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História Nothing Last Forever. - You gotta make it your own way, but you'll be alright.


Escrita por: Rinko

Notas do Autor


Como sempre estou de volta e gente foi meio triste escrever esse capítulo. Vocês vão entender o porque, Espero que gostem e muito obrigada pelo apoio, é vocês que fazem isso daqui ir pra frente <3

Capítulo 10 - You gotta make it your own way, but you'll be alright.


Fanfic / Fanfiction Nothing Last Forever. - You gotta make it your own way, but you'll be alright.

Começava então o ano de mil novecentos e noventa e um, as bandas estavam no velho continente para continuarem a turnê, mais precisamente na capital francesa Paris, o hotel onde estavam tinha um certo luxo a mais comparado aos hotéis em que se hospedavam nos Estados Unidos.

Toda a decoração do local baseava-se nas cores branca e dourada, os quartos eram enormes com camas que faziam jus ao nome King, mas o ruivo vocalista do Guns N’ Roses não estava a fim de gastar suas horas mais uma vez em um quarto de hotel, ele estava cansado da monotonia e ficar parado olhando para as paredes só fazia com que ele pensasse cada vez mais em Erin e Slash.

Depois de colocar suas malas de qualquer jeito sobre os lençóis brancos, Axl se dirigiu ao andar a cima para se encontrar com Sebastian e convidá-lo para que juntos conhecessem a cidade e seus belos pontos turísticos. O loiro recusou de início, alegando que estava cansado da viagem e realmente sua aparência não era a das melhores, mas o amigo insistiu e o convenceu dizendo que se tomasse um pouco de ar ele se sentiria melhor.

Ambos vestiam longos sobretudos, pois o clima era frio e saíram em direção à rua, ele não queria carro ou seguranças, queria apenas aproveitar um passeio com um amigo. Os dois saíram pela parte de trás do hotel a fim de confundir vários fãs que esperavam na porta da frente por qualquer chance de ver alguém do Guns N’ Roses ou do Skid Row, mas não funcionou totalmente já que dois garotos e uma garota estavam do lado de fora e os vocalistas não puderam evitar em atendê-los.

Depois de cumprirem suas obrigações como figuras públicas, Axl ascendeu seu Malboro e ambos caminharam pelas ruas largas do centro de Paris. Como bons turistas eles visitaram os lugares mais clichês, foram ao museu do Louvre, ao Arco do Triunfo e em seguida pegaram um táxi até a Torre Eiffel.

Sebastian pediu ao motorista que parasse a uma quadra antes do monumento já que estava com sede, eles então saíram do carro e foram a uma pequena conveniência. Enquanto procurava por um refrigerante o loiro avistou um jornal que estava sobre o balcão do caixa, ele não conseguia entender o que estava escrito, mas havia nele duas fotos, uma do Guns N’ Roses e outra do Skid Row, de lados opostos e a palavra versus no meio.

– Man, olha essa merda.

O alto cutucou o ruivo com o cotovelo para chamar a atenção dele e em seguida apontou para o objeto. Axl pegou o amontoado de papel e mostrou para o senhor que estava sentado atrás do balcão.

– Com licença, senhor. Você fala inglês?

O homem apenas franziu a testa e gritou em direção aos fundos do local.

– Marrie!

Uma jovem apareceu e veio de encontro a eles, o senhor falou em sua língua nativa algo para a moça e saiu enquanto ela os olhava e abria um sorriso.

– Meu pai não fala inglês, por isso pediu pra que eu atendesse os senhores. O que desejam?

– Um refrigerante e, por favor, traduz pra gente o que tá escrito nessa notícia.

O alto disse enquanto tomava o jornal das mãos do ruivo e entregava para a moça.

– Aqui diz “A disputa por popularidade, Skid Row versus Guns N’ Roses”.

– Mas que porra é essa. Disputa?

O alto falou indignado.

