que tira a liberdade de outra pessoa por toda a eternidade pudesse ser boa de coração. Algumas lágrimas lhe vieram aos olhos ao lembrar de sua mãe e no quão distante ela estava no momento, as suas queridas flores que ele nunca mais poderia cuidar ou aguar enquanto conversa com elas e seus livros preferidos no qual, mesmo lendo mil vezes, ele nunca se cansaria. Esse era o primeiro dia do resto de sua vida, sozinho. Preso. Encarcerado.

A batida suave na porta do quarto ecoou novamente, tirando Castiel de sua nevoa triste. Numa fala baixa o moreno concede a permissão para que, quem quer que fosse, pudesse adentar o cômodo. A porta abre e fecha, o som de passos pequenos e constantes ecoam pelo quarto assustando um pouco Cas, ainda iria demorar um tempo até que ele se acostumasse com isso.

— Bom dia Castiel! Você ainda não me conhece, mas eu sou Jo, amiga de Sam e Charlie, os dois idiotas que estiveram com você ontem. — a voz feminina da garota era fina, informando a pouca idade que ela tinha. — Ontem eu e o resto dos servos conversamos e decidimos cada um de nós mostrar as melhores partes do castelo, temos uma sala de música, uma sala de pintura, a das costureiras, o jardim e-

— Vocês tem um jardim?! — Castiel indagou á menina, sentindo o animo retornar á seu corpo.

— Sim, e ele é imenso! Só que, infelizmente as flores andam meio mal-cuidadas.

— Não tem problema, eu posso cuidar delas! — desta vez o moreno gritou de alegria, porem logo se conteve, corando devido ao grito.

— Então venha, você tem que tomar banho e colocar uma roupa nova, essa esta toda suja e rasgada. — a menina disse animada, talvez contagiada pela energia de Castiel.

Castiel se levantou da cama num pulo só, seu rosto exibindo um sorriso sem tamanho. Com alegria só de pensar na possibilidade de poder voltar a ter contato com a natureza, Cas quase não escutou o recado de Jo, que pedia para que ele esperasse enquanto os outros servos enchiam a banheira com água quente em outro cômodo do quarto, no qual o mesmo não havia visto na noite anterior devido á penumbra da noite.

Em menos de alguns minutos o moreno é tirado de seus devaneios novamente por Jo, que o estava chamando para, finalmente, ir tomar banho. Ele segue os passos invisíveis da loira até uma porta, que dava para um cômodo pequeno, porem luxuoso, que tinha como mobília basicamente uma grande banheira feita de mármore, uma pia (que aparentava ter torneiras de ouro) e um lugar para fazer as necessidades, no alto um pequeno lustre com pedras preciosas penduradas em seu entorno iluminava o local. Castiel observava a tudo maravilhado, como se fosse uma criança abrindo os olhos pela primeira vez.

— Então, — Jo fala ao moreno, o fazendo parar de observar os detalhes do banheiro. — Não vai tirar a roupa?

— Co-como assim? — Castiel indagou confuso.

— Castiel, você tem que tirar essa roupa para que possamos lhe banhar. — a garota disse pausadamente, como se estivesse explicando para uma criancinha.

— Me banhar?! — o moreno gritou completamente escandalizado, seu rosto corando diante da ideia de ficar nu na frente de várias pessoas.

— Sim, é uma tradição que temos aqui, os mais jovens e solteiros são banhados por servos, parentes ou amigos, e, quando se casam, seus companheiros o lavam. — a menina fala. — Eu também nunca entendi muito bem o porquê disso, mas 'tradição é tradição, é pra seguir e não para entender', como minha mãe diz.

