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História Not so Beauty, not so Beast - Divergence


Escrita por: Namooni

Notas do Autor


HEYA GENTE

Eu demorei pra porra até att de novo não é.

Desculpa

Eu acabo de entrar no ensino médio e ele tá sugando todas as minhas energias e aumentando a minha vontade de bater minha cabeça nas parede

Enfim espero que gostem amores :)

Capítulo 8 - Divergence


Meg avistou a casa de Castiel de longe, ela conhecia a localização da casa tão bem quanto conhecia as áreas de caça da 'Floresta Sombria'. A mulher sentia uma vontade enorme de rir quando os aldeões falavam isso, seres pequenos e medrosos que inventam coisas imaginarias sobre o que não conhecem por puro medo. Quando se aproximava da casa de Cas, ela tirou um pequeno espelho de dentro de sua bolsa, admirando-se no reflexo. Muitos na cidade não a achavam bonita, e ainda a chamavam de exibida por ela se achar bonita, mas Meg nunca ligou para essas pessoas, ela era bonita e era durona, e havia convencido a si mesma que era de uma pessoa como ela que Castiel precisava.

Ah Castiel, a mulher tinha que se reprimir toda vez que pensava no jovem moreno acanhado que, sem a mínima sombra de dúvidas, era o ser mais lindo daquela aldeia. Depois de Meg, é claro. A morena observou a casa do moreno revelar-se diante de si, e ela não perdeu tempo antes de apressar o passo do cavalo, querendo entregar logo o presente que ela havia trago para Cas. Assim que chega perto da porta da casa, ela logo percebe algo estranho pois a porta estava aberta, e Cas ou Anna nunca deixam a porta da entrada aberta por medo de assaltantes. Meg desceu do cavalo já com sua espada em punho para o caso de alguma ameaça.

Com cautela, a mulher entra no local. Ela não é recebida por um ladrão, pela voz de Anna a cumprimentando e perguntando se ela se feriu na última caçada, muito menos pela ladainha feliz de Cas sobre o último livro que ele leu. Uma rajada de vento atravessando toda a casa é o único barulho que corta o silencio perturbador da casa. Meg olha em todos os cômodos do local, todos os lugares possíveis para alguém se esconder, ela corre para o lado de fora em meio ao canteiro de flores e no local onde os animais ficam, constatando a mesma coisa, eles não estavam ali. Um fio de desespero se espalha pelo corpo da morena, que corre até seu cavalo, começando a galopar até a única pessoa que poderia saber onde Castiel e Anna estavam: Rowena.

Xxxxx

Castiel acordou alegre com o canto dos pássaros em sua janela. Ele levantou-se sorrindo ao se lembrar do dia anterior e o quão amável Dean havia sido contigo, e então percebeu algo estranho, tinha pássaros em sua janela! Desde o primeiro dia que ele entrou naquele castelo, nenhum pássaro havia aparecido, nem nos dias mais ensolarados que se assemelhavam ao verão. Completamente feliz, o moreno correu até sua janela, abrindo-a para que os pássaros invadissem seu quarto, parando em cima de uma cômoda ao lado da cama, onde aninharam-se um ao outro. Era um par de pássaros de espécies diferentes, um era maior e mais robusto e o outro menor e de aparência mais delicada com a pelugem azul esverdeada que brilhava sob a luz solar. Eram um pequeno casal, pelo que Cas deduziu. Um casal de espécies diferentes procurando um ninho para poderem se amar, parece um dos meus livros de romance, ele pensou.

