1. Spirit Fanfics >
  2. Not so Beauty, not so Beast >
  3. Just Maybe

História Not so Beauty, not so Beast - Just Maybe


Escrita por: Namooni

Notas do Autor


Oi gente

Eu demorei pra postar pela enésima vez, essa fanfic parece até Sherlock que só aparece a cada ano bissexto praticamente, eu sei.

Peço desculpas mais uma vez, porém dessa vez foi algo realmente sério que aconteceu comigo, e, a poucos dias, eu perdi alguém que eu amava muito e isso me deixou bastante abalada e eu não conseguia escrever.

Eu ainda não estou 100%, mas vocês precisam que capítulo novo pra abastecer a dose diaria de destiel, e quem sou eu pra negar isso pra vocês?

É aquela coisa, mesmo não estando feliz eu tento fazer os outros felizes.

Espero que gostem, e allons-y :)

PS.: Essa é pra você, sadboy :')

Capítulo 7 - Just Maybe


Com os braços cruzados, eles andaram até uma grande sala, que Cas imediatamente reconheceu como sendo a mesma que ele havia desabado a chorar com Sam no dia anterior, a única diferença sendo as duas poltronas colocadas em frente á lareira acessa.

                — Então esse é o moreninho que todos do castelo andam falando? — uma voz desconhecida á Cas falou. — Nossa, eles estavam certos, ele realmente fica uma deusa vestindo esses vestidos! Ou devo dizer deuso?

                — Cala a boca, Gabriel! Só fala merda! — Jo gritou.

                — Olha a boca, mocinha! — outra voz feminina repreendeu Jo.

                Castiel olhou para Dean em busca de socorro, ele não estava conseguindo discernir as vozes e não sabia de quem era as vozes das pessoas desconhecidas.

                — Hora da apresentação: o primeiro que você escutou é Gabriel, ele é o nosso cozinheiro chefe e, se não fosse por isso, já estaria fora do castelo. — Dean ignorou o protesto que o mesmo deu e continuou a falar — A pessoa que repreendeu Jo é a Helen, ela é a chefe da limpeza e coordena todos os outros empregados  da parte da limpeza.

                — E eu! — Charlie gritou.

                — Charlie, Castiel já te conhece. — Sam disse.

                — Mas é sempre bom me conhecer de novo. — a mulher falou, e o moreno pode escutar os outros reclamando sobre o quão exibida ela era, apenas para acabarem rindo.

                Dean continuou a apresentar as pessoas a Cas. Kevin, pintor oficial da família real e escrivão nas horas vagas; Bobby, ex-general do exército da cidade; Benny, soldado do exército. Outros também foram apresentados, porem a mente de Castiel não conseguiu guardar o nome e a função de todos em sua mente, e jurou 'reconhecê-los' depois, com a mente mais calma.

                O fera sentou-se na poltrona em frente à lareira, relaxando no móvel confortável vendo o fogo crepitar diante de si. Castiel, desconfortável por saber que várias pessoas o olhavam, mesmo que ele não as visse, sentou-se na poltrona ao lado do príncipe. O móvel era evidentemente feito para pessoas mais altas que ele, por isso ele ficou encolhido no acolchoado, balançando os pezinhos sem que eles encontrassem o chão.

                Todos ali entraram num confortável silencio, a única fonte de barulho vinda do fogo crepitando, isso até que Gabriel gritou, com sua voz estridente:

                — Eu não deixei de dormir meu sono da beleza só pra ficar vendo fogo queimar! — o cozinheiro gritou. — A gente vai ou não falar alguma coisa?

                — Podemos falar sobre o reino! — Jo sugeriu, ganhado grunhidos de aprovação dos outros.

                — Vamos, Dean, fale para Castiel sobre o nosso reino! — Sam falou animado para o irmão.

