1. Spirit Fanfics >
  2. Notas Para O Coração (Em correção) >
  3. Primeiras Notas: Parte 2

História Notas Para O Coração (Em correção) - Primeiras Notas: Parte 2


Escrita por: Hurted

Notas do Autor


Heeey you!

Primeiramente gostaria de pedir desculpas pela demora da atualização. Novamente sofri outros problemas pessoas causando um novo afastamento meu do Spirit. Eu fui furtada e no meu celular havia uma nova one quase finalizada. Eu fiquei péssima, mas tive sorte de nenhum cap novo de minhas longs estarem lá T-T

Qualquer erro, relevem e tenham uma boa leitura! Estou esperando vocês nos comentários :D

Capítulo 10 - Primeiras Notas: Parte 2



"Eu estou apaixonado

Intoxicado

Estou extasiado

Do lado de dentro eu posso sentir que você deseja."

(I Dare You - The xx)

 

*

(SOFIA IVANOV)

Eu nunca havia presenciado algo parecido. Claro, o primeiro contato com a pessoa a qual gostamos é inexplicável. Mas Viktor encontrava-se fora de órbita. 

— Aconteceu alguma coisa? Você está me encarando faz tempo. - perguntou ele mordiscando os lábios repetidamente.

Era até engraçado. Suas bochechas estavam fervendo ao meu ver, os olhos fixos num ponto da cama e os dedos beliscando uns aos outros. 

— Eu é que devo perguntar o quê aconteceu. - disse eu rindo. — Está apaixonado. - segurei suas mãos para que ele parasse de se beliscar.

Viktor levou os olhos aos meus e é como se eu tivesse puxado-o do Espaço.

— Quase nos beijamos... - mordeu os lábios forte.

— Quando você quer muito uma coisa, morde os lábios. Isso sempre acontece? - ele me olhou assustado.

— Eu mordo? - suspirou O patinador deitou as costas na cabeceira a da cama logo descansando as pálpebras.

Observei-o até ouvir um murmurar. 

— Quando isso aconteceu? - fez-me franzir o cenho.

— Quando o quê aconteceu? 

— Isso, de eu estar apaixonado por... por Yuuri.

Então ele já entendeu. Considerando o fato de que Viktor é o homem que mais atrai mulheres no mundo, deve ser complicado ter sentimentos por um agora. Pelo o que eu soube, Viktor já namorou uma escocesa por quase quatro anos. Algo o despertou.

— Você gosta dele? - minha pergunta o fez abrir os olhos devagar.

— Se eu gosto..? E-eu nunca... nunca pensei em um homem como penso nele. - levantou o tronco sentando-se novamente na cama. — Sinto-me envergonhado toda vez que ele olha pra mim. - respondeu, mais uma vez, mordendo os lábios.

Alisei sua mão e pude sentir sua confusão. Eu o entendo, é como andar de olhos vendados...

— Sofie, está na hora da quimio. - a Dra. Charlotte, responsável pelo meu câncer, chamou-me da porta.

Olhei para Viktor e ele matinha o rosto baixo.

— Vi - acariciei sua bochecha esquerda. — Não tenha medo, eu estou com você. - beijei sua mão.

Senti ele puxar meu braço.

— Sofia - abriu o sorriso do qual o mundo batizou de "lábios de coração". — Obrigado.

Sou filha única, mas Viktor faz com que eu o considere meu irmão mais velho. Eu sou tão orgulhosa em poder ajudá-lo com esse "problema" e como eu queria curar sua doença. Viktor é um anjo e eu suas asas.

— Meu amor, você não estava incomodando Viktor, não é? Bom dia! - mamãe acenou para o patinador que acenava de volta.

— Claro que não, mãe, somos amigos. 

— Então ótimo! Vamos agora?

Dei uma última olhada em Viktor e ele acenou com um belo sorriso.

Quem seria o tolo de não se apaixonar por você, Vi?

 

(KATSUKI)

Ainda estava sentado no piano. Ainda com as mãos no rosto. Ainda sentindo sua mão em meu braço e querendo seus...

— Yuuri? - Yuko segurava a porta para que as crianças entrassem.

— Oi! Desculpe-me, não vi vocês chegando.

As crianças me cumprimentaram com abraços, apertos de mão e beijos. Yuko sentou-se ao meu lado no piano, o mesmo lado onde Viktor estava há alguns minutos atrás. A diferença é que... eu queria que fosse Viktor.

— Como está indo no novo departamento? - perguntei ajeitando o óculos.

— Está indo bem! - ela estava corando. — Então... o que fará na sexta à noite?

Eu estava perplexo. Yuko estava me convidando para um encontro? Tudo bem, somos amigos desde o colegial, mas ela sente a gravidade disso? Ela é noiva de Takeshi faz uns três anos!