Resolvendo deixar os passarinhos em paz, o moreno volta a andar até a janela, sendo agraciado pela visão de um dia ensolarado, fazendo os vários tons de colorido de suas flores parecessem ainda mais vividos. Se sentindo cada vez mais revigorado, Cas volta a sua cama, esperando animadamente a chegada das empregadas para lhe banharem, e depois poder ir cuidar de suas flores que provavelmente estavam um pouco castigadas pela chuva. As criadas não demoram a chegar e, como faziam todo dia, arrastaram o moreno para o banheiro, onde o banharam e massagearam seus músculos até que o mesmo ficasse realmente relaxado, tirando sua soneca quase diária dentro da banheira, e logo é acordado por Jo ou qualquer outra criada para ir escolher o vestido que iria vestir. Castiel escolheu um vestido longo na cor azul, que realçava seu olhos e fazia um contraste bonito com sua pele ligeiramente bronzeada – ficar horas no sol cuidando das flores estava dando uma cor mais amorenada á pele dele.

Já vestido, Cas foi ao salão onde sempre tomava o desjejum, porem estranhou ao encontra-lo vazio, sem nenhum tipo de alimento em cima da mesa como de costume. Confuso quanto a isso, o moreno chama por alguém, mas ninguém o responde. Um pequeno bilhete quase imperceptível em cima da mesa enormemente larga chama a atenção do garoto, que o pega em suas mãos.

"Vá para o jardim" era o que dizia o bilhete, com letras quadradas e tortas feito as de uma criança escrito a mão. Cas sorriu ao perceber que a única pessoa capaz de lhe escrever um bilhete era Dean. O príncipe havia dito que odiava escrever, o que quer que fosse, entretanto mesmo assim ele havia feito um pequeno esforço para conseguir escrever aquelas palavras com uma letra legível. O fera estava tentando se redimir para conseguir o perdão de Castiel e finalmente tentar ficar próximo do garoto e, por mais que o moreno tente lutar contra, o príncipe realmente estava conseguindo.

O menino dobra o pequeno bilhete em suas mãos e corre até o hall de entrada, rindo ao sentir o chão frio do castelo contra seus pés e tomando cuidado para não entrar no corredor errado e ir parar em outro lugar que não fosse o hall.No corredor que dava direto para o local desejado, Cas tropeça numa ponta de um tapete e cai de cara em algo quente, fofinho e muito peludo, algo que ele já havia abraçado antes. Mais do que rápido o moreno retoma seu equilíbrio e volta a ficar de pé. Dean postava-se na frente do garoto, o cobrindo por completo com sua sombra.

 

— Eu... É... Vo-você demorou a aparecer no jardim e-e eu vim saber se você ia ou não. — o fera gaguejou, olhando para todos os cantos evitando fitar o moreno diretamente. Se ele fosse humano com certeza estaria corando neste momento.

— Na verdade eu estava indo exatamente para lá. — Castiel falou, reprimindo a risada por estar vendo o príncipe tão acanhado. — Então, gostaria de me acompanhar? — ele ofereceu seu braço para Dean pegar.

Assim como eles haviam andado juntos no dia anterior em direção ao local onde eles se reuniram com a família de Dean, eles andavam hoje, com os braços entrelaçados e seus corpos ainda mais próximos. Nenhum dos dois falou nada, com medo de quebrar a atmosfera agradável em que eles estavam. No caminho o moreno notou que as grandes janelas dos corredores não estavam mais cobertas pelas grossas cortinas que impediam a luz solar de entrar, elas estavam abertas deixando a claridade de fora iluminar o castelo, e trazendo com a luz o calor confortável que aquecia a pele de Cas sempre que ele passava pelos longos feixes de luz.

Assim que eles chegaram ao lado de fora do Castelo, Cas parou por um minuto para fechar os olhos e respirar o ar fresco do lado de fora. O jardim não era algo lindo de se ver, grande parte do solo parecia ter sido queimado, e os poucos locais onde algumas plantas ainda poderiam florescer estavam cheias de plantas mortas, e todo esse cenário morto apenas ajudava a realçar o pequeno canteiro de Castiel, que brilhava de tanta vida. As várias espécies de flores quase se entrelaçavam entre si, formando um pequeno amontoado de várias cores junto ao verde, e parecia querer se expandir para as redondezas.

— Elas são realmente lindas, Cas. — o príncipe comentou sobre as flores, fazendo o moreno corar sobre o elogio. — Eu nunca vi flores desses tipos na minha vida, mesmo quando o castelo era vivo.

