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História Noventa & três dias - Estávamos ali


Escrita por: laucrv9

Capítulo 48 - Estávamos ali



30/04/2013

  Boa noite Elizabeth, hoje foi mais um dia em que a gente tem total certeza que é muito estúpida, logo depois do intervalo eu tive período vago, a professora faltou novamente por motivos desconhecidos, e eu estava lendo o melhor livro do mundo “Perdão, Leonard Peacock” toda concentrada no meu mundo cor de rosa pálido quando eu vejo a Michelle vindo em minha direção, e eu fiquei bem animada e pensei que finalmente ela ia parar com a mania escrota de me tratar tão mal, mas quando ela estava chegando perto o suficiente pra ouvir qualquer coisa que eu dissesse e deu aquele sorriso que me tira o ar, ela olhou pra James e o chamou pra ir com ela até o refeitório, com a voz rouca da manhã.
  E tudo bem eu não esperei que ela fosse me convidar pra ir junto mas quando eles estavam saíndo do pátio com as mãos entrelaçadas ela se virou e sorriu pra mim, quase como se dissesse “Ei sua idiota, eu não preciso de você!” e isso foi muito doloroso, mas ainda não posso dizer se tudo que ela me faz sentir realmente me machuca ou se eu só fico buscando motivos pra ficar mal, aliás eu já fiquei no fundo do poço por tanto tempo que é provável que minha alma tenha acostumado.
  Mas não foi suficiente pra eu não seguir os dois depois que já estavam longe, eu fui até o refeitório e os vi se beijando, e ele a beijava tão suavemente que quase me deu sono, quer dizer meu deus a Michelle é muito gostosa e ele estava com as mãos no pescoço dela, qual o ponto disso? Ela gosta de uma coisa mais selvagem, mais forte, que marque...
  E depois de uns minutos ele pareceu ter percebido, ele tirou a camiseta dela e colocou uma das mãos por entre as pernas, bom eu não sei o que aconteceu depois já que me deu vontade de vomitar e eu saí de lá, parecia que aquilo tinha sido suficiente pra eu desistir dela, ela não me amava e já tinha deixado isso bem claro então, pra que continuar nessa? Se não tem reciprocidade não é amor é insistência.
  Mas mais tarde quando cheguei em casa, depois de uma meia hora ela apareceu lá, estava um pouco molhada devido a chuva que estava caindo tão fraca lá fora dando a todo esse dia aquele cheirinho de filme com uma música triste de fundo, disse que tinha um livro de Italiano das nossas aulas comigo, e eu tinha certeza que não mas ela quis entrar procurar, ela não achou claro e aliás ela desistiu assim que entrou no meu quarto e eu achei que fosse um bom momento pra uma conversa

  Eu: O que é isso que você anda fazendo?
  Michelle: Fazendo o que necessariamente?
  Eu: Michelle, a gente teve sexo a menos de 72 horas no banheiro da escola, e depois você correu pros braços do James e provavelmente transou com ele também, então por favor não me faça implorar, o que é isso que você anda fazendo?
  Michelle: Karla, eu já te disse isso muitas vezes você continua voltando por mais, e eu continuo tendo que te expulsar e dizer...

Eu a interrompi pois não suportaria ouvir tudo aquilo de novo

Eu: Não, não não não não não! Não Michelle não me venha de novo com isso, não aparece na minha casa procurando um livro que nunca esteve aqui e diz que você não gosta de mim, que eu sou seu jogo de experimentar, você não quer mais nada comigo? Ótimo! Então pare de por a merda da sua língua na porra da minha buceta Michelle Jauregui!!!

Um silêncio tomou conta do quarto enquanto eu a encarava, com raiva, muita raiva, eu queria bater nela, queria acabar com o jeito que ela era tão repugnante e egoísta, e aí tive noção do que eu tinha acabado de dizer a ela.

  Eu: Desculpa, eu não queria ter sido tão grossa...
  Michelle: Não, tudo bem Karla, você tem razão, afinal... É que, eu não sei, eu não sou lésbica, eu nunca fui e essa vontade que eu tenho de sempre puxar você pra perto de mim é tão mais forte que minha sexualidade, agora mesmo eu estou me segurando muitíssimo pra não arrancar sua roupa e beijar seu corpo da cabeça aos pés, mas minha mãe, bom minha mãe nunca aceitaria isso e eu precisei de uma desculpa eu precisei dizer pra você o que eu te disse, mas é forte, muito forte pra eu conseguir lidar, eu encontrei no James uma forma de me convencer que eu não sou lésbica, e afinal eu não sou. Não sinto por outra garota o que você me faz sentir

  Bom Elizabeth, eu continuei dizendo a ela que não era justo desistir da sua felicidade pela mãe, só pelo motivo dela não aceitar mas a Michelle não levou na boa, ela ama a mãe demais pra decepciona-lá, e simplesmente não quer ser algo que a família odiaria, e ela foi embora e me deixou olhando pro vazio e chorando e querendo rasgar meu peito e arrancar meu coração, a chuva lá fora chorava comigo e eu não pude aceitar tão fácil que Michelle estava indo embora e que talvez seria pra sempre e então eu fui atrás, e ela estava na metade da rua quando eu cheguei, e parece que brigas e água nos põe na posição inicial em que a gente da um longo beijo de reconciliação, sem desculpas.
  Eu puxei ela pelo braço, ela estava chorando e ela me olhou assustada e pediu mil desculpas e eu tive que interromper, e eu a beijei ali mesmo no meio da rua, eu beijei o motivo da minha destruição e apesar do local público e de tantas lágrimas nos estávamos ali, estávamos juntas.


Notas Finais


45º Dia


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