                O príncipe olhou para o moreno, buscando em seus olhos um sinal de aceitação, que dizia que ele queria realmente escutar histórias de um reino velho que há muito fora prodigo, porem hoje não passa de cinzas. As orbes azuis de Cas estavam brilhantes, olhando para Dean com um olhar suplicante, pedindo para ele contar as histórias, porém, mesmo assim, o fera ainda estava em dúvida.

                — Por favor, Dean, fale. — o moreno pediu.

                Castiel inclinou-se em sua poltrona, para ficar mais próximo do príncipe a conseguir pegar uma de suas enormes mãos peludas com garras, que, por pouco, não arranharam sua pele. O fera olhou para a mão do menino, completamente impressionado com a diferença de suas mãos, a dele sendo grande e bestial, e a de Cas sendo pequena e suave, com um toque tão leve que Dean sentia estar tocando um pedaço de nuvem.

                — Bem, tudo começou há muito tempo atrás...

xxxxx

                — Calma, irmã. Se ficar mexendo nas feridas deste modo nenhum feitiço será capaz de curá-las! — Rowena falou para a outra ruiva em tom de repreensão.

                As duas estavam na grande floresta que cercava a aldeia, no grande Rio Ancestral que ficava exatamente na metade do caminho para o condado mais próximo, perto do local onde Anna se perdeu e foi parar no castelo.

                — Eu não consigo acreditar que é verdade, irmã. Co-como eles conseguem dormir sabendo que queimaram tantas pessoas, que mataram tantas vidas inocentes com tanta história pela frente? — a outra mulher divagou, sentada no rio, sentindo a água bater em suas feridas enquanto cutucava algumas em seu braço, querendo ter certeza de que elas eram reais.

                — Eu também não entendo, mesmo depois de tantas voltas que já dei neste mundo de das várias vidas que vivi. Porem nosso trabalho no mundo não é entende-los, muito menos o modo que eles acharam de servir ao deus deles. — Rowena falou para a mulher. — Vamos Anna, a Ruby já tem tudo preparado para iniciarmos o feitiço de cura.

                Rowena andou até a ruiva mais nova, levantando a aba de seu vestido para não molha-lo, e ajudou Anna a levantar-se do rio. As feridas de Anna não estavam graves como antes, seu corpo com a pele ligeiramente disformada pelas recentes queimaduras já não sangrava como antes, porém algumas ficaram tão profundas na pele da mulher que nenhuma planta, poção ou unguento criado pelo homem até o momento seria capaz de curar. As mulheres andaram até um local escondido por algumas pedras, onde Ruby as esperava.

                Ruby era dona de uma alfaiataria na aldeia e uma velha amiga de Rowena e Anna. As ruivas consideram a mulher a única bruxa de confiança nos momentos de desespero, como o que estavam vivendo agora, afinal fora ela que fez o contato com a Mãe tantos anos antes para trazer a melhor benção que Anna teve em sua vida. Benção que me foi tirada por um monstro, pensou a ruiva lembrando de seu filho. Ruby não era uma mulher de muitas palavras, então ela apenas observou enquanto Rowena ajudava uma Anna completamente nua e queimada a andar até a fogueira.

                As três mulheres deram as mãos umas para as outras, formando um círculo em volta da fogueira crepitante. Ruby olhou para cima, antes de começar a recitar palavras incompreensíveis para os homens normais, uma linguagem que apenas elas, súditas da Mãe, entendiam. Logo, todas as três faziam a mesma prece juntas, numa cantiga tão antigo quanto as árvores que as cercavam, elas pediam a cura para Anna, sendo das feridas externas ou internas. A fogueira no centro do círculo humano que elas formavam incendiou ainda mais, virando uma chama enorme no meio delas, e Ruby soube que era hora de concluir o feitiço.

                De dentro de sua capa, a bruxa morena tira um pequeno frasco de vidro repleto de um liquido verde viscoso, que ela mesma havia feito para encerrar o feitiço. Rowena ajudou Anna a andar até Ruby, porem a ruiva, no limite de suas forças, caiu de joelhos diante da morena. Ruby, sem fazer muita cerimonia diante da fraqueza da ruiva mais nova, apenas segura o queixo de Anna, a forçando a abrir a boca, e a faz tomar o liquido do frasco.

