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História November - O Convite


Escrita por: TinaAlves

Notas do Autor


Como não poderia deixar de ser, eu preciso agradecer mais uma vez a vocês pelos mais de 70 favoritos, por todos os comentários e visualizações <3 Essa experiência está sendo INCRÍVEL para mim!

Capítulo 3 - O Convite


Fanfic / Fanfiction November - O Convite

Os primeiros raios de sol anunciavam o que eu já sabia: a noite passará e eu não preguei o olho nem por 1 minuto se quer. Alguém ia pagar por isso, eu garanto.

Me levantei sem nenhuma pressa, me olhei de relance no espelho que ficava ao lado da cama de uma garota baixinha chamada Elizabeth e o reflexo que me olhou de volta demonstrava algo além das olheiras esperadas: o que eu via ali era também uma certa fúria, que dominava o meu olhar e que eu não sentia há muito tempo.

Como em todos os sábados, ninguém parecia muito disposto a acordar antes das 10:00 da manhã, e quando desci as escadas do dormitório feminino, antes das 8:00, e passei pela entrada da masmorra, me senti quase feliz em poder caminhar sozinha pelos corredores de Hogwarts, eu não tinha como negar: a escola era linda quando invadida pelo sol matinal, apesar do excesso de claridade me incomodar  a ponto de deixar meus olhos comprimidos e bem pequenininhos.

Me esgueirava pelas sombras, praticamente grudada as imponentes e antigas paredes do castelo, quando me deparei com uma imagem que me deixou com vontade de esganar aquela imbecil.

Andromeda estava sentada ao lado de uma garota da Lufa-Lufa, rindo animada, como se fosse completamente normal para uma Black confabular com uma nascida trouxa, que era tão boboca quanto a casa para a qual foi enviada.

Andromeda! – falo em um tom cortante e de ordem, me aproximando das duas, o que faz com que ela endureça a postura e lentamente se vire na direção da minha voz. O olhar denotava o temor que ela estava sentindo, mas quando falou sua voz tentava se firmar desafiadora.

– Algum problema Bella? – sacudiu os ombros como se eu a tivesse surpreendido fazendo algo completamente normal, como tomar um copo de água e ainda me chamou de Bella... ela sabe que eu odeio essa forma gentil com a qual ela insiste em tentar me apelidar.

– Supondo que você não esteja bêbada e nem cega, posso saber o que faz conversando com uma sangue ruim em um lugar que qualquer pessoa pode ver? – a garota que estava ao seu lado comprimiu os lábios e não era preciso ser uma pessoa sensível para saber que a menina estava se controlando ao máximo para não chorar, ou melhor, se ela pudesse não estaria nem respirando, aposto que ela deve estar pensando em como sumir dali sem precisar mover um único músculo.

– Qual o prazer que você tem em tratar as pessoas assim Bellatrix? O que é que tem de bom em ser tão desprezível como você é? – os olhos de Andromeda eram pura fúria agora.

– O prazer de ser uma Black de verdade, mas isso eu já cansei de tentar fazer você entender o que significa. Você ainda vai jogar o nome da nossa família ao relento, sei que um dia vou ter vergonha de confirmar que você é minha irmã quando me perguntarem. – Andromeda não esperava por isso e se deixou abater pelas palavras duras que lhe foram direcionadas, mas tinha algo mais na forma que ela estava me olhando, era bem mais do que a fúria anterior, era como uma ferida antiga, um remorso que ela carregava há anos.

– Se você quer saber, eu já tenho vergonha de dizer que sou sua irmã, além disso, não tenho o menor orgulho de carregar o sobrenome que carrego. – ela elevou seu olhar, e antes que eu pudesse responder a altura do seu comentário traiçoeiro ela pegou a outra menina pela mão, não é que eu tinha esquecido que a garota estava ali, e saiu correndo, muito rápido, como se tivesse medo de eu lançar um Avada Kedavra pelas suas costas.

Que maravilha, o dia começou duplamente incrível. Maldito Novembro.

Sei que estou caminhando sem prestar muita atenção aonde estou, de fato, indo, meus pés que conhecem esse castelo tão bem quanto a minha mente, me guiam para o lugar que bem desejarem.

Estou perdida em alguns pensamentos, quando percebo exatamente aonde eles me levaram: estou parada encarando a porta da biblioteca.

As pessoas pensam que o motivo de você ir na biblioteca é para ler algo ou estudar, que é o que comumente fazem, mas, para mim, a biblioteca é um lugar muito mais para me deleitar com os meus demônios interiores em silêncio do que para, realmente, ler ou estudar alguma coisa.

Me sento na poltrona de costume e, tal ato, faz com que eu me lembre do mestiço imundo, e, como por reflexo, olho para trás para ver se me deparo com seu olhar, mas é claro que ele não está lá, entre as duas prateleiras imensas e atulhadas de livros velhos, inclusive, não tem nenhum aluno além de mim aqui.

