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História Numa outra vida. - Planejar.


Escrita por: AkiseAnna

Notas do Autor


.... OE :B /levatirodebazuca
ANTES DE ME MATAREM, DESCULPA! SERIÃO TWT EU SOU UMA VAGABUNDA IRRESPONSÁVEL, EU ADMITO! TTWTT/
Eu tava relendo essa história e pensando "meu deus, quero muito continuar" e terminei esse capítulo nessa mesma noite. Vim trazer o mais rápido possível para vocês porque sei que a demora foi muita e não tem perdão. Porém, se quiserem ler ainda, aqui está <3
Boa leitura!

Capítulo 6 - Planejar.


Fanfic / Fanfiction Numa outra vida. - Planejar.


O casal percorria o trajeto até a mansão Heartfilia numa felicidade contida. Lucinda quase dava pulinhos, um grande sorriso bobo no rosto, enquanto o rapaz a observava com a mesma expressão. Quando alcançaram os muros do terreno, Natan virou-se para ela, tocando seu rosto e olhando-a com extremo carinho. 
- Até breve, minha dama - sussurrou-lhe, dando-lhe um último beijo.
- Até breve, meu amor - dito isso, o rosado virou-se e seguiu seu caminho para casa, muitíssimo satisfeito. A loira ficou vendo-o partir, enquanto tentava recompôr-se. Voltaram assim que o sol começara a se pôr como fora combinado com Maria Fernanda. Esta atravessara o jardim em direção ao portão, olhando o tempo todo para trás; Quando pareceu confirmar que não havia mais ninguém, respirou aliviada, abrindo o portão para a patroa.
- Senhorita, pensei que voltaria mais cedo...! 
- Estava preocupada, Maria? Me perdoe! - pediu, juntando as mãos, enquanto a outra ria - ah, mas foi uma tarde tão maravilhosa...
- Desculpe, mas você terá de me contar depois... Seu pai desde cedo está a sua procura, tivemos de dizer que a senhorita estava dormindo... - explicava a empregada, enquanto guiava a outra para dentro da mansão. 
- Ele me procurou? Por que será? - perguntou-se. 
- A senhorita logo irá saber, ele está a sua espera, mas... Porque está com o cabelo molhado? - perguntou confusa, ao que a moça apenas respondeu com uma vergonha muda - esqueça, depois você me explica - acrescentou, sorrindo maliciosamente. 
Quando adentraram a construção, buscaram chegar no quarto da loira da forma mais sorrateira possível; suspiraram aliviadas ao alcançar a porta, entrando no cômodo.
- Rápido! - pediu Maria, enquanto acendia as luzes. Lucinda puxou as fitas nas costas do vestido, retirando-o. Quando olhou-se no enorme espelho do closet, imediatamente tentou cobrir seu pescoço: haviam marcas avermelhadas na pele, marcas feitas por lábios macios e ardentes. 
- Quero um vestido com gola alta e mangas, Maria - pediu, corando feito louca. A outra trouxe-lhe uma peça da forma que lhe fora ordenada e, quando a loira descobriu a pele, deixou escapar um sorriso, mas não disse nada. Ajudou-a a se vestir como de costume, penteando seu cabelo em seguida; amarrou-o num coque alto na cabeça, decorado com presilhas preciosas. Estava pronta para encarar o pai. 
Andou pelos corredores da mansão, as mãos juntas na sua frente, perdida em pensamentos: em sua mente, já bolava um plano para fugir com Natan. Em seu casamento, já contava com duas pessoas para madrinha e padrinho: Maria Fernanda e seu primo, Gerard. Desejava que um de seus irmãos ocupasse a posição de padrinho, mas estes estavam mais longe que o primo e jamais concordariam com a cerimônia. Fugiria com Natan no dia seguinte, poderiam ficar algum tempo na residência de Gerard em sua cidade-natal até conseguirem trabalhar e juntar uma boa quantia, daí comprariam sua própria casa e teriam sua vida simples, mas feliz. Sorria involuntariamente ao imaginar seus filhos, talvez com os cabelos de Natan e seus olhos, isso até ela bater na porta do escritório do pai e certo loiro atender. 
- Senhorita Heartfilia... Finalmente vai nos permitir o prazer de sua companhia? - disse, o charme explícito na voz. Imediatamente reconheceu o rapaz com quem dançara no baile, Steven Eucliff. 
