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História Notas Para O Coração (Em correção) - Fluorescentes


Escrita por: Hurted

Notas do Autor


*Chegando de mansinho*

Olá, meus amoreees XD estou tão contente por conseguir fazer esse cap que vocês não tem noção!
Antes de qualquer coisa, quero avisá-los de que a fic está com um andamento devagar. Estou fazendo o que posso para dar um bom cap *-*

Quero me desculpar por deixar vocês esperando por muuuito tempo, nem mesmo eu gosto disso :c

Espero que gostem do cap tanto quanto eu gostei de escreve-lo G.G tenham uma ótima e calma leitura! Nos encontramos nas Notas Finais ;)

Capítulo 12 - Fluorescentes


 

"Se você está procurando pelos demônios

Para brincar enquanto você está sozinho

Então você não precisa procurar mais

Aqui comigo você nunca precisara ficar sozinho"

 (Atlas - Shannon Saunders)

*​

(KATSUKI)

Depois de uma forte e longa suspirada, abri os olhos e estava em uma espécie de camarim. A iluminação era média e podia ouvir uns murmurinhos vindos de trás. Levantei-me da cadeira onde estava sentado e caminhei pelo cômodo pequeno. Havia uma porta no canto da sala e algumas roupas em um armário grande com as portas abertas. Era tudo tão real, mas não me recordava do porquê estar...

A verdade é que hoje à noite será a final mais esperada de todos os tempos!

Viktor Nikiforov disse que terá uma grande surpresa...

"Viktor Nikiforov"?

Sai da sala dando de cara com um corredor repleto de cortinas pretas. O teto possuía alguns lustres dourados e eu podia ouvir... aplausos? Corri até encontrar a luz forte que vinha do final daquele corredor, quanto mais eu me aproximava ele maior ficava. Os aplausos tornaram-se mais altos, gritos, música clássica... o que é isso? Aproximando-me de uma grande porta de metal, fazia um pequeno frio. As portas abriram-se sozinhas dando-me uma visão de um ringue com arquibancadas completamente lotadas.... espera?! Ringue?!

Acordei dando um pulo na cama. Havia sonhado mesmo com isso? Eu nem mesmo o conheço, e ainda por cima tento dizer a mim mesmo que não sinto nada. Levantei-me e pus um roupão, a manhã estava levemente fria. Fiz minha higiene e desci para a cozinha tomar o café da manhã.

Eu não parava de pensar naquele sonho, deveria deixar pra lá ou seguir meus instintos? Seria a mesma coisa, pois eles diziam para ir até ele. Eu não consigo ser sincero comigo mesmo. Por causa disso, acabei servindo café demais em minha xícara.

— Droga...

Com minha irmã e Kin não estando mais aqui, fico com o pensamento longe e fazendo bagunças. É como se, para os meus problemas, eu não tivesse uma solução. E só o que aliviava a afiliação era o piano. Era sempre aquele instrumento grande que me levava para àquelas notas... afinal, qual o significado dela? Mas dessa vez eu tinha algo em mente além das asneiras que se passavam dentro de mim.

Mostraria a melodia para ele.

 

(VIKTOR)

Despertei já sentindo o quarto girando. Devo ter apagado depois dos analgésicos que tomei. Tentei sentar na cama, mas a dor em meu braço direito trouxe tudo o que me aconteceu ontem. Mas por outro lado, me fez lembrar que eu desejei tanto que a quinta-feira chegasse.

— Está acordado. - sorriu minha mãe ao adentrar o quarto. Fechou a porta e sentou-se na beira da cama.

Olhando para seu rosto agora, lembrei de que Sebastian havia posto um papel em cima de minha cama. Quando voltei ontem, depois da visita de Chris, não havia nada sobre os lençóis brancos.

— Você por acaso encontrou algum papel... sobre a minha cama? Como uma carta? - minha pergunta a fez dar um pequeno riso trêmulo antes de se justificar.

— Não. Por quê? Você não a guardou? 

— Eu não sei. Eu fui dopado. - com toda a raiva que sentia de Sebastian, nem mesmo conseguia me controlar. — Me desculpe, mãe.

Ela me deu seu mais terno e meigo sorriso.

O que eu me tornei? Tudo o que está acontecendo me faz pensar demais a ponto de me sentir vazio, mas isso não é nada do que eu não possa dar um jeito. Mas são tantas coisas... tantos problemas... e agora Sebastian resolve aparecer. Ah, como eu queria estar na superfície de gelo patinando e fazendo meu corpo depositar cada dor que eu adquiro. E agora só o que eu posso fazer é segurar tudo dentro de meu peito.

