História Nuestro amor - La Guapa

No dia seguinte, Paola chegou na Band e trocou rapidamente de roupa, colocando a mesma do dia anterior, já que iriam gravar a segunda parte do programa. Olhou a dolmã branca na arara de roupas e respirou fundo, seria um longo dia.

Passou na sala de maquiagem e encontrou Ana quase pronta. Aguardou alguns minutos e foi sua vez.

- Acho que estão nos aguardando. - Ana Paula avisou quando notou os corredores vazios.

- Então vamos. - Paola levantou e correu com Ana até o estúdio.

Pato dava as últimas informações para a produção e iniciou a gravação. Henrique estava com a mesma roupa do dia anterior, um terno totalmente preto, deixando-o com expressão mais séria, bruta e sexy.

- Oi, meu amor. - Ele sussurrou com um sorriso. - Preparada pra hoje?

- Você sabe que não. - Respirou fundo e retribuiu o olhar e sorriso - Não me desejou bom dia no Whatsapp porque?

- Pensei em desejar pessoalmente. - Henrique virou-se para a mulher e cruzou os braços. Estavam bem próximos. - Bom dia, meu amor.

- Henrique, aqui não! - Paola o repreendeu quando sentiu uma de suas mãos na sua cintura. - Se afasta.

- Nossa, tento ser carinhoso e você vem com duas pedras na mão! - Fogaça levanta as mãos e retorna ao seu lugar.

- Paola e Henrique, silêncio! - Pato gritou, fazendo a argentina corar. - Vamos gravar!

No início, Paola estava nervosa. Logo quando Ana pediu para que fosse trocar de roupa, recebeu um "boa sorte" de Henrique e sorriu.

Logo voltou, já com as câmeras ligadas e escutou alguns burburinhos dos participantes.
Ana informou o que iria acontecer naquele episódio e Paola respirou mais tranquila. Parecia que quando estava usando aquele tipo de roupa, mesmo sendo  em um programa de TV, ficava à vontade e confortável.

- Eu preciso te comer com essa roupa, sabia? - Fogaça falou ao pé do seu ouvido.

- Fogaça!

Ela o repreendeu e se afastou, indo verificar a bancada dos participantes.

Fogaça a observou se afastar, ou melhor, observou sua bunda naquela roupa. Ver Paola com roupa de chef e ainda gritando ordens para aqueles chefs formados era divertido e ao mesmo tempo sexy. 
Queria que ela gritasse com ele na cama. Anotou esse lembrete mentalmente e sorriu ao vê-la falar alto com João.

Momentos depois, decidiram chamar Dário e Ivo para ajudarem os quase eliminados.

- Mira lo que está haciendo! - Paola disse nervosa, respirando fundo para não expulsar os participantes do programa de uma vez. - Não vai dar tempo, Jacquin!

- Faça o que tem que fazer, Paola. - Ele avisou com seu sotaque francês carregado.

- Exato, você é a chef. - Fogaça disse passando a mão nas costas dela, tentando tranquilizá-la. - Ninguém vai culpar você depois.

Paola assentiu e fez o que tinha que ser feito. Se aproximou na cozinha e gritou com todos, inclusive com João. E aquilo não tinha sido o pior, pois na hora de servir os convidados, Paola teve mais dor de cabeça.

No fim, Paola já estava deitada no sofá de sua casa. Estava com uma dor de cabeça tão forte que nem mesmo remédios estavam dando efeito. Desligou seu celular assim que tinha saído da Band, e não iria ligá-lo tão cedo.

A campainha da sua casa tocou e com esforço, levantou e abriu. Encontrou Fogaça de bermuda preta, chinelo e camisa preta na sua porta, com um sorriso de canto. A morena voltou para o sofá, deitando-se e fechando os olhos.

- É assim que recebe seu namorado? - Ele questiona sentando no chão ao seu lado, lhe dando um selinho.

- Desculpa, você sabe como foi lá na gravação.

- Eu sei, mas eu acho que vai piorar a cada dia.

- Eles possuem ego inflado demais. - Ela disse encarando seus olhar. - Porque não foi para os seus restaurantes?

- Prefiro ficar aqui com você. - Ela sorriu de lado. - Cadê sua filha?

- Dormindo, chegou cansada da escola.

- Então quer dizer que temos a casa livre por algum tempo?

- Livre nada, ela está no quarto.

- Mas não no seu quarto! - Ele avisou, com um sorriso safado.

- É lá mesmo que ela está. - Paola riu. 

- Então tenho outro lugar. - Henrique disse passando uma das mãos pelas coxas dela e parando em sua vagina, alisando-a por cima da calça. 