                A ruiva mais nova caiu no chão depois disso, o gosto ruim do liquido verde que a outra bruxa lhe dera queimava sua língua e seu corpo conforme ele descia, ela sentiu a temperatura de seu corpo subir de modo alarmante, formando uma febre subida que a fez sentir um frio congelante, mesmo estando próxima a uma fogueira alta. Anna fechou seus olhos e reprimiu a vontade de gritar de dor, e então, tão súbita quanto veio, os sintomas se foram, trazendo um sentimento de alivio para ela. Assim que Anna abriu os olhos, ela percebeu a falta das feridas em seu corpo, sobrando agora apenas algumas pequenas cicatrizes em certos lugares.

                Oh Mãe, por favor cuide de meu filho, suplicou Anna em seus pensamentos, ele é tudo que eu tenho. Logo a ruiva desmaiou de cansaço, enquanto Rowena a cobria com sua capa.

Xxxxx

                — Dean! — Sam gritou para o irmão, que não parava de falar sobre seus contos favoritos do reino.

— Sam, eu estou ocupado! — o fera disse, irritado por ter sido interrompido.

— Olhe para Castiel. — o irmão mais novo falou.

               Dean, ainda ligeiramente irritado por ter sua fala interrompida enquanto contava sua fábula favorita, olhou para o lado, onde estava a poltrona de Castiel, e se impressionou ao encontrar o moreno adormecido no móvel confortável. O garoto estava encolhido para que suas pernas não ficassem penduradas, a cabeça dele apoiava-se no braço da poltrona numa posição nada confortável para se dormir. O príncipe não conseguia desviar seus olhos da pele corada de Cas sendo iluminada pelo fogo da lareira, os lábios entreabertos do moreno voltavam a lhe parecer tão convidativos, o que era algo completamente errado na mente do príncipe, uma fera como ele não deveria ter pensamentos como esses sobre um ser tão lindo.

— Acho melhor você leva-lo para o quarto. — Jo sugeriu ao fera.

               — Sim, eu.... Eu vou fazer isso. — o príncipe respondeu, ainda observando o garoto adormecido.

               Alguns minutos depois, Dean finalmente levantou-se do seu lugar e foi até a poltrona de Castiel. O príncipe chamou o nome do moreno algumas vezes, para ver se o mesmo acordava, porem nenhuma resposta veio por parte do mais novo, ele apenas deu um leve suspiro sonolento e se mexeu levemente na poltrona, logo voltando a relaxar. Vendo que o garoto realmente não iria acordar, o fera tenta o seu máximo para pega-lo em seus braços como se fosse uma noiva sem acorda-lo. Para a sorte do príncipe, o sono do moreno era realmente pesado, e em momento algum ele ameaçou acordar. Agora, com um Castiel adormecido em seus braços, Dean começa sua caminhada pelos corredores do castelo que levam até o quarto do moreno.

O moreno, completamente inconsciente, afunda sua cabeça no peito do príncipe, assim como fez na primeira vez que o abraçou, sentindo a mesma sensação de conforto e a ligeira vontade de coçar o nariz graças aos pelos do homem-fera. Sentindo a maciez e o calor que o corpo bestial e peludo que Dean tinha, Castiel aconchegou-se o máximo que podia de seu corpo no corpo do príncipe, ronronando de prazer ao fazer isso. Dean prendeu a respiração por um segundo de tamanho choque, ele não esperava que o moreno em seus braços fosse fazer tal ação para se aproximar dele, entretanto logo trata de normalizar sua respiração e seus pensamentos, dizendo a si mesmo que o único motivo para o moreno ter feito isso era a sonolência do mesmo. O príncipe suspira e retorna a sua caminhada rumo ao quarto.

Castiel acorda de modo vagaroso, querendo voltar para o limbo do sono que antes estava, porém aquela incomoda coceira em seu nariz não o deixava em paz, e ele acabou por espirrar. Ao escutar o espirro do menor, Dean para de andar e olha para o menino, vendo um Cas semiacordado coçando o próprio nariz.