Depois de ler o jornal a jovem os olhou com curiosidade, aquele olhar era comum na vida dos dois, pois era aquele tipo de olhar de quando se reconhece uma pessoa.

– Ei, são vocês!

Os dois se olharam e riram.

– Sim somos nós.

– Vocês fazem músicas muito boas por sinal.

– Obrigado, moça. Pelo elogio e pela ajuda.

Sebastian deixou o dinheiro sobre o balcão depois de agradecer a jovem e então os dois seguiram até a torre Eiffel. Para o alto a diversão tinha acabado graças ao que vira no jornal, Axl tentava animar o amigo fazendo algum comentário sarcástico, mas de nada adiantou, Sebastian simplesmente não estava no clima para diversão então os dois voltaram para o hotel.

Os vocalistas passaram por alguns de seus companheiros de banda que os cumprimentaram, Axl até respondeu aos amigos, mas Sebastian apenas continuou andando a passos duros até seu quarto. O ruivo o seguiu e quase foi atingido pela porta que Sebastian havia empurrado com significativa força.

– Ei, calma!

Axl impediu que a porta batesse com a palma de sua mão e adentrou o quarto logo em seguida.

– Você tá puto por causa do negócio do jornal ainda? Pode parar, o título de dramático e destruidor de objetos é meu e ninguém vai mudar isso.

O loiro sorriu de canto mais ainda continuava estressado.

– Cala a boca! Eu tô sim é que... Cara... Agora quem tá passando por um monte de merda sou eu.

– E parece que você não é bom em seguir seus próprios conselhos.

– Faça o que eu falo...

O alto deu de ombros enquanto sentava-se sobre a cama, o ruivo o acompanhou e ambos sentaram-se encostados na cabeceira.

– Além de todas as merdas visíveis que estão acontecendo, o que mais tá deixando você desse jeito?

– A mídia é uma merda, cara. Esse sensacionalismo escroto me deixa puto.

– Ah, mas sempre foi assim, de uma forma ou de outra a mídia acaba ajudando a gente.

– Eu sei, mas continuo odiando isso... E também o lance do Steven. É horrível ver ele definhando.

– Eu sei... Acredita que ele tá processando a banda por ser viciado?

O loiro respirou fundo e baixou a cabeça.

– Por que ele não acredita que pode ser amado? Nunca achei que ele chegaria tão longe. Me lembro de quando vi ele e o Duff pela primeira vez...

– Sério? Onde foi?

– No Rainbown, eu já tinha tocado várias vezes lá, mas nunca vou me esquecer daquele dia, não é todo dia que caras como eles aparecem por lá.

– Nossa! Isso deve fazer muito tempo, eu não conhecia nenhum dos dois nessa época.

Sebastian sorriu pelo canto dos lábios.

– É, faz um tempo mesmo. E... Axl.

O ruivo tinha a mão sobre sua coxa e a mesma foi envolvida pela a mão do loiro, que implorava ao outro com o olhar, um olhar de quase submissão, mesmo que ainda não tivesse dito nada.

– Eu preciso te contar algo.

O vocalista do Guns N’ Roses tinha em seu rosto uma expressão de preocupação.

– O que foi, Bas? Você pode me contar qualquer coisa, eu te disse meus maiores segredos.

– Eu sei Will. É por isso que me sinto confiante pra te contar meus segredos também.

O alto fechou os olhos e respirou fundo.

– O Guns não é a única banda a ter dois homens se relacionando. Eu... Eu também... Eu e Rachel, nós...

O ruivo arregalou os olhos e não sabia muito bem como reagir.

– Uau... Eu não diria, realmente. Mas, isso é bom, não é? Não me sinto sozinho agora.

Ele levou a mão livre ao rosto do amigo e o virou para si, a fim de manter um contato visual. Em seguida, sorriu, na tentativa de acalmá-lo.

– Nunca esteve, quando você me falou do Slash eu senti a mesma coisa. Eu fico feliz por compartilharmos segredos tão importantes.

Sebastian sorriu de volta ao amigo e tinha a voz calma.

