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História Now, Until the Moment You Die - Único


Escrita por: GhostPassenger

Notas do Autor


Agradecimentos especiais para a queridinha da @Aensland e ao queridinho do @Ildefonso ( por não ter feito absolutamente nada.).

Talvezzzzz a personalidade tenha ficado cof muito cof meio OOC, me desculpem por isso. Repetição de palavras intencional.

Primeira fanfic depois de um bom tempo morto, lol, eu espero que vocês gostem SZ

Capítulo 1 - Único


Você se lembra de como nos conhecemos? Estávamos numa festa a fantasia e... Eu me lembro bem de você, mas como não lembrar? A maneira como você dançava aquela noite, você capturava os olhares para si em cada movimento, sabia o que estava fazendo e como sabia, todas as atenções voltadas para você, em cada leve rebolado, cada pequenina mexida de cabelo. Você era uma estrela, Nate. 

 

Você se lembra do que houve depois? Você saiu da pista de dança e veio se sentar do meu lado no bar, pediu algo para beber após isso, apenas sorriu e puxou uma conversa comigo. Eu não conseguia arranjar palavras naquele momento, analisava cada detalhe daquele ser surreal bem na minha frente. Sua pele branca e de aparência tão macia, os lábios rosa e inocentes, seus olhos castanhos profundos, que me instigavam em descobrir o que havia através daquele brilho amadeirado. Se recorda da fantasia? Vamos lá, sei que nunca foi bom de memória, mas ao menos se lembra dela, não é? Jaqueta de couro, jeans rasgados, aquela camiseta branca e simples, as botas de couro e aquele óculos escuros, perfeitamente posicionados no meio daquela floresta castanha em sua cabeça. Você parecia um perfeito motoqueiro dos anos 80, como dos filmes antigos que logo eu descobriria que você tanta amava, era vergonhoso me ver perto de você, eu apenas havia amarrado uma faixa preta ao redor dos olhos e vestira uma camiseta listrada, algo que devia se parecer com um ladrão, mas que para todos os casos havia ficado patético. 

 

E então, você ao menos se lembra do que houve aquela noite, certo? Foi tão natural, conversa vai, conversa vem, eu não tirava os olhos de você e você não para de olhar para mim, é fácil imaginar o que se sucedeu, não é? Levemente entorpecidos pelo álcool — Você bem mais do que eu, vamos admitir, até porque você sabe que eu nunca fui alguém de beber — , quando fomos perceber, lá estávamos nós, no meu apartamento pequeno, apertado e que não era um bom exemplo de organização, era o puro reflexo de um universitário que recém havia saído das asas da mãe e que era orgulhoso demais para recorrer aos pais ricos e arranjar um lugar decente para se jogar.

Os beijos se tornavam mais fervorosos durante o caminho até o quarto, as roupas eram jogadas no chão e não estávamos nem aí para o caos que seria tentar reencontrá-las no dia seguinte. Não era a sua primeira vez fazendo aquilo, era, Nate? A maneira como você sabia direitinho o que fazer para me enlouquecer, simplesmente não podia ser uma habilidade natural, era algo que vinha com a prática.  Com quantos caras que havia conhecido em festas havia dormido antes de mim? Mas se eu soubesse, se eu realmente soubesse que aquilo não seria apenas um caso isolado, que não iria ser apenas mais uma noite na minha vida. 

 

E uma semana depois eu ainda pensava em você, nós trocamos números de telefone e você até me passou algumas de suas redes sociais! Me contou seus filmes, suas bandas e até sua raça de cachorro favorita, construímos uma amizade, sem, é claro, tirar alguns benefícios. Três semanas depois e eu já sentia algo a mais por você, ficar um dia sequer sem estar ao seu lado? Impossível! Seus lábios, sua pele, seu cheiro, eu estava viciado naquilo, viciado em você, Nate. 

