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História Nova vida. - Harry.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Oi, estão todos bem? Espero que sim, e agradeço a cada novo favorito que essa história recebe...De novo eu digo que essa família do Harry nessa fanfic é fogo, gente!! Mas o romance vai bem entre eles, tá ficando lindo. Boa leitura.

Capítulo 28 - Harry.


Fanfic / Fanfiction Nova vida. - Harry.

"Harry" 

 Benjamim brincava com algum joguinho no celular de Louis, e eu admirava seu belo rosto concentrado na estrada, como as coisas tinham mudado em tanto pouco tempo? Eu estava com ele, pelo menos nesse momento estava, me sentia feliz e completo de novo e não podia negar que a presença de Louis tinha deixado Ben mais feliz, só que eu ainda não sabia o que seria do meu futuro, afinal uma hora ou outra Louis teria que partir e eu me sentiria muito solitário sem ele, mas também não queria largar tudo e voltar para lá, não queria ser tão dependente dele de novo, não podia cometer os mesmo erros.

-Que foi amor? Porque está tão pensativo?

Abaixei minha cabeça envergonhado, eu parecia um livro aberto, precisava conversar logo e esclarecer as coisas, afinal o que eramos um para o outro nesse ponto?

Dei uma olhadinha e vi que Benjamim estava muito distraído, era uma boa hora para conversar.

-Estou pensando em nós...O que somos agora? Perguntei tentando soar natural.

-No momento acho que somos namorados, namorados que tem um filho lindo de sete aninhos...Mas eu pretendo dar meu nome a meu filho...E a você também é claro. Ele respondeu e sorriu.

-Dar seu nome a Benjamim implica em dividir as responsabilidades...Não pode simplesmente fazer isso e depois sumir, ir cuidar das suas empresas e esquecer que tem um filho. Falei nervoso.

Ele ficou sério e depois voltou a falar.

-Eu quero dar meu nome e muito mais para ele, mas como eu disse...Quero você junto, eu te amo Harry, quero me casar, quero fazer tudo certo dessa vez.

Eu engoli em seco, ele estava me pedindo em casamento no meio da estrada? Sério isso?

-Harry...Desculpe despejar isso assim, não farei nada precipitadamente, quero que pense no que eu disse, eu te amo, eu amo Benjamim, não posso mais viver longe de vocês dois.

-E-eu também não sei se posso ficar longe de você...Mas eu quero ser mais independente agora, e não posso viver sendo supervisionado por seus homens, ou por você, quero trabalhar, quero ser útil.

-Eu sei meu amor, eu sei...Nunca mais farei isso, entendo que queira ser mais ativo nessa relação. Ele falou e riu baixinho e eu não entendi isso.

-O que é engraçado nisso? Falei fazendo bico.

-Posso ser mais...Atencioso com seus desejos agora, até nesse ponto em particular.

Eu continuei não entendendo nada do que ele estava falando, mas concordei.

-Pode mesmo me deixar mais ativo? Falei de modo suave e ele riu de novo.

-Posso sim...Acho que vou gostar disso, mas falando sério meu pequeno, você é um artista, eu vi seus quadros e suas esculturas na sala, também sei que é ótimo na cozinha e percebi que é um professor muito amado pelos seus alunos, tão amado que fiquei com ciúmes, pode fazer o que quiser agora, dar aulas, ter um ateliê de pinturas...O que quiser, só trabalhe menos, eu tenho muito dinheiro meu amor, posso cuidar dos dois sem preocupações.

Eu sorri e me acomodei melhor no banco, ter meu ateliê de pintura seria incrível, eu gostava de lecionar, mas confesso que era cansativo, corrigir todas as provas, preparar material de aulas todas as noites e embora meus alunos fossem de fato aplicados sempre tinha um ou outro que me dava dores de cabeça, eu podia pensar nisso com mais calma depois...Por hora eu apenas fechei os olhos para descansar, só acordando quando senti o carro parar, imediatamente um frio me subiu pela espinha e eu abri os olhos.

-Baby, estamos na capela funerária, não daria tempo de ir para a casa antes, o enterro será em menos de uma hora, então decidi vir direto, tudo bem amor?

-C-claro...Obrigado Louis...Respondi e me virei olhando meu filho adormecido, o acordei com um carinho nos cabelos.

-Papis? Já chegamos?

-Pois é...Chegamos, quer mesmo descer amor? Sabe que teremos que enfrentar minha família, ou pelo menos sua avó e sua tia...

-Ah, tudo bem, temos o papai conosco lembra? Ele pode cuidar da gente agora.

Vi um sorriso nascer no rosto forte de Louis, agora ele tinha muito mais convicção de cuidar de nós dois, disso eu tinha certeza, desci do carro e segurei na mãozinha gordinha de Benjamim e segui Louis, havia um jardim bem cuidado e algumas pessoas de terno preto na entrada, subimos umas escadinhas e logo estávamos dentro da casa funerária, era um ambiente grande, com sofás e cadeiras confortáveis, arranjos de flores por toda parte e muitas pessoas bem vestidas, provavelmente amigos que meu pai fez depois de rico. Avistei minha mãe rapidamente, ela estava ao lado de minha irmã Gemma, quando as duas me viram se levantaram e vieram em minha direção mas antes que se aproximassem muito Louis se colocou na frente delas.

