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História Nu ABO {Monsta X} - Chama a Ludmilla


Escrita por: Monbebeboy

Notas do Autor


Oii ^-^

A música é Mad World, de Gary Jules <3

Capítulo 16 - Chama a Ludmilla


Fanfic / Fanfiction Nu ABO {Monsta X} - Chama a Ludmilla

Ao voltar para o castelo após seu bem sucedido encontro, Minhyuk avistou Wonho e Changkyun do lado de fora.

— O que estão fazendo aqui? — o vampiro perguntou.

— Estávamos fugindo… — o alfa respondeu.

— Mas a gente mudou de ideia. — o ômega completou, olhando com uma expressão triunfante para o tio.

O instinto de Wonho dizia-lhe que deveria sair correndo com o sobrinho e escondê-lo o mais bem que pudesse, porém o garoto não parecia estar sofrendo por estar ali, bem ao contrário por sinal, e tinha o Chae também…

— Acho que seu irmão ficou chateado com a gente. — o alfa disse a Minhyuk.

O vampiro pensou um pouco.

— Foi ele que trancou vocês aqui, né?

Ambos os híbridos assentiram.

— Mas e o servo? Não viu vocês? — perguntou como se isso fosse algo meio impossível de acontecer.

— B-bom… — Wonho não queria contar sobre o bilhete, mas não sabia o que dizer, o vampiro também parecia não se importar.

— Vem, vamos voltar lá pra dentro.

Abriu a porta e os três entraram. Changkyun se despediu amavelmente dos dois e caçou o próprio quarto. Ao ficar a sós com Wonho, Minhyuk contou todos os detalhes de seu encontro e o agradeceu por lhe ajudar.

— Gosto de você, você é diferente dos outros lobos. — disse o vampiro.

— É o que eles sempre fizeram questão de me dizer, que sou diferente. — o alfa gargalhou, não ligava mesmo para a opinião dos outros, se orgulhava por não ser igual a eles.

Ao terminarem a conversa Wonho seguiu farejando o cheiro de Hyungwon. Encontrou-o tocando piano na sala de música e entrou lá sem fazer barulho enquanto o vampiro cantava uma canção melancólica.

"All around me are familiar faces

Worn out places

Worn out faces"

Ouvia-o e conseguia sentir em si a emoção das palavras cantadas por ele, pois sempre havia sido um tanto sensitivo e receptivo com os sentimentos alheios, talvez porque fosse do signo de Peixes. Estava tão concentrado que não percebeu quando a música terminou.

— Não pensei que fosse voltar. — o vampiro disse sem se mexer. — As pessoas que eu me permito amar nunca voltam.

Wonho saiu do transe em que se encontrava e sentou ao lado de Hyungwon. Olhando em seu rosto percebeu que ele estava chorando. Acariciou-lhe os cabelos e, olhando em seus olhos, lhe disse:

— Eu não vou te deixar, acredite em mim.

— Foi o que ele disse também. — o vampiro permanecia imóvel enquanto as lágrimas caíam.

O alfa subitamente sentiu um instinto competitivo dentro de si.

— Ele quem?

— O Mark.

O vampiro hesitou por um momento, mas decidiu continuar.

— Eu o amava, ele me amava também. Era o meu servo particular, assim como o Jooheon é o servo do Kihyun. — seu olhar foi para longe. — Ele era como o brilho do sol que eu jamais irei ver, era a luz no meio da escuridão que era minha vida. Ele… — mais lágrimas caíram. — Ele me mostrou um mundo novo. Eu nunca me importei com a guerra entre lobos e vampiros, isso sempre me pareceu uma grande bobagem. O que realmente importa é o que temos aqui, certo? — apontou para o coração e o alfa assentiu. — Fui criticado quando o escolhi como servo, mas eu não podia deixar um jovem Maior órfão vagar sozinho por esse mundo cruel…

A menção desta palavra fez Wonho sentir calafrios.

— Um Maior?! Ele era lobo?! Lobo puro?!

O vampiro assentiu.

— Não havia híbridos naquela época, você deveria saber.

— Eu sei, é que, tipo, é estranho pensar que um lobo puro estivesse no meio da Família Real Vampírica.

Hyungwon deu um leve sorriso.

— Não foi escolha dele, os outros lobos mataram os pais dele quando ele ainda era criança em uma inútil guerra territorial. Eu o encontrei e cuidei dele, tempos depois ele cuidou de mim. — seu olhar brilhou. — Eu me permiti amá-lo, mas a verdade é que isso aconteceu bem antes da minha permissão. Nunca pensei que fosse perdê-lo, mas então teve aquele dia… — lágrimas caíam como cascata. — Eu queria levá-lo comigo, mas o Kihyun me impediu, disse que ele era um servo e ia ficar pra lutar. — fungou. — Claro que ele ia ser o primeiro a morrer porque era lobo! — encarou Wonho. — Mas eu não chorei. Não… Aquele dia prometi a mim mesmo que uma pedra teria mais sentimentos que eu. Consegui cumprir a promessa, mas aí olhei pra você e depois de tanto tempo era como se visse o brilho do sol novamente. — o alfa deu um de seus belos sorrisos iluminados ao ouvir isso. — Você me fez lembrar o quanto eu sentia a falta do Mark.