 

Um mês depois e eu te pedi em namoro, lembra como foi? Havia feito uma reserva naquele restaurante..Qual era mesmo o nome dele, consegue se recordar? Lembra de como eu estava estupidamente nervoso com aquilo? E se você recusasse?! E naturalmente, é claro que você aceitou, com aquele sorriso no rosto que valeu pelos dois meses de aluguel que haviam bancado o anel e o restaurante. Dois meses depois e está tudo as mil maravilhas! Nos reunimos na sala do meu apartamento toda sexta, assistimos nossos filmes favoritos enquanto devoramos pipoca atulhadas de manteiga e ficamos mais próximos da morte, até brincávamos com isso. Certo, então..vamos avançar pro terceiro mês, nele...Cara, é como se tudo tivesse melhorado um pouquinho! Nate, por você..Eu poderia ter feito tudo novamente sem nem pestanejar, estava tudo tão perfeito. Quatro meses depois e você me leva pra conhecer seus familiares, me apresenta a sua mãe, o seu pai, sua avó, seu avô e o seu cachorrinho! Seu pai me puxou pro lado depois do almoço e me disse que me quebraria caso eu lhe machucasse, até rimos um pouco depois disso. Foram momentos de alegria, mas.. Momento de alegria que iriam acabar. 

Quando que aquilo começou mesmo? Alguns meses depois do nosso aniversário de um ano, não foi? Já morávamos juntos naquela época, dividíamos as despesas juntos, nos revezávamos na cozinha e limpeza, brigávamos, mas você sabe como tudo acabava, em uma transa selvagem de desculpas, às vezes até parecia que você arrumava briga de propósito, o que não seria tão surpreendente. Foi como uma tosse que o inferno na nossa vida teve início, não é? Uma tosse persistente e agudas dores no peito, lembra todas as vezes que você me disse para procurar um médico? Eu constantemente dizia que não precisava e de que estava tudo bem comigo, santa teimosia, hein? Isso até....Até você finalmente me fazer ir no médico e eu descobrir o que eu tinha de fato. 

 

Eu sempre pensei que a pior parte de ter câncer fosse ter que assistir a minha própria e lenta morte dia após dia, ou que fosse ter que raspar o cabelo, ou que talvez fosse ter que abdicar de todos os sonhos e planos que havíamos feito. Mas essa não foi a pior parte de ter câncer, a pior parte de ter câncer foi acordar no meio da noite através dos seus soluços, a pior parte foi ver as malditas lágrimas descendo pelo seu rotos delicado e saber que eu era a causa daquilo, que eu havia feito aquilo com você, Nate. Lembra de quando eu tive que raspar o cabelo? Você estava do meu lado e até segurou minha mão quando eu falhei no ato de tentar demonstrar que estava bem e acabei chorando, não era pelo cabelo, você sabe, mas sim porque eu sabia que aqueles podiam ser os nossos últimos momentos juntos. 

 

 

Eu nunca quis morrer numa cama de hospital, cercado de tubos ou algo assim, eu creio que você sempre soube disso, não é? Ter que ver o sofrimento em seus olhos, ver que a cada dia que passava eu morria cada vez mais, sentir que mesmo que meu coração ainda batesse, eu estava morto por dentro, um corpo sem alma falante e andante. Nate...se você estiver lendo isso, então eu sinto muito por tudo que fiz, porque foi provavelmente você quem achou o meu corpo morto no banheiro, só quero que saiba que eu te amo e sempre te amarei acima de tudo. Eu estou indo agora, finalmente consegui achar aqueles remédios pra dormir que você escondeu quando considerou que fosse perigoso para mim ter eles por perto. Mais uma vez, me perdoe por tudo. 

Com amor, Hugh. 

 

Segurando a carta com as mãos trémulas, o garoto de cabelos castanhos sentia a vista embaçada com as lágrimas que manchavam o seu belo rosto. Não se ouvia nada além dos seus pequenos soluços, o mundo ao redor estava silencioso, como em profundo respeito pela dor que o corria por dentro. Ele só disse uma coisa: 

 

— Eu te perdoo. — As palavras trémulas ecoaram pelo aposento silencioso, seu coração estava em pedaços, mas ao menos naquele momento, ao menos ali, vendo as palavras do amado gravadas naquele pedacinho de papel, ele sentia que era uma ordem para que ficasse melhor. 

 

Hugh nunca gostou de vê-lo triste e sempre fez de tudo para impedir que ele ficasse daquela forma, era por isso que o amava e era por isso que sempre o amaria. O que aconteceria daquele momento em diante? Ele não sabia, mas depois de tanto tempo, era como se as nuvens cinzentas que pairavam sobre si desde a morte dele finalmente haviam indo, e que no fim, as coisas finalmente melhorariam.


Notas Finais


Caso alguém tenha lido essa grande bosta, só quero dizer me desculpe por talvez ter lhe deixado triste, ou talvez você tenha odiado tanto que tenha rido mais do que chorado, não importa de qualquer forma.


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