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História Now or Never - L3ddy - Love is a therapy...


Escrita por: ladyarrozdoce31

Capítulo 44 - Love is a therapy...


Fanfic / Fanfiction Now or Never - L3ddy - Love is a therapy...


Uma semana depois...

As coisas estavam agitadas naquela manhã de segunda-feira. A movimentação se deu pelo anúncio da diretora Zeiva. A Festa Anual de Primavera da escola aconteceria em três semanas e os alunos não podiam estar mais empolgados. As turmas do terceiro ano, seriam responsáveis pela festa, neste ano o tema seria cosplay, ou seja, todos fantasiados e caracterizados, o que seria bem melhor do que no ano anterior, onde o tema havia sido algo relacionado à festa infantil e acabou num desastre, com todos grudados de amoeba e guerras com uma tinta que demorava cerca de três dias para sair... A festa se resumiu em um fiasco total.

Nas salas de aula não se falava em outra coisa, o destaque, como sempre, ia para a eleição dos reis e rainhas da festa. Diferente dos outros anos, uma das normas foi modificada, assim seria permitido que alunos de qualquer turma poderiam vir a ser o rei ou a rainha.

As aulas já tinham terminado e só restava o time de basquete na quadra. Luba aguardava o treino de T3ddy terminar, sentado na arquibancada l, enquanto lia um livro, coisa que não fazia há semanas. Um romance trágico de Nelson Rodrigues prendeu a atenção do rosado, tanto que T3ddy admirava o rapaz concentrado em sua leitura, enquanto guardava suas coisas na mochila, acompanhado de Mauro.

— Acho melhor eu pegar um lencinho, você não para de babar, cara. — o cacheado zombou. O moreno parecia hipnotizado olhando o garoto.

— Eu nunca achei que isso pudesse acontecer comigo, sabia? — suspirou — Estar tão apaixonado, a ponto de não querer mais viver sem que essa pessoa esteja do lado. — confessou. Mauro sorriu ao ver o brilho nos olhos do amigo.

— Eu sei exatamente como se sente. — sorriu cúmplice.

— Não me diga que encontrou sua cara metade? — brincou, acertando uma toalha no braço do cacheado.

— Encontrei sim. Eu até quis conversar sobre isso contigo. Esses dias foram tão corridos, aconteceu tantas coisas que mal tivemos tempo de conversar...

— Nem me fale, parece que só agora estou conseguindo respirar novamente e ter um pouco de paz... Mas, me fala, quem é a garota?

— Não é uma garota...  — fez uma pausa, procurando a melhor maneira de dizer aquilo sem parecer uma piada. Mauro tinha um espírito extrovertido e brincalhão, gostava de pregar peças nos amigos e costumava não ser levado a sério em alguns assuntos. A questão é que, nunca estava sério e pela expressão fechada que o outro rapaz tinha, T3ddy o compreendia o suficiente para saber que não se tratava de alguma piada. — Eu estou apaixonado pelo Chris. — revelou. O moreno se levantou e piscou algumas vezes, absorvendo aquela informação. 

Lucas ficou surpreso, não por Mauro estar namorando um dos seus amigos, mas por ter sido tão lerdo a ponto de não perceber o que estava embaixo de seu próprio nariz.

— Não acredito que não percebi isso. — disse boquiaberto, com uma cara de bobo. O cacheado gargalhou pela expressão confusa no rosto do moreno.

— Todos sabemos o quanto você é meio tapado, tanto é que demorou anos pra perceber que o Luba era apaixonado por você. — brincou. T3ddy não evitou um sorriso derrotado, o cacheado tinha razão.

— Está certo, contra fatos não há argumentos... — se rendeu — E como aconteceu isso?

— Nem eu sei explicar direito… só sei que quando dei por mim, nós já estávamos nos beijando na sala, em meio a um apagão que acabou nos aproximando dessa maneira... A partir daí, não nos separamos mais. — explicou com uma expressão longínqua, parecendo estar imaginando cada detalhe daquele momento.

— Eu entendo perfeitamente. — Lucas disse ao olhar para o namorado, que continuava concentrado em sua leitura. Com certeza, alguma frase do livro lhe causou aquela reação. — Quando eu e o Luba nos beijamos pela primeira vez, na minha cabeça não existia nenhuma dúvida, em relação a nós tudo sempre me pareceu muito certo e eu não me arrependo de nada.

— É assim que eu me sinto em relação ao Chris. — afirmou apaixonado.

— E os pais de vocês já sabem? 

— Os meus sabem. Mesmo com relutância acabaram aceitando. Minha avó me apoiou desde do início. — sua feição passou de relaxada para tensa, acompanhada por um suspiro de tristeza. — O problema são os pais dele que ameaçaram expulsar ele de casa se continuasse namorando comigo.

— Conheço bem essa história, viu? — lamentou, se recordando de como foi quando seus pais souberam do namorado — E o Chris disse o quê?