- Senhor Eucliff... É um prazer - disse, mais por educação que por gentileza. Não tinha certeza se gostava do loiro - pai... Mandou chamar-me? - acrescentou para o mais velho, enquanto entrava no cômodo.
- Ah, sim... Você está bem? Soube que passou a tarde descansando...
- Estou bem sim... Apenas estive meio indisposta...
- Ótimo - respondeu o pai. A preocupação do pai pela filha parecia mais profissional que paternal, mas Lucinda já acostumara-se.
- Por que o senhor me procurava? - perguntou-lhe, direta.
- Ah, claro! Bom, este jovem rapaz já parece bastante consciente de seu futuro... Imagine que ele veio pedir-me sua mão em casamento! - disse rindo, olhando para Steven com grande ambição.
Foi como se um balde de água fria fosse despejada na cabeça da jovem.
- Como é? - perguntou, chocada.
- Ora, senhorita Heartfilia... Não é como se nunca pretendesse casar, certo? - disse o rapaz, arqueando uma das sobrancelhas.
- Peço... Um tempo para pensar na proposta - pediu num sussurro. Percebeu seu pai lançando-lhe um olhar furioso no canto da sala, mas apenas cerrou os punhos, contendo sua reação.
- Mas seu pai e eu já discutíamos os detalhes do casamento! - disse sorrindo, porém ao reparar que a outra não parecia contente, acrescentou - claro que lhe entendo, senhorita Heartfilia... Esperarei uma semana ansiosamente por sua resposta - deu-lhe um sorriso charmoso, curvando-se e beijando sua mão. A moça conteve o impulso de puxá-la e limpá-la na roupa.  
- Obrigada - agradeceu. O loiro apenas sorriu-lhe novamente e acenou para Jude, retirando-se da sala. Assim que pai e filha confirmaram que o visitante estava longe, começaram a discutir.
- Você está louca?! - explodiu o pai, furioso. Lucinda virou-se para ele, completamente indignada.
- Como?! Louca?!
- Vocè não pode estar pensando em rejeitar o jovem Eucliff! Ele vem de uma família impecável, de mesmo negócio que o nosso! Temos de nos unir! - disse, quase rosnando.
- É apenas nisso que você pensa? Em mais dinheiro, riquezas? Será que a felicidade de sua filha não vale nada? - Lucinda quase gritou de volta, sentindo uma mágoa antiga acender-se em si novamente.
- Felicidade? E você ainda se julga infeliz, Lucinda? - retrucou o outro, como se a filha tivesse dito algo ridículo.
- Acho que o senhor é que não sabe... Aliás, como eu saberia? Me manteve trancada aqui por todos esses anos, lembra? - disse a loira, num tom de escárnio.
- Eu sempre lhe dei tudo, ingratinha...
- Bens materiais não compram a liberdade e o afeto de uma pessoa, pai - respondeu-lhe com frieza.
- Basta! Não sei porque estou tendo essa discussão sem sentido com você... Irá aceitar a proposta do jovem Eucliff, ponto final! 
- Eu tenho o direito de negar!
Lucinda não teve sequer tempo de raciocinar: sentiu o tapa do pai antes mesmo de vê-lo. Chocada, a moça pôs a mão no próprio rosto, olhando para o mais velho como se dissesse "como você pôde?". Jude apenas a encarou com frieza, respodendo-a com palavras duras. 
- Não, não tem. Vá para o seu quarto se acalmar. - ordenou. A jovem apenas abaixou a cabeça, fazendo que sim. Na porta, ainda parou por um segundo.
- Sabe, preferia que mamãe estivesse aqui, não o senhor. Diferente de você, ela não tinha a alma tomada pela ganância.. Tinha um bom coração - murmurou, sem se virar, mas não obteve qualquer resposta. Assim que fechou a porta, correu para seu quarto, as lágrimas lhe escapando antes mesmo de chegar lá.
Como era possível num segundo estar tão feliz, planejando seu casamento, seu futuro e agora estar nessa situação? Era como se um tampo de um ralo tivesse sido puxado, sua alegria esvaindo-se rápida e tristemente. Porém, apesar de tudo, tinha consciência de que deveria ser forte, não poderia desistir; não poderia ser prometida à Steven, pois já pertencia a Natan. Já naquela noite começaria a esboçar seu plano de fuga: se dependesse da loira, estariam fora da cidade antes do fim daquela semana. 
