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História Notas Para O Coração (Em correção) - Questões da Primavera


Escrita por: Hurted

Notas do Autor


Olá :D

Escrevi o capitúlo ontem, mas estou postando hoje por ainda não saber se terei tempo de criar algo esta semana. Então já estou antecipando o cap.

Estou amando receber comentários de vocês s2 são todos incríveis que me motivam a escrever mais e mais! Jamais deixarei a fic, se eu demoro é por falta de tempo mesmo :s

Eu espero que gostem e e relevem qualquer erro ;)

Capítulo 5 - Questões da Primavera


(Viktor)

Leveza. Sentia-me leve diante daquele céu recheado de nuvens rosadas por conta do amanhecer. Era 05:55am da manhã e ali começava o primeiro dia da primavera.

Estava deitado sobre a laje do terraço com meus fones de ouvido observando aquele céu aplausível. A música absorvendo todos os meus pensamentos juntamente da guitarra e o piano. O piano. O garoto asiático. O céu pintado de rosa, laranja e um azul engraçado. Não dava a mínima que foi neste terraço que quis acabar com a minha vida ontem. Ele sempre me passou confiança e é nele que eu quero ficar agora observando esse espetáculo de amanhecer.

Quem dera se eu pudesse me sentir assim pelo resto de minha vida. Infelizmente eu tinha mais um exame hoje. Por enquanto não há ser que me tire dessa laje.

O vento soprava e trazia uma brisa levemente fria. Eu não ligava, aquilo estava levando-me para outra realidade. A guitarra, o piano e a voz do cantor. Tudo isso fazia-me estar fora de orbita. De olhos fechados uma silhueta nascia em minha mente. Uma pessoa estava sentada em frente a um piano preto. Ambos estavam em uma sala com paredes e cortinas brancas. Seria o céu? E aquele homem um anjo? De repente ele cantava a música que escutava em meus fones. Era perfeita. Seus olhos fechados no embalo daquela música tocada por ele. Espere... eu o conheço... é o pianista... 

Abri os olhos e Dr. Hans olhava-me em pé ao lado de meu corpo ainda deitado. Retirei os fones. 

— Eu adoro esse lugar. Ainda mais ao amanhecer. — disse olhando para o leste onde o sol encontrava-se um pouco mais alto.

— É o melhor lugar para refletir. — disse eu levantando-me. Notei que atrás do doutor estava o meu soro, que eu não havia trazido quando vim para o terraço. 

— Acho que esqueceu de algo no seu quarto. — deslizou o suporte até mim. 

— Obrigado. — peguei. Dr. Hans é um velho legal. Ele é o médico responsável pela minha doença. 

Caminhamos de volta para o elevador em silêncio. Assim que chegamos ao meu corredor, Dr. Hans notificou-me: 

— Não se esqueça da quimio às 02:00pm. — disse acenando com sua mão enrugada. Assenti e entrei em meu quarto.

-

 (Yuko Noshigori)

— Farei um intervalo para tomar café e logo voltarei. — disse para uma colega na recepção. 

— Claro. Preciso comer algo também. Até mais tarde! — acenou. 

Finalmente quinta-feira. Passei os últimos dias esperando ouvir Yuuri tocar. Tenho pensado nele ultimamente, Yuuri continua sendo o mesmo garoto doce e gentil desde a infância. Mas estava confusa, sou casada com Takeshi e tenho sentimentos fortes por Yuuri. Droga, sempre que o vejo meu coração sai dos trilhos. 

Sentei em uma cafeteria que havia dentro do hospital e pedi um cappuccino. Precisava me acalmar, está cedo e Yuuri chega às 09:00am. 

— Obrigada. — agradeci a garçonete. 

Início de primavera. Isso lembra-me o dia em que Yuuri e eu saímos para patinar. Tínhamos 18 anos. Fomos para o Ice Castle imitar as coreografias de Viktor, que por mais estranho que seja, é meu paciente hoje. Yuuri é realmente bom naquilo que gosta, mesmo sendo um excelente musico agora. Sempre amou patinar, mas nunca me disse de onde saiu essa inspiração. Aquela foi a vez em que quase nos beijamos. 

Meu celular vibrou em notificação. 

Mensagem de Takeshi: "Bom dia amor e feliz três anos de casados! À noite, quando chegar em casa, terá uma surpresa."

Esqueci completamente de nossa data. O pior disso é que não senti nenhuma emoção ao ler sua mensagem. Estou confusa. Quero tanto ver Yuuri, mas não consigo sorrir diante dessa mensagem de meu marido. 

(Viktor)

— Você achou que escaparia de mim? Hum, Sr. Nikiforov? — disse Yume, minha psicóloga. Suspirei após sentir seu sorriso assustador sobre mim

— Não, eu não fugi de você, muito pelo contrário. Estava louco para conversar. — menti deitado no estofado de seus pacientes.

Yume riu. Como era elétrica, esse era um dos motivos pelo qual eu fugia dela. Mas estava encrencado, eu não a visitava fazia um mês. 

— O que andou fazendo longe de mim? — perguntou em um tom calmo. 

— Nada de diferente, só mais exames e caminhadas com o soro pelos corredores. 

Yume fez uma série de perguntas do atual e respondi fazendo com que ela não entrasse em minha mente para depois receitar remédios que faziam-me cair no sono pelos corredores. 

— Está atraído por alguma moça? — inclinou-se para frente analisando minha expressão contraída de negação.

— Não, há muito tempo isso não acontece.

— Mesmo? Você não sente atração pela Dra. Yuko? Não é ela que lhe acompanha na terapia? — O QUÊ? Já estava desacostumado com suas perguntas pessoais.

— Claro que não! A Dra. Nishigori é casada, nunca teria um caso com alguém comprometido.