— Ele não desistiu de nós. — disse feliz — Deixou claro que se quisessem poderiam expulsá-lo, porque não iria voltar atrás em sua decisão de ficar comigo. Você sabe como ele é, quando coloca uma coisa na cabeça não tem quem tire. — Lucas assentiu já conhecendo o gênio do amigo.

— O importante é que vocês têm um ao outro.  

— Estou contando com isso, ele vai vir morar comigo nesse final de semana. Eu sei que vai ser difícil para o Chris ver o bom relacionamento que tinha com seus pais ficar tão abalado, mas acho que com o tempo as coisas podem se ajeitar outra vez...

— Eu sei bem como é isso. — era difícil se lembrar de que não tinha mais o afeto dos pais e que a mesma confiança de antes tinha sido quebrada. — Eu sinto muita falta dos meus pais, mas não vou voltar atrás na minha decisão de ficar com o Luba só porque eles não aprovam.

— Eu concordo. — olhou para o relógio em seu pulso — Bom, deixa eu ir, porque o Chris já deve estar me esperando em casa. — se levantou, ajeitando a mochila nas costas. Alunos de outra sala começaram a ocupar a quadra para o treino de futebol.

— O Luba também deve estar impaciente com essa minha demora. — brincou. — Foi bom conversar com você.

— Que isso… eu precisava desabafar. — abraçou o outro de lado — Não seria má ideia um programinha de casais, que tal?

— É só marcar. — deram um cumprimento e saíram, cada um para um lado. 

Luba sorriu ao sentir o aroma do perfume marcante que o namorado usava e desviou seu olhar, vendo para o mesmo encostado na grade sorrindo para ele. Sequer tinha notado que ele estava ali. Guardou o livro, pegou a mochila e foi ao encontro do moreno. 

— Amor, está com pressa? — T3ddy perguntou, enquanto caminhavam para fora da quadra.

— Não, acho que ainda temos um tempinho... — respondeu, olhando as horas no celular.

— Ótimo. — sorriu malicioso, puxando o garoto em direção ao vestiário vazio.

— Urso, o que você está aprontando? — murmurou, com medo de alguém escutar. Olioti fechou a porta atrás de si, encostando o namorado em um dos armários.

— Só queria matar as saudades do meu bebê. Não posso? — tirou a mochila das costas e jogou no chão. Fez a mesma coisa com a mochila do mais novo, que permitiu, apesar de relutante. A ideia de fazer qualquer coisa proibida nas dependências da escola era perigosa e excitante ao mesmo tempo.

— Alguém pode entrar aqui, urso.  — alertou, olhando para os lados em receio, mas T3ddy parecia não se importar. Seus dedos contornaram os lábios finos, impedindo que continuassem a ser mordidos em apreensão.

— Você só precisa ficar bem quietinho e não fazer barulho. — sussurrou ao pé do ouvido do mais novo.

— Por que eu f- faria algum barulho? — chegou a gaguejar por ouvir aquela frase carregada de malícia.

— Simples. Eu vou fazer você gozar, mas você não pode gemer alto, porque não queremos que ninguém flagre eu te chupando no vestiário masculino da escola. Não é mesmo, amor? — sorriu maldoso.

Lucas afastou a manga da blusa que cobria o ombro do namorado e sugou a pele,deixando uma marca ali. Sua boca se arrastava devagar, propositalmente, sobre o pescoço do outro, intercalando entre beijos curtos e fracas mordidas.

— Lucas... T3ddy... Amor... Urso... —  tentou impedir, enquanto seu pescoço era dominado pela boca feroz do mais velho. 

A mão do moreno já abria o zíper de sua calça adentrando a boxer, sua ereção molhada marcava o tecido e T3ddy sorriu vitorioso com o feito que tinha alcançado. Seu ego aumentava ao perceber o quão entregue Luba ficava aos seus toques.— O que foi amor? — perguntou em falsa inocência, deslizando suas mãos até chegar no quadril do mais novo, apertando ali com força e arrancando um suspiro do mesmo. Se abaixou até estar ajoelhado, puxando para baixo a calça junto da boxer.

Luba mal teve tempo de protestar. Lucas fazia um trabalho tão bom cuidando dele daquela forma que se perdeu em gemidos baixos, prazer, e jorrou com força na boca habilidosa do namorado, enquanto ele punhetava a si mesmo e também gozava em meio aquela loucura repentina, porém deliciosa. 

— Acho que eu vou fazer isso mais vezes. — disse, enquanto vestia a própria calça novamente, depois de ter feito o mesmo em Luba.

— Só você pra querer fazer esse tipo de coisa justo aqui na escola. — ainda estava sem graça pelo acontecido, porém contente pela rapidinha prazerosa. 

— Eu acabei de te dar um orgasmo e é assim que me agradece? — indagou, em falso tom de descontentamento — Bom saber Luba, bom saber. — fez menção de sair, mas foi puxado de volta pelo mais novo.