O moreno assentiu com a cabeça para Jo, entendendo que deveria respeitar as tradições deles, mesmo que isso quisesse dizer 'ter outras pessoas te lavando pelo resto da vida'. Castiel primeiro removeu a fita que pendia seus cabelos, impressionado que o objeto ainda estivesse intacto, ele deixou as mexas negras caírem sobre si mesmo enquanto tirava seu vestido fino e rasgado. Cas deixa a única veste que o cobria cair no chão revelando seu corpo imaculado, quase totalmente livre de pelos, com exceção de seu pequeno tufo de pelos pubianos. O garoto escuta uma pequena onda de murmúrios tomar conta do local. Eram as servas, comentando sobre o quão belo era o corpo de Cas, o quão avantajado seu traseiro era e em como seus quadris eram protuberantes, deixando o corpo do menino ainda mais bonito. Castiel cora ainda mais diante dos elogios delas, deixando a vermelhidão descer de suas bochechas e se alastrar por seu torso magro.

Jo disse para elas pararem, e assim se fez. Castiel andou até a banheira, adentrando nela enquanto sentia a água quentinha lhe aquecendo a pele de maneira gostosa, que o fez suspirar e se acomodar dentro da banheira, encostando sua costas na borda. Logo um par de mãos se pôs a massagear seu couro cabeludo, puxando um gemido de prazer do moreno. Era como voltar á infância para Cas, quando as outras crianças eram más com ele e o jogavam na lama, e, quando chegava em casa, sua mãe o banhava lentamente e com todo carinho possível. Outros dois pares de mãos começam a massagear seu corpo, desta vez suas pernas. As mãos sabiam exatamente o que fazer, massageando e limpando o corpo de Cas com um líquido rosa com cheiro de flores no qual o moreno amou. E, sem nem ao menos perceber, ele adormeceu sob os cuidados das mãos desconhecidas.

Jo o acordou com um leve empurrão no ombro do moreno, sorrindo ao perceber a fina listra de baba saindo da boca aberta do mesmo.

— O...O que...? — o moreno perguntou meio lento, assustado por ter cochilado sem perceber.

— Hora de ir escolher alguma roupa para vestir. Como você estava dormindo, nós tomamos a liberdade de escolhermos algumas... Vestimentas interessantes.

Ainda um pouco sonolento, Castiel se levantou da banheira, com cuidado ao pisar no chão para não escorregar e sair, ele seguiu para fora do banheiro, sem se incomodar em cobrir sua nudez. Sem tanto ânimo, Cas andou devagar, esperando ver calças, casacos, e outras roupas 'de homem' que as mulheres poderiam ter escolhido para ele, mas ele estava enganado. Três vestidos elegantes estavam estendidos na cama como um verdadeiro presente para o moreno. Todos eram longos, com detalhes únicos e diferenciados.

O primeira era de um azul turquesa de encher os olhos de tanto luxo, era digno de uma rainha com suas tantas camadas e detalhes em dourado, realmente era um vestido bonito, pensou o moreno, porem parece luxuoso e quente demais para a ocasião, e então partiu para o próximo.

Este, por sua vez, não era tão luxuoso como o primeiro, mas não deixava de ser lindo. Era verde, da mesma cor das folhas das árvores de um pinheiro, a saia cheia era bordada com padrões de flores aparentemente feitas á mão, o era apertado que, só de olhar, Castiel já prendeu a respiração. Era lindo, mas o moreno não iria enfrentar o desafio de usar um corset para poder usufruir da beleza deste vestido.

O último era o mais simples, um rosa suave cuja saia não era cheia como os outros, de aparência leve ele decaia nos ombros, os deixando á mostra, e, graças á não ter mangas, iria facilitar o trabalho de Castiel. Em todo o tecido havia pequenas flores pintadas, todas eram rosas de um vermelho vinho que fizeram o moreno se apaixonar. Sim, era esse que ele queria vestir.

— E-eu posso usar este? — Castiel perguntou para ninguém em especial, apontando para o vestido rosa enquanto esperava alguém o responder.

— Claro que pode, querido. — uma voz feminina o respondeu, sem ser Jo. — Foi eu mesma que fiz ele, com minhas próprias mãos, acho que ele ficaria adorável em você.