— F-ficarei na faculdade o dia inteiro. Provas finais. - sorri.

Ela assentiu com o rosto baixo. 

As coisas de repente ficaram loucas. O que ela está pensando em fazer?

— Bem, eu... eu vou ficar aqui nesse canto. - apontou para o banco que estava ao lado das almofadas. — Assim não atrapalharei sua aula. - sorriu.

— Sem problemas. - sorri totalmente sem graça por ela.

O restante da aula ocorreu tranquilamente como de costume, apesar de Sofia fazer uma falta enorme. A menina de 13 anos é tão falante que às vezes me deixa tonto. E eu gosto tanto disso. Procurei não fazer nenhum contato visual com Yuko, o que ela havia dito a alguns minutos atrás ainda me deixava desconfortável. É como se ela estivesse fazendo de propósito ou até mesmo querendo se apagar do mundo. Yuko não era esse tipo de pessoa, nunca foi. Na nossa adolescência ela sempre dizia que gostava de Takeshi, mesmo eu gostando dela...

Passou e eu sou eternamente grato pelo tempo... eternamente grato.

— Professor, o que aconteceu com Sofia? - perguntou uma menininha que aparenta ter 8 anos.

Sorri lembrando que Sofia quer conversar comigo depois de seu exame. Já que estamos no fim da aula, acredito que seu exame tenha chegar ao fim também.

— Sofia não pôde vir devido a um exame marcado para o mesmo horário de nossa aula. - sorri para a garotinha que enrolava as mechas castanhas no dedo indicador.

— Ela está bem?

— Está sim. - disse Yuko indo em direção a ela.

— Sofia aparecerá na quinta sem falta. - acariciou o rosto gordinho da menina.

Eu não sabia, mas algo dentro de mim fazia com que eu me sentisse péssimo. Seria a sua pergunta repentina? Foi como um soco, porém, acredito que não tenha doido apenas em mim.

Antes de Yuko levar as crianças de volta para a sala de atividades, ela parou no arco da porta logo virando-se para mim.

— Será que... podemos conversar outro dia?

Suas bochechas estavam coradas e o olhar triste. Eu tentava, mas não estava entendendo nada. Yuko era mais difícil de se ler do que Viktor.

Viktor é óbvio demais.

— Podemos. - sorri de lábios fechados. — Yuko?

Ela finalmente olhou para mim.

— Tem algo que você queira me contar?

Dessa vez eram as minhas palavras socando seu peito em sincronia. Eu podia jurar que ela queria chorar. Mas por quê? O que você tem, Yuko?

— Eu estou bem... até mais. - fechou a porta levando as crianças junto.

Eu me sentia tonto, mas não como um sintoma ruim. A situação é complicada. Quer dizer... por que as pessoas agiam assim comigo? Sem respostas, apenas meias palavras ou quase tão vazias. Encarei o piano a minha frente e pude ver tudo. Era só o instrumento que dizia-me tudo, era o único capaz de conversar comigo sem ser um humano com um coração em costuras. Era como olhar meu próprio reflexo, ele mostrava o que havia dentro de mim e o tamanho da confusão que rasgava-me como um urso selvagem. Era paz do que eu precisava? A única coisa capaz de me deixar em paz é tocar... a melodia sem nome.

Automaticamente já sentia a superfície lisa e morna das teclas brancas e das teclas pretas. O som limpo dançando dentro dessa sala fazia eu, novamente, sair de meu corpo. O piano sempre me fez ir para o lugar onde eu queria estar. Mas este sentimento de agora era diferente. Eu não queria estar em um lugar e sim com alguém.

Viktor?

O jeito delicado que suas maçãs prensam os olhos quando sorri. O modo como morde os lábios deixando-os vermelhos. O jeito como pisca, como mexe nos cabelos. O seu caminhar ereto de um atleta. Suas mãos. Seus braços. Seu peito subindo e descendo rapidamente quando o trouxe para a sala naquela vez... A curta distância em que estávamos a pouco tempo. Meu tronco inclinando devagar para frente. Seus olhos fixos em minha boca e minha vontade insana de beija-lo só faz eu repreender sentir isso por alguém que precisa de cuidados... e se eu quiser cuida-lo?

Preciso me controlar...

— Viktor...

Ouvi a porta bater e meu coração clamar por seus lábios nos meus.

— Viktor?

Parei a música e abri os olhos.

— Não. Sofia.

Eu... quis morrer.

Maravilha! O que Sofia vai achar de mim agora? Provavelmente pensará que sou um pervertido que está a fim do patinador mais... é... eu quero cair morto.