- Não vou pra motel, Fogaça.

- Quem disse que vamos, minha argentina?

Ela sorriu abertamente e pediu:

- Repete.

- Minha argentina. - Paola levantou em um pulo, o abraçou e lhe beijou.

Os dois foram seguindo até a cozinha. Henrique adentrou na dispensa e trancou a porta, acendendo a luz e encostando a mulher contra a parede

- Lo que el fuego es esto, Fogaça?

- Isso foi porque eu te vi com aquela roupa no programa. - Ela cerrou os olhos e riu.

- Você já me viu inúmeras vezes no Arturito!

Ele ignorou-a e lhe virou, dando mordidas em seu pescoço enquanto retirava a calça jeans colada. Baixou sua bermuda e já ereto, penetrou-a.

- Fogaça! - Ela quase gritou e levou um tapa na bunda.

- Não sabia que já estava assim. - Ele aproximou do seu ouvido e riu. - Já estava molhada.

- Você me enlouquece, hermoso! 

Fogaça continuou lhe penetrando, ouvindo seus gemidos e lhe dando alguns chupões no pescoço.

**

- Mamá! - Francesca chamou batendo na porta do quarto.

- Hola, mí amor! - Paola abriu a porta e pegou a menina no colo, beijando seu rosto. - O que houve? - Fechou a porta do quarto e seguiu com a loirinha pra cozinha.

- Quiero comer algo.

- Yo también.

Paola sentou a pequena na bancada e abriu a geladeira em busca de algo pra menina. 

- Y la escuela?

- Normal. - Paola a encarou e a loira riu. - Qué voy a comer?

- Vou levá-las para comer fora, mas precisam parar com esse espanhol. - Henrique apareceu vestindo a blusa e beijou o rosto da loirinha. - Tudo bom, gatinha?

- Oi, tio Fogaça! - A menina gritou e pulou no colo do homem . - Podemos comer McDonalds?

- Francesca, não! - Paola disse fechando a geladeira. - O tio Fogaça precisa trabalhar.

- Não preciso não! Podemos ir no La Guapa.

- Sí, Mamá! Por favor! - A loira disse juntando as mãos. 

- Tudo bem, agora vai trocar de roupa.

Fran correu pro quarto e em segundos voltou correndo, já vestida. Paola ainda demorou alguns minutos.

- Que princesa rápida, nem parece a mãe. - Fogaça disse.

- Escutei, Henrique. - Ela rolou os olhos e voltou.

Os dois foram no carro de Henrique. Chegaram no La Guapa, tiraram algumas fotos com os fãs e sentaram em uma mesa aos fundos do local, um local sagrada para Paola. Era tipo um jardim, onde Francesca costumava ficar brincando ou onde faziam suas refeições.

- O que quer comer? - Paola perguntou entregando um cardápio a ele.

- Você. - Ele falou com os lábios. Paola olhou séria para a menina e para ele. - Ela nem escutou.

- Eu quero a de sempre. - Fran disse devolvendo o cardápio pra mãe.

- Me surpreenda. - Henrique disse devolvendo o cardápio pra Paola.

- Tudo bem, vocês vão provar as melhores empanadas argentinas.

Paola voltou para dentro e pediu aos garçons para levarem algumas empanadas. Antes de voltar pra mesa, viu Carine entrar com um garoto.

- Ué, porque João está com a... - Paola calou-se e voltou correndo pro ambiente onde Henrique estava. 

Encontrou o tatuado brincando de adoleta com a loirinha e sorriu, vendo como ele realmente era uma ótima pessoa e certamente um excelente pai. De seus filhos e de Francesca.

Espantou seus pensamentos e sentou.

- Você está bem? Parece que viu um fantasma.

- Não, nada demais, foi só uma coisa que me contaram. Coisas do La Guapa.

- Tudo bem, e cadê nossas empanadas?

- Calma! - Ela falou.

Em alguns minutos um de seus funcionários trouxe suco, café e empanadas. Serviu a mesa e se abaixou para falar com Paola.

- Carine, namorada do seu amigo, está perguntando se ele está aqui. Certamente viu o carro.

- Diga que... - Paola lembrou de João e suspirou. - Eu aviso.

O garçom se retirou e Paola partiu uma das empanadas, entregando metade pra filha.

- Sua namorada está lá fora. - Ela avisou sem o olhar nos olhos.

- De quem?

- Só pode ser a sua, Francesca não tem idade para namorar e eu gosto de homens. - Ela piscou séria e voltou a atenção para a empanada.

- Droga. - Ele levantou irritado, indo para a frente do local.

- Sólo un minuto, mi amor. - Paola seguiu Fogaça.