— Viktor. - chamou minha atenção. — Eu confio em você. E sei o homem forte que há dentro de si, você também sabe, filho. - beijou minha testa e levantou-se. — Ah! Eu quase ia esquecendo... - retirou um embrulho pequeno e lilás de seu casaco. — Uma amiga sua pediu para lhe entregar esta manhã.

“Uma amiga sua”? Sofia?

Peguei o embrulho de sua mão e ela despediu-se de mim. Disse que tinha que resolver algumas coisas com o Dr. Hans. Saiu deixando-me com aquele pequeno embrulho e muitas questões. Resolvi abrir e, no meio de tantos papeizinhos rosa rasgados, estava uma pulseira.

Sofia...

Retirei do embrulho e observei de perto. Feita dos cubinhos coloridos que os médicos dão para as crianças com câncer. Servem para celebrar cada avanço de melhoras, encorajador, eu diria. É linda, e no meio de tantos cubinhos há um coração azul claro... e... a letra Y.

Aquela menina só faz com que meus sentimentos por Yuuri cresçam mais. Eu não consegui reagir a este pequeno ato dela. Sinto que explodirei se não vê-lo... se não vê-lo hoje.

*

Deixei que as horas passassem enquanto observava a pulseira em meu braço esquerdo e escutava Yume contar mais uma de suas histórias. Às vezes me fazia perguntas e analisava-me como de costume. Eu estava feliz, pela primeira vez depois de tanto tempo, eu estava feliz. E não sentia medo de sorrir.

— Como está o machucado em seu braço? - com toda a euforia saltitando dentro de mim, acabei esquecendo que estava machucado.

— Ainda dói, mas aos poucos melhorando. - sorri. — Nada que alguns analgésicos não resolvam. - ela cerrou os olhos dando um sorriso fechado.

— A pulseira em seu braço é a razão por estar contente?

Olhei para ela ainda com o sorriso no rosto. Sabíamos que teríamos que falar sobre a pulseira.

— É um presente de uma amiga.

Encarou-me por breves minutos.

— Quero ver mais esse sorriso, Nikiforov.

Eu também, Yume. Gosto da sensação que ele me proporciona e como faz o meu corpo vibrar como se eu não tivesse doença alguma.

O relógio marcava 11:50am, peguei o elevador para o décimo terceiro andar e para lá subi sentindo meu coração bater mais forte. Tocava na pulseira e agradecia Sofia mentalmente, por sua audácia sem limites. E quem sou eu para julgá-la? Eu quero tantas coisas... sentir algo que sempre observei de longe. Eu fico me perguntando “ele sente o mesmo?” E aí meu coração bate mais forte... eu acho que quero beija-lo, Yuuri.

— Obrigada por mais uma aula, professor!

— São todos sempre bem-vindos.

Aquela voz. Tão inocente é o dono por não ter noção do efeito que ela me causa tal como suas notas musicais. É quase tão encantador quanto patinar.

Assim que as crianças, junto de uma doutora que estranhamente não era a Dra. Nishigori, entraram para o elevador ao lado do meu. Notei que no meio delas, Sofia não encontrava-se. Talvez tivesse uma consulta no mesmo horário e presenteou-me através de minha mãe.

E lá estava ele encarando-me em frente à porta da sala de música. Sua sombra era moldada pela luz amarela que vinha da sala. Mesmo distante, conseguia ver seu sorriso. Devido ao meu machucado, tive de voltar andar com o soro, então as rodinhas eram as únicas a fazerem barulho naquele corredor branco. Era muito difícil ter controle de meus pulmões, Yuuri está sorrindo pra mim, o sorriso que desejava ver desde ontem. A voz que precisava ouvir.

— Meu Deus! Você está bem? Seu braço... - disse com as mãos tremulas em minha direção. Talvez estivesse indeciso sobre me tocar ou não. Mas ao olhar em seu pulso esquerdo, ele possuía a mesma pulseira que eu.

A cada segundo que se passava ali, ele ficava mais encantador tentando esconder a preocupação juntamente das bochechas rosadas. E logo eu percebi que eu estava quente também.

— Não é grande coisa, eu estou bem. - menti como todo mundo faz. Seus olhos focaram nos meus.

— E-eu... achei que não viria... pensei que assistiria a aula.

Normalmente, minhas consultas com Yume são depois das aulas de música. Mas ela disse que teria que buscar seu filho no aeroporto. Antes ou depois da aula de Yuuri, eu viria sem mais nem menos.

— É... Atrasado ou não, eu viria. - Yuuri abaixou a cabeça e sorriu.

— Deixe-me lhe ajudar. - pegou em meu braço esquerdo fazendo uma breve pausa. Eu sabia que era por causa da pulseira de Sofia. A menina ousou em lhe fazer uma também. “Você vai ver quando eu te encontrar, menina!”

