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História Notice me! - Love


Escrita por: T0ki

Capítulo 33 - Love


Quando abrir os olhos pela manhã, me senti estranho, alguma coisa em mim havia mudado. Era indescritível o sentimento que eu sentia dentro do peito, um alivio, uma saudade, coisas que estava desacostumado a experimentar. O peso do braço dele em volta da minha cintura, o calor que emanava do seu corpo, era  maravilhoso, nunca me senti tão protegido. Virei  em sua direção, ele dormia calmo e sereno como uma criança depois de passar o dia brincando. Sua sobrancelha grossa, seus lábios meio finos, aquele cabelo preto forte que fazia sua pele ficar mais clara... Renka é tão bonito, só olhá-lo fazia meu coração doer pelo medo de que tudo isso não passe de um sonho. Caso seja, eu nunca mais quero acordar, quero morrer revivendo esse momento dia após dia. Toquei seu rosto delicadamente, queria tocá-lo mas sem acordá-lo, ele parecia bastante cansado, fiquei envergonhado do tanto de coisas que fizemos mais cedo, perto dele, eu me desconheço.  

 Existe um Maboru que só aparece quando próximo do Renka, um Maboru vulnerável, fácil de ser controlado, um tanto fraco ao meu ver, isso tudo deveria ser ruim, mas no fim, é bom ter tanta fraqueza perto dele. De alguma forma meu coração fica aliviado quando eu permito que ele me domine. Acabei  acordando ele sem querer, abrindo os olhos lentamente e, pegando a mão que eu alisava seu rosto, levou de encontro a sua boca e beijou.  

— Bom dia. — sua voz era meio rouca quando acordava. 

— Bom dia. — respondi muito tímido. 

— Como foi sua noite? — mesmo com a voz rouca ele era sexy. 

— Foi muito boa e a sua? 

— Maravilhosa, quero que seja todos os dias assim. 

— Eu também. 

— Maboru... — meu nome saiu  meio que relutante de sua boca, imaginei que ele iria falar das coisas sérias que estamos evitando. 

— Oi... — respondi com medo, mas tentando não demostrar. 

— Minhas costas doem. 

— Por quê? — perguntei preocupado. 

— Você me arranhou tanto... — disse ele com um sorriso malicioso. 

— Ah... — eu estava morto de vergonha, claro.  

Eu tenho a mania de agarrá-lo tão forte em certos momentos, que sempre arranco pedaço dele. Preciso controlar isso, puxei ele para ver o estrago que tinha feito, ele estava cheio de arranhões vermelhos, alguns tinham um pouco de sangue. Fiquei chocado, tanto que coloquei a mão na boca para controlar meu grito.  Ele deu uma gargalhada gostosa de se ouvir, e me abraçou forte. 

— Não se preocupe, já sara. Principalmente se continuar assim agarradinho comigo. 

— Mas... Está bem vermelho, a gente precisar limpar isso. 

— Eu estou acostumado, você sempre me arranca pedaço, você é muito selvagem. — disse sorrindo, eu sei que ele estava tirando uma com minha cara, mas seu sorriso era tão lindo e perfeito que eu  me derretia feito manteiga. 

Meu coração batia  forte que eu não sabia  explicar como eu ainda era capaz de está conversando vivo com ele, cada gesto dele me deixava inquieto, nervoso, alegre. É um turbilhão de sentimentos que meu corpo não está acostumado. Sem pensar em mais nada que não fosse continuar assim, abracei ele que ficou surpreso com a minha atitude de repente. Abracei forte, não queria soltá-lo, por mais que eu sentisse em minhas mãos que ele era real, meu coração temia que tudo sumisse de uma hora para outra. 

— Estou com medo. — disse para ele, bem perto do seu ouvido, ele me abraçou tão forte como eu o abraçava. 

— Eu também estou, mas eu sei que agora estamos juntos, podemos enfrentar qualquer coisa. 

— Podemos? — perguntei olhando em seus olhos. 

