História November Rain (Second season) - Birthday of Dulce

"Posso ver a cor e o reflexo da minha depressão
Posso ver o perfil do fantasma que há em meu interior
E não deixei de fumar e não posso dormir
E no meio da solidão continuo pensando em você"
[RBD - Que Hay Detras]

 

Foi tão estranho acordar no outro dia no meu antigo quarto e sentir a falta de Harry, sabendo que ele não ia voltar no final da tarde. Não sei porque, mas eu lembrei de como fui embora ano passado, de forma parecida, sem o acordar, depois de dormirmos junto, só que foi muito pior, pois eu nunca planejei voltar. Eu acho que foi o maior erro da minha vida.

Mesmo sabendo que ele vai voltar semana que vem, só de me virar na cama e sentir a falta dele, eu tenho uma noção do que ele sentiu quando eu fui embora.
Me levanto de uma vez para esquecer disso, estou em Londres, vou aproveitar meus dias aqui.

Saí para almoçar com Dulce, já que ela consegue ser pior do que eu na cozinha, e logo lembrei que esqueci de devolver o cartão do Harry. Mas o meu ainda não havia desbloqueado, então usei o dele na tarde de compras com Dulce.

- Ele deu o cartão de crédito dele para você fazer compras? Isso que é prova de amor - ela diz me fazendo sorrir.

Eu me senti incrivelmente melhor depois de passar o dia com ela, acho que era exatamente o que eu estava precisando. Esquecer absolutamente de tudo.

- Como ele te pediu em namoro? Quero dizer, ele te pediu em namoro, né? - Dulce me infernizava com essa pergunta.

- Normal, oras - respondo, mas paro para pensar. É, não tinha nada de normal.

- Poxa Annie, me conta, eu sou a pessoa que mais torceu para vocês ficarem juntos, mereço saber dos mínimos detalhes - reclamou.

- Ta bom - suspiro convencida - Vai parecer meio exagerado... Foi meio incomum...

- Fala logo!

- Ta bom! - exclamei de volta e comecei a contar, ela abriu a boca, como quem via um fantasma - Na verdade não foi bem um pedido, foi mais como uma sugestão. Foi meio estranho, porque nunca imaginei a gente namorando - Dulce ainda está afônica, eu aproveito para contar tudo - E eu disse não, quer dizer, não disse não de não, só não conseguia entender...

- Ele te pediu em namoro no topo da torre Eiffel? Ele fez isso mesmo? - perguntou devagar, abismada - Caramba, Harry se superou dessa vez.

- Pois é - concordo pensativa, Dulce também sabe que esse era o meu sonho quando eu tinha 15 anos - Mas não foi um pedido - lembro.

- Ah, por favor Annie, por isso o Harry diz que você é lerda - ela jogou as roupas novas em cima da sua cama.

- Espera, ele diz isso?

Ela me olha como se eu tivesse uma deficiência mental.

- Você sabe como Niall me "pediu" em namoro? - ela faz aspas com os dedos, fiz sinal para ela continuar  - Ele me disse "a gente podia namorar" por mensagem de texto - contou, eu não pude evitar de gargalhar, ela parecia chateada.

- E você aceitou?

- Aceitar o que? Nem foi um pedido, eu achei que ele estava brincando e concordei, uma semana depois que eu descobri que a gente estava namorando mesmo.
Eu gargalhei ainda mais. Parando para pensar, Harry é a pessoa mais romântica do mundo comparado aos amigos... E olha que as vezes ele é um completo idiota.

- Ah, mas vocês ficaram juntos por bastante tempo, não é? - eu acho.

- Quase dois anos.

- É muito tempo. Eu não cheguei a ver vocês namorando mesmo... - foi na época que eu estava em coma. Dulce me olhou com pena, então continuei - Mas eu ainda vou ver, sei que vocês vão voltar - ela sorri.

- Eu não sei...

- Dul...

- Eu não sei - repetiu - Não sei o que fazer mais.