— Por que você está me carregando? — o moreno perguntou ao maior, com a voz arrastada devido ao sono.

— Você adormeceu na poltrona enquanto eu contava algumas histórias, eu te peguei e estou te levando para o seu quarto.

— Para o meu quarto? Mas eu estou com fome, quero comer antes de ir dormir. — o garoto falou enquanto fazia biquinho e colocava a mão em cima da barriga que, mesmo não roncando agora, se ele não comesse antes de ir dormir ela o deixaria desconfortável e não o deixaria dormir.

               — Irei pedir para que Gabriel ou qualquer outro na cozinha faça algo para você comer, e eles irão levar no seu quarto. — Dean falou para o menor, agradecendo por já estrar praticamente de frente com o quarto do moreno.

— Posso pedir para comer torta de amora? Mamãe quase sempre fazia torta de amora nessa época do ano, que é quando os fazendeiros fazem colheita.

— Eu vou pedir para eles fazerem a melhor torta de amora existente para você, Cas. — o príncipe falou ao garoto, agora entrando no quarto do mesmo.

— Cas? — o moreno perguntou, confuso quanto ao apelido recém-adquirido.

— É só uma abreviação, Castiel é um nome um pouco longo. — o príncipe falou, um pouco nervoso e voltando a se amaldiçoar mentalmente por ter o poder de se colocar em situações vergonhosas. — Mas se você não gostou, tudo bem, eu –

— Eu gostei. — Castiel interrompeu o fera. — Ninguém jamais havia me chamado de algo diferente de ‘Castiel’, bem, exceto as crianças da aldeia, mas os apelidos que elas me chamavam eram pejorativos e tinham a única intenção de me humilhar, então acho que não contam.

— Humilhar?! — Dean gritou surpreso, parando de andar novamente. — Por que eles iriam te humilhar ou fazer algo contra você?

— É algo um pouco complicado, e eu não gosto de falar disso. — o garoto falou, encerrando o assunto.

Um silencio um pouco desconfortável decaiu sobre eles, e logo o príncipe voltou á andar, agora estando de frente a porta do quarto de Cas. Castiel parecia estar alheio ao fato de que o ‘passeio’ dele nos braços de Dean estava prestes a acabar, e apenas afundava mais sua cabeça do peito do mais alto, sorrindo ao sentir os pelos macios contra sua pele. Se Dean fosse humano, com certeza ele estaria corando ao sentir o garoto esfregando sua pele em si deste modo tão carinhoso.

O príncipe lamentou mentalmente quando chegaram ao quarto de Castiel, o que o obrigou a depositar o moreno no chão e o afastar de si.

— Obrigado por me carregar até aqui. — o menor disse. — E desculpe por dormir enquanto você falava, eu nem consegui escutar a história do Antigo Rei Caçador inteira.

— Nós vamos ter outras oportunidades para isso.

Os dois voltam a ficar em silencio, e o príncipe vê isso como um sinal indicando que era hora de sair e deixar Castiel sozinho, contudo, assim que ele se vira, a voz do moreno o chama:

— Dean! — o menor chamou o príncipe, que virou-se para olha-lo. — Obrigado por me levar a biblioteca e por me incluir a família... — ele falou enquanto mordia os lábios, parecendo estar numa batalha interna sobre o que dizer. — Talvez... Só talvez, eu esteja começando a te perdoar.

Dean não tem tempo para responder, pois o garoto logo entra no quarto e fecha a porta atrás de si, deixando o loiro embasbacado enquanto sorria para o nada.


Notas Finais


E então, amores, vocês gostaram?

Alguma critica ou algo do tipo?

Espero que tenham gostado, eu realmente me esforcei muito pra escrever e trazer esse capítulo pra vocês :)

Não esqueçam de votar e deixar suas opiniões

Beijos de lingua e até qualquer dia, batatas fritas <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...