-Louis? Você achou meu filho! Quando? Onde? E porque não me avisou logo? Fizemos um trato, se eu o achasse o avisaria e você me prometeu o mesmo! Ela disse indignada.

-Eu encontrei Harry por acaso e somente a alguns dias, como soubemos do falecimento de Desmond resolvemos vir logo, sem avisar mesmo. Respondeu Louis polidamente.

-Harry...Senti tantas saudades...Oh meu deus! Porque fugiu meu querido? Por onde andou esses anos todos? Ela perguntou me olhando profundamente, havia ali uma certa verdade, mas talvez não a verdade que eu queria ver, porém ela logo fixou o olhar em meu Benjamim.

-Santo deus...Esse menino lindo é meu neto?

Benjamim se adiantou e estendeu a mãozinha formalmente se apresentando.

-Olá dona Anne, e Gemma, sou Benjamim.

Gemma não sabia o que falar, havia um misto de surpresa e talvez rancor em seus olhos...Ela olhava para mim e para Benjamim totalmente branca.

-E-eu tenho um sobrinho...Então era mesmo verdade...Meu irmãozinho estava grávido quando fugiu de todos nós. Ela disse de modo ácido, agora eu notava raiva em sua voz.

-Olá Gem...Sinto muito pelo pai, deve ser difícil ficar sem ele, ele te amava muito.

Ela me olhou meio incrédula antes de responder.

-E porque exatamente veio aqui? Não o odiava? Veio ter certeza que ele está morto? Tanto ódio e no final ele só quis o seu bem e o nosso, que direito tem de julgar nosso pai? Ele te vendeu sim, e daí? Teria feito diferença se tivesse começado um namoro com Louis como todo mundo? No final o resultado seria o mesmo, com você caindo de amores por ele e tendo esse menino aí...Só nunca entendi porque fugiu de todo conforto que tinha, de todo dinheiro e de toda a mordomia, aliás porque fugiu?

Benjamim fungou sentido mas apertou minha mão em solidariedade e mesmo que Louis também tenha se aproximado de mim e tentado me tirar dali eu resolvi responder a altura.

-Teria sido diferente sim, mas isso é passado e não importa mais, eu vim me despedir do homem que um dia foi meu pai, antes de toda essa loucura e dizer a ele que eu o perdoo sim, mesmo que ele não possa mais me ouvir, e eu fugi de todos vocês que só queriam se aproveitar de mim e de meu filho, esperando ganhar mais dinheiro com ele, como fizeram comigo...Mas mesmo assim não guardo rancor, isso envenena o coração e eu não quero isso em minha vida, se me der licença irei ver meu pai e prestar meus respeitos a ele, uma última vez...

Passei por elas e me dirigi ao caixão, tremia muito ao faze-lo mas encarei o rosto pálido de meu pai, o homem que eu respeitava tanto, que eu sentia verdadeiro orgulho quando eu era criança, de certa forma eu o amei muito...Quis durante muitos anos ser aceito por ele como um filho amado, mas percebi que era impossível, de fato eu fui uma mercadoria que lhe rendeu lucros, mas apesar disso eu o amei um dia, ele era meu pai, não iria chorar por ele, mas orei para que encontrasse paz do outro lado e quando terminei me virei e sorri para meu filho e para Louis.

-Vamos embora, eu já me despedi dele e não tenho mais nada aqui...

Minha mãe veio novamente, lágrimas desciam de seus olhos claros e ela me sorriu.

-Harry...Eu sei que errei muito com você, mas posso te dar um abraço meu filho e um abraço em meu neto?

Eu por fim a abracei e deixei que ela apertasse Benjamim nos braços por um instante.

-Por favor querido não suma de novo, mantenha contato, venha nos ver as vezes, ainda somos sua família apesar de tudo...

Eu lhe sorri e prometi que sim, eu não iria sumir mais, Gemma não veio mais e não se despediu de mim, olhei para minha mãe e para minha irmã de modo interrogativo.

-Porque ela me odeia mãe?

-Você pode ter filhos e ela não, mesmo sendo uma mulher...É difícil pra ela...E depois ela não se casou, todos os namorados que arruma só querem saber do dinheiro que temos, ela se recente de você ter sumido e tudo mais, com o tempo pode vir a ser diferente.

Concordei e já ia saindo quando ela me puxou uma última vez.

-Harry...Pretende se casar com Louis agora?

-Talvez mãe...Ele quer dar o nome ao filho e a mim também.

-Ele é um homem muito rico meu querido, não perca a oportunidade e lembre-se que ainda existem sites que agenciam encontros entre homens ricos e futuros maridos especiais...Não deixe de inscrever meu netinho lá, ele pode conhecer gente realmente poderosa e escolher com quem quer se casar no futuro...