Reviro os olhos, está pior do que eu e o Harry quando nos conhecemos.
Em lembrar do Harry, meu celular apitou uma mensagem dele.

"1 semana" - dizia.

"Ãh?" - mandei, e logo em seguida ele respondeu.

"Nossa..."

Ele não mandou mais nada, era pra eu entender alguma coisa? Então comecei a pensar no que ele queria dizer e me dei conta - me sentindo completamente estúpida - que ele estava se referindo a exata 1 semana que nós estamos namorando. Como eu sou idiota!
Tentei enviar outra mensagem, fingindo que não tinha esquecido, dizendo "Feliz 1 semana", coloquei até um coraçãozinho fofinho no final, mas ele não me respondeu mais.

Então recebi uma ligação do Niall, e o assunto todo foi Dulce. Eu voltei para meu quarto para começar a tentar esquemar os dois. Niall é bem mais fácil de conversar do que Dulce, convenci ele a conversar com ela quando voltasse para cá semana que vem e fazer um pedido de namoro decente a ela. Depois ele me perguntou se ela iria fazer festa de aniversário, e eu me lembrei que o aniversário dela é depois de amanhã. Deus, me sinto a pior namorada e a pior amiga do mundo.
Preciso comprar um presente urgente para ela.

Quando me deitei na cama para dormir, senti a enorme falta de Harry. A cama parecia grande demais, vazia demais. Eu me sentia sozinha demais. Agarro o travesseiro, na falta dele ali, e mesmo estando cansada, não conseguia dormir. Pego meu celular de volta para mandar mensagem para ele dizendo que sentia a falta dele. E ele não me respondeu, sabia que ele estava fazendo de propósito.

"EU NÃO ESQUECI A DATA DO NOSSO NAMORO" - mandei em caixa alta.

Então ele respondeu logo em seguida.

"Está se entregando sozinha"

"Eu não esqueci, eu só não lembrei aquela hora, meu dia foi cansativo" - confesso.

"E o nome disso é o que?"

"Ah, deve ser muito cansativo passar a tarde fazendo compras"

Ele manda as duas de uma vez. O que ele está querendo dizer com isso?

"Você nem sabe o que eu fiz hoje" - tinha sido compras mesmo, mas a maior parte do tempo eu ajudei Dulce a escolher vestidos, e isso foi realmente cansativo.

"Não importa, vou dormir"

Eu não imaginava que fosse passar a primeira semana de namoro brigada com Harry, e muito menos que fosse sentir tanta vontade de esfregar a cara dele no asfalto.

...

Acordei cedo logo com uma mensagem de Adam pedindo para eu ir na casa dele. Eu já comecei a ficar tensa, mas aproveitei a oportunidade para ir comprar o presente da Dulce, e ver Duff, é claro.

Assim que Adam abriu a porta, me olhou sério de cima a baixo e balançou a cabeça, depois veio me abraçar. Eu acho que sabia o que ele pensava. Das últimas vezes que nos vimos ele estava tentando me convencer a me internar numa clínica de reabilitação, e eu neguei, e acabei indo a força por outras pessoas. Eu sempre tinha um monte de problemas, e ele sempre estava tentando me ajudar a resolvê-los.

- Por que... - ele começa uma pergunta.

- Desculpe - é só o que eu consigo dizer.

- Eu tentei... - começou outra frase, mas eu interrompo.

- Eu sei... Eu sei que fiz tudo errado, eu sei! Mas naquela época eu não sabia, eu estava desesperada.

- Você devia ter falado comigo, devia ter me deixado te ajudar - ele diz sério.

- Não queria ser mais um problema na sua vida - balanço a cabeça, entrando de vez no seu apartamento e fechando a porta.

- Você nunca foi um problema na minha vida, pelo contrário, eu me preocupo porque gosto de você. Eu só queria que você fosse uma adolescente normal com problemas normais, e que minha única preocupação fosse com seu namorado...
Eu acho que minha vida nunca foi normal com problemas normais. Nem minha família, nem eu.

