1. Spirit Fanfics >
  2. Nunca subestime um garoto E.T. >
  3. A boa sorte de Jimin

História Nunca subestime um garoto E.T. - A boa sorte de Jimin


Escrita por: TrustFundJerk

Notas do Autor


Cá estou eu de novo!
Mereço apanhar? Mereço.
Apaguei três projetos meus nos últimos seis meses, bati meu recorde. Mas eu comecei dois e não pretendo apagá-los, talvez eu demore para atualizar, porque eu sou uma pessoa super desorganizada e não consigo fazer igual as outras autoras que têm até um dia da semana onde postam as fanfics.
Eu espero que vocês deem amor para essa fanfic, estou escrevendo ela de um jeito mais comédia enquanto Cartas para Park Jimin vai ser mais dramático.
Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 1 - A boa sorte de Jimin


Fanfic / Fanfiction Nunca subestime um garoto E.T. - A boa sorte de Jimin

Jimin não acreditava em E.T.s.
Nem em fantasmas.
Muito menos unicórnios.
Ou melhor, ele não acreditava em nada que o tirasse do mundo real o qual ele vivia. Aquele mundo com carros, pessoas apressadas em direção ao trabalho, ou melhor, pessoas completamente normais em direção ao trabalho, nada de vampiros ou híbridos, anjos ou demônios. Essas coisas para ele eram, sinceramente, um grande papo furado.
Mas ele acreditava na famosa - e clichê - teoria de que os opostos se atraem, pois, seu melhor amigo era simplesmente o maior idiota viciado em extraterrestres com milhares de teorias sobre vida em outros planetas que sempre fazia Jimin aguenta-lo falando sobre como seria legal se pudessem falar com os E.T.s e conhece-los de perto.

- Eles devem ser extremamente inteligentes, já dizem que eles conseguiram criar diferentes tipos de máquinas do tempo.

Dizia Taehyung todas as vezes que se encontrava com Jimin, o amigo nada fazia além de rolar os olhos e fingir interesse - apesar de Tae saber o quanto o garoto não ligava para esses tipos de "baboseiras".
Jimin também não gostava daqueles desenhos bobos os quais Taehyung o fazia assistir quando ele ia em sua casa, como se chama mesmo?... Anime? Pois bem, Jimin não suportava aquelas garotinhas pequenas e peitudas acompanhadas pelos protagonistas geralmente magrinhos que sempre fazem um ato heroico atraindo mais uma penca daquelas garotas já descritas.
Jimin também não gostava de suco de maçã. Isso não é muito importante, mas é crucial ressaltar. Como uma curiosidade sobre o maior rabugento que Taehyung conhecia.
O fato é que Jimin estudava e ao mesmo tempo trabalhava, nada muito estranho para um jovem da idade dele, apesar de Jimin não precisar nem um pouco do dinheiro que ganhava em seu trabalho, visto que seus pais lhe mandava uma gorda mesada todo mês - não que Jimin pudesse reclamar disso, mas ele tinha saído da casa de seus pais justamente para tentar viver por si só.

Seis horas da tarde era exatamente o horário o qual Jimin saída da loja a qual trabalhava. Em trinta minutos caminhando ele chegava ao local de trabalho do Tae, esperava o amigo por mais dez minutos e demorava vinte minutos com Tae dirigindo para ambos irem aos seus apartamentos.
Eles moravam juntos há pelo menos seis meses após Taehyung ter sido expulso de sua casa por dizer aos seus pais que era gay. A situação de Tae era completamente deplorável nas primeiras semanas, o que de certa forma amoleceu o coração de Jimin e ele convidou o amigo para morar com ele.
Péssima ideia.
O que acontece quando se junta duas pessoas com gostos completamente opostos em um apartamento para morarem juntas? Isso mesmo, elas brigam. E não foi diferente com os dois, Jimin podia aguentar Taehyung falando sobre seus ETs e assistindo seus animes por uma hora quando ia visitar o maior, mas não podia aguentar o dia inteiro e Taehyung não podia aguentar os acessos de raiva e reclamações do senhor Park Jimin.
O resultado disso tudo são incontáveis brigas. Eles se tornaram o típico casal de velhos. Não me leve a mal com a comparação, mas foi algo dito pelos próprios.

