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História Now and forever - "Para mamãe e papai"


Escrita por: JoeCris2

Notas do Autor


Volteeeeei. 
Falei que ia ter continuação, mas ninguém me ouve nessa merda de cas... Vida!
Ninguém me ouve nessa merda de vida 😅
Sem mais delongas... Boa leitura 📖
  

Capítulo 2 - "Para mamãe e papai"


Fanfic / Fanfiction Now and forever - "Para mamãe e papai"

                          * * *

                          Tom

Abro os olhos lentamente, sentindo o Sol em meu rosto.
Fecho os olhos novamente sentindo minhas pálpebras aquecerem, fazendo-me abri-los de novo.
Fiquei assim durante um tempo, só deitado na cama sentindo tudo ao meu redor, até que minha esposa, Sabine, vem me acordar com um beijo.
  - Bom dia... - Diz com a voz rouca e embargada de sono.
  - Bom dia. - Dou um beijo em sua testa com ternura.

(...)

Depois de passarmos um "tempinho" à sós, Sabine, minha querida esposa, vai acordar nossa filha com uma notícia boa para a mesma.
Notamos que ultimamente ela anda meio triste e fizemos um esforcinho à mais pra comprar o que ela tanto queria; um kit de costura profissional. Achamos que ela merece, afinal, é uma boa filha e ótima garota, o que custa dar um presentinho para nossa pequena estilista?
Ouço passos na escada, provavelmente Marinette estava com sono demais pra notar o que sua mãe acabara de informar, começo a contar esperando por seus gritos histéricos ou qualquer coisa do tipo, mas tudo que ouço é a voz chorosa de minha esposa me chamando.
  - T-tom... - A voz dela soava fraca.
Corro até a direção da mesma completamente preocupado.
"O que aconteceu? ".
Chego na sala e vejo Sabine chorando sobre um papel, algo parecido com uma... Carta?

                        Sabine

Depois de passar um tempo com Tom, vou acordar nossa princesa para ir à aula, aproveitando para lhe contar a novidade, tenho certeza que ela vai pirar quando eu disser.
Entro em seu quarto completamente animada sorrindo como se eu fosse ganhar o tal presente.
  - Filha...?
Meu sorriso murcha e minha expressão alegre é trocada por preocupação ao ver o cômodo vazio e organizado.
Caixas e mais caixas empilhadas, o colchão fora da cama e os kits de costura desmontados.
Abro o armário e vejo que o mesmo estava desprovido de roupas, provavelmente tinha sido esvaziado recentemente, sendo que ele estava cheio à 2 dias atrás.
Vejo uma caixinha com detalhes chineses, ela era bem bonita, abri a mesma e vi ali os brincos de Marinette; os brincos que eu nunca descobri quem havia lhe dado; os brincos que ela nunca tirava.
Lágrimas começam a gotejar em meu pescoço, mas eu não ligo.
  - M-Marinette! S-se... S-se isso for u-uma b-brincadeira, s-sa-saiba que n-não tem graça! - Digo na esperança de que ela apareça, mas nada.
Vejo algo pregado na parede e vou até lá.
Pego o envelope pardo em mãos e o abro, me deparando com três cartas. Retiro as três da embalagem e vejo que cada uma é endereçada à pessoas diferentes. Uma delas me chama a atenção, nela estava escrito "para mamãe e papai". Eu reconheceria aquela caligrafia à quilômetros de distância.
Deixo as outras duas cartas em cima da cômoda, o único objeto ali montado.
Desço as escadas lentamente, a cada passo que eu dava havia uma grande possibilidade de eu cair e não levantar mais.
Vou até a sala e me sento no sofá, logo chamando por meu marido.
  - T-tom... - Pude ouvir minha voz saindo falhada, mas nada pude fazer a respeito.
Estava com muito medo. Medo de abrir aquela carta; medo de saber o que aconteceu com minha princesinha; medo do que estaria por vir.
Tom aparece no ambiente com uma feição preocupada. Tudo o que consigo fazer é lhe mostrar a carta em minhas mãos, ele parece reconhecer a caligrafia assim como eu, já que vem até mim e se senta ao meu lado tentando me reconfortar.
  - Vamos ler juntos ok? - Ele diz tranquilamente.
Assinto lentamente vendo o mesmo concordar.
Abrimos a carta e a primeira coisa que meus olhos podem ver é a palavra desculpe destacada em tinta de caneta vermelha.
Eu devia estar chorando igual à um bebê, minhas mãos e lábios tremiam, mas continuo a abrir a carta cautelosamente, até começar a ler o que nenhuma mãe gostaria...