— Sim, podemos. — disse ele se aproximando do meu rosto e me beijando suavemente. 

Me perco em seus beijos, eles me levam para outro mundo, um lugar onde nada nos impede de seguir em frente juntos. Estava viajando com seus toques mais ousados em meu corpo enquanto me beijava quando o telefone de casa tocou. Renka tentou me impedir de atender, mas fui mais insistente, somente meus avós e Meiku tinham o número da minha casa. Me estiquei na cama para alcançar o aparelho, com ele lambendo minha cintura me provocando. 

— Alô. — falei, tentando não ri, afastando ele do meu corpo. 

— Maboru? É a sua avó, por onde anda?  

— Vó! — sinalizei para o Renka parar, porque era minha avó. Era estranho ela me ligar tão cedo, olhei no relógio e ainda eram seis da manhã— Eu estou em casa, por quê? 

— A Meiku não te ligou contando sobre seu avô? 

— Não, o que aconteceu? 

— Ele está internado, deu derrame a três dias, mandei ela contar para você, ele quer a família unida, está com uma conversa ridícula que irá morrer, você pode vim para casa? 

— Ah, sim, claro! — respondi sentando na cama, Renka me olhava preocupado. 

— Você e sua irmã brigaram? Eu pergunto sobre você para ela, e ela evita me responder. Sabe que somos uma família, temos que ficar unidos. Resolvam o problema que vocês estiverem passando, não quero que seu avô se preocupe com a relação de vocês dois, ele está muito debilitado e sensível ultimamente.  

— Sim, vó... 

— Quando você virá? 

— Tentarei amanhã bem cedo, preciso avisar ao meu coordenador da faculdade.  

— Tudo bem, vou arrumar seu quarto para quando vieres. Beijo, meu neto.  

— Beijo. — e desliguei a ligação. 

Olhei triste para o Renka, ele já estava preocupado com o que iria falar para ele. 

— Meu avô sofreu derrame a três dias, a Meiku não me ligou para dizer isso. Minha avó ligou preocupada porque eu não fui para casa visitá-los, me pediu para ir amanhã para lá. 

— Sua irmã é muito infantil, isso não tem nada a ver com sua briga com ela, é algo mais importante, ela deveria ter te avisado. 

— Esse é o problema, se ela omitiu isso de mim, é porque ela ainda está muito chateada para chegar a esse ponto. Como faço para voltar ao normal com ela, ainda mais agora que estou saindo realmente com você? Minha avó percebeu que alguma coisa estava estranha na nossa relação e me mandou fazer as pazes com ela para o vovô não perceber e ficar pior. — voltei a deitar, abraçando ele, encostando minha cabeça em seu peito nu. 

Ele começou acariciar o meu cabelo, de forma gentil e doce, me deu um beijo na testa e me apertou mais forte de encontro ao seu peito. 

— Eu irei com você, ficarei na casa dos meus pais, você pode me visitar quando quiser, te darei forças de longe para enfrentar essa situação. 

— Eu não sei como vou encará-la. Nem como começo a nossa conversa, eu conheço a Meiku, quando ela pega raiva de alguém, raramente volta atrás. 

— Se for assim, quem está perdendo é ela, não você. Maboru, você sempre foi um excelente irmão para ela todo esses anos, está na hora de viver sua vida sem ficar se importando com a Meiku.  

— Não é tão fácil assim... 

— Sim, é fácil assim, basta você se esforçar. Hey!— disse puxando meu rosto para encará-lo — Me prometa que não vai voltar atrás da sua decisão. Que ninguém vai nos separar, que não vamos terminar por conta dos sentimentos de outras pessoas. 

— Eu...Eu prometo. — por mais que eu tenha dito essas palavras, a verdade é que eu não tinha certeza se sou capaz de ir tão longe.  

Quero criar coragem para lutar pelo meu amor pelo Renka, sem destruir minha relação com minha irmã. O problema é que não sei como posso fazer isso.



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