História "Nugu ya?" - Capítulo vinte e um

Uma semana havia se passado desde que Namjoon se confessará.

O moreno se sentia estranho e vazio, era difícil pra si passar pelo branquinho e fingir que não o conhecia, afinal, desde que haviam se conhecido sempre se falavam e estavam juntos nos intervalos das aulas, porém tentava ao máximo conter as emoções, principalmente por descobrir que Yoongi cogitou trancar o curso, claro que ficou extremamente arrasado com á noticia, não tinha ideia que sua presença incomodasse tanto o outro, mas foi rápido em tomar providências, pedindo para Jimin mandar um recado para o amigo.

- Ele pediu para você não trancar. – Falou o mais novo enquanto se aproximava de Yoongi.

- Ele quem? – Min questionou como se não tivesse importância, focando somente no livro a sua frente.

- Namjoon.

- Só falta dizer que virou amiguinho dele agora. – Fechou o livro irritado olhando pra Park

- Ele disse que esse é o ultimo período dele, que não precisa se preocupar, logo estará indo embora.

Por um momento Yoongi sentiu todo seu corpo estremecer, sabia que Kim estava alguns períodos a sua frente, visto que esse era seu primeiro ano e o moreno já estava cursando a faculdade durante um tempo, mas não imaginava que fosse tanto, realmente não era alguém que prestava atenção nos detalhes, entretanto, o que de fato lhe incomodou foi de saber que talvez não visse mais NamJoon

- Ótimo, espero que acabe logo. – Murmurou

- É isso que realmente quer? – Jimin apoiou o rosto nas palmas das mãos, jogando metade de seu corpo sobre a mesa do refeitório.

- Claro. Por que não seria?

- Porque você gosta dele. – O amigo disse simplista

- Não seja ridículo. – Bufou

Jimin bagunçou os cabelos se arrumando na cadeira olhando para o moreno do outro lado do ambiente.

- Que bom, pois tem gente investindo nele. – Sorriu tentando provocar Min que rapidamente seguiu o olhar do amigo vendo uma garota loira sentada ao lado de Namjoon, qual estava com cara de poucos amigos, contudo aceitava o cafune que recebia da menina.

- Idiota. – Se virou com o rosto completamente vermelho de raiva.

- Esta vendo só... Você gosta dele. – Suspirou fundo mais logo voltou a falar quando viu seu hyung abrir a boca para reclamar. – Crescemos juntos, você sempre cuidou de mim e me apoiou, ate mesmo quando comecei a sair com o Tae e o Kook ao mesmo tempo, foi o único que esteve ao meu lado quando briguei com eles pela primeira vez, também estava lá quando eu e o Tae passamos a noite chorando por Kook ter ido morar em outro país. – Outro suspiro foi dado. – Quando você me falou sobre o que aconteceu, jurei para mim mesmo que ficaria ao seu lado, mas hyung... NamJoon não é seu pai que enganou sua mãe durante a vida toda e que te obrigou a ser quem não era só pra agradar os familiares e amigos, sei bem que odeia mentiras por conta disso, sobretudo, pensa bem, é isso que está fazendo... Você está se enganando, não tente arrumar desculpas para esconder o que sente. – Apontou pra Namjoon. – Você não é o único que esta sofrendo, olha só pra ele e vê se parece bem.

- Jiminie. – Yoongi não sabia o que falar.

- Para de ficar escutando o áudio que ele mandou e vai se confessar, ter a mesma coragem que ele teve para te enfrentar. – Se levantou dando um sorriso. – Agora o conselheiro amoroso tem que ir pra aula.

Min ainda estava estático, não sabia o que fazer, não podia negar, sabia muito bem que tudo que seu amigo falara era pura verdade, tentava colocar na sua cabeça inúmeras desculpas, contudo, nenhuma delas mudava o fato de sentir seu coração doer por não receber mais nenhuma mensagem, mimo e ver o lindo sorriso do mais novo.

Yoongi fechou os olhos, respirou fundo e se levantou, iria falar com Namjoon, porém o mesmo não estava mais lá.

21:36 pm

O pálido se encontrava jogado sobre a cama encarando o pequeno papel entre seus dedos; questionava-se mentalmente se deveria ir naquele show, faltavam apenas alguns minutos para começar e ainda não tinha tomado uma decisão, afinal ninguém lhe garantia que o outro estivesse lá, visto que o combinado era ambos assistirem juntos, mas agora na situação atual, tudo era complicado demais.

- Foda-se. – Resmungou levantando e pegando um casaco, iria pra esse show mesmo que chegasse atrasado.

Correu entre as ruas próximas de sua casa ate encontrar um táxi, durante o percurso pedia para o motorista acelerar, mas parecia que o mesmo ignorava seu pedido falando com uma voz estranha que a velocidade permitida era apenas de 60 km por hora.

Quando enfim chegou ao local, conferiu que já fazia 18 minutos que o show havia iniciado, podia até mesmo ouvir os gritos vindos de dentro.

Min Yoongi agora se encontrava no meio do enorme corredor tentando achar o assento que ficaria, estava prestes a desistir, estava irritado pelo lugar ser grande demais e ninguém lhe ajudar, mas logo foi surpreendido por alguém lhe chamando.

- Yoongi. – NamJoon chamou receoso.

Assim como o outro, Kim decidiu de ultima hora ir ao show e estava com dificuldade de achar onde iria ficar.

- Cala boca. – Min falou vendo NamJoon arregalar os olhos e se preparar pra se afastar e rapidamente o pálido correu até si o puxando pelo pescoço e o beijando.

NamJoon não estava preparado para aquilo, estava surpreso, surpreso demais para corresponder, estava imóvel parecendo um poste, nem ao menos piscava, porém despertou de seu devaneio quando o branquinho colou os corpos e ficou nas pontas dos pés; naquele momento teve a certeza que tudo aquilo era real e pouco a pouco foi deslizando sua mão até a cintura fina a apertando, seus lábios agora se movia com total prontidão, seus olhos já se encontravam fechados e sua língua brigava por espaço dentro da boca do outro, que permanecia com seu típico gosto doce.

O beijo foi parando aos poucos, sendo finalizado com uma pequena mordida e puxada, qual foi dada por Min que estava completamente corado.

- Eu disse pra calar a boca e não se afastar. – apoiou sua cabeça no peitoral de NamJoon. – Não se afaste nunca mais. – Sussurrou

Kim Namjoon deu uma pequena risada e um beijo na cabeça de seu amado; sabia muito bem que aquela era a maneira que seu “mozin” encontrou para se confessar e não se importava, finalmente tinha o pequeno mal-humorado entre seus braços.

Finalmente o senpai havia lhe notado.