Os dois ainda mantinham o contato visual e a proximidade de suas faces fazia com que a respiração de ambos se chocasse. O beijo foi inevitável. Axl deslizou sua mão para a nuca do mais alto, que por sua vez fechou os olhos e se deixou levar.

O vocalista do Skid Row colocou a cintura do ruivo entre suas mãos e aproximou seus corpos até que os dois deslizassem suas costas pela madeira do móvel e parassem somente quando o dorso do menor estivesse completamente recostado sobre o colchão.

O beijo se seguiu por mais alguns instantes até que Sebastian quebrou o contato dos lábios e ficou olhando fixamente para o menor abaixo de si.

– O que foi? Por que parou?

Axl perguntou enquanto tinha a respiração falha e segurava o rosto do maior entre suas mãos.

– Você sabe, não vai melhorar as coisas se fizermos isso.

O loiro jogou as costas contra o lençol ao lado do amigo, um de seus braços caía para fora do colchão e o outro serviu para apoiar a cabeça do ruivo que se virou para o alto enquanto suspirava.

– Eu sei. Não é mesmo uma boa ideia.

Os dois voltaram a trocar olhares, mas dessa vez tinham um olhar de culpa.

– Acho que se nós não fossemos tão teimosos, as coisas não teriam chegado a tal ponto.

–Será que é tarde demais pra tentar arrumar as coisas?

– A gente nunca vai saber se não tentar.

O menor apoiou-se nos próprios cotovelos e voltou a se sentar, Sebastian continuou deitado, mas não desviou a atenção do outro por nenhum segundo.

Enquanto Axl e Sebastian estavam no quarto, Duff e Slash estavam no corredor do andar de baixo. Os dois conversavam despreocupados sentados em um banco com estrutura dourada e estofado de veludo quando Duff desviou o olhar, que antes prestava atenção no moreno de cabelos cacheados, para fixá-lo em outro moreno.

Izzy saiu de seu quarto com um braço sobre os ombros de uma garota de cabelos loiros enquanto sorria, o moreno de pele alva notou que estava sendo observado pelo alto e então aproveitou a oportunidade para beijar vigorosamente a moça. O mais baixo não se virou para ver a reação do outro, apenas continuou andando com a mulher em direção ao elevador.

Naquele instante, o baixista já não prestava mais atenção no que Slash dizia, fazendo com que o cacheado estalasse os dedos seguidas vezes em frente ao rosto do loiro.

– Ei! Presta atenção em mim quando eu falo.

– Ãh? Ah, foi mal. Do que você tava falando?

– Esquece, não importa. Quer puxar uma carreira? Consegui um pó bom pra caralho.

– Quero! Onde você conseguiu?

Assim, os dois foram até o quarto de Slash. Com um canivete eles separaram duas carreiras de cocaína e fizeram uso da droga, repetiram o ato algumas vezes até que conseguiram atingir o estado que tanto gostavam. Inebriados.

Ambos estavam inquietos, a excitação era inevitável. A tensão entre os dois havia sido criada há muito tempo. Viram naquela ocasião a oportunidade para enfim matarem seus desejos e assim o fizeram, sem que nenhuma palavra fosse pronunciada os lábios deles se tocaram.

O beijo era diferente da primeira vez, talvez porque antes estavam em uma rua, um lugar onde qualquer um poderia vê-los. Agora estavam num quarto, sem pudores ou medos, nada fora daquele quarto importaria.

A não ser por uma pessoa.

Enquanto sentiam o gosto um do outro e seus cabelos se confundiam em um excitante contraste, Duff fechou os olhos e uma lembrança veio à sua mente. Ele nem de longe saberia o motivo, mas quando desfez a visão do mundo material, seus pensamentos o levaram até o dia em que estava em Laffayete.

Ele rapidamente abriu os olhos e separou o beijo, olhou ofegante para o moreno antes de balançar a cabeça na tentativa de afastar tais pensamentos. Slash não havia entendido, mas não questionou já que teve seus lábios tomados novamente.

