História Not That Innocent - ABO - 3 - Three

[Byun Baekhyun’s life...]

 

Durante a aula do dia seguinte, o ômega evitou qualquer tipo de contato visual com o alfa. Estava um pouco envergonhado pelo dia anterior. Ainda não sabia por que beijara seu professor. Bem, na verdade sabia sim. O senhor Park era muito bonito. Mas de qualquer forma, ainda era seu professor.

 

O rapaz ficara a maior parte do tempo de cabeça baixa. Ou olhando para o lado. Por isso, não notara que o alfa não desgrudara os olhos de si. Chanyeol observava cada movimento alheio.

 

Ainda estava intrigado com aquele ômega de cabelo branco. Parecia tão inocente. Não exibia o olhar de culpa que os outros ali tinham. Como se estivessem arrependidos do que fizeram. Mas não era só isso, o moreno havia passado a noite em claro e pensando em Byun. Mais precisamente, no mais novo em seu colo.

 

Ele sabia que aquilo era errado. O outro era seu aluno. Park nunca se interessara por um estudante antes. Nem tivera pensamentos obscenos com nenhum deles. No entanto, Baekhyun, o beijo, ele se esfregando contra seu colo, aquela carinha doce, estavam mexendo consigo. Seus sentidos estavam todos afetados.

 

O sinal tocou.

A última aula do dia tinha acabado.

 

Os ômegas se levantaram das cadeiras apressados. Era assim todos os dias. Eles simplesmente queriam sair daquela escola o quanto antes. Por isso não perdiam tempo. Alguns nem mesmo guardavam seus materiais. Apenas juntava tudo nas mãos e corriam para fora da sala.

 

O mais velho observava a movimentação diminuir.

Até que não restou mais ninguém na sala.

Ou quase.

Seus olhos focaram o ômega de pé fechando sua mochila.

 

O rapaz colocou uma das alças pendurada em um ombro e caminhou em passos apressados. Cruzou pela mesa do professor e rapidamente chegou à porta. Então, parou no lugar. Virou um pouco o rosto para ver o homem em sua mesa.

 

- Tenha um bom dia, senhor Park. –disse.

 

- Venha até aqui. –pediu.

 

O de cabelos brancos engoliu em seco. Mas não foi embora. Ficou mais algum tempo parado. Porém, logo se virou e se aproximou do outro. Chanyeol ainda estava sentado. Byun estava ao seu lado. Uma das mãos segurando a alça da mochila em seu ombro. Os olhar abaixado para encarar o alfa.

 

- O senhor quer falar comigo?

 

O alfa mordeu o lábio inferior.

Até mesmo deixara um rosnado escapar.

Então, girou a cadeira para ficar de frente com o outro.

Ele abriu um pouco mais as pernas.

 

- Sente-se. –deu alguns tapinhas em sua coxa esquerda.

 

- O que?

 

- Não é isso que você gosta de fazer? –sorriu malicioso. Seu tom de voz soava acusatório e debochado. Aquilo deixou o ômega bem desconfortável.

 

- Acho melhor eu ir embora. –deu as costas ao homem, mas não conseguiu sair do lugar.

 

- Não vou pedir de novo.

 

Baekhyun deixou que sua mochila despencasse no chão. Voltou seu olhar para o moreno. Então, se aproximou mais. Rapidamente se sentou no colo alheio. Um pouco mais perto do que da outra vez. Pelo fato de que se sentara nas das coxas de Park. Uma perna de cada lado. Quase se entrelaçando a cintura do professor.

 

Perguntava-se o porquê de estar obedecendo ao outro.

Apesar de não se importar tanto com esse pequeno detalhe.

 

O rapaz estava um pouco tremulo. A proximidade com o homem estava o excitando. Por alguns segundos achou que o moreno lhe pregava uma peça. O que um professor como Chanyeol iria querer com um ômega como ele? Ainda dava tempo de sair da sala. Contudo, Byun não conseguia se mover. Seu corpo não permitia.

 

A mão do mais alto deslizou pelas costas do rapaz. Lentamente. Até que então parou no traseiro do de cabelos brancos. Ele agarrou o local e apertou com força. Baek gemeu baixinho. A mão livre do alfa fora parar no rosto do mais novo. Acariciou suas bochechas de leve, carinhosamente.

 

- Não dormi por sua causa. –disse entre um rosnado e outro. – Estranho que um aluno tenha me perturbado tanto. E com por tão pouca coisa.

 

- De-de-desculpe, senhor. –gaguejou. O outro ainda apertava sua nádega e estava ficando difícil não gemer alto.

 

- Não. Não desculpo. –sorriu malicioso. – Terá que se desculpar de outro jeito.

 

Então, ele puxou o rapaz para mais perto.

Seus lábios se tocaram.

