Esse orfanato já está me deixando maluca, todo ano é a mesma coisa. A madre superiora vive no meu pé (Ela é bem chatinha) mas ela é a única família que tenho, depois da irmã Maria Alice, ela sim é como uma mãe para mim, ela me trata como uma filha, cuida de mim, me proteje, e me tira das encrencas que eu me meto sempre. Sou muito desastrada é o que eu sou, não posso evitar, mas eu tento melhorar sempre, mas isso não resolve nada, eu sempre acabo quebrando algo ou alguém.
— Marcela? Voce está aí? Mar... Ah Marcela!!! O que está fazendo com esse celar? Voce sabe que celulares são extremamente proibidos nos dias de semana, somente nos finais de semana, passa isso pra cá! - a irmã Maria Alice pega meu celular sem dó.
— Eu só estava... Bem eu estava pesquisando para a aula de história e... - ela me olha séria e segura minha mão.
— Meu amor, já falei que é feio mentir, você sabe que não é certo! - reviro os olhos e então ela me encaminha até a sala de aula e para bem na frente da porta — Não quero mais ver você com celulares em dia de semana, vou deixar essa passar, na próxima você vai para a sala da madre superiora!
— Já me acostumei... - falo baixo para ela não escutar, mas ela me olha séria (acho que ela escutou).
Abro a porta e vou em direção ao meu lugar, a aula passa devagar como uma tartaruga caminhando em uma praia. Quando enfim a aula termina, vou em direção ao meus aposentos e vejo que a irmã Felícia está na porta do meu quarto como um guarda.
— Hm... Posso ajudar Irmã Felícia? - ela me olha assustada, e então quando vê que sou eu ela relaxa mais.
— Nossa Marcela que medo, eu estava te procurarando, porque estou passando nos quartos de todas as meninas para avisar que a madre superiora vai abrigar cinco turistas que estão sem lugar para durmir, eles irão ficar aqui por um mês, enquanto procuram um lugar para ficar! - ela sorri.
— Espera... Turistas? Homens? - a olho espantada.
— Si... Sim são todos homens, mas são pessoas boas e catolicos, e iram respeitar as aulas e as freiras... - sorrio e então ela me olha de cima para baixo.
— Como a Madre superiora deixou isso acontecer? Ela é muito durona nessa questão de "meninos" - a irmã sorri.
— É que no meio desses turistas está o Padre Inácio, ele é muito gente boa e convenceu a Madre!
— Então tá... Mas ainda não sei porque você está passando para avisar nos quartos, achei que a madre iria avisar para todas as meninas de uma vez em uma reunião, como ela faz todas as vezes!
— Ela irá apresenta-los está noite no jantar, eles já estão aqui, estão instalados na casa da Madre!
A casa da Madre era na escola mesmo, como a escola era enorme (Ela era muito antiga, era um castelo medieval antigo, pelo menos isso era o que a Irmã Maria Alice me contava quando eu era pequena). Depois que a Irmã Felícia saiu, entrei no meu quarto para procurar meu uniforme novo (Todas teriam que inalgurar hoje à noite) até que esse ano o uniforme era legalzinho. Uma sainha vermelha, e a camisa branca com mangas, meias longas e sapato preto.
Já eram 19:00 horas eu já estava quase pronta, pentiei meus cabelos, amarrei em um rabo de cavalo e coloquei meus óculos e fui em direção a cantina, passei pelos corredores da escola e estava tudo vazio, a escola estava deserta, achei estranho, corri até a cantina abri as portas rápido, acabei tropeçando e caí na frente de toda a escola e dos "novos hóspedes".
— Marcela... Atrazada como sempre! - a Madre me olha séria.
— E desastrada também! - Rebeca fala e todos começam a rir.
Desde criança que a Rebeca implica comigo. Porque? Eu também queria saber.
— Chega meninas! Por favor tenham modos na frente dos meninos e do Padre Inácio!
Vou até o meu lugar, e olho rapidamente para a messa onde o Padre e os meninos estavam, percebo que um menino me olha sem parar, ele tem os cabelos castanhos bagunçados, olhos escuros, e seu sorriso é lindo. A Madre inicia a oração para podermos comer e então no final do jantar todos vão para os seus quartos, olho novamente para os meninos que vão em direção a casa da Madre, e o tal menino sumiu sem deixar restros.
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