                        Carta

Oi mamãe, oi papai
Sei que vocês provavelmente devem estar muito confusos e preocupados com meu desaparecimento repentino.
Não se preocupem, eu não fugi e estou muito bem aqui onde estou.
Mas antes de qualquer coisa, antes de qualquer explicação, eu quero lhes contar uma coisa; um segredo.
Preciso que prometam não contar à ninguém, pelo bem de vocês.
Eu sei que posso contar com vocês, isso é o que sempre me diziam, que eu podia confiar em vocês, por isso, ai vai!
Eu quero que saibam que... Eu sou a Ladybug!
Sim, isso mesmo que vocês acabaram de ler.
Eu, Marinette Dupain-Cheng, a sua filha boba e desastrada, sou a grande e amada heroína de Paris.
Estranho não?
Parece uma brincadeira de adolescente, uma simples bobagem ou pegadinha, mas acreditem ou não, eu também demorei pra me acostumar então, não culpo vocês.
Bom, pra não deixar vocês completamente confusos, vou lhes contar um acontecimento de alguns meses atrás. Mais especificamente, como tudo aconteceu; como me tornei quem sou eu como acabei do jeito que estou.
Confuso não? Mas em breve vão  entender...
Era o primeiro dia de aula no ensino médio, eu corria a caminho da escola, mas tive que parar devido ao trânsito.
Eu estava esperando o sinal abrir para atravessar, mas um senhor de idade pareceu não notar que o mesmo estava fechado, e foi atravessar, porém na mesma hora, um carro apareceu vindo em alta velocidade.
Eu olhava aflita, sem saber se alguém iria o ajudar, então eu mesma fiz isso.
Sem nem pensar, corri até ele e o puxei até o outro lado da rua; ele me agradeceu e eu ofereci alguns dos biscoitos que papai havia feito para mim, ele pegou alguns e me agradeceu.
Ouvi o sinal tocar, fazendo com que eu me despedisse e fosse correndo até a aula.
Acho que nunca lhes contei como conheci Adrien, foi nesse mesmo dia, naquela mesma aula.
Eu cheguei na sala antes da professora, mas vi algo que não devia; Adrien abaixado mexendo em algo em minha cadeira.
Analisei direito e vi o que era; um chiclete. Briguei com ele sem dar tempo do mesmo discutir, que a aula começou, fazendo com que eu me afastasse, e ele fizesse o mesmo.
Um bom tempo depois, um monstro apareceu, meu primeiro akuma. O Coração de Pedra.
Se lembram dele? Era um menino da minha sala, o Ivan.
Enfim, eu fui correndo pra casa e assisti ao jornal, até notar um caixa na mesa do meu computador.
Eu achei que era algo que vocês me deram, então resolvi o abrir.
Sabe os meus brincos?
Foi isso que achei dentro, mas de uma forma inusitada, afinal, não são só brincos, são miraculous.
Ao abrir a caixa, uma luz vermelha iluminou meu quarto, e dessa luz saiu uma criatura parecida com uma joaninha gigante.
Ela se chama Tikki, minha kwami.
Ela me transforma em Ladybug.
Ou melhor, transformava.
Ela me explicou tudo sobre meus poderes e eu fui enfrentar o monstro. Nessa batalha, conheci Cat Noir. Meu melhor amigo, e mesmo sem eu saber, o amor da minha vida.
Desse dia em diante somos quase um só. Éramos quase um só.
Desculpem, não me acostumei com o fato de que... Enfim, vocês sabem. Quando voltei a aula eu ainda estava brigada com Adrien e não queria nem olhar pra ele, isto é, até que na hora da saída, estava chovendo muito.
E ele simplesmente parou ao meu lado, e me explicou que ele só tentou tirar o chiclete. Quem colocou lá foi a Chloé. E de repente, ele se vira pra mim e me entrega seu guarda-chuva. Eu distraída do jeito que eu sou, acabei por fechar o bendito guarda-chuva em cima de mim.
Começamos a rir.
Me lembro dessa ser a primeira vez que o vi sorrir de verdade.
Desse dia em diante, eu me apaixonei por ele.
Tentei me declarar várias vezes. No dia dos namorados, no aniversário dele, no Natal. Mas eu simplesmente não conseguia.
Se tem uma coisa que eu me arrependo na vida, foi de ter demorado tanto para me declarar.
Minha amizade com Cat só aumentava, enquanto minhas chances com Adrien só diminuíam.
Eu até estava dando uma chance pro meu gatinho, a que o acidente aconteceu.
Vocês devem saber que o Cat Noir mudou. Mas vocês sabem o porquê disso?
Não?
Ótimo! Eu lhes conto.
Foi depois de uma patrulha.
Cada um foi pro seu canto.
Mas quando você pensa que está tudo bem BUM um barulho foi ouvido.
Eu me viro e vejo a pior cena que já vi em toda a minha vida. Cat Noir foi baleado. Eu liguei pra emergência e fiz tudo o que pude. Mas ele não escaparia.
Ele resolveu se revelar em seus últimos momentos.
Admito que não esperava que Adrien Agreste fosse Cat Noir. Mas... A vida prega peças.
Eu resolvi me revelar também.
Eu finalmente consegui me declarar. Adrien tentou me dizer algo antes de partir, mas seu coração não permitiu ele terminar a frase.
Eu passei uma semana tentando superar; seguir em frente, mas sem ele aqui, nada nunca mais terá cor; sem as piadas do MEU Cat Noir, nada tem graça.
Meu novo parceiro não chega nem aos pés do antigo.
Ele só pensa nas estratégias.
Ele é muito pior do que eu quando estou concentrada. Eu e Adrien tínhamos uma certa conexão, a nossa amizade valia ouro, e eu simplesmente não consigo viver num mundo sem ele.
Eu deixei essa carta, como uma despedida e como explicação de meu ato. Sem contar meus atrasos e sumiços repentinos.
Eu realmente espero que me perdoem pelo que fiz. Eu só descansarei em paz quando me perdoarem. Caso algum dos dois ainda não tenha entendido, vou explicar.
Eu estou morta. Se vocês estão lendo isso, é porque ontem durante a noite, eu me joguei da Torre Eiffel.
Eu e Cat sempre fomos uma dupla imbatível e sempre seremos, agora e para sempre.
Eu não desistiria dele, tal como ele nunca desistiu de mim, e por essa razão, eu simplesmente não conseguia mais viver. Viver sem ele, é a mesma coisa que não estar viva.
Me desculpem por não ter sido a melhor das filhas, mas eu juro que eu tentei. Juro que me esforcei e dei o meu máximo.
E eu quero lhes pedir um último favor. Eu sei que não deveria, pelo fato de que estraguei suas vidas. Mas façam isso pela sua bebê; aquela que vocês amam; a que não era a Ladybug; a que não mentia; que não enganava; que estava viva.
Entreguem as cartas de Alya e Nino. Eles são importantes, e quero que eles saibam igual a vocês.
Quero que saibam por "mim".
Obrigada por me criarem, me amarem, me darem carinho e serem os melhores pais que eu poderia ter. Desculpa não ter chegado a me formar, ter filhos, ou até mesmo casar, mas eu não faria isso sem o homem da minha vida.
Acho que me entendem ?