Quando chegou ao seu quarto, abriu a porta e caminhou decidida até sua escrivaninha. Em alguns minutos já tinha duas cartas escritas e lacradas em envelopes perfumados. Puxou também uma rosa do vaso, colocando-a junto a uma das cartas. Imaginou o rosado recebendo-a e lendo-a, refletindo sobre sua reação: será que ficaria enciumado? Ou talvez empolgado com o plano de fuga? Por alguns segundos, cogitou entregar-lhe a carta pessoalmente, mas sabia que não era possível. Chamou Maria Fernanda, pedindo para que ela levasse as cartas e depois voltasse ao seu quarto. Em questão de minutos a empregada já estava de volta; a loira guiou-a até a cama, onde sentaram-se e começaram a conversar. Quando Lucinda contou que o pai queria forçá-la a casar com Steven Eucliff, a outra endireitou-se, assumindo uma expressão de mais completa indignação.
- Steven Eucliff? Ah, senhorita, de todos os rapazes..
- Como assim, Maria? - perguntou, connfusa. 
- Inicialmente, quando ele lhe convidou para dançar, pensei que talvez pudesse ser um bom rapaz, mas... O olhar que ele lhe lançou depois... Já ouvi que homens olham para as mulheres com desejo, inclusive já vi e senti tais olhares, porém mais controlados. Aquele era um olhar de um homem extremamente impuro, sujo e descarado... Mesmo ele olhando para outra pessoa que não seja você, você se sente ela.. Me senti tão desprotegida, violada... - desabafou, estremecendo - além do quê, conheço algumas empregadas da mansão dele... Todas têm medo de falar sobre o assunto, uma corajosa ainda reclamou dos assédios, mas... Talvez ainda haja pior...
- Que horror! - exclamou a outra, chocada.
- Sim, sim! Você não pode casar com o sr. Eucliff, sob hipótese alguma! - disse Maria, protetora. A loira sorriu, agradecida. 
- Não casaria com ele nem que fosse um ótimo rapaz... Eu amo Natan, Maria - disse corando, enquanto a servente ria - aliás, agora que já contei-lhe todos os planos, queria pedir-lhe um favor... 
- Qual, senhorita? - perguntou, enquanto a patroa colocava suas mãos sobre as dela. 
- Você aceitaria ser minha madrinha de casamento? - pediu com um sorriso tímido. A outra pareceu realmente muito surpresa.
- Eu?! - exclamou, de olhos arregalados. 
- Claro que você! Não haveria pessoa melhor - respondeu ao passo que a outra abanava-se com uma das mãos, emocionada. 
- Ah, claro que aceito, senhorita! Seria uma honra! - aceitou, feliz e as duas abraçaram-se.
- Muito obrigada, Maria... Fico muito feliz de ter você aqui - confessou. Estava sendo sincera, pois não haveria melhor confidente. 
- Me sinto honrada, senhorita... Aliás, quem irá convidar para ser seu padrinho? 
- Foi para ele que enviei uma das cartas... Meu primo por parte de mãe, Gerard! 
- Gerard Fernandes?! - perguntou a outra, parecendo realmente impressionada.
- ... Sim... - respondeu a loira, sorrindo um pouco tímida.
Poderia supôr-se que não havia um único ser que morasse nas localidades e não soubesse quem era Gerard Fernandes. Era um grande explorador assim como fora Layla Rosier, mãe dos jovens Heartfilia. Fora ele que herdara o legado da família, já que os avós maternos de Lucinda só tiveram filhas e o pai do mesmo casara com a mais velha, tendo assim direito sobre a herança quando o casal Rosier morreu. Desde então, ficou conhecido por ser o mais jovem rapaz a ter imenso sucesso no negócio da família, expandindo-o em pouquíssimo tempo. 
- Bom, você acha que pode... Hmmm... Confiar seu segredo à ele? - perguntou a servente, ainda em dúvida. 
- Tenho certeza... Gerard nunca se importou com essas regras estúpidas da sociedade... Sempre foi muito ligado ao sentimento e fiel a mim. Um grande amigo, tenho certeza de que me responderá logo e de que a resposta será positiva - respondeu-lhe a moça, confiante. 
- Fico mais tranquila... Bom, temos que armar o plano de fuga, certo? Não podemos esperar! - retrucou, séria, e juntas começaram a planejar. Esboçaram todos os planos possíveis, até que enfim chegaram a um acordo, sorrindo confiantes de que nada poderia dar errado.