- Eu estou namorando - aproveito para dizer.

- Eu sei.

Eu esperei ele dizer mais alguma coisa, mais alguma bronca, e estranhei por ele não o fazer.

- Não vai falar nada?

- Adianta eu falar alguma coisa? - rebateu.

- Depende... 

Ele ri fraco.

- Estou feliz por você e pelo Harry - diz para a minha surpresa.

- Você sempre torceu contra...

- Não torcia contra, só não queria que você se machucasse, eu já conhecia Harry muito antes de você. Mas não adiantou eu falar nada também, você sempre voltou a ficar com ele. Bom, que bom que vocês finalmente se acertaram então.
Um suspiro de alivio veio automaticamente ao ouvir essas palavras dele e me fez sorrir.

- Só não fique grávida mais uma vez, pelo amor de Deus - e eu volto a ficar tensa - Pelo menos não antes dos trinta anos - continuou, houve um tom de graça no seu aviso sério que me fez sorrir.

- Eu nunca mais quero ficar grávida, nunca quis na verdade, foram as duas experiências mais traumáticas da minha vida. E eu não posso ter filhos - penso alto e percebo que é a primeira vez que eu conto isso para alguém, e ainda mais para Adam, que é praticamente da minha família. Fico com vergonha.

- Não pode? - repete surpreso e confuso.

Vou ter que contar a verdade de qualquer forma agora...

- Tenho o útero pequeno, ele não suporta uma gravidez até o final, por isso... - um nó se forma na minha garganta.

- Você sofreu aborto espontâneo as duas vezes - completou entendendo.

- É...

- Sinto muito - ele diz, eu já ouvi essas palavras tantas vezes... - Mas você é muito, muito nova para pensar em ter filho agora.

- Como se eu quisesse ter - murmuro.

- Você precisa focar nos seus estudos - continuou - E principalmente resolver sua vida. Você já sabe o que vai fazer agora?

- Como assim?

- Agora que você está namorando com Harry, suponho que volte a morar aqui. E você precisa resolver isso com seus pais logo, e fugir de falar com eles só vai piorar a situação.

- Eu não vou voltar... - paro de repente para pensar.

Voltar a morar aqui? Nunca parei para pensar sobre isso. Nunca parei para pensar sobre nada disso. E ele tem razão. Eu queria que meus pais aceitassem meu namoro com Harry, mas eu praticamente fugi de casa e nem sequer atendi uma das ligações deles. Estou fazendo isso completamente errado.

- Eles sabem que você está aqui, deveria resolver isso logo.

- Mas eu tenho medo - confesso baixo - Como eles sabem?

- Conversei com Tisha ontem.
Reviro os olhos.

- Por que você sempre tem que contar tudo para eles? - pergunto com raiva.

- Porque eu me preocupo com você, e eles são seus pais - responde firme.

Suspiro convencida, desistindo de discutir esse assunto com Adam, ele sempre acaba com essa de que eu devo ouvir meus pais, pois eles só querem o meu bem. No fundo talvez até seja verdade, mas o que eles acham que é bom para mim nem sempre é o que realmente é bom para mim, e eles não sabem disso.

Duff apareceu vindo correndo e ficou me cheirando por vários minutos até me reconhecer e começar a latir, pulando em mim. Me abaixei para o abraçar, mas ele não parava quieto. E começou a correr de um lado para o outro, querendo brincar.
Depois que nós dois cansamos, principalmente eu, ele deitou a cabeça no meu colo quando me sentei no sofá. Queria levá-lo para morar comigo no Brasil.

Então meu celular toca, e eu estremeço ao ver que é minha mãe me ligando. Eu sabia que devia atender, mas travo olhando para a foto no visor do meu celular. Adam se sentou na poltrona a minha frente, me encarou, sabendo que era meus pais e esperando eu atender.