xAtenciosamente,sua filha: Marinette Dupain-Cheng
                 
Ao acabar de ler, eu já debrulhava em lágrimas.
Eu chorei como nunca havia chorado antes.
Minha princesinha havia partido?
N-não... Mas como ela...?
Ela sofreu tanto... Amor, dúvida, luto... Coisas nas quais ela podia ter pedido ajuda, podia ter me contado!
Mas por que não o fez? Por que não evitou isso?
Como foi que eu nunca reparei?
Ela parecia estar sempre tão bem; tão feliz; tão animada; tão alegre.  E agora eu descubro que era tudo fingimento dela; tudo uma ilusão para desavisados como eu. Só agora eu descubro que ela sofreu tanto ao ponto de cometer suicídio; só agora que é tarde para fazer algo à respeito.
Aos poucos, me levanto zonza e cambaleio até o antigo quarto dela.
Acho que nunca vou me acostumar com isso. Nunca vou me acostumar com não te-lá aqui comigo. Não mais.
Volto até a cômoda e pego as cartas que deveriam ser de Alya e Nino.
"Falhei com ela em vida, não falharei com ela em morte...."

                             Tom

Eu simplesmente travei; congelei de jeito. Não sabia o que dizer, de repente, tudo fez sentido.
Os atrasos, as desculpas esfarrapadas, o cansaço repentino... Tudo se encaixa perfeitamente!
Minha pequenina salvava Paris e no tempo livre ainda conseguia ajudar na padaria.
Ela se sacrificava por todos e ainda assim sofria...
Como eu nunca notei isso? Como eu não notei a mudança nela?
Estava mais que óbvio, afinal, pelo amor de Deus! Ela não iria ficar tão musculosa só costurando né?
A personalidade, a aparência, o físico, a mentalidade...
Ela que sempre foi delicada se jogava por aí e salvava a todos...
Meu bebê começou a crescer mas infelizmente a vida me tirou ela.
Noto que passei muito tempo ao ser despertado de meus devaneios ao ver Sabine entrar novamente na sala com mais duas cartas.
"Mas quando foi que ela saiu daqui afinal?"
Olho para seu rosto e vejo a determinação no mesmo; entendo o que a mesma deseja fazer e assinto, logo pegando uma das cartas; a carta que seria endereçada à Nino.
Vamos ser bons pais e cumprir o último desejo de nossa pequena smurfette.
               
                                    * * *


Notas Finais


Oi pessoal ☺
Demorei mesmo, amo o suspense que da, sem contar que não quero acabar a fic tão cedo maaaaaaas, é a vida 😧
Espero que tenham gostado 😄
Vejo vocês no próximo bônus 😍😚

Tchau, tchau borboletinhas 🐞🐱🗼


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