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História Not so Beauty, not so Beast - Between the books with you


Escrita por: Namooni

Notas do Autor


HEYA GENTE
Demorei muito pra atualizar, eu sei
Basicamente tudo tem dado errado na minha vida e eu to com um problema no braço e tenho que usar uma tala por uns dias, o que dificulta minha tarefa de escrever, por isso não consegui escrever um capítulo tão longo como eu queria.
É só isso mesmo :v
Aproveitem e allons-y!

Capítulo 6 - Between the books with you


Mais um dia começava no castelo, tenso em consideração ao dia anterior. Estava chovendo do lado de fora, o que impossibilitou Cas de poder sair e continuar cuidando de suas flores recém-plantadas. O moreno fora novamente acordado por Jo e pelas outras servas, que o banharam e o ajudaram a escolher outro vestido - um verde escuro com mangas desta vez -, elas o convidaram para sair e tomar um desjejum reforçado, já que, na noite anterior, o moreno havia se trancado no quarto chorando e se recusando a sair e ter que enfrentar o príncipe, porem ele rejeitou. Elas, não querendo que o menino ficasse com fome, trouxeram uma bandeja de comida até ele, mas o mesmo mal tocou na comida direito.

Castiel recusou a companhia de todos que se ofereceram a ficar ao lado dele, dizendo que queria estar sozinho. Ele ficou sentado ao lado de uma grande janela, olhando, através da mesma, seu pequeno canteiro ser castigado pela forte chuva, internamente rezando para que as futuras flores não ficassem danificadas. Uma forte batida na porta chama a atenção do moreno, que se vira para o objeto.

— Quem é? — Cas perguntou.

— Sou eu... O Dean. — o príncipe começou. — Sam me disse sobre ontem e... Eu gostaria de pedir desculpas pelo que eu disse.

O fera parecia apreensivo e ligeiramente nervoso pelo tom de sua voz.

— Vai embora! — o moreno gritou como resposta.

Dean quase rosnou de raiva, porem se conteve ao lembrar-se do motivo de estar ali. Se eu soubesse controlar meu temperamento não estaria aqui, pensou Dean.

Na noite anterior Sam havia praticamente invadido o quarto do príncipe, gritando sobre Castiel ter passado a tarde inteira chorando, jogado no chão do salão comum, e era tudo graças ao loiro. Dean se sentiu culpado, mais uma vez ele fez besteira para com o moreno, e novamente o garoto chorou.

— Castiel, por favor, é bem difícil ficar falando com uma porta. — Dean falou.— Será que você pode ao menos me dar uma chance de me desculpar?

Do lado de dentro do quarto, Castiel sentou-se na cama enquanto olhava para a porta. Ele considerou abri-la e falar com o loiro, já que nunca foi de sua natureza guardar rancor das pessoas ou nunca perdoa-las, porem o que o príncipe havia feito não era só crueldade, era, de certa forma, uma covardia.

— Olha, eu entendo se você não quiser me perdoar, mas... — o príncipe começou. — Ontem, antes de eu cometer aquela besteira, eu havia planejado te levar para a biblioteca, para que você consiga se habituar melhor no castelo.

O moreno mordeu os lábios, pensativo. Ele realmente não estava gostando do príncipe, mas não podia deixar de achar essas tentativas de se aproximar fofas, por assim dizer. Castiel considerou o pedido de desculpas do fera, afinal, pelo que Sam lhe dissera na primeira noite que ele esteve aqui, eles haviam passado quase vinte anos sem ver alguém, então é normal Dean estar desconfiado, mesmo que, no calor do momento, ele fale coisas imprudentes que poderiam magoar pessoas, que magoaram Cas. E também, o moreno queria conhecer a biblioteca.

Castiel levantou-se da cama, ajeitando algumas partes amassadas da saia de seu vestido e andou até a porta de modo decidido, a abrindo num só ato, fazendo Dean quase cair para frente.

— Eu vou com você á biblioteca, mas isso não quer dizer que eu tenha lhe perdoado. — o moreno falou ao príncipe, recebendo um leve aceno de cabeça positivo por parte do mesmo.

Dean oferece seu braço para que Cas pegue, porem o moreno recusa o gesto com um aceno de cabeça negativo, decepcionando o loiro, de certo modo, que esperava ao menos poder andar mais perto do garoto. O príncipe suspira e começa a andar pelo castelo, sendo seguido por Cas, que fazia questão de manter uma certa distância.