✦ ✧ ✦ ✧
"Querido Natan, 
Estou numa situação muitíssima complicada; meu pai pareceu enfim decidir que está na hora de eu pagar por todos os anos de conforto e cumprir meu papel para com ele. Insiste que eu case com Steven Eucliffe, rapaz que desprezo por seu comportamento e atos. Meu pai sequer parece se importar com a sua fama: se o meu casamento com o jovem Eucliffe lhe trouxer lucros, ele sequer considera minha felicidade; Bateu em meu rosto quando eu apresentei-lhe meus argumentos. Por isso que lhe escrevo como um apelo: peço que fuja comigo, para que possamos viver juntos. 
Sei que não foi isso que imaginou para si mesmo. Sei que gostaria de pessoalmente pedir a mão da garota que amasse ao seu pai e que sua família e a dela pudessem ficar unidas... Mas infelizmente não posso lhe dar isso. Porém, prometo que se você partir comigo, lhe darei todo o amor que tenho e que não é pouco. Esquematizarei o nosso casamento com duas pessoas muito especiais pra mim e que gozam inteiramente de minha confiança. 
Espero ansiosamente sua resposta.
Para sempre sua, Lucinda."
O rapaz precisou reler a carta pelo menos três vezes para absorver tudo o que ela dizia. Inicialmente ficou indignado com o pai da amada, furioso pelo que o mesmo havia feito. Desejou profundamente estrangular Steven Eucliffe pessoalmente. Permitiu-se ficar feliz pela fuga, pelo casamento próximo com a moça: ela lhe escrevia como se fugindo com ela, ele estivesse fazendo um favor à ela, e não o contrário! Após pensar nisso ficou triste, por não poder dar à ela todo luxo que merecia, por tudo que deixaria para trás, mas não se permitiu exitar. Sabia que mais cedo ou mais tarde teria de seguir seu caminho, mesmo que isso significasse dar adeus à sua família. 
Por alguns segundos fechou os olhos e perdeu-se em imagens: buscou memorizar o sorriso caloroso de seu pai, a ternura de sua mãe e a expressão radiante de seu irmão. Sentiu os olhos lacrimejarem só de pensar em Hugo crescendo sem estar ali para testemunhar a mudança, mas seria forte e tinha certeza de que seus parentes também seriam, pois amavam-lhe e preocupavam-se antes de tudo com sua felicidade. Comunicaria sua decisão à eles no jantar e, enquanto sua mãe não o chamava para comer, começou a escrever uma resposta rápida para Lucinda, já pensando o diria à mesa. Quando terminou, correu até a entrada de casa e chamou algumas crianças ali, dando-lhes alguns trocados para que entregassem seu recado. Assim que pôs seu pé no primeiro degrau das escadas, ouviu mãe chamá-lo para a refeição; suspirou, já nervoso com o que teria de comunicar, mas não hesitou. Caminhou à passos decididos até a mesa, sentando-se em sua cadeira de costume enquanto a sra. Dragneel punha os pratos sobre ela. O rapaz deu-lhe um sorriso agradecido, mas a mulher sentiu a tristeza contida no filho. Observou-o, prestes a perguntar se tudo estava bem, até que o seu marido aproximou-se, murmurando algo sobre fome e precisar da deliciosa comida da esposa. Desconfiada e sem desgrudar os olhos de Natan, a senhora sentou-se e começou a comer com o restante da família. 
Quando enfim terminaram a refeição, Natan pigarreou, imediatamente chamando a atenção de todos: diferente de Natalie, Igneel e Hugo tinham achado estranho apenas a quietude do rosado, mas estavam atentos ao mesmo. 
- Tenho um comunicado - disse o rapaz, com um sorriso um pouco triste.
- Bom, já percebemos - murmurou Hugo, nervoso com o tom do irmão.
- Hugo! - ralhou a mãe e o mais novo resmungou algo imperceptivelmente. - continue, meu filho - incentivou a senhora. 
Natan respirou fundo, decidindo contar rápido como quem arranca um curativo.
- Eu vou casar com Lucinda e... Vamos partir - confessou seus planos. Observou enquanto Hugo caía da cadeira e os seus pais o observavam, chocados. Sua mãe cobria os lábios, os olhos já refletindo com as lágrimas. 
- Ah, Natan...