Bati com a testa no piano e ali permaneci até a vergonha dizer "Yuuri, estou desapontada com você".

— Imaginei que seria você. - disse ainda com a testa no piano.

— Imaginou mesmo? Pensei ter ouvido "Viktor". - deu um pequeno risinho.

Levantei a cabeça do piano encontrando Sofia sentada na almofada vermelha ao lado do piano. Para conversar melhor, sentei ao seu lado.

— Como foi o exame?

— Como sempre: tranquilo. Estou tão acostumada com isso que não sinto medo mais. - ela sorriu mexendo em uma pulseirinha idêntica a que estava em seu pulso.

— Você quer tocar algo?

— Não.

— Não? - ela tentava segurar o sorriso. — Então o que a fez querer vir se não vai tocar?

— Viktor. - disse clara olhando para frente.

— Viktor?

— Viktor. - confirmou do mesmo modo que antes.

— Viktor. - confirmei como ela.

— Viktor. - ela repetiu sorrindo.

— Viktor... - pronunciei lembrando de quando toquei pensando em cada fragmento de seu físico.

Sofia voltou sua face sorridentemente travessa para a minha fazendo eu perceber o modo como disse aquele nome.

— Era disso que eu me referia.

Mordi os lábios disfarçando minha vergonha. Sofia é inteligente demais... eu não estava acreditando em sua capacidade filosófica.

— Você morde os lábios como Viktor - sorriu olhando para a pulseira em suas mãos. — É fofo...

Estou em um beco sem saída.

— Yuuri, o que você sabe sobre o amor? O que sente quando pensa nessa palavra?

Quem é você? E o que fez com a doce Sofia? Eu estava ouvindo uma moça e não a garota do timbre angelical. Ela me deixa de queixo caído.

— O-o que eu sei s-sobre o amor? - disse nervoso. — Bem, acredito que cada pessoa lida com esse sentimento de uma forma. Se você não souber lidar da forma correta, acaba se machucando. Mas quando sabe o que está fazendo... você... perde o controle e corre em direção ao alvo.

E outra vez eu velejava para longe daquela sala.

(ulho de 2005)

-—"Yuu-ri! Quero te mostrar o patinador que comentei ontem! Anda logo!" -  disse Yuko puxando-me para a sala de sua casa.

Sentamos no chão ainda com as roupas do ballet. A garota mudou de canal e logo apareceu o campeonato infantil de patinação.

Eu lembro claramente até hoje. Vestido com um figurino azul da mesma cor de seus olhos. Os cabelos presos com pequenas mexas soltas e o sorriso avassalador.

(ATUALIDADE)

A mesma sensação que estou sentindo agora é a mesma que senti quando vi Viktor pela primeira vez. E a admiração só aumentou...

— Nossa, foi uma bela descrição. - sua voz suave despertou de meus devaneios.

Isso era péssimo, eu estava entregando-me a Sofia sobre Viktor. O-o mais confuso é que eu não sei lidar! Eu sinto vontade dele e ao mesmo tempo expulso essa vontade para longe como se fosse algo ameaçador. Porque eu fantasio com alguém que, até pouco tempo atrás, não sabia que eu existo. Eu tenho medo, por ele e por mim.

— Aonde quer chegar?

Ela olhou mais uma vez para a pulseira e entregou-me.

— Quero que fique com isso.

Era feita de cubinhos coloridos e nele havia letras gravadas.

— O que significa... "vezeniye"? - perguntei supondo que fosse em russo.

— "Sorte". - sorriu. - Você gostou?

Coloquei a pulseira e ajeitei os cubinhos.

— É linda, obrigado. - sorri de volta.

Sofia levantou-se alisando sua blusa mesclada.

— Eu tenho que ir, Yuu. Boa sorte!

— "Boa sorte"? Espere!

Sem uma resposta, Sofia apenas acenou de costas e saiu pela porta de vidro. Era uma mensagem? Encarei a pulseira com as letras estrangeiras. É infantil, mas usarei por ela.

— "O que você sabe sobre o amor?"

Por que Sofia quis que eu a respondesse? Estaria ela apaixonada ou... eu? Mordi os lábios sentindo aquela sensação novamente.

Sei que é errado, mas gosto da sensação que Viktor me causa toda vez que penso nele. É gostosa e viciante.

 


Notas Finais


Foi um cap meio light, mas juro... estamos quase lá ;D mas antes desse "quase lá" teremos uma visitinha que entrará na treta também, na verdade duas visitinhas.

Eu espero que tenham gostado, do fundo do meu coração s2

Digam-me o que acharam da ação de Yuko e as confissões de Viktor e Katsuki! E o que acham que ela dirá no "outra hora"?

Até o próximo ;*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...