Alguns poucos minutos de caminhada pelos corredores e ambos chegaram á uma porta dupla gigantesca, que ia do chão até quase alcançar o teto. Castiel olhou para o objeto encantado, e, de certa forma, curioso, afinal para que motivo alguém iria construir uma porta tão grande? Dean rapidamente se prostrou na frente do moreno, com um sorriso no rosto que, de certa forma, parecia assustador na boca cheia de dentes afiados do príncipe.

— Feche os olhos. — o loiro falou, porem o moreno apenas cerrou os olhos, achando que aquela era mais das umas ordens irritantes de Dean. — Por favor.

Diante do pedido educado do príncipe - coisa rara -, o moreno fechou os olhos, aguardando ansioso enquanto escutava o barulho das grandes portas rangendo e sendo abertas. Animado, o moreno dá pequenos pulos de alegria, batendo seus pezinhos descalços no chão, fazendo Dean rir ainda mais.

— Venha para a frente. — o príncipe pede, e o moreno atende. — Agora abra os olhos.

Castiel abriu os olhos, vendo diante de si a maior biblioteca que ele jamais esperaria ver. Com o teto tão alto que o moreno nem conseguia imaginar como o local fora construído, as estantes ocupavam cada espaço visível das paredes, com exceção das janelas, que eram gigantescas para conseguirem iluminar todo o enorme ambiente. O garoto rapidamente correu para dentro do cômodo, desviando de algumas mesas que estavam ali para os leitores sentarem, e foi direto para as estantes mais baixas e passou os dedos pelas lombadas dos livros, sentindo os diferentes tipos de tecidos que revestiam as capas.

— Eu nunca vi tantos livros em toda a minha vida! — Cas falou completamente maravilhado. E provavelmente nunca iria ver, se não estivesse neste castelo, o moreno completou em sua mente.

— Antigamente essa era a maior biblioteca de todo o nosso país, estudiosos de todos os lugares vinham aqui atrás de nossos livros. — Dean informou com um tom de tristeza na voz. — Eramos um reino de glória.

O menino viu as feições do príncipe se entristecerem com um certo aperto no coração, o mesmo não conseguia imaginar o fardo que é levar a culpa por uma maldição tão cruel como está.

— Essa biblioteca é bem grande... — o moreno disse, tentando desviar a atenção de Dean. — Você poderia me guiar por ela, é capaz de eu me perder nela se eu ficar sozinho.

Castiel sorriu timidamente e corou com o olhar incrédulo que Dean o deu. O príncipe acenou positivamente e começou a andar e apontar, dizendo cada seção da biblioteca, explicando direitinho cada coisa á Cas - pelo menos o pouco que ele lembrava.

Dean observava o moreno andar por todo o lugar, pegando um ou dois livros que o interessavam. As vezes ele se agachava para pegar um livro numa prateleira baixa - nessas horas  Dean se esforçava para desviar o olhar -, e, quando ele tentava pegar um livro numa prateleira mais alta, ele dava pulinhos desajeitados, ficando na ponta dos pés, uma cena extremamente fofa na opinião de Dean. Depois de pegar um grande número de livros, ele andou até a mesa que o príncipe estava sentado, depositando todos em cima do objeto. Castiel sentou-se no lado oposto de Dean, pegou o primeiro livro de todos que estavam empilhados a sua frente, e se pôs a ler de modo interessado, com as sobrancelhas franzidas devido a sua concentração.

O príncipe ficou olhando o moreno ler por um bom tempo, antes de se cansar e suspirar de tédio. Ele olhou para a grande pilha de livros selecionados por Cas, pensando em pegar algum e tentar ler, porem logo retirou a ideia de sua mente, Dean não queria mexer em algo que o moreno havia levado tanto tempo para escolher. O fera olhou para um pequeno livro largado em cima da mesa, perto da pilha de Castiel. O loiro pega o livrinho, tirando a poeira que havia se acumulado em abundancia na capa, revelando seu titulo, "O Pequeno Cavaleiro". Dean não pode deixar de rir, aquele era o seu livro favorito quando era apenas uma criança.

O príncipe abriu o pequeno livro, ele continha muitas gravuras e poucos textos, já que era um livro destinado á crianças. O loiro viu a primeira frase, um simples 'era uma vez', porem simplesmente não conseguia ler, fazia anos que ele não pegava qualquer livro para ler e, nem quando era um humano, deu muita importância a leitura.

— I-isso é um 'e'? E-e-er...? — Dean sussurrou inconscientemente enquanto tentava ler a frase, chamando a atenção de Cas.

— Você não sabe ler? — o moreno perguntou ao príncipe com curiosidade.

— Sei, claro que sei! É só que... Já faz tanto tempo.