Mais uma vez.

Os lábios do loiro tocavam a pele de Slash, os cabelos de Slash, era Slash em frente a ele, mas ele não conseguia evitar em pensar no cara com os cabelos lisos. As imagens de quando estavam no carro em frente ao rio, toda a mistura de sentimentos, quando ficaram em silêncio abraçados apenas ouvindo a respiração um do outro.

Tudo aquilo passava em rápidos flashes, ele apertou os olhos na tentativa falha de retomar o controle sobre si, mas nada adiantou. Ele simplesmente se afastou do guitarrista e se sentou na cama.

Slash o olhou com curiosidade, não estava entendendo nem um pouco do que estava acontecendo, mas novamente não teve a chance de perguntar. Duff se dirigiu ao banheiro, seu rosto estava pálido e, antes que Slash começasse a andar para segui-lo, ouviu-se alguém batendo à porta do quarto.

O moreno de cabelos cacheados abriu a porta e não conseguia acreditar no que estava vendo, Axl estava na porta de seu quarto. Não estava gritando ou impondo nada, ao contrário, transmitia uma calma e, se não conhecesse o ruivo, diria que estava ali para tentar um “acordo de paz” já que estavam vivendo um conflito, a única diferença é que não empunharam armas.

– Axl?

– Não, a fada madrinha.

– Ah, seu típico senso de humor!

– Pois é, ando bem o suficiente pra fazer algumas piadas.

– Isso é bom, muito bom. Mas qual o motivo da sua ilustre presença aqui?

Duff estava escutando tudo de dentro do banheiro e sabia que se Axl ao menos cogitasse a possibilidade de que Slash estava com outra pessoa dentro do quarto uma grande confusão se iniciaria. Ele então apoiou as mãos no balcão da pia e continuou a escutar a conversa.

– Falando sério agora, nós precisamos conversar e você sabe o motivo.

O moreno respirou fundo e concordou com a cabeça.

– É, precisamos. Achei que esse dia não iria chegar, inclusive.

Ambos sorriram.

– Eu não posso conversar agora, preciso resolver uma coisa sobre o show de hoje. Se você for comigo, podemos conversar quando o compromisso acabar.

Slash não pensou duas vezes, pegou seu casaco que estava sobre o criado mudo e seguiu o ruivo. Assim que ouviu a porta se fechar Duff saiu do banheiro e em seguida do quarto, ele ainda conseguiu ver os dois no final do corredor.

Aquele era um dos sentimentos mais estranhos que o baixista havia sentido, estava vendo a pessoa que mais queria ter nos últimos tempos indo embora e porque ele mesmo quis assim. Duff estava se sentindo triste já que Slash não demonstrou se importar e teve a certeza de que estava sendo usado, já que foi necessária somente uma conversa com Axl para que ele o esquecesse.

O loiro virou seu rosto para a outra ponta do corredor e lá estava Izzy, seus olhos estavam marejados e aquilo foi como uma pancada na cabeça de Duff. Talvez a tristeza profunda que o invadira fosse o efeito póstumo da cocaína ou talvez aquela sensação fosse seus olhos finalmente se abrindo para o que fizera o tempo todo com Izzy, o mesmo que Slash fizera consigo.

O mais baixo fechou os olhos e andou rapidamente até a escada para que saísse do alcance da visão do alto. O baixista até chegou a reunir ar em seus pulmões para chamá-lo, mas era tarde, qualquer coisa que tentasse seria em vão.


Notas Finais


Então gente, é aquele ditado, a gente tenta fazer o delineador, fica lindo de um lado ai o outro fica cagado. Ai vc tenta arrumar e arruina tudo. O que eu quis dizer com essa comparação? Que quando um casal se ajeita o outro fica ruim. Mas fazer o que né? Ainda tem muita fanfic pela frente, obrigada por lerem, YOU ROCK!!!


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