- CHEGA, TAEHYUNG, É A TERCEIRA VEZ QUE TIRO ESSE QUADRO RIDÍCULO DA MINHA PAREDE HOJE! - Jimin jogou com violência o quadro preto com pequenos seres verdes desenhados nele.
- NÃO JOGA ELES NO CHÃO! - O mais alto se aproximou de Jimin o olhando com raiva, mas tudo o que fez foi abaixar-se e pegar seu quadro do chão.

Ficaram em silêncio depois disso, cada qual foi para seu quarto e se ignoraram pelas próximas duas horas até Jimin pedir uma pizza e Tae se ver obrigado a falar com ele.
Não que não fossem melhores amigos ainda, Jimin tinha plena e absoluta certeza de que Taehyung era o único maluco o qual ele podia confiar e Tae sabia que por debaixo daquela rabugice toda existia um... um... Um Jimin... Bom, deixa pra lá, o importante é que talvez ele fora atraído por toda aquela fascinação de Taehyung, ou talvez fora apenas obra do destino - coisa a qual Jimin duvidaria muito -, mas ele apareceu. Para calar a boca do Jimin - ou deixa-lo ainda mais irritado - e provocar uma completa admiração em Taehyung.

Sexta feira, para deixar mais exato, Jimin voltava de seu trabalho com uma blusinha ridícula de E.T. e uma cara fechada demonstrando seu descontentamento, cursava Arquitetura, não era exatamente o que ele queria, mas fora sua melhor opção na época de adolescente confuso... Bom, talvez ele ainda fosse um adolescente confuso, mas isso não vem ao caso. O que realmente importa são os fatos que o levaram há chegar mais cedo em sua casa - novamente uma ironia do destino, que sente certo prazer em brincar com a vida de Jimin - e o que isso desencadeou nas horas seguintes. Para isso devemos voltar há algumas horas mais cedo.

 - Jimin, sabe o que seria legal? A gente faltar hoje. - Taehyung olhou entediado para o quadro repleto de números e contas, Geometria Descritiva não era seu forte. 

Jimin poderia ter ignorado Taehyung assim como fazia todas as vezes que ele lhe pedia para cabular as aulas, mas dessa vez - mas uma vez o destino dando motivos para Jimin acreditar nele - o baixinho, que acordara com um bom humor desabitual, olhou para o maior que sempre era sua dupla nas aulas, voltando toda sua atenção para ele.

- Por que insiste em me pedir isso? Você pode ir sozinho, não precisa me incentivar a ser um péssimo aluno com você.

Mas Taehyung sempre foi muito bom quando o assunto era persuasão e não precisou gastar muita saliva para convencer Jimin a faltarem nas últimas aulas.
Jimin e Tae passaram uma bela tarde juntos, na verdade, divertiram-se exatamente como na época em que não moravam juntos, às vezes Kim lhe dizia algo sobre E.T.s e lhe mostrava fotos de diferentes tipos de seres que supostamente vieram de outros planetas.

- Olha, esse aqui está sendo pesquisado na Área 51.

Mostrou algumas fotos de um ser de olhos grandes e franzino, o nariz quase inexistente e a pele com uma cor a qual Jimin não conseguiu identificar - se é que existe um nome para a cor cinza puxada para o verde. Ao ver a foto Park se perguntou em qual o divertimento Tae via em ficar vendo fotos daquelas coisas feias e estranhas que muito possivelmente (“muito possivelmente” porque seria rude demais dizer “com certeza”) não existiam.

Apesar de todo o falatório de Taehyung, Jimin realmente se divertiu como não se divertia em dias e por um momento até esqueceu-se da culpa imensa que sentia ao estar cabulando aulas, bom, na verdade o acinzentado divertiu-se tanto que nem sequer lembrara que tinha compromisso após as aulas.

