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História Notas Para O Coração (Em correção) - Sobre O Amor


Escrita por: Hurted

Notas do Autor


Gente, desculpem-me pela demora, semana passada eu estive ocupada e só consegui finalizar o cap. ontem, para finalmente postar hoje s2

Quero agradecer pelos comentários e forças que vocês me dão, são todos maravilhosos e é sempre difícil expressar-me quando é sobre os leitores. São os melhores s2

Espero que gostem do cap. e se houver qualquer erro, perdoem-me ;*

Capítulo 7 - Sobre O Amor


(Sofia Ivanov)

— Hoje discutiremos sobre o Amor, o sentimento mais conhecido por nós. O que sabem sobre ele?

O que eu sei sobre o Amor? Eu imediatamente pensei em Greg, o menino por quem estou apaixonada há quatro semanas e meia. Estávamos em uma roda de "positivismo", como chamam aqui, e Greg estava a minha frente. O olhar concentrado no centro daquele circulo de pessoas, os lábios sendo judiados pelos dentes superiores e as mãos entrelaçadas. Sentia meu rosto queimar.

— Sofia, o que é o Amor? — perguntou o médico.

Olhei devagar para Greg e o mesmo olhava-me calmo sem saber o que se passava em sua mente.

Eu queria tanto poder lê-lo, mas era impossível. Queria dizer a ele o que sentia, saber se ele sentia o mesmo por mim para que eu pudesse libertar as palavras que venho querendo dizer a ele há semanas. Mas como eu poderia falar sobre o Amor? Devo falar sobre a paixão que sinto por Greg? Eu nem ao menos sei se isso é real ou apenas um sentimento passageiro assim como minha vida.

Então algo acendeu no fundo de minha memória: "Se um garoto tem sentimentos por uma pessoa e essa pessoa não sabe, o que o garoto deveria fazer?" 

Foi quando percebi que o mesmo modo que olho para Greg, Viktor olha para Yuuri.

— Não há palavra que possa definir o Amor, não por inteiro. Sentimos sua eletricidade nos preencher como acordes de música. — lembrei da vez que Viktor assistiu Yuuri tocar. — O Amor nos leva para outra dimensão na qual não queremos sair de jeito algum, pois a sensação é calorosa e não pode ser comparada a qualquer outro sentimento. — olhei para Greg que olhava-me com os finos lábios entreabertos.

Eu queria que Greg tivesse notado o que sinto por ele. Algo dentro de mim dizia que sim, ele sentia o mesmo, mas tinha minhas dúvidas.

Depois da aula reflexiva, fui para meu quarto acompanhada de meu pai que conversava com vovó pelo telefone, ela perguntava sobre meus exames. Eu gostaria muito de ouvir sua voz gasta pelo tempo, mas papai disse que ela havia ligado apenas para saber como eu estava, pois ela também estava num hospital.

— O que quer fazer agora? Podemos fazer um lanche, são 04:30pm, o que acha? — perguntou-me assim que entramos em meu quarto.

— Eu acho uma boa ideia. — sorri.

— Tudo bem, irei pedir para uma enfermeira. — deu uma piscadela. — Já volto, querida. — deu-me um beijo na testa.

Sentei na cama e retirei o lenço azul que usava na cabeça.

Ultimamente tem feito calor, apenas em estarmos na primavera e essa estação na Rússia é estável comparada a outros países. Eu gosto, a primavera é a minha estação favorita. Eu não daria nada em troca pela primavera de São Petersburgo.

Peguei o controle da televisão que estava a minha frente e a liguei. Passei por diversos canais e nada de interessante, até acidentalmente parar em um que uma jornalista falava sobre o estado de saúde de Viktor Nikiforov. Ela disse que sua situação havia melhorado em comparação as primeiras semanas em que Viktor internou. Pergunto-me: como sabem dessas coisas todas? O hospital onde ele encontra-se não foi informado e nenhum jornalista esteve aqui até agora. Talvez sua mãe ou até mesmo ele conte para o mundo como anda sua saúde através da internet. 