Eu me soltei de suas mãos como se elas me queimassem, porque a minha mãe não mudou nada, ela ainda me via como antes e o que é pior, ela via em Benjamim a mesma coisa, neste momento eu soube de duas coisas, uma é que eu não deixaria Ben próximo a essas duas, nunca mesmo, elas podiam até ver ele, de vez em quando em locais bem públicos como uma cafeteria e sempre comigo e Louis por perto e outra é que eu me casaria sim, mas pelos motivos certos e na hora certa.

-Adeus dona Anne...Manterei contato. Disse mais seco do que esperava e ela me sorriu como se pedisse desculpas.

Saímos dali com Benjamim abraçado a mim e voltamos ao carro, eu estava exausto e faminto.

-Papis, tá tudo bem, eu já esperava por isso não estou chateado, eu tenho vocês dois para cuidar de mim, não preciso daquelas duas doidas pra isso, só não fique triste tá bom? Ele falou me abraçando e eu sorri, tinha muita sorte em ter um filho assim, realmente muita sorte.

-Ok, se acomodem, vamos para minha casa e eu já avisei Izzy, teremos um lanche gostoso a nossa espera e está tudo arrumado para a nossa chegada.

Benjamim sorriu feliz e eu me sentei em meu lugar, um friozinho na barriga, porque fazia um tempão que eu não via a mansão, mas ainda tinha lembranças traumáticas de lá, misturadas com boas lembranças é claro, mas mesmo assim não se esquece o que eu vivi ali, isso era impossível.

Pouco mais de meia hora depois estávamos em frente a mansão...Benjamim adorou, e eu tive que me segurar no banco para não tremer inteiro ao ver os portões.

Louis parecia nervoso comigo, colocou a mão em minha coxa e fez carinho.

-Harry, é só por uns poucos dias e tudo é diferente agora...Por favor amor, confia em mim, só não tenha medo de nada.

Eu o olhei e meu olhar não era calmo, eu estava assustado, as lembranças ruins eram tão intensas que eu não sei como andei até a porta, Ben ia pulando na frente achando tudo o máximo.

-Papai, parece mansão assombrada, tem algum fantasma vivendo aqui? Vampiro ou lobisomem? Me conta vai!!

Louis riu e abriu a pesada porta, e eu me arrepiei inteiro, já havia fugido por essa mesma porta...Claro que não fui longe, mas lembrar disso me deixou enjoado e senti uma mão em meu ombro.

-Baby, está tão pálido, precisa comer e dormir, vamos entrar sim?

-Oh...Sim...Não tive coragem de dizer nada, só segui para a cozinha, percebi um dos empregados indo pegar nossas malas, mas não o reconheci, era novo pelo visto, andei e olhei para a escadaria por onde muitas vezes desci...Ainda quando eu era um prisioneiro ali, vi a porta que dava para a sala de cinema onde assisti filmes muitas vezes com Louis, e o corredor que levava a sala de piano...Muitas lembranças.

Uma voz leve me fez dar um salto e sair das minhas lembranças, era Izzy parada na porta da cozinha, usando um avental florido, tinha os cabelos curtos agora, de um tom bonito de loiro, estava exatamente igual tirando os cabelos, ela me olhou sorrindo e ficou meio na dúvida se vinha me abraçar.

-Oi Izzy...Falei sem graça.

-Harry...Como você ficou lindo...Não achei que fosse possível ficar ainda mais lindo, mas vejo que me enganei, e esse menino é...Realmente é aquele serzinho que estava dentro de sua barriga?

-Oi, eu sou o Benjamim e sou filho de Harry e Louis, você é a cozinheira que meu pai falou? Do bolo de chocolate mais gostoso do mundo?

Ela o abraçou apertado, deixando lágrimas descerem dos olhos e depois o soltou enxugando as lágrimas no avental.

-Pequeno Benjamim, seja bem vindo...Não sei se meu bolo de chocolate é tão bom assim, mas eu com certeza tentarei fazer o melhor para vocês...E eu desejo que sua estada aqui seja boa, melhor do que a do seu pai foi, e quem sabe agora podemos ser amigos? O que acha?

Ele olhou para mim e sorriu, e eu me aproximei de Izzy cautelosamente, lhe dei um abraço tímido e ela retribuiu comovida.

-Harry...Uma vida inteira não bastaria para me desculpar por tudo, mas...Ainda assim eu desejo ser perdoada, um dia acha que isso acontecerá?

-Tudo bem Izzy, o passado acabou...Essa é uma nova vida.

Louis me puxou e me abraçou, logo puxou Benjamim e nos apertou em seus braços juntos, sorrindo feliz.

-Para a cozinha...Sinto cheiro de bolo!

Rimos juntos...Uma nova vida.


Notas Finais


E aí gente...O que será que Louis insinuou com Harry ser mais ativo? Alguma ideia? Ahh sinto cheiro de lemon...


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