— Oh, você é muito talentosa, Sra....?

— Hannah.

— Obrigado, Hannah. — Castiel agradeceu á mulher, corando levemente.

Cas pegou o vestido em suas mãos com suavidade, tentando não amassar o tecido leve. Sendo auxiliado pelas outras mulheres, ele vestiu a roupa, que serviu nele de modo perfeito, o deixando com um ar de inocência e levemente sensual. O moreno andou até a frente de um espelho grande que ficava ao lado do armário, sorrindo ao dar uma volta e ver as bordas do vestido levantarem e girarem no entorno de suas pernas.

— Castiel, querido, vamos. — Jo o chamou. — Temos que lhe deixar tomar o desjejum antes de irmos ao jardim.

O moreno assentiu em concordância, aceitando sem objeções, já que o mesmo conseguia sentir uma pontada de fome despertando em seu estomago. Jo pediu para que o garoto seguisse os passos delas com ouvidos atentos, não era muito seguro deixar Castiel perdido e sozinho neste castelo gigante. A porta se abriu, e as servas começaram a caminhar, com Cas em seu encalço.

xxxxx

— O que, exatamente, ele já fez hoje? — Dean perguntou ao seu irmão, sentando-se na confortável poltrona de seu quarto.

— Nada de especial. Jo levou algumas serviçais para banhá-lo, ele tomou o desjejum e agora está no jardim, como você mesmo ordenou que fizessem.

— Não foi uma ordem, Sammy, foi uma sugestão.

— Pelo que eu saiba sugestão não são dadas com um 'isto é uma ordem', Dean.

O príncipe murmura algo, provavelmente um xingamento para Sam. Depois da noite anterior, depois de deixar o moreno adormecido em seu quarto, ele havia ordenado (sugerido) que no dia seguinte, após o café da manhã, alguém o levasse para ver o jardim. Um pedido de desculpas indireto. Dean se levantou da poltrona, andando até a janela de seu quarto, que lhe dava uma visão privilegiada de todo o campo dos domínios do castelo. Com um olhar direto, ele procurou por Cas em meio dos vastos blocos de grama e árvores abandonados.

Não demorou muito para Dean achá-lo, ele estava num pequeno canteiro perto dos portões do castelo, sentado na grama enquanto cuidava do pequeno espaço retangular de terra, tagarelando algo para algum serviçal que o seguiu, concluiu Dean. Castiel estava magnifico, o sol banhava sua pele alva a deixando brilhante, iluminando seus cachos negros presos por uma fita, um enorme sorriso era exibido em seu rosto, como se aquilo que ele estava fazendo fosse a coisa mais divertida do mundo. Cas parecia com um anjo, pensou o loiro, um anjo preso no inferno junto á um demônio.

— Será que você realmente é tão cego assim? — Sam perguntou ao príncipe, o tirando de suas divagações.

— O que quer dizer?

— O modo com que olha Castiel, Dean. Eu vejo devoção em seus olhos, de um jeito que eu jamais vi antes.

— Sam, já falamos sobre isso antes. Para quebrar a maldição é preciso que eu ame e seja amado, e eu não amo homens. Não desse modo.

— Mas não estamos falando de homens, Dean, estamos falando de Castiel. O garoto com vestido de mulher, fofo, inteligente que conseguiu conquistar quase todos do castelo em menos de um dia.

— Não, eu não posso. — Dean falou com a voz carregada de mágoa.

— Me diga de uma vez por todas, Dean: porque não?

— Por que... Por que ele nunca iria amar alguém como eu, não só pela minha aparência.

— Dean, você é uma pessoa boa, eu não conseguiria pensar em alguém melhor para seu meu irmão, e, mesmo que não fosse a melhor das pessoas antes, você está ao menos tentando, e eu digo, com toda certeza que, sendo você homem ou fera, aquele garoto conseguiria gostar de você, não pela sua aparência, e sim pelo que tem por dentro. — Sam pausou a fala por um momento, apontando para o moreno sorridente do lado de fora do castelo. — Poderia ao menos tentar, Dean?

