História Número Desconhecido - Apenas sinta a Música.

Você[00:45]:

Yoongi 

Você tá aí?

Yoongi, realmente não queria estar aqui te enchendo o saco

Não sei se você está acordado

Espero que esteja 

Eu preciso de você 

Por favor 

Sei que é estranho 

Tá tarde, tá escuro, tá perigoso

Entendo se não puder

Só.... Fala comigo 

Por favor 

Preciso do seu abraço 

Sentia as lágrimas escorrendo, algumas molhavam a tela do celular e Taehyung o limpava rapidamente, olhando fixo para a tela e esperando uma mensagem de Yoongi. Deixou o celular de lado e quando iria se levantar...

Min Yoongi[00:58]:

Taehyung

Tu não me mata do coração, menino

Tá tudo bem?

O que houve?

Quem estava aí?

Alguém te fez mal, bebê?

Quer... que eu vá aí?

Pode dizer, eu pego o carro e vou pra aí agora mesmo

Só quero te ver bem

Você[01:00]:

[Localização].

Min Yoongi [01:00]: 

Entendi.

          *POV/YOONGI*

Bloqueio o celular rapidamente. Nem lembro se havia comido algo a noite ou não. Apenas levantei, peguei meu casaco, as chaves, a carteira e tranquei a casa, indo as pressas até o carro. Entro e logo já arranco com ele dali. Ponho o endereço do GPS, o que ia me guiando. 

Batia os dedos no volante e me segurava para não pisar com tudo naquele acelerador. Como pode? Eu nunca o vi na vida! Como posso gostar tanto dele? É tipo uma coisa estranha que me liga a Taehyung e que me faz querer cuidar dessa criança pra sempre. Sim, Taehyung é só uma criança, um bebê. Eu quero protegê - lo de todos os perigos do mundo.

Estaciono o carro na rua em frente a casa de Taehyung e tiro a chave do local. Suspiro e saio do carro, travo o mesmo e caminho lentamente até a porta. Subo a pequena escada que havia na entrada e levanto a mão. 

"Por que eu estou tremendo?"

Suspiro e engulo em seco. 

"Eu não vou conseguir."

"Mas ele tá precisando de mim. Larga mão de ser frouxo, Yoongi!"

Toco a campainha, ainda tremendo muito. Ouço um "entra" abafado pela porta e abro a mesma lentamente, encontrando um Taehyung deitado no chão da sala, de bruços, com a testa deitada no seu braço e os olhos fechados. 

Fecho a porta e me sento ao seu lado. Com um pouco de medo, levo minha mão lentamente até seus cabelos e faço um leve carinho. 

"Abraça ele, porra."

- Você... V-veio. - Disse com a voz meio trêmula, provavelmente estava chorando.

- Mas é claro que eu vim. - Sorrio, continuando a fazer carinho em seu cabelo.

- Eu tô horrível, não quero te olhar. - Disse baixo.

- Taehyung, eu nem lavei meu cabelo pra vir aqui e você tá dizendo que você está horrível? - digo e ouço uma risada baixa, o que me faz sorrir.

Logo ele levanta e se senta de frente para mim. Pude ver seus olhos inchados, rosto vermelho... Mas espera. Olho para seu braço e vejo que também estava vermelho. Sim, seu braço esquerdo estava todo arranhado e haviam marcas de cortes antigos.

Puxo seu braço e olho os arranhões, voltando a atenção para seu rosto que agora olhava para o nada, parecia estar evitando me olhar.

- Taehyung... Você não pode se machucar desse jeito... - Vejo ele abaixar o rosto e mais lágrimas escorrerem. 

Me levanto e o puxo, fazendo - o se levantar também. O abraço forte, escondendo meu rosto da curva de seu pescoço. Ouço um suspiro baixo e ele começa a chorar novamente. 

Minha camisa já estava molhada na parte do ombro, não sei a quanto tempo nós estávamos parados ali, de pé, no meio do Abraço mais gostoso do mundo. 

Tiro meu celular do bolso, juntamente com o fone. Ponho Um dos fones no seu ouvido e o outro no meu. Desbloqueio minha tela que havia a foto da querida criança que me abraçava neste exato momento na tela. Ponho pra tocar uma de minhas músicas mais recentes, "So far away", em parceria com uma amiga antiga.

- Essa música é de minha criação. Uma amiga minha também participa. Apenas feche os olhos e sinta a música. - Começo a mover nossos corpos no ritmo da musica, de um lado para o outro lentamente enquanto o sentia chorar cada vez mais. - Se acalme, bebê.

Ficou na ponta dos pés e apertou mais os braços em meu pescoço, fazendo meu corpo ficar mais próximo ao seu.

- Me... Me des... desculpe..- Disse com dificuldade por conta dos soluços.

- Shh.. - Sussurrei próximo a seu ouvido. - Apenas sinta a música. 

E ficamos assim até a música acabar. Após isso, Taehyung me puxou para o sofá e se sentou ao meu lado. Ele ainda estava de olhos fechados, parecia estar caindo de sono. Ia deitar sua cabeça no sofá mas a segurei, fazendo - o deitá - lá em minha perna.  Puxei a pequena colcha que havia ali no sofá e cobri seu corpo, vendo - o se encolher. Tirei seus tênis e comecei a lhe fazer cafuné até que pegasse no sono. Tirei O fone do meu ouvido e coloquei os dois fones em seus dois ouvidos, colocando as músicas mais calmas que haviam em meu celular para tocar, entre elas mais uma de minha crianção, "First love".

Fiquei ali, o observando por um tempo enquanto dormia em minha perna, acariciando seus cabelos. Vi seu celular em cima do sofá e o peguei, vendo uma foto dele e de um menino juntos na tela, provavelmente seu namorado, o filho da puta do tal Hoseok.

Felizmente seu celular estava sem senha. Abro os contatos e pego o número do Desgraçado, Salvo nos meus contatos e deixo seu celular no mesmo lugar onde encontrei. Guardo o meu em meu bolso e volto a fazer carinho em seu cabelo.

Taehyung deve ter sofrido demais. Fiquei chocado quando vi as marcas e arranhões em seus braços, confesso que subiu uma vontade de chorar. 

"Só uma criança. Ele é só uma criança."

Sim, eu acreditava nisso. Hoseok Não merece Taehyung, o mundo não merece Taehyung. Esse mundinho de merda. E falando em merda, eu tenho quase certeza que era o Hoseok que estava aqui. Mas o que ele fez? Por que Taehyung ficou tão mal a ponto de se machucar? 

Pego meu celular e entro nos contatos.

Enviar mensagem para Filho da puta:

Você[2:01]:

Olha aqui, você presta bem atenção. Se você vier atrás do Taehyung mais uma vez, se você se aproximar um centimetro sequer dele, eu vou te caçar até no inferno. Tenha uma ótima noite.

Ass: SG.