 

[Park Jimin’s life...]

 

O de cabelos rosa nunca ficara tão animado para chegar à escola. E nem mesmo prestara tanta atenção em um professor em toda a sua vida. Jimin passara a aula disferindo olhares e gestos provocativos com os lábios para o alfa. Estava adorando ver a maneira como o outro ficava irrita e tentava ignora-lo.

 

O mais novo não havia brincando quando dissera a Jeon que seria ainda pior no dia seguinte. Tinha adorado a forma como o moreno o punira. Pensara naquilo a noite toda. Principalmente nos olhares maliciosos de Jungkook quando estava prestes a atingir o seu traseiro com a cinta.

 

Por isso o ômega quisera ir um pouco mais além naquele dia.

O professor não perdia por esperar.

 

O rapaz precisara ficar de novo depois da aula. Tudo porque amassara uma folha de papel e jogara na cara do alfa. Fora obviamente proposital. Queria ouvi-lo gritar consigo. E ter um bom motivo para ficar irritado, obriga-lo a ficar na sala e puni-lo.

 

O plano funcionara. O alfa rosnou alto na sala. Os outros alunos tremeram de medo. Abaixaram a cabeça. Um até chorara. Park permaneceu encarranco o homem. Sorria inocentemente. Com aqueles lábios carnudos que excitavam o mais velho. Mesmo que ele não quisesse admitir.

 

O sinal tocou.

Os ômegas correram para fora.

Estavam todos sentindo pena do de cabelo rosa que ficara para trás.

Jimin ainda sorria.

 

- Você realmente quer me ver puto de raiva. –rosnou o alfa.

 

- Eu vou adorar isso. –respondeu com a voz manhosa.

 

Jeon saiu de sua cadeira e se aproximou do rapaz. Seus olhos se encontraram. Ele apoiou as duas mãos na carteira do menor. Inclinou um pouco o corpo para baixo e sorriu malicioso.

 

- Réguas não vão funcionar com você. –seu sorriso aumentou. – Uma cinta também não...

 

- Então, o que tem em mente? –provocou. – Eu tenho sido um garoto muito malvado. –fez bico. – Preciso ser punido.

 

O homem rosnou.

Não estava bravo.

Estava excitado.

 

O moreno pegou o rapaz pelo colarinho novamente e o fez se levantar. Puxou o sem nenhum pingo de gentileza até a sua mesa na frente da sala. Deu a volta e se sentou em sua cadeira. O ômega lambeu os lábios ao ver o colo do homem. Já podia notar um volume crescendo na região.

 

Jungkook o puxou para mais perto. Fez o mais novo se deitar de bruços em seu colo. O de cabelos rosa fez questão de empinar seu traseiro para o alfa. O homem sorriu malicioso.

 

- Vou adorar surrar esse seu traseiro mal educado. –soltou com a voz mais grave que o normal.

 

- O sentimento é mútuo. –disse em um fio de voz.

 

O alfa sorriu. Levantou a mão no ar e sem prévio aviso acertou um tapa com força na nádega do rapaz. Park gemeu. Mas de prazer do que de dor. Em seguida, recebera mais um tapa. Depois outro. E outro. O professor aproveitava para apertar o traseiro alheio após cada golpe. Estava adorando cada segundo daquilo.

 

Então parou.

Ouviu um resmungo contrariado do ômega.

 

Jimin se levantou. Com um bico enorme nos lábios. Jeon achou aquilo tão fofo, mas obviamente não disse nada. O de cabelos rosa queria mais palmadas e ficara frustrado por não recebe-las. Entretanto, tivera uma ideia mais interessante.

 

Rapidamente, voltou ao colo alheio. Mas dessa vez sentado. De frente para o alfa. O homem não negou acento ao rapaz. Pelo contrário, se agarra as nádegas do outro assim que ele se sentou. O menor sorriu malicioso. Levou suas pequenas mãos em direção aos ombros alheios.

 

- Já te disseram que você não vale nada? –comentou o alfa. Sua voz estava um pouco baixa e rouca, por conta da excitação. – Sentando no colo do seu professor. Não tem vergonha disso, fedelho?

 

Park gargalhou baixinho.

 

- Se está tão ruim assim, eu saio. –piscou malicioso e fez menção a se levantar. O mais velho o segurou firme no lugar e rosnou.

 

- Nem pense em sair daqui. –ralhou.

 

O ômega rebolou uma vez ou outra no colo alheio.

Então, se cansou de perder tempo.

Seus lábios foram de encontro com os de Jungkook.

 

[Mark Tuan’s life...]

 

O mais novo bateu na porta do escritório do diretor. O sinal de saída da escola já havia tocado. E o rapaz só precisava entregar o documento assinado por sua mãe para Jackson. Assim poderia ir para casa.