— Não. — o príncipe respondeu curto e grosso, o que fez o irmão mais novo soltar um suspiro derrotado. — Agora saia daqui, eu preciso ficar sozinho.

Sam reprimiu a leve vontade de socar o irmão devido a teimosia e seguiu para fora do quarto, batendo a porta fortemente ao sair. Dean continuou no lugar em que estava, observando, atráves da janela, o garoto sorridente cuidando da terra fértil e sorrindo. Um sonho inalcansavel, é isso que ele é, pensou Dean.

xxxxx

Castiel estava sentado na grama, alegre enquanto plantava algumas sementes de flores que Jo havia conseguido pegar para ele. A garota havia oferecido um par de luvas para ele não sujar as mãos, mas o garoto não aceitou. Ele adorava sentir a terra em sua mãos, a textura áspera de cada molécula passando por seus dedos em forma de terra fresca, era algo íntimo e profundo para ele.

— Tudo isso, era realmente da propriedade do rei? — Cas perguntou á garota, observando, ao longe, o chão oblíquo delimitando o horizonte que parecia não ter fim.

— Ainda é, na verdade, era ainda maior, porem a floresta foi avançando com o passar dos anos e hoje é praticamente impossível ver o primeiro portão junto á muralha. — a garota explicou com um tom de voz nostálgico, relembrando seu tempos de 'viva'.

— Primeiro portão?

— Ele era gigante, e era a única forma de atravessar o velho rio.

— Você quer dizer o Rio Nascente Ancestral? — o moreno questionou á menina, logo se repreendendo por chamar o rio pelo nome secreto.

— Sim, é esse... Mas, pelo que eu saiba, apenas as bruxas o chamam assim. — Jo falou, com desconfiança na voz.

— Co-como assim bruxas? Todos do vilarejo o chamam assim. — Castiel disse enrolando um pouco as palavras, completamente nervoso.

— Bem, as coisas lá fora mudaram mais do que eu esperava.

A garota parecia ter acreditado na mentira do moreno, o fazendo suspirar de modo aliviado antes de voltar á sua tarefa de plantar as flores no pequeno canteiro. Ele desviou um pouco o olhar da terra, desta vez para o castelo. A construção se erguia imponente sobre ele, com as icônicas torres de pedra, tão altas que, vistas de baixo, pareciam atingir as nuvem em seus picos. Em uma dessas torres, Cas pode jurar ter visto Dean, o olhando pela janela. Sem pensar se era ele ou não, o moreno acenou em sua direção, com um sorriso no rosto numa tentativa de ser simpático com o único ser que ele seria capaz de ver pelos restos de seus dias.

Dean não respondeu, apenas deu meia volta e saiu da visão do moreno.


Notas Finais


Só uma pergunta: vocês repararam qual foi a maior cena desse capítulo?

Isso mesmo crianças, a do Castiel tomando banho.

Ela ficou tão grande que eu ia tirar ela, mas não tirei por motivos de ~~nudes~~ e de ~~Cas bolinho de vestidinho rosa minha morte~~~

Já disse que adoro escrever nude do Castiel? Acho q não, então aqui vai: EU ADORO ESCREVER CENA NUDE DO CASTIEL, RABA BONITA, RABA FORMOSA, AQUELES OSSOS DO QUADRIL ESCULPIDO POR GOD EM PESSOA COISA LINDA DESSAS ESSE BOTTOM GENTE

Parei

Eu realmente piro em cena nude do Castiel desculpa

Enfim, acho q vou parar aqui essas notas tão gigantes e eu não to falando nada de interessante, assim como eu faço na vida real

Apenas uma coisa sobre o próximo: aproveitem os nudes e as risadas, pq elas vão acabar.

BEIJOS NA CICATRIZ DA TESTA E ATÉ QUALQUER DIA


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...