História Nova vida - Eu prometo

 Bibi e eu ficamos jogando por um tempo até que toda minha família aparece.

I: Vai Ana!

 Infelizmente todos vieram. Eles ficaram sentados nas arquibancadas esperando os testes começarem. Uma menina do time oficial ficou passando a bola para Bibi e eu. No final todas as meninas que queriam participar do time ficaram uma do lado da outra, a capitã do time ficou dizendo quem tinha sido aceita no time oficial, time reserva, e no time só para jogar mesmo. Eu e Bibi fomos  aceitas no time oficial. Quando a capitã falou que eu iria virar uma jogadora do time oficial Alice e os outros comemoraram muito.

 Então as que foram aceitas nos times oficiais e reservas formaram um time, mas a capitã disse que eu e Bibi iríamos ficar no time dela o que fez Bibi ficar nervosa. Depois de um tempo o jogo finalmente acabou com a vitória do nosso time. Todas foram liberadas e foram tomar um banho. Quando acabei de me arrumar Bibi ainda estava se arrumando.

AJ: Posso ir para casa?

BB: Sim, até amanhã.

AJ: Tchau.

 Quando saí do banheiro vi que Rafael estava me esperando, fui até ele.

AJ: Cadê todo mundo?

R: Resolveram ir embora, mas eu fiquei te esperando.

AJ: Não precisava, eu sei o caminho de casa.

R: Já são 17 horas vamos?

AJ: Sim.

 Começamos a fazer o caminho em silêncio andando bem devagar já que não tínhamos pressa.

R: Parabéns.

AJ: Valeu.

R: Você se esforça bastante, tem que relaxar mais.

AJ: Não preciso.

R: Claro que precisa, mesmo tendo muita determinação você ainda é uma menina frágil.

AJ: Menina frágil?

R: Sim, isso mesmo.

AJ: Até parece.

R: Não adianta ser durona comigo.

AJ: Ridículo.

R: Bobona.

AJ: Não preciso que cuide de mim.

R: Precisa sim.

AJ: Para quê?

R: Quando estiver triste pode conversar comigo ou quem sabe chorar no meu ombro, quando estiver com raiva de alguma coisa ou alguém pode bater em mim já que sou forte.

AJ: Não sou esse tipo de pessoa...

R: Claro que é. Eu escutei você chorando de noite...

AJ: Você fingiu que estava dormindo?

R: Acordei preocupado. Por que estava chorando em silêncio?

AJ: Por causa da minha irmã...

R: Você poderia ter chorado no meu ombro, ou ter conversado comigo.

AJ: Sinto falta dela. Quando a levaram ela só tinha 8 aninhos... agora ela tem 10.

R: Você gostaria de ter ido com ela?

AJ: Claro que sim. Ela sempre foi assustada, medrosa. Deveria estar com medo. Se eu tivesse ido com ela pelo menos poderia acalmar ela, disser que está tudo bem...

R: Você vai ver ela de novo, eu prometo.

 Ele olhou fixamente em meus olhos por alguns segundos, como eu já estava no meu ápice, comecei a chorar. Ele me abraçou enquanto eu chorava.

R: Estava segurando esse tempo todo?

AJ: Sim.

R: Pode chorar, eu estou aqui.

 Passei um tempo chorando no ombro dele.

R: Quer tomar sorvete?

AJ: Você paga.

R: Eu já sabia.

 Nós compramos sorvete e sentamos num banco de uma praça para comer.

R: Um encontro é mais ou menos assim.

AJ: Então não estou mais te devendo.

R: Podemos sair quando você quiser.

AJ: Só se você pagar.

R: Vou pagar de todo jeito...

AJ: Obrigada.

R: Pelo que?

AJ: Por estar me dizendo para não me esforçar muito.

R: Estou aqui sempre que precisar.

AJ: Promete?

R: Prometo.

AJ: Mesmo quando quiser te bater?

R: Claro, por que eu te amo.

AJ: Eu também te amo.

R: Sempre quis ouvir isso vindo de você...

AJ: Conseguiu.

R: Me lembrei de uma coisa...

AJ: De quê?

R: Nosso quarto está pronto.

AJ: Alice é muito rápida.

R: Bom pra gente.

AJ: Para onde vamos agora?

R: Pra onde você quer ir?

AJ: Não sei... que tal o shopping?

R: O que você quer comprar lá?

AJ: Um hambúrguer.

R: Só pensa em comer.

AJ: Estou cansada.

R: Tá bom, vamos.

 Nós dois fomos para o shopping para comer fast food. Rafael disse que iria comprar uma coisa sozinho e disse para me encontrar com ela à 19 horas em frente à uma loja de brinquedos. Então eu fui ver algumas roupas enquanto ele comprava sei lá o que.