Wonho quis se morder de ciúmes, mas permaneceu quieto acariciando os cabelos do choroso vampiro.

— Eu não queria abrir o meu coração à você porque você não era nada além da sombra do que o Mark foi para mim, mas… — acariciou o rosto do alfa. — Depois de um tempo não era mais o Mark, era você. Você me trazia o brilho do sol. Quando percebi isso decidi que me trancaria ainda mais, porque você certamente iria embora e… E eu não poderia ter você. Mas o fato é que eu não consegui. — olhou Wonho de cima a baixo com um sorriso tímido. — E a culpa foi sua.

O alfa o abraçou apertado e sussurrou em seu ouvido:

— Quando te deixei sozinho no túmulo, pensei que fosse um teste seu e eu precisava passar. Você não gostava de mim sendo fácil e…

— Era um teste mesmo, você passou.

Na verdade não tinha sido um teste, mas Hyungwon não queria admitir que suas palavras foram usadas contra si mesmo.

— Eu vou ser sempre o seu sol. — Wonho sussurrou-lhe e então o beijou.

O beijo começou suave e carinhoso, mas à medida que as mãos foram ficando bobas, ele se tornou quente e sexual. Neste momento o piano teve outra utilidade além de fazer música, pois Wonho deitou Hyungwon lá e...

***

Jooheon estava no porão treinando golpes com sua katana, não sabia quando a guerra aconteceria e estava sentindo falta de perfurar alguns corpos. Na verdade era o que dizia a si mesmo, pois falta mesmo ele estava sentindo era do jovem ômega. Resolveu ir até o antigo quarto dele para sentir seu cheiro.

Ao abrir a porta se deparou com Changkyun deitado na cama todo suado e revirando os olhos. O cheiro que ele exalava era absurdamente tentador e fazia seus hormônios gritarem alto que queriam e precisavam se jogar naquele corpo delicado.

— Você?! — exclamou totalmente surpreso.

— Eu… — a voz do garoto soou mais como um gemido, fazendo-o enrijecer.

— Era pra você ter ido embora. — Jooheon tentava a todo custo ignorar o que estava sentindo.

— Vem deitar comigo, vem… — o híbrido o convidou com uma voz sedutora e urgente.

O servo mordeu os lábios e permaneceu imóvel.

— Eu vou morrer se você não se deitar comigo! — Changkyun choramingou.

— Não vai morrer, é só um cio.

O ômega subitamente se levantou e foi até ele.

— Eu não quero saber o que é. — disse enquanto passava a mão pelo abdômen do rapaz, que tentava manter a respiração normal, porém sem sucesso. — Eu quero você!

A mão do garoto desceu e acariciou exatamente onde mais latejava e então isso não poderia mais ser evitado…

Jooheon apertou seu bumbum e o puxou para um beijo profundamente gostoso, arrancando-lhe a camisa em seguida e o levando para a cama no colo. Deitou-se por cima dele e o fez gemer alto enquanto se esfregava em seu corpo, o qual, por sua vez, puxou-lhe a camisa e arranhou suas costas. O servo levou a mão até o membro do garoto e o manipulou por baixo da roupa, deliciando-se de seus gemidos.

— Você ao menos sabe o que estamos fazendo? — perguntou enquanto dava-lhe beijos pelo peito, descendo em direção ao umbigo.

— Não… — o ômega gemeu. — Mas não quero parar…

Jooheon achava antiético fazer isso com um garoto tão inocente que nem ao menos sabia sobre coisas pervertidas, mas seu instinto não tava nem aí, então ele abriu o fecho da calça e colocou aquele membro duro na boca, fazendo-o gritar e lhe puxar o cabelo.

Não demoraram a se despir completamente e o servo sequer precisou umedecer os dedos para preparar Changkyun, pois o garoto estava totalmente lubrificado.

— Ai! — era uma sensação nova para ele, porém à medida que Jooheon movimentava os dedos, ia ficando cada vez mais bom, fazendo-o gemer.

O ômega então pegou no membro de seu companheiro e se espantou.

— Isso vai entrar em mim igual aos dedos?!

Jooheon deu uma risadinha.

— Vai… — respondeu enquanto chupava seu pescoço.

Quanto mais o garoto apertava, mais o membro pulsava, fazendo o servo lhe agarrar com mais força.

— Você já tá pronto, né? — custou a perguntar devido aos gemidos e a respiração irregular.

— Manda ver. — Changkyun respondeu.

E ele mandou ver de forma gostosa, fazendo o jovem ômega gritar seu nome loucamente enquanto revirava os olhos, sentindo que finalmente estava satisfazendo o desejo ardente que havia começado a sentir há algum tempo. 