— O-obrigado, eu sempre cultivei flores na minha casa, mamãe precisava delas e também eu gostava de vê-las crescendo, ver aquele brotinho se transformar em uma flor vibrante e majestosa. Me dá um sentimento de orgulho.

—Acho que entendo como é. Eu treinava os mais jovens que queriam entrar para o nosso exército, por volta dos doze anos eles vinham para cá, e saiam apenas quando completavam dezessete. Era como se eu fosse o pai deles, ensinava-os as artes da espada e de várias outras armas brancas; dava broncas quando faziam coisas erradas; e ensinava á eles a coisa mais importante que eles deveriam saber: caçar.

— Caçar? Por que alguém do exército deveria aprender a caçar animais? — o garoto perguntou ao fera.

— Não é uma caça a animais, é algo mais... Complexo que isso. Não caçávamos animais, e sim bruxas. — o loiro cuspiu a última palavra. — Éramos um dos principais reinos adeptos á Inquisição, mandávamos novos soldados para apoiar a causa de tempos em tempos.

— Bru-bruxas? — o moreno gaguejou.

O corpo de Cas estremeceu, o garoto não queria acreditar que aquele príncipe ao seu lado era alguém que apoiava a Inquisição, que era o motivo de ele e sua mãe terem passado noites em claro com medo de terem sidos descobertos, de verem os soldados da Inquisição invadirem sua casa e jogarem os dois em uma fogueira.

— Cas, você está bem? — o fera perguntou ao moreno que olhava para o nada com os olhos arregalados. — Cas?! — o príncipe balançou de leve os ombros do menino, preocupado com a falta de resposta do mesmo.

 

Ao chamado do principe, o moreno desperta de seu pequeno devaneio. Não tinha como ele notar, mas sua pele havia ficado pálida de um modo nada saudável de um minuto para outro, preocupando duplamente o fera.

— É melhor nós irmos logo para onde queria me levar, não é? — o menino desconversou na hora, querendo encerrar o assunto de vez.

Dean não contestou o menino, o rosto pálido e apavorado do moreno não deixou brechas para isso. Com relutância, o fera entrelaçou os braços deles novamente, podendo sentir o braço de Cas tremer levemente. Lentamente eles retornam a caminhada, e Castiel tentava regularizar sua respiração a cada passo, porem era difícil quando, toda vez que olhava para Dean, ele lembrava das pessoas que ele conhecia e que foram jogadas em uma fogueira injustamente. O menino se encontrava absorto em seus pensamentos de tal modo que não notou quando chegou em uma espécie de pátio em uma parte do castelo que ele nunca havia ido.

O local era circular, marcado por uma construção de madeira envelhecida que se assemelhava á um coreto, com várias árvores mortas em volta. O local aparentava ser belo em seus melhores dias, Cas conseguia até imaginar as árvores vivas e cheias de folhas e flores, deixando o chão de pedra sujo e colorido. Embaixo do local coberto do suposto coreto, encontrava-se uma pequena mesa também redonda, em cima dela estavam os mesmos pratos que o moreno costumava ver onde normalmente come o desjejum.

— O que é isso? — o moreno perguntou ao príncipe, esquecendo momentaneamente sobre o fogo e os gritos.

— Bem, nós nunca tivemos uma refeição juntos. — Dean esclareceu ao moreno.

Castiel mordeu os lábios, o fera realmente estava tentando achar um modo de se aproximar dele; tentar não assusta-lo. A biblioteca, esse pequeno encontro para o desjejum, era um modo de mostrar ao menino que o príncipe não era realmente um monstro, que ele tinha uma parte humana, porem depois que as falas sobre a Inquisição saíram da boca do homem-fera era como se algo impedisse o moreno de o ver como humano novamente. Sem esperar convite do outro, Cas simplesmente avançou em direção a mesa sem esperar Dean. O príncipe ficou estarrecido por um minuto, não era normal da parte do garoto ter uma atitude dessas, porem o mesmo não perguntou nada, apenas seguiu o menor, sentando-se na cadeira oposta á que Cas havia sentado.