Ela fez silêncio enquanto eu mantinha meus olhos fixos no teto de seu consultório. Yume não ficava quieta por menos de um minuto, ela descobriu algo? 

— E por um homem? Sente-se atraído? — tirei meus olhos do teto voltando para o seu rosto sério diante da expressão assustada do meu.

Bingo, ela entrou em minha mente. A primeira coisa em que pensei foi o pianista. Uma retrospectiva de sua aula com as crianças que eu havia assistido. Mesmo quando olhava para Yume mantinha meu pensamento no asiático. 

— Yume, por que seu nome é japonês? — precisava afasta-lo de mim. Ela sorriu quebrando a tensão.

— Minha mãe casou-se com um japonês, mas herdei sua aparência russa. Você gosta? — por que o pianista está aqui? Por que estou sentindo a sala perder o oxigênio? 

— Sim, na verdade minha mãe tem o nome da mesma origem. Acho que é por isso que gosto. — sorri lembrando dos carinhos de minha mãe. Yume sorriu e pegou em minha mão ajudando-me sentar no estofado.

— A partir de hoje não ouse mais fugir de mim. Lembre-se que toda quinta-feira você tem encontro com a sua psicóloga! — abraçou-me e me despedi dela. 

Yume é uma mulher de meia idade, sempre agitada e feliz, não houve um dia sequer que eu a tenha visto com outro humor. Já eu... eu estou cercado de sentimentos um tanto quanto novos. Diria assim. Eu sinto algo crescer dentro de mim como fome, criando algum tipo de raiz e apoderando-se de meu interior.

Eu queria vê-lo.

Entrei no elevador e apertei no botão para o décimo terceiro andar. De tão nervoso que eu estava o elevador parecia não sair do lugar. As portas abriram-se e dei de cara com o relógio apontando 12:06pm. Eu não sabia os dias das aulas, mas mesmo que ele e sua música não estivessem lá eu queria observar a sala por trás do vidro da porta, lembrar de sua melodia.

Até eu ouvir uma voz.

Não estava alta, era calma e conseguia ouvir um violão acompanhando. Caminhei pé por pé até a sala e o vi. Estava sentado em um banco de madeira. Ele olhava para o lado direito. Eu não conseguia enxergar por completo pois não queria ficar nervoso como da ultima vez. Ele cantava para alguém.

— "Sou egoísta, eu sei

Mas não quero te ver com ele mais

Sou egoísta, eu sei

Eu te disse, mas sei que você nunca escuta." 

Inclinei um pouco para frente e vi a Dra. Nishigori, rapidamente voltei meu corpo com tudo. Fechei os olhos e cerrei o punho.

"O que foi isso? O que é isso que estou sentindo? A sua voz... as risadas dela... quero sair daqui." 

Corri para o elevador, mas o mesmo demorou para subir e fiquei torturado tendo que ouvi-lo, ouvi-lo cantar para ela.

Eu estou enlouquecendo. Nunca falamos antes e estou com... não, isso não! O elevador chegou e eu praticamente pulei para dentro dele. Apertei qualquer botão e encostei minha testa na parede do elevador. Estava exausto, literalmente exausto. Meu pulmão não queria mais oxigênio, o coração recusava a bater, minhas pernas impedia-me de andar. Aquela vontade estranha de vê-lo sumiu no momento em que vi Yuko ao seu lado. Agora eu estou mais confuso ainda. É a primeira vez que quero conversar com a Dra. Yume, mas... 

— DROGA! DROGA! DROGAAA! — as portas do elevador abriram-se e uma garotinha com um lenço azul na cabeça encarava-me. — Acho que errei o andar. 

— Acho que sim. — sorriu e entrou. — Está tudo bem? — talvez ela me entenderia. Sentei no chão e fiz sinal para ela acompanhar-me. 

— Se um garoto tem sentimentos por uma pessoa e essa pessoa não sabe, o que o garoto deveria fazer? — ela pôs a mão em seu queixo num ato pensativo. 

— O garoto nunca revelou, certo? Ele precisa contar, mesmo que seja rejeitado. Se ele não tentar nunca saberá se a pessoa que ele ama o ama também. 

Eu estava a um passo de arriscar. Claro, eu não "amo" e muito menos tenho "sentimentos" pelo pianista. Eu só... eu só precisava ouvi-lo tocar... tocar para mim. 

— Muito obrigado. Qual seu nome? — perguntei levantando-a junto comigo. 

— Sou Sofia, você é Viktor não é? 

— Sim, sou eu. Obrigada mais uma vez Sofia. — ela sorriu e desceu no quarto andar. 

Sofia não é uma psicóloga, uma terapeuta e nem uma médica de alto escalão. Sofia é o  tipo de pessoa no qual poucos veem sua verdadeira luz. Ela tem câncer e é isso que a maioria das pessoas enxergam, porém eu vi o faiscar de seu interior. Ela deu-me a coragem que nenhum profissional daria. Depois de acertar o andar cheguei em meu quarto e fui para o banheiro. Olhei-me no espelho e respirei fundo. Sabia os dias das aulas e o horário. Fechei os olhos e a imagem do pianista e sua voz ecoavam dentro de mim e aquela vontade de ouvi-lo tocar só pra mim aumentava. Abri e encarei meu rosto no espelho. Eu estava completamente rubro e meus olhos brilhavam. 

Apenas penso em você e é esse o resultado que tenho. 


Notas Finais


Pois então, eu quero que me digam: qual foi a reação de vocês sobre a revelação de Yuko? Eu morri de raiva. Posso dizer que tretas rolarão...

Então comentem sobre o que acharam, eu responderei antenciosamente s2

Beijinhos,
Hurt//RealPlisetsky.


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