Entramos para a sala e Yuuri me ajudou sentar no piano como da última vez. Depositou o soro ao meu lado esquerdo e dirigiu-se para uma salinha ao lado. E eu não consegui explicar o quão feliz estava, parecia que nunca havia sentido aquilo, embora sentisse o mesmo todas as vezes em que patinava. Por estranho que pareça, Yuuri era como meu ringue e eu, seu patinador.

Saiu da pequena sala e me encarou da porta.

— B-bem, antes de começar, gostaria de lhe mostrar uma coisa. - aproximou-se devagar, sentou-se ao meu lado e tocou de leve as últimas teclas, mas não as pressionou. — Eu venho tendo sonhos com essa melodia. Não sei como tudo começou, nem o porquê. Eu acordo praticamente todos os dias com ela me martelando e tenho que despejar tudo no piano. Só assim eu consigo ter um dia calmo. Então, Viktor... bem, eu nunca mostrei ela a ninguém, queria que fosse o primeiro...

Meu corpo entrou em dormência total. Meus lábios estavam abertos, mas não emitiam som. Eu estava completamente... droga... eu sentia amor e sentia que devia fazer algo a respeito, senão enlouqueceria.

Eu o vi suspirar e então fechar os olhos. Ficou assim por mais ou menos um minuto para abri-los e tocar delicadamente as teclas. O som que saia ao pressiona-las era delicado e suave, acariciava meus sentidos. Fechei meus olhos e me permiti sorrir, Yuuri também mantinha os olhos fechados, a melodia conversava conosco.

Tão bela, cada som das teclas explodia dentro de mim. Eu não sei seu nome, eu queria pedir para que Yuuri nunca parasse, a música deixava-me leve e com uma enorme vontade de patinar. E eu precisava realizar esse desejo nem que fosse tarde. Mas ao abrir os olhos, Yuuri olhava-me sorrindo de canto. Foi quando me encontrei, por trás daquelas lentes estava o homem que fazia meu coração deixar meu peito dolorido de tanto acelerar. Nós estávamos ligados aquela música, eu sentia isso, era um fio invisível que enroscava-nos rapidamente. Suas mãos foram suavizando o final da melodia, Yuuri tinha o rosto corado e minhas mãos suavam ao segundo que me aproximava dele. O piano agora sem som, parecia continuar com as notas, e eu... estava queimando com meus lábios a pouquíssimos centímetros dos de Yuuri. Retirei seu óculos e o descansei no piano. Senti sua mão acariciar a minha apoiada no banco, mais um pouco... mais um pouco e eu alçando seus lábios. O vi fechar os olhos e inclinei minha cabeça para o lado direito permitindo meu lábio superior encostar no de Yuuri. Ele suspirou, abri minimamente meus olhos e achei que morreria. Como é lindo, como é lindo! Eu preciso! Preciso fazer isso! Roçamos nossos lábios e abrimos para um beijo...

Há um celular tocando.

Afastamo-nos rapidamente, Yuuri pegou o celular do bolso de sua calça escura trêmulo. Achei que meu coração sairia pela boca, só desse susto com certeza meus glóbulos negativos aumentaram...

— A-a-alô? - olhou-me rapidamente pelo canto dos olhos e cerrou os punhos no colo. — S-sim, estou. Claro, eu já estou saindo... até mais. - desligou.

Se Yuuri ficou assim, como eu fiquei? Foi eu quem começou tudo! E o pior... o-ou melhor... eu gostei... não! Eu amei!

— Yuuri, perdão. Eu... - respirei fundo. — Sua música é linda. Eu não acho que essa seja uma simples melodia, acho que é uma melodia feita por seu coração. - disse tentando não transparecer minha felicidade e constrangimento ao pianista que estava completamente vermelho a minha frente. — Eu acho que... deveria ouvir mais seu coração. Esta música é dele. - sorri olhando para o instrumento. — Preciso ir. - tentei não olhos nos olhos dele.

Levantei-me apoiando-me no soro e o senti me seguir com os olhos. Quando estava prestes a tocar na maçaneta, ouvi os passos apressados em minha direção.

 — Viktor. - segurou meu pulso junto com a pulseira. — S-será que... podemos nos ver de novo? - virei-me para ele. Queria continuar de onde paramos.

— É uma promessa. - sorri e só depois de pôr o pé para fora da sala notei que eu segurava em sua mão.

Segui para o elevador aspirando sua fragrância em meus dedos.

O que aconteceria se... eu tentasse lhe beijar outra vez, meu Yuuri? 


Notas Finais


E então...?

FOI QUASE, NÉ?! EU SEI! Eu não sabia se ria ou chorava quando escrevia KKKKKKKKKKKKK tava super mega nervosa!

O que acharam? Contem-me nos comentários para enlouquecermos juntos e celebrar um "quase" selo *O*

Espero vocês no próximo, Yuras s2


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