Isso lembrou-me de uns acontecimentos recentes...

A questão sobre amar e não saber se o indivíduo sente o mesmo, os olhares que os dois trocavam entre si, e o melhor,  as bochechas coradíssimas de Viktor. Cada vez mais lembro de Greg e, juntando as peças, possuo uma teoria quase completa.

— Filha, pedi nosso lanche. — retornou papai sorridente. Ele sentou-se na cama junto a mim que olhava atentamente a jornalista falando sobre Viktor juntamente de uma foto do patinador que estava ao seu lado. — Está tudo bem, Sofie? — pôs a mão morna em meu ombro. 

— Nada está de fato bem quando há algo para ser resolvido. Acho que descoberto soa melhor. — disse sorrindo apanhando meu lenço ainda com os olhos na televisão.

— O que está tramando? Eu conheço esse sorriso... — fez cócegas em minha barriga.

— Pai, preciso sair. É rápido! Juro que voltarei antes de nosso lanche chegar! — segurei seus ombros assistindo seus olhos claros arregalados. 

— Onde você vai?! 

— É rápido, pai! — disse acenando para o mesmo que mantinha-se confuso enquanto saia do quarto.

Há questões para serem respondidas.

-

 (Viktor)

Fui despertado da fantasia de meu livro após ouvir batidas leves em minha porta. Olhei para sua direção e encontrei Sofia do outro lado do vidro sorrindo suavemente. Fiz sinal para que abrisse e então ela adentou meu quarto dando a entender que estava ansiosa.

— Oi..  — deu uma pequena risada ao aproximar-se da lateral de minha cama. — Eu posso me sentar?

— Oi. Mas é claro! — encolhi minhas pernas para lhe dar espaço. Ela sentou-se devagar como se cada movimento que fizesse eu a espantaria dali. Imagina. Apenas de termos conversado uma vez, sua companhia era bastante agradável. — Então — fechei meu livro e descansei-o na mesinha ao lado — Precisa de alguma ajuda? 

Ela ajeitou-se na cama ficando de frente para mim com os joelhos dobrados enquanto suas costas escorava-se na peseira. Suspirou e voltou seus olhos para meu rosto. 

— Como você está? — era só isso? Acredito que se Sofia veio até mim, não foi para perguntar sobre como me sinto.

— Eu estou bem comparado as outras vezes. E como você está? 

— Tirando a falta de oxigênio em meus pulmões, me sinto ótima. — sorriu com as bochechas gordinhas. Sofia com certeza sabia tudo sobre minha Leucemia, mas nunca havia perguntado de seu câncer. 

— Perdoe-me a grosseria, mas qual o tipo de seu câncer? — perguntei esperando que ela me desse um pontapé, mas como de costume, ela riu. 

— Tireoide. — franziu a testa sorrindo logo em seguida. 

— Eu... eu sinto muito. — desculpei-me arrependido de ter feito a pergunta mais injusta, pois das vezes que a vi, ela usava cânulas nas narinas.

— Oh, não sinta! Convivo com ele desde meus 9 anos. Acredite, eu estou preparada para qualquer coisa que me acontecer. — sorriu como se aquilo fosse anestesia.

Eu era um homem fraco. Sofia que era uma criança, lidava com sua doença de um jeito do qual nunca consegui, pois eu sempre andava para trás. Sentia que não tinha minimas chances e que eu morreria nos próximos minutos. Eu quero ser forte como ela, sorrir como ela.

— Mas agora eu quero falar sobre você. — passou os olhos pelos quarto e pousou em mim novamente. — É o professor Yuuri? 

Ah... Yuuri... Espera, YUURI?! 

— Hãn... hum... — mordi o lábio para saber se teríamos mesmo aquela conversa. — Quem é Yuuri? 

Gargalhou. Eu estava tão patético assim? Eu deveria estar um pimentão, sentia as maçãs de meu rosto em brasas, com certeza era disso que Sofia ria. E não, eu não podia negar a ela, eu estava sim apaixonado pelo pianista, mas minha cara de idiota não disfarçava nem um pouco.