— Se quiser eu posso te ajudar. — o garoto ofereceu, saindo de seu lugar e indo sentar-se na cadeira ao lado do príncipe.

— Cla-claro. — o príncipe sussurrou, ter o corpo do moreno tão perto de si o deixava dessorteado.

Castiel pegou o livro das mãos de Dean, lendo o que estava escrito na primeira página, pensando em como poderia ensinar o loiro.

— Tudo bem, você conhece as letras do alfabeto, certo? — o moreno questionou.

— Mais ou menos. — o fera falou envergonhado, recebendo um leve sorriso caloroso de Cas.

— Não se preocupe, eu vou te ensinar tudo.

Os dois passaram a manhã inteira ali, com Castiel desenhando todas letras e ajudando Dean a fala-las, o fazendo reconhece-las para, enfim, saber como as falar numa frase. O príncipe não aprendeu tudo no momento, claro. O aprendizado é algo lento, vagaroso, só os pacientes sabem aprender tudo ao certo, e Dean era tudo, menos paciente. Porem Cas o prendeu ali, com sua fala mansa, o ensinando a pronunciar cada vogal do modo certo, os lábios rosados do moreno se mexiam com tanta maestria, que o príncipe acabava prestando mais atenção nos movimentos da boca do que na própria lição em si, obrigando Castiel a repetir tudo que havia dito.

Quando viram, o sol, antes baixo devido a ainda ser cedo da manhã, agora estava em seu auge, evidenciando ser por volta das 12/13 horas da tarde, hora do almoço.

— Eu posso te acompanhar até o salão? — Dean perguntou ao moreno, ligeiramente receoso de sua oferta se recusada.

— Claro que pode! — o moreninho gritou em resposta, agarrando o braço do príncipe e já o levanto para o lado de fora da biblioteca.

Dean liderou o caminho, com Castiel quase pendurado em seu braço, graças á grande diferença de altura. Cas aparentava estar feliz, rindo por nenhum motivo em especifico enquanto dava um pequeno pulo sempre que via alguma mudança de cor no carpete do chão, se apoiando em Dean para não cair. Eles chegaram ao salão onde a mesa já estava posta cedo demais, o príncipe estava adorando sentir o moreno tão perto de si, exalando uma felicidade que parecia tão natural em Cas.

— Castiel, eu... — o fera começou a falar, com certa dificuldade. — Eu gostaria de convidá-lo á se sentar diante da lareira conosco está noite.

— Lareira? — o moreno questionou ao príncipe, sem entender o que tinha de tão especial em se sentar em frente ao fogo á ponto do loiro ter que convida-lo antes.

— Sim, é uma antiga tradição da nossa família. Ao final do dia nós nos sentávamos na frente da lareira e conversávamos sobre o nosso dia, era um modo que achamos de nos mantermos sempre próximos, mesmo com os afazeres reais.

— Mas... Eu não seria um intruso? Você disse família, e eu não sou da sua família. — o garoto respondeu, abaixando sua cabeça enquanto lembrava-se de sua mãe, sua única família.

— Nesse castelo somos todos uma só família. — Dean levantou a cabeça do moreno com um leve toque de sua mão no queixo dele. — Família não é só de sangue.

Castiel olhou para os olhos de Dean enquanto o mesmo falava, com tanta nostalgia nas orbes verdes que o moreno sentiu uma pontada de pena alfinetar seu coração. Este homem fora transformado em fera e estava a tantos anos sem ver seus próprios parentes, aqueles que ele aparentava mais amar.

— Sim, Dean. Eu aceito me sentar com você e sua família no fim do dia. — Castiel respondeu ao príncipe, mordendo os lábios de modo tímido enquanto corava. — Mas, agora eu posso ir comer?

O fera teve que rir da pergunta, e acenou positivamente. Castiel não perdeu tempo e correu para a mesa, lambendo os lábios tamanha á fome que estava sentindo. Dean olhou uma última vez para o moreno, que no momento preenchia seu prato, e saiu do salão, indo em direção a seu quarto. Pela primeira vez em muitos anos, um calor pouco conhecido pelo loiro assolava seu coração.

xxxxx

Rowena subiu as escadas da casa vazia com pesar no coração. A casa que antes viviam Anna, sua amiga de longo prazo, e seu filho, um menino extraordinário, agora estava vazia, o único barulho sendo o do vento batendo nas madeiras rangentes da parede do lugar. A ruiva apertou a sua capa preta contra si enquanto entrava no lugar, usando a chave reserva que Anna sempre deixava com ela.

