História Nuestro amor - Juan

Já na sexta-feira, Henrique já tinha conseguido excitar Paola somente no sofá, antes de pensarem em ir ao quarto. 

- Que fogo é esse, Fogaça? - Ela perguntou enquanto era beijada no pescoço, era quase um chupão.

- Estava com saudades, meu amor... Vamos pro seu quarto logo, a Francesca nem está aqui mesmo.

Henrique segurou Paola no colo e caminhou até o quarto da morena, jogando-a na cama e subindo sobre ela, distribuindo beijos por todo seu corpo. Paola se arrepiava a cada toque e beijo, a cada palavra que ele lhe falava e até quando sentiu o volume dentro da calça tocar sua intimidade ainda por cima da roupa.

O celular de `Paola tocou e os dois se olharam.

- Deixa tocar... - Ele disse lhe beijando. Ela retribuiu o ignorou o toque.

Paola trocou as posições e ficou por cima. Retirou a camisa dele, jogou de lado e desceu até a calça, desabotoou o cinto e abriu a calça. Ele ergueu-se um pouco para descer o jeans. Ela sorriu ao ver aquele volume, beijou-o ainda por cima da cueca e quando foi baixar a cueca, seu celular voltou a tocar.

- Que droga! - Ela xingou e levantou-se. - Vou atender logo de uma vez.

Paola voltou a sala e pegou o celular. O nome de seu ex, pai de Francesca, estava na tela. Atendeu de uma vez, pois alguma coisa poderia ter acontecido com sua filha.

- Alô?

- Paola, que bom que atendeu! Estou no hospital com a Francesca, tem como vir aqui?

- HOSPITAL!? - Ela gritou e logo viu Henrique aparecer na sala, ajeitando a calça. - O que ela tem?

- Assim que jantamos, ela começou a passar mal, vomitar e ficar roxa, então eu vim logo pro hospital. Você quer vir aqui?

- Claro que eu vou! Minha filha tá passando mal! 

Paola desligou e colocou o vestido longo que havia usado minutos antes. Henrique estava lhe esperando na porta e rapidamente chegaram no hospital infantil.

Juan, pai de Francesca, estava na recepção falando com alguém pelo celular. Paola lhe deu um tapa no ombro e ele se assustou, quase deixando o aparelho cair.

- Que susto, Paola! - Ele disse com um sotaque argentino carregado. 

- Desliga esse telefone e me explica o que aconteceu. Cadê Francesca?

Henrique se aproximou e cumprimentou Juan.

- Porque está com esse cara? Cadê o Jason?

- JUAN, CADÊ A FRANCESCA?

- Calma, ela está sendo examinada, eu tive que vim atender essa ligação, né? Mas ao que parece foi apenas intoxicação alimentar.

- Certo, e o que você deu pra ela? Que eu saiba, vocês foram ao cinema e ela comeu apenas pipoca.

- Sim, mas depois do filme ela quis comer algo e eu estava com um pouco de pressa, então acabei comprando McDonald's, mas eu não sabia que ela ia vomitar tudo sobre mim! - Ele mostrou a camisa manchada e com fedor. 

- Você deu McDonald's pra minha filha!? - Paola gritou no meio do hospital.

- Paola, calma! - Henrique disse segurando a mulher. - Porque você não entra e vai falar com o médico? Francesca deve tá com saudade e querendo a mãe.

Paola assentiu e entrou em um dos corredores. Henrique e Juan se olharam.

- O que você tava fazendo com a Paola?

- Paola e eu somos jurados de um programa.

- Eu sei, mas é sexta, o programa acabou e só tem vocês dois.

- Vai ter temporada dos profissionais, estávamos em reunião na casa da Ana Paula Padrão. - Juan revirou os olhos. - Nem sei porque estou aqui te dando satisfações, cé loko.

Fogaça sentou-se numa das cadeiras da recepção e começou a mexer no celular. Juan voltou para a sala, atrás da filha.

Minutos depois, Paola voltou sozinha e se aproximou de Henrique. Ele levantou e a olhou. Seu olhar era triste e de cansaço.

- E aí? - Paola negou e deixou algumas lágrimas escorrerem. Fogaça a puxou e lhe abraçou.

- Ela vai ter que ficar em observação durante essa noite, então vou ter que ficar aqui com ela. 

- Eu sei que você passou o dia no Arturito e que cansa, se você quiser, eu fico com ela.

Paola riu fraco e o olhou. Henrique secou suas lágrimas e beijou seu rosto.

- O Juan tem um ataque se você ficar aqui. Amanhã a gente se fala.

- Certo, manda um melhoras pra loirinha. Qualquer coisa me liga, se tiver com fome me liga que eu trago comida.

- Deixa de ser exagerado, Henrique.

Paola lhe deu um selinho rápido e discreto. 

Fogaça sorriu e logo saiu. Ela respirou fundo, prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e voltou para a enfermaria, pronta para ter que aguentar Juan falando besteiras a noite inteira.