— Eu gostei muito, seu bobo. Só fiquei com medo de chegar alguém... Mas, de qualquer forma eu gostei muito. 

— Essa é a graça, amor. A adrenalina torna tudo mais gostoso. — disse, abraçando o garoto.

— Você também quer que eu me ajoelhe e faça o mesmo? ... — indagou, com as bochechas coradas. T3ddy sorriu, negando com cabeça.

— Hoje não... Mas, eu vou cobrar em breve. 

Luba sorriu contido e beijou o namorado, sentindo o seu próprio gosto na boca do rapaz. Os braços do mais velho lhe apertavam com cuidado, enquanto Luba puxava os cabelos de sua nuca.

— Se eu pudesse, ficaria te beijando a tarde inteira. 

— Eu também, mas temos hora marcada… certo, mocinho? Eu vou te deixar em casa e depois vou pra minha, tenho que buscar meus documentos que esqueci...

— Pra quê?

— São só alguns exames que eu marquei de fazer hoje a tarde. — viu a feição preocupada no rosto do menor, mas logo tratou de tranquiliza-lo — Eu estou bem, amor, sabe que sempre me cuidei. Não passam de exames de rotina. 

Lucas sempre se preocupou com a própria saúde, de meses em meses se consultava e fazia exames apenas para checar se tudo estava bem com seu corpo, principalmente porque praticava esporte e queria ter certeza de que estava saudável. 

***

Luba já se encontrava de frente com Sophia e contava para ela sobre a semana agitada que teve. A psicóloga tinha uma expressão de puro orgulho do mais novo, mas embora as coisas estivessem calmas, sabia que tinha algo incomodando o rapaz.

— Tem dormido bem? 

— Eu ainda tenho pesadelos, eu não gosto de ter que lembrar, mas eles se tornam tão reais a cada vez... isso me dá medo. Odeio essa sensação. — a psicóloga tinha ciência de que os pesadelos eram consequência do trauma que ainda não havia superado.

— Eu sei que é difícil, mas pelo menos pode me contar como são esses pesadelos? — Luba olhou receoso, não queria dar detalhes dos sonhos ruins, mas sentia que precisava desabafar.

— Parece que eles seguem o mesmo padrão. Lucas e eu em um lugar escuro correndo perigo. Enquanto eu sou torturado, essa outra pessoa mata o Lucas e me faz assistir pra que eu sofra. É sempre a mesma coisa, eu vejo ele morrendo na minha frente sem poder fazer nada e ele continua sorrindo em minha direção como se tivesse conquistado uma vitória, aquele doente... — esbravejou, sentindo os olhos marejarem.

— Quem é esse ele a quem você se referiu? 

— Um dos homens que me fez mal... Eu queria não pensar, mas ele invade os meus sonhos e quando acordo fico inquieto, com um temor tão grande de que alguma coisa ruim aconteça a um de nós dois que parece real...

— É apenas decorrência da violência que você sofreu, natural que ainda se sinta assim. Você precisa saber que não é real, que ele não vai te fazer mal algum e que você está seguro agora. 

Luba quis dizer que talvez Sophia estivesse errada e que o seu algoz poderia lhe encontrar em breve para causar ainda mais sofrimento, mas o seu tempo tinha acabado.

— Escute, na próxima vez que vier aqui, vamos conversar melhor sobre isso, tudo bem?  — o rosado assentiu, enquanto secava seu rosto com as mãos — Eu sei que tem algo que não me contou e quero que saiba, não há o que temer, pode me dizer o que quiser. — confortou — É por isso que estou aqui, para te ouvir e tentar te entender, para que juntos possamos trilhar o melhor caminho para te ajudar a superar por completo esse episódio ruim que sofreu. 

— Obrigado, doutora. — abraçou a mulher, se despedindo. 

Luba viu que Lucas ainda não havia chegado, foi até o banheiro e lavou o rosto. Não gostava nada daquela sua imagem tão destruída, gostava menos ainda que o namorado tivesse que vê-la também. Por isso se recompôs, saiu e esperou do lado de fora, sentado na calçada. 

Queria que Dado estivesse blefando quando disse que ia voltar, torcia para que alguma coisa fizesse os planos malignos do homem darem errado também.

Não demorou para que a buzina da moto lhe tirasse de suas distrações.

— Desculpe a demora. — ele sorriu após tirar o capacete, mas o sorriso se desfez assim que viu a expressão nada contente estampada no rosto do namorado — O que foi, amor?

— Nada. Só senti falta do seu calor. — Luba o abraçou forte, sentindo o seu cheiro, diminuindo o peso em seu coração.  Lucas acolheu o namorado em seus braços, beijando o topo de sua cabeça e acarinhou seus cabelos. — Que tal um sorvete? — o outro sorriu, concordando e lhe entregando o capacete. 

Luba sabia que enquanto tivesse os braços de Lucas como conforto, tudo estaria bem.



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