Eu não tinha opção, não podia continuar fugindo, se eles já sabem que eu estou em Londres, e provavelmente já sabem que estou namorando com Harry.

Olho para Adam mais uma vez, que deu de ombros como se dissesse "a escolha é sua, eu já disse tudo o que tinha para dizer". Eu nem respirei para criar coragem, se eu pensasse mais um pouco nunca iria atender.

- Mãe - digo em português, minha garganta seca de repente.

- Anahi - sua voz estava calma demais para o meu gosto, fiquei apreensiva - O que você pensa que está fazendo?

- Eu posso explicar - digo nervosa, já sentindo meu coração na boca.

- Então comece.

Engoli a saliva que desceu rasgando na minha garganta para começar a explicar. Mas... explicar o que? Como? Que eu fugi de casa para ficar com alguém? Porque essa é a verdade e é tão estúpida. Minha família nunca entenderia o que existe entre eu e o Harry, e eu também nunca conseguiria explicar.

- Venha embora - ela diz firme, depois do tempo que eu fiquei em silêncio.

- Eu vou ir... daqui duas semanas... para o Natal.
Harry nunca especificou quando terminaria essa viagem, apenas que duraria até o Natal.

- Não, você vai vir embora agora - ordenou.

- Não - rebato no mesmo tom.

- Anahi...

- Eu só vou para o Natal, já disse - vi Adam se remexer na poltrona, ele entendia um pouco de português e devia saber o que estava acontecendo, e com certeza reprovando minha atitude.

- O que você está fazendo com a sua vida? - ela então pergunta mais calma, percebendo que eu não iria obedecê-la.

Era uma boa pergunta. Eu não sabia a resposta. Mas ela falava como se eu estivesse estragando a minha vida só por ter viajado com Harry.

- Não estou fazendo nada, eu vou voltar embora para continuar meu tratamento e faculdade, só vim passar umas semanas aqui, isso não é o fim do mundo - digo mais calma também.

- Você fugiu de casa só para ficar com... - ela não termina a frase.

Estava até demorando para ela me jogar na cara.

- Eu não fugi, eu só não avisei que iria viajar...

- Não se faça de burra Anahi, você não é!

Ok. Suspiro. É melhor eu falar de uma vez.

- Nós estamos namorando, mãe.
A ouço dar um suspiro pesado.

- Eu sei que vocês não gostam disso, mas eu o amo. E eu nunca fiz questão de ficar com ninguém, você sabe disso. Não entendo como vocês podem achar isso tão ruim assim sendo que eu não estou fazendo nada demais. Não é como se eu estivesse desistindo de tudo para ficar com ele - embora eu pudesse fazer isso.
Acabei por falar tudo muito rápido, nervosa, que ela demorou para responder.

- Venha embora Anahi - e desligou.

Olhei inconformada para o celular, e para Adam, que me observava. Eu falei tudo isso para ela só desligar na minha cara?

- Você ainda acha que conversar com eles resolve alguma coisa? - pergunto em inglês estressada para ele, que continuou em silêncio.
Me levanto, fazendo Duff sair do meu colo.

- Vou ir - anuncio pegando minha bolsa e já saindo, mas me viro quando me lembro de perguntar - Você tem alguma ideia do que comprar para Dul?

- Ah, o aniversário da Dulce - se levantou também - Não. Quero dizer, acho que sim... Bom, tem uma coleção de quadros da coleção que ela fez para a Chanel que ela ainda não conseguiu.

- Se ela não conseguiu, então como é que eu vou conseguir?

- Eu consigo eles para amanhã a tarde para você dar para ela.

Queria que Adam resolvesse todos os meus problemas assim.

- Obrigada - digo antes de sair.

- Converse com Tisha, ela vai acabar te entendendo - ele fala quando já estou passando pela porta. Balanço a cabeça concordando, mas por dentro reviro os olhos, ele não percebe que isso é inútil.
Assim que saio do apartamento de Adam, meu celular volta a tocar, e é Dulce, atendo.