— Viktor, eu posso ter apenas 13 anos, mas sei o que se passa em seu coração. — sorriu leve.

Sabe? Quer dizer... tudo? Então eu poderia contar tudo a ela, na verdade eu nunca senti atração por homens antes, isso para mim é tão novo e não sei se Sofia compreenderia. Acho que gênero não quer dizer nada, apenas o que sentimos é importante.

— Yuuri — ela aproximou seu tronco em minha direção. — É normal o coração bater mais rápido assim? De repente? Só de pensar em quem te faz sentir bem e toda a melodia que ouvir retornar aos seus ouvidos juntamente da imagem da pessoa? Sinto-me tão confuso que às vezes acho que é o câncer.

Disse tudo isso olhando para minhas pernas. Um calor subiu para o meu rosto e o coração só aumentava a velocidade, por pouco achei que enfartaria. Levantei os olhos para Sofia e a garota olhava para o chão de meu quarto com as bochechas coradas. Por quê? Ela sorria de lábios fechados e às vezes mordia o mesmo.

— Você confia em mim, Viktor? — seus olhos brilhavam em ideias desconhecidas por mim. 

— Confio. — segurei sua mão e beijei-a. Meu pequeno anjo da guarda. Como pode ser tão nova e saber sobre tudo? 

— Sofia, seu pai está chamando você. — uma enfermeira apenas com sua cabeça para dentro de meu quarto, fazia sinal para que Sofia fosse embora. — Boa tarde, Viktor. — sorriu.

— Boa tarde. 

Notei que tinha mais alguém com a enfermeira do outro lado e então só pude saber quando a moça saiu e um homem alto de cabelos castanhos apareceu. Ele fazia sinal com uma mão para que sua filha viesse e a outra pousava em sua cintura. 

— Esqueci de meu pai — riu engraçado. — Nos falamos outra hora, Viktor. — desceu da cama e acenou, logo saiu do quarto.

Observei seu pai abraçá-la e ela sorrir enquanto lhe contava algo que eu não pude ouvir. A cena me fez lembrar dos vagos momentos que passei com meu falecido pai. Lembro-me da primeira vez que patinei, ele auxiliava-me no gelo junto com alguns tombos. 

 (Maio de 1994)

— Vá com calma, pequeno. 

Mas não consigo, papai...

Você consegue sim, eu não sairei do seu lado nunca! Estarei com você em todas suas vitórias. — sorriu joelhado no gelo. Abraçou-me acariciando meus cabelos. 

Mesmo, papai? Você promete? 

Sempre, meu amor. — pôs as duas mãos na boca tendo um formato de megafone. —"E o ouro vai para: Viktor Nikiforov, o Príncipe do Gelo!"  Yeeeah! — juntei-me a sua risada grave e pulei em seus braços.

(Atualidade)

Havia sido a última vez que o vi, que o abracei, que senti o cheiro amadeirado de seu perfume, a última vez que toquei em seus fios do qual herdei. Uma ardência começava em meu nariz e logo após o líquido saldado corria livre pelo meu rosto. 

— Pai... — sussurrei para que apenas ele me ouvisse. 

Eu sinto tanto a sua falta quanto a do gelo. Você era conhecido como O Rei do Gelo pelo mundo inteiro, o estádio lotava quando era seu dia de patinar. Quando você faleceu, pai, o mundo ficou mudo e meu coração parou de bombear sangue junto com o seu naquele acidente. Pai, eu o sinto dentro de mim, tão vivo quanto eu e dói não poder sentir seus cabelos entre meus dedos. Eu espero que seja feliz no lugar onde está agora e sei que sempre estará torcendo por mim. 

E pai... Encontrei alguém que me faz lembrar de você.


Notas Finais


Eu amo falar sobre Dimitri s2 futuramente contarei do que o papai Nikiforov morreu (teve tretas antes e terá tretas depois).

Contem-me! Adoro quando comentam o que acharam do cap. naquela empolgação kkkkk

Beijinhos,
Hurt//RealPlisetsky)


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