- Você ficou maluco?! Acha que pode ser assim? Acha que vai simplesmente casar com Lucinda Heartfilia e vão fugir facilmente daqui? - perguntou-lhe o pai, enfurecido.
- Não, mas...
- Vocês serão caçados! E eu não posso perder meu filho assim, Natan - e mesmo que o mais velho procurasse conté-las, sentiu os olhos encherem-se de lágrimas. 
- A moça... Era uma Heartfilia? Então como...? Ah...! - então a ficha caiu para Natalie - foi no baile, certo? Ah, Natan...
O rapaz respirou fundo mais uma vez e tentou parecer o mais calmo possível.
- Sim, mãe, ela é uma Heartfilia e sim, a conheci no baile oferecido por seu pai... Sinto que foi uma paixão muito inconveniente, mas que ambos não pudemos evitar. Preciso estar com Lucinda e ao que tudo indica, ela comigo. Não quero ter de partir fugindo de vocês também, mas se precisar, o farei. - declarou, levantando o queixo. O casal Dragneel se entreolhou, concordando mesmo sem dizer nada que não poderiam impedir o filho. Por fim Natalie começou a chorar audivelmente e o marido foi até consolá-la, o que fez Natan sentir-se imensamente culpado. A senhora procurou controlar-se a fim de proferir as desejadas palavras ao filho.
- Bom... Se não temos escolha, então parta com minha benção, meu filho. Viva seu amor e seja muito feliz. - murmurou a senhora, com a voz embargada. O filho aproximou-se da mãe, emocionado, e ajoelhou-se frente a ela, beijando-lhe as mãos. 
- Jamais me esquecerei de nenhum de vocês... - prometeu-lhes. O pai suspirou e apoiou-se em um dos joelhos, olhando no fundo dos olhos. 
- Você a ama mesmo, não é? - perguntou e o rapaz balançou afirmadamente a cabeça, ainda que a resposta estivesse clara em seu olhar - sejam felizes então, meu filho. Viva com sabedoria e lembre-se sempre dos valores com os quais lhe criamos  - disse o mais velho, então puxando o filho para um abraço. 
- Natan... Vai embora? - só então Hugo manifestou-se, a voz carregada de mágoa. O rosado achou que não poderia encarar o irmão: a face do mais novo parecia estar carregada de uma tristeza contida; esforçava-se para não chorar. 
- Sim... Você entede, não é mesmo? Preciso que cuide do papai e da mamãe quando eu me for - disse o rosado, pondo a mão no ombro do mais novo e tentando parecer confiante. 
- Não entendo porque isso tudo por uma menina... Meninas são nojentas, Natan! Mas se ela o faz feliz, eu... Só quero que prometa que vai voltar algum dia...! - pediu o azulado, num tom de súplica. 
- Ah, Hugo! - só então Natan permitiu-se entregar-se às lágrimas. 
✦ ✧ ✦ ✧
"Minha amada Lucinda, 
Claro que aceito sua proposta! Faria qualquer coisa por você e espero que você saiba disso. Poderia defender-lhe agora mesmo frente ao seu pai e ao maldito Eucliff, mas sinto que seria arriscado para nós dois. Comunique-me assim que seu plano estiver pronto. Informarei minha família sobre minha escolha: sei que eles irão entender. Também manterei apenas aqueles que gozam de minha inteira confiança a par de nosso segredo. 
Você é como o ar que respiro. Preciso de você, Lucinda. 
Para sempre seu, Natan."
A loira sempre sorria ao reler a carta, como se não pudesse evitar. Sentia-se mal por ter de fazer seu amado escolher entre ela e a família, mas ele mesmo havia dito que entenderiam. Permitiu-se então entregar-se ao alívio, confiante de que tudo daria certo. 
Depois de jantar em seu quarto a fim de evitar o pai, contou à Maria sobre a resposta do rosado enquanto se organizava para dormir. Ambas estavam certas de que tudo correria bem. 
Naquela noite, como se estivessem conectados, Natan e Lucinda sonharam com o futuro dos dois juntos, sorrindo durante o sono. O que infelizmente os dois não sabiam é que o mesmo jamais se realizaria, pelo menos não naquela vida.


Notas Finais


Antes de mais nada, obrigada por não desistirem de mim <3 sério mesmo <3
Vou tentar continuar a história devidamente, mesmo que esteja no 3º ano e esteja meio puxado :/ Mas vou tentar <3
Obrigada por ler e até a próxima <3


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