A casa estava do mesmo jeito que Anna sempre deixava, numa bagunça organizada que apelas a mesma entendia, várias especiarias e plantas que a mulher usava para fazer suas poções curativas se encontravam espalhados por uma larga mesa que ocupava parte da sala.

— Que a Mãe esteja cuidando de você, jovem irmã. — a ruiva sussurrou, pondo a mão em cima de seu coração. — E que esteja cuidando de Castiel também, esteja onde estiver.

Um barulho fraco vindo de um quarto da casa chama a atenção de Rowena, que, com cuidado para não fazer nenhum barulho, andou até o local. A mulher tira uma pequena adaga de sua bota, apenas por precaução. Rowena abre a porta de modo vagaroso, tentando não fazer a madeira ranger. Assim que a porta estava completamente aberta, ela entrou num só ato, surpreendendo a pessoa no cômodo, que se encontrava jogada no chão, coberta por uma capa suja e chamuscada.

A pessoa parecia seriamente debilitada, não conseguia falar direito pois sempre parava para gemer de dor. Uma grande poça de sangue se formava a seu redor, chegando aos pés de Rowena e sujando seus sapatos. Se fosse uma pessoa 'normal', a ruiva não perderia tempo antes de matar a pessoa deitada, porem havia sido ensinada a ter misericórdia e, sempre que puder, ajudar o próximo, pois assim, no fim de sua vida, ela teria sucesso espiritual nas terras do verão e conseguiria retornar a terra em outra forma.

Rowena anda até a pessoa desconhecida, ajoelhando-se ao lado dela. Com uma mão e um toque suave, ela levanta a capa preta surrada que parecia grudar na pele ensanguentada da pessoa, revelando um corpo feminino com queimaduras graves, que quase jorravam sangue. Mesmo com a face quase totalmente deformada de queimaduras e com apenas um ou outro pequeno tufo de cabelo ruivo, Rowena reconheceria aqueles olhos de qualquer lugar.

xxxxx

O sol já descia dando lugar a noite quando Dean foi ao quarto de Castiel. Após o almoço, o moreno havia ido ao jardim, cuidar de suas flores, quando viu o que parecia ser um esquilo e decidiu correr atrás do animal, porem tropeçou e caiu numa poça de lama, sujando a si mesmo e ao vestido. Depois disso Cas passou o resto da tarde em seu quarto, tentando limpar toda a lama de seu corpo e recuperar a sua dignidade.

Dean bateu algumas vezes na porta do quarto do moreno, sendo atendido poucos segundos depois. Assim que Cas abriu a porta, o príncipe sentiu seu coração parar por um segundo. Castiel estava usando um vestido longo e leve, o tecido amarelo levemente brilhante contrastava de um modo estranhamente bonito com sua pele alva. O que mais chamou a atenção do fera foi o cabelo do moreno, que era longo, chegando quase aos ombros, precisando de uma fita para prendê-los, e agora estavam curtos e bagunçados, o que fez Cas parecer ter saído da cama.

— Cortou o cabelo? — Dean perguntou com uma risada nervosa, mentalmente se estapeando por ter feito uma pergunta tão óbvia.

— Sim, eu não consegui tirar totalmente a lama, então resolvi apenas cortar de vez. — o moreno falou enquanto mexia nas pequenas mechas negras. — Você gostou? — ele perguntou ao fera, corando levemente.

— Você conseguiu ficar ainda mais lindo. — Dean elogiou, vendo a pele alva do mais baixo ficar ainda mais avermelhada depois disso. — Venha, os outros já devem estar esperando por nós.


Notas Finais


E então, o que acharam?
Agora eu percebi que sempre faço essa pergunta no fim do capítulo, nossa.
Insegurança resume
Para quem não entendeu muito a parte da Rowena, eu explico: pra fazer essa fic, eu me inspirei muito no mundo Wicca, porque eu sou louca por tudo que é Wicca, sim, sou candidata a futura bruxinha. Terras do verão, ou Summerland, é como eles chamam o mundo espiritual. Não são todos, mas existem wiccas que acreditam em reencarnação, e, segundo eles, são nessas terras do verão onde os bruxos reúnem suas forças e tals. Basicamente eles reúnem mais informações e aprendem mais coisas para que sua próxima vida seja melhor.
Eu não sei se é bem isso, se estiver errado me corrijam, por favor.
Eu não sei explicar as coisa kdjfkdsjhlkfjh
Enfim, POR HOJE É TUDO PESSOAL!
BEIJOS NOS DEDO E ATÉ QUALQUER DIA AE


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