O moreno já colocava algumas coisas da mesa em seu prato com uma cara emburrada e um olhar pensativo, deixando o príncipe ainda mais confuso. Dean pigarreou, tentando chamar a tenção do garoto para si, entretanto sem muito sucesso, pois o menino nem ao menos pareceu ter escutado. Ligeiramente chateado com a falta de atenção de Cas sobre si, o príncipe pega uma maçã que estava em cima da mesa e a coloca por inteira em sua boca de lobo, mordendo a fruta com seus dentes afiados e triturando tudo, fazendo um barulho alto e irritante que obrigou o menor a olhar para ele.

Dean não olhava para o moreno, ao invés disso, ele fitava o chão com os braços cruzados, fazendo uma expressão de chateamento que ficava inexplicavelmente cômica em seu rosto de fera. Contendo o riso, Cas percebe que sua atitude estava beirando a infantilidade, ele deveria entender que Dean com certeza havia sido criado com crenças diferentes da dele, logo ele acreditava que o que fazia era certo, que a Inquisição realmente era um modo de transformar o mundo em lugar melhor, mesmo usando os artifícios mais violentos possíveis. Talvez o moreno conseguisse mudar o ponto de vista do fera, porem ele entendeu que não era ignorando ele e agindo feito uma criança mimada que ele iria fazer isso. Resolvendo por tomar uma atitude, Castiel levanta-se de sua cadeira, a arrastando até o lado do príncipe, onde senta-se de novo.

— Desculpe por isso, você se esforçou para fazer isso e eu estou estragando tudo por causa de uma besteira. — Castiel pontuou — Porem eu não posso mentir, Dean. Não posso fingir que concordo e acho aceitável o ato de você criar crianças para queimarem pessoas em praça publica, não posso achar isso um bravo ato heroico, me desculpe, mas eu não consigo.

O fera não sabia ao certo como reagir ao que o menor disse, afinal foram poucos os momentos que alguém discordou de algo dele, ou pelo menos poucas pessoas tiveram a coragem de expressar em alto e bom som a discordância. E Castiel simplesmente falou o que pensava, sem hesitar, sem medo de possíveis consequências. O príncipe sorriu, talvez ele tivesse subestimado o menor, ele realmente era mais especial do que pensava.

— Está tudo bem, Cas. Vamos só voltar a comer, você ainda tem as suas flores para cuidar hoje. — o fera falou, ganhando um sorriso do pequeno.

Xxxxx

 

Meg bateu três vezes contra a porta da casa de Rowena com certa violência, fazendo um barulho alto o suficiente para garantir que ele escutaria em qualquer lugar da casa. Entretanto nenhuma resposta veio do lado de dentro, deixando a mulher ainda mais nervosa e preocupada. A castanha da a volta na casa, querendo ver se a carroça que a ruiva usava para ir até a cidade não estava ali, e, de fato, não estava, indicando a ausência dela na casa. Porém a porta traseira da casa estava aberta.

A mulher não pode controlar sua curiosidade, ela tinha de saber onde Castiel e Anna estavam, então ela marchou com passos largos até a entrada da casa.


Notas Finais


Espero que tenham gostado :)
Sei que esse capítulo foi meio ''inútil'' e provavelmente não compensou o tempo que demorou pra sair, mas eu estou realmente ocupada esse começo de ano e estou tendo que me virar pra achar um tempo em paz para poder escrever, além de estar passando por um bloqueio criativo bravo :/
Então eu não vou mentir pra vocês: o próximo capítulo vai sim demorar pra sair, eu realmente não tenho pra onde correr
Vou tentar escrever o máximo no carnaval e adiantar algo, entretanto não posso garantir que irei postar
Espero do fundo do meu kokoro que vocês entendam o que estou passando
Beijos de lingua salivante e até mais <3


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