- Annie, eu esqueci de te contar, vou fazer uma festa aqui hoje.

- Ãh?

- Não é bem uma festa, só vai vir alguns amigos...

Ah, que ótimo!

...

Uma festa!

- Sabe há quanto tempo eu não vou numa festa? - ela nega com a cabeça enquanto fechava o zíper do vestido que eu tinha comprado ontem (por pura influência dela) e que ela me obrigou a vestir - A última festa que eu fui foi a despedida de solteiro do Harry.
Ela me olha surpresa pelo reflexo do espelho, que eu paro para observar o vestido preto com detalhes em dourado ao redor da cintura. Era mesmo perfeito.

- Você foi na despedida de solteiro dele? Quando ele ia casar com a Caroline? - perguntou boquiaberta.

- Foi quando ele me internou naquela clínica. Eu não te contei?
Ela nega com a cabeça.

- Você só disse que foi em uma festa...

- Não faz diferença, porque eu não me lembro de nada, nem lembro como fui parar lá. Só lembro de ver ele... transando com uma mulher - faço careta com a cena que arde na minha memória.

- Ele traiu ela? - ela continuava boquiaberta.

- Até parece que você não conhece o seu amiguinho...

- Ele não traía ela... Só com você.
Reviro os olhos. Ela sempre defendendo o Harry...

A campainha tocou indicando o primeiro convidado, e a partir daí não parou de chegar mais. Eu não conhecia ninguém dos amigos da Dulce, mas também eu estava fora há 1 ano, era claro que ela conheceu muita gente nesse tempo, assim como eu na faculdade, mas Dulce sempre foi muito sociável. Tanto é que eu me lembro quando a gente se conheceu no meu primeiro dia de aula da quarta série, logo quando vim morar aqui em Londres, e ela foi a primeira pessoa que foi falar comigo na sala de aula. Ainda tinha os cabelos escuros. E agora essa ruiva está fazendo quantos anos? Faço as contas mentalmente.

- Você não pode beber, então toma isso aqui - Dulce me entregou uma taça que eu senti cheiro de...

- Champagne? Sério?

- É sem álcool, comprei especialmente para você - ela sorri - É bom.

- Eu sei que é, tomava quando era criança. Me sinto uma criança agora... - comento tomando um gole da taça. Era gostoso mesmo, já nem lembrava como era essa bebida sem álcool.
Dulce até me apresentou ao seus amigos, e alguns deles eram lindos, e pela forma como ela cumprimentou um deles eu achei que eles estavam ficando... Mas ao virar as costas eu já não lembrava o nome de ninguém. 

Então no meio daquele mar de gente que se juntou rapidamente, eu vejo alguém que fez meu coração acelerar, como se eu estivesse vendo um fantasma - e era praticamente um -. O fantasma do meu passado. Ele não era necessariamente mau, mas na minha atual situação era péssimo. 

Eu tenho inúmeras lembranças boas de Gian, mas o jeito com que a gente terminou foi horrível, e encontrar ele aqui depois de tudo isso e ainda somando com o fato de que estou namorando com Harry... É muito inconveniente.

O olhar dele cruzou com o meu atravessando a sala, o sorriso de segundos atrás do seu rosto desapareceu. E eu senti exatamente a mesma coisa. Foi como se passasse uma eternidade naquele tempo, e eu o vi vir na minha direção. Eu me viro pegando minha taça e virando para molhar minha garganta. Mas o líquido queimou cada célula do meu corpo ao descer rasgando e as revivem para desejar desesperadamente por mais. Eu viro outra taça para matar aquela sede infinita, sem nem saber de quem era aquelas taças. Na terceira para a quarta eu comecei a perceber pelo efeito e me dei conta de que aquilo era álcool. Meu deus...

- Anahi - ouço a voz de Gian chamar bem atrás de mim e ele tocou meu ombro.