Jooheon sentia o mesmo enquanto tentava abafar os próprios gritos ao estocar cada vez mais rápido. Ambos suavam e sentiam seus corpos extremamente quentes.

***

— Vocês são a nossa esperança contra eles, não subestimem o vampiro que matou tantos de nós. — disse Kris para três lobos, que o ouviam atentamente.

— Vampiro, huh… — um deles disse e todos fizeram uma má expressão, o que demonstrava que tinha algo pessoal rolando ali.

Os quatro estavam na reunião final das várias que fizeram dentro da casa de Namjoon, que estava lá fora dando ordens a um exército de alfas.

***

Wonho e Hyungwon foram caminhar no pântano para tomar ar fresco, pois ainda sentiam o calor do que haviam feito momentos antes. Sentaram-se em cima de um túmulo e o vampiro deitou-se no colo do alfa, que acariciou seus cabelos.

— Meus irmãos me culpam pelo que aconteceu naquela noite.

— Que culpa você teria nisso? — Wonho não havia entendido.

— Sabemos que fomos traídos e eles teimam que o Mark foi o traidor, mas eu sei que não.

— Como sabe disso?

— Eu sinto que não foi ele, não seria capaz disso.

O alfa não tinha tanta certeza assim. Pegou o lenço que sempre carregava consigo e o entregou ao vampiro.

— Isso tem a ver com ele, não é?

— Foi ele quem me deu. O que estava fazendo com você? — se sentou.

— Você deixou cair quando trombou comigo.

Hyungwon passou o dedo pelas letras bordadas e ficou um tempo em silêncio. Por fim disse:

— É hora de deixá-lo ir…

Subitamente desceu do túmulo e pegou uma pedra, enrolando o lenço nela. Wonho o seguiu quando ele começou a andar e ambos foram parar no laguinho.

— Descanse em paz Mark. Você foi muito amado.

Dizendo isso o vampiro atirou a pedra dentro da água, a qual rapidamente afundou. Wonho o abraçou por trás e lhe sussurrou:

— Agora você também está em paz.

— Como não estive em mil anos. — virou-se e beijou o alfa.

***

Jooheon e Changkyun permaneciam deitados de conchinha e com os dedos entrelaçados. Haviam recuperado o fôlego há algum tempo, mas recusaram-se a se mexer.

— Eu quero fazer isso todo dia. — disse o ômega.

Jooheon riu.

— Você teria que ficar comigo pra sempre então.

— Eu quero ficar com você. — aconchegou-se mais no corpo dele.

O servo sorriu e uma coisa lhe ocorreu.

— I’m, você já ouviu falar em sanguinis transmutae?

O garoto estranhou as palavras.

— Não, o que é isso?

— Transmutação do sangue. Esse termo jamais saiu da boca de lobos decentes, não me surpreende que hoje em dia ninguém saiba sobre ele. — refletiu. — Bom, o sangue de um vampiro puro é muito poderoso, tanto que vampiros puros sempre foram raros. Ele pode salvar a vida de alguém que esteja morrendo se a pessoa beber diretamente do pulso, mas se for demais e por um longo período de tempo ele vai começar a substituir o sangue da pessoa e…

— Ela vai se transformar em vampiro, certo?

— Exatamente. Em um lobo puro isso leva séculos e séculos, mas em um híbrido como você…

— Está sugerindo que eu faça isso?

— Sim, você não gosta de ser da raça lupina mesmo, não é? Se começar o processo poderá ser um de nós, sem ter que ir embora. — deu-lhe um beijinho na bochecha. — Assim poderá ficar comigo.

O ômega pensou no assunto por um momento.

— Você faz isso em mim então?

— Não… — Jooheon riu. — Só o Kihyun pode fazer, ele é o único puro.

— Será que ele vai querer?

— Vou pedir a ele, tenho certeza que ele vai sim.

Ficaram em silêncio por um tempo.

— Mas e o meu tio? Ele gosta de ser alfa.

Jooheon hesitou, mas não tinha outra coisa a responder.

— Bom, terá que escolher um de nós dois.

Essas palavras fizeram o coração do garoto doer como se uma flecha o tivesse atravessado.

— Mas não pensa nisso agora, só aproveita o momento. — o servo começou a lhe beijar carinhosamente.

***

Jungkook, Jimin, Taehyung e Hoseok estavam sentados juntos à mesa como uma família. Conversavam sobre a guerra lupino-vampírica e cogitavam possibilidades de ambas as raças fazerem as pazes.

Algo muito remoto de acontecer…

***

Do alto da pedra onde passara horas agachado esperando pelo som, finalmente Kihyun ouviu o bater dos tambores muito longe de onde estava. Sentiu uma alta carga de adrenalina e com um sorriso mau saltou nas árvores, indo para o castelo em alta velocidade.

— Jooheeeeeeeeeon!! — gritou ao avistar o servo na sacada. — Chama a Ludmilla que é hoje!


Notas Finais


Tradução:
"Tudo à minha volta são rostos familiares
Lugares desgastados
Rostos desgastados"

Kissus <3


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