Admito que uma sensação de frustração me toma em seguida, não é como se eu quisesse me deparar com o olhar do Riddle me fitando, não, não é isso, o que eu realmente queria era que ele tivesse aqui para que eu pudesse humilhá-lo, descontar nele não só a raiva que eu estou sentindo dele, mas também por Andromeda, essa imbecil vai realmente jogar nosso nome na lama. Quem irá temer os Black e acreditar no legado de nossa família sabendo que tem uma de nós que se senta entre os sangues ruins como se eles fossem seus iguais? Exatamente, ninguém.

Deixo todo meu ser se inflar com a raiva que eu estou sentindo naquele momento, e quando inspiro, sei que a raiva não vai sair pelo meu nariz, mas, pelo menos, isso ajuda com que eu me controle.

Acredito estar fazendo um grande progresso quando, ouço a voz imunda que pertence a aquele mestiço, mais uma vez, me despertar dos meus devaneios.

– Milady, sua boca está sangrando, ou alguém lhe beijou com muita vontade ou você a estava mordendo com tanta força que só posso supor que está se controlando para não efetuar uma das três maldições imperdoáveis em alguém. Qual das duas é a certa? – ele me olhava como se pudesse me decifrar e aquilo fez a minha ideia de lhe infligir a maldição Cruciatus voltar com força total.

Toco meus lábios com as pontas do dedo e brevemente miro meu sangue, antes de esfregar a mão na barra do moletom cinza escuro que estou usando.

– Não foi nada demais, não que isso seja da sua conta, de qualquer forma. – respondo como uma menina malcriada e me amaldiçoou por isso. Tom dá uma risada de escarnio um pouco mais alta do que eu esperava.

– Não tem necessidade de todo esse mau humor em uma linda manhã de sábado, tem Bella? – a forma como ele fala meu irritante apelido faz com que eu tenha certeza de que ele ouviu minha conversa com Andromeda, não que eu tenha falado nada demais, deixei ainda mais claro que pessoas como nós não devem se misturar com pessoas como ele. Paro. Mas ainda assim cá estou eu dando espaço para esse mestiço achar que pode conversar comigo.

– A única coisa aqui que não tem nenhuma necessidade é essa ilusão que você criou na sua cabecinha de que pode chegar na biblioteca e puxar assunto comigo. – falo de forma rápida mas meu tom continua tão firme e ácido como antes, logo em seguida olho para os lados, não gosto de imaginar a ideia de que alguém pode estar nos observando.

– Sendo assim, acho que é melhor eu me retirar sem lhe revelar o que eu realmente queria com essa conversa. – ele se vira rumando em direção a porta da biblioteca e, antes que eu possa pensar sobre meus movimentos e pará-los, eu já estou o segurando pelo braço, e tenho certeza que fiz isso rápido demais e que minhas unhas estão cravadas em sua pele, mas tudo que ele faz é se virar e arquear uma das sobrancelhas, a direita, como se eu tivesse pedido que ele gentilmente se virasse.

– Eu não sou uma pessoa que lida muito bem com mistérios Riddle, então pode começar a falar o que quer que você tenha para me falar. – sei que soou exatamente tão direta quanto eu queria que soasse e ele deixa um leve sorriso escapar e se formar no canto dos lábios.

– O que a curiosidade não é capaz de causar. – ele fala como se tivesse refletindo consigo mesmo e permito que minhas unhas se cravem ainda mais fundo em sua pele, fazendo-o contrair, quase que imperceptivelmente, os músculos do rosto.

– Tudo bem Bellatrix, então, se você quer realmente saber sobre o que tudo isso se trata, me encontre na entrada do salão comunal da Grifinória, exatamente as 23:00 horas, hoje à noite. – estou chocada demais com o que ele me pede e como o fato dele achar que pode me dar ordens.

– Quem você pensa... – ele interrompe minha frase antes que eu possa concluí-la, ele definitivamente sabe o que eu iria perguntar.

– Eu sei quem eu sou, mas se você quiser realmente saber a dimensão de como será esse ano em Hogwarts, apareça por lá. – ele falou isso e quando eu ia cravar meus dedos ainda mais fundo em seu braço ele, sem a menor dificuldade, se desvencilhou de mim e saiu pela porta, me deixando com uma expressão confusa e aflita no rosto.

A verdade é que eu estava sem fôlego, aquele convite era tudo o que eu não esperava que ele fosse capaz de fazer. Agora uma luta interna se cravava dentro do meu ser, eu já sabia antes do fim qual lado iria vencer a batalha. Ah, meu orgulho ainda ardia como brasa quente, mas, eu teria que aparecer na entrada do salão comunal da Grifinória, esse era um convite irrecusável, até mesmo para uma Black


Notas Finais


O que será que o Tom quer tanto contar ou mostrar para a Bellatrix? Estou aceitando teorias viu?! Hahaha.


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