 

Ele bateu mais duas vezes na madeira.

Nada de resposta.

Então, bateu de novo.

 

- Pode entrar. –a voz do alfa soou abafada.

 

Mark girou a maçaneta e adentrou o escritório. Seus olhos pousaram no loiro sentado atrás de sua mesa. Ele tinha uma pasta transparente em mãos. Parecia estar arrumando alguns arquivos ou coisa do tipo. O homem encarou o ômega. Estava tão distraído que nem se quer sentira o cheiro alheio. Rosnou baixinho. Não queria ver aquele rapaz de novo.

 

Principalmente pelo fato de que tinha pensado no mesmo a noite a e a manhã toda. Mais especificamente, nos lábios alheios. Ficara repetindo a forma erótica que Tuan comia o morango e imaginando o que mais o moreno poderia fazer com sua boca.

 

O rapaz sorriu para o diretor. Aproximou-se mais da mesa e retirou sua mochila das costas. Abriu a mesma e retirou o documento, que o maior lhe entregara no dia anterior, de dentro de um de seus livros.

 

- Aqui está, senhor. –entregou ao homem. – Minha mãe assinou hoje de manhã.

 

Wang deixou a pasta que tinha em mãos sobre a mesa. Assim como o papel que o ômega lhe dera. Seus olhares se cruzaram mais uma vez. Mark abaixou a cabeça. Voltou a focalizar sua mochila, então, retirou um pote médio da mesma e sorriu novamente.

 

- Também trouxe isso. –entregou ao mais velho. – Fiz um pouco mais da minha salada. Espero que o senhor goste.

 

- Não precisava ter se incomodado.

 

- Não foi um incomodo. Eu gosto de cozinhar. E ontem o senhor só provou um pouquinho. –sorriu.

 

- Eu agradeço. Principalmente porque ainda não tive tempo de comer nada. –abriu uma gaveta qualquer em sua mesa e tirou dois palitos hashi enrolados em um guardanapo branco brilhoso.

 

Ele abriu o pote e passou a devorar a salada. Nem se deu conta de que Tuan ainda estava ali. Parado a frente de sua mesa e lhe encarando. O menor se perguntava como alguém poderia ser tão bonito daquele jeito. Até mesmo mastigando apressado.

 

O moreno se aproximou um pouco mais.

O alfa acabou sujando o canto da boca com um macarrão.

Mark deu a volta.

O outro notara sua presença ali de novo.

 

Jackson encarou o ômega de cenho franzido. Questionou-se o que ele ainda fazia ali. Notou que os olhos alheios estavam fixados em sua boca. Sentiu um arrepio. Não deveria, mas sentiu. Aquele rapaz estava lhe afetando novamente.

 

O mais novo se aproximou um pouco mais.

Esticou a mão em direção ao homem.

O diretor não se moveu do lugar.

O polegar de Tuan esfregou o canto da boca do loiro e limpou a pequena mancha de molho.

O alfa rosnou.

Agarrou a mão do outro com certa firmeza.

 

A mochila na mão do mais novo fora de encontro com o chão. Ele se aproximou mais. Wang deixou o pote e os palitos sobre a mesa. Quando se deu conta, o ômega estava sentado em seu colo. Engoliu em seco. Queria gritar para que o rapaz saísse de perto de si. Que fosse embora, mas ele não conseguia.

 

O moreno sorriu todo inocente. Mordeu o lábio inferior e se ajeitou para ficar mais confortável no colo alheio. Uma de suas mãos passou a brincar com a gravata que o mais alto usava.

 

- Isso está errado. –Jackson finalmente recuperara sua voz.

 

- Errado é um conceito relativo.

 

- Eu sou o diretor desse lugar.

 

- Eu não vou contar a ninguém. E acredito que o senhor também não vai. –sorriu malicioso.

 

- Não parou para pensar que nossa diferença de idade é grande? –o homem tentava arranjar desculpas mais para si mesmo do que para o jovem. Seu corpo fervia com o outro em seu colo. Suas mãos formigavam para toca-lo.

 

- Relaxa. –soltou a gravata. – Não estou te pedindo em casamento. –piscou.

 

- Eu se eu te pedir para sair?

 

- Você quer que eu saia? –perguntou e ficou encarando Wang. Passaram-se alguns segundos e o loiro permaneceu calado. Mark riu malicioso. – Achei que não ia querer isso.

 

Ele aproximou mais o rosto e começou a disferir selinhos no queixo, bochechas e pescoço alheio.

O mais velho rosnou.

Qualquer decência que poderia lhe impedir de continuar fora por água a baixo.

Suas duas mãos agarraram a cintura do rapaz com firmeza.

Tuan sorriu.

 

- Você está brincando com fogo. –disse o homem entre um rosnado e outro.

 

- CONTINUA -