Apesar de tomar o banho mais rápido de sua vida, vestir a roupa em menos segundos que já vestira em todos os seus 22 anos e correr tão rápido que faria o Flash sentir inveja, Jimin acabou chegando duas horas atrasado. Uma parte de si já sabia que ele estava quase que oficialmente desempregado e ir para aquele trabalho só confirmaria suas suspeitas, mas outra parte tinha esperanças de que seu chefe fosse burro o suficiente para não perceber o atraso de 120 minutos do garoto.

- Sinto muito pelo atraso. – comentou tirando o casaco, ofegante, e só então percebeu que estava usando a blusa de Taehyung. Fez uma pequena careta ao perceber que o desenho nela era um ET verde de olhos pretos e enormes dizendo “I am normal”.

- Se você tiver uma desculpa que me convença, eu sentirei muito. – seu chefe ralhou, um sujeito mal encarado de bigode e olho minúsculos, de fato essas características rendiam muitas piadas por parte de Jimin e seus colegas de trabalho.

- E-eu... – olhou para frente pensando em um desculpa que pudesse ser aceitável. Podia dizer que tinha ficado preso no trânsito. Ou que fora sequestrado por ninjas e veio correndo para não perder o emprego. Ou que E.T.s haviam o levado para Marte e ele arranjou um jeito de voltar há tempo. Balançou a cabeça afastando essas baboseiras, precisava começar a andar menos com Taehyung. – Não tenho nenhuma “desculpa”...

- Venha até meu escritório.

E foi embora. Deixou um Jimin olhando para ele com cara de nada enquanto seus colegas olhavam o baixinho com um misto de “está ferrado” com “sentimos muito”. Aquele emprego não era a coisa mais importante na vida de Park Jimin e não, ele não iria morrer de fome enquanto pede dinheiro na rua para os pedestres que passam, mas machucava seu ego perder o emprego antes mesmo de completar seis meses trabalhando. Era um soco de realidade na cara do acinzentado e só confirmava as palavras que irmã lhe dissera meses atrás:

- “Você nunca vai conseguir viver por conta própria, Jiminie. Sempre dependeu da mamãe para tudo.”

E foi com o paladar queimando de desgosto e uma cara nada boa que Jimin se retirou da loja, com um pequeno envelope de dinheiro – o qual ele teve vontade de rasgar ao meio e jogar no lixo com toda sua raiva. Teve uma conversa nada boa seu chefe e fora despedido. Queria bater em Taehyung até aquele estranho dono do sorriso quadrado ficasse verde igual aos Ets que ele tanto admirava.

Seu humor melhorou um pouquinho quando chegou em casa e viu que o amigo continuava lá. Com um suco de laranja em uma das mãos e na outra o controle do videogame.

Jimin jogou-se no sofá ao lado dele e o olhou com curiosidade.

- Não tinha que estar trabalhando?

- Você não devia estar no trabalho? – Rebateu distraído.

O baixinho rolou os olhos, às vezes Tae respondia suas perguntas com outras perguntas e isso o irritava.

- Fui demitido, otário. – Tomou o controle da mão do maior e o colocou na mesa de centro. Tae iria exclamar um “hey! ”, mas Jimin não lhe deu tempo de protestar. – Por sua culpa! Você sabe o quão importante aquele trabalho era para mim!

- Jimin, você age tão infantilmente. Parece que vive só pra provar para seus pais uma coisa que todos já sabemos. – Jimin olhou para a TV, onde o personagem do jogo balançava seu corpo para frente e para trás, como se estivesse impaciente pela demora ao sair do lugar. – Aliás, eu não vou trabalhar hoje.

O dia passou aos poucos, Jimin e Tae falaram-se algumas vezes, mas o mais alto permitiu-se calar a boca na maior parte do tempo, sabia que nunca era boa ideia forçar conversa com Park Jimin quando este não estava em seu melhor dia. No final da tarde nenhum dos dois tinham interesse em sair de casa ou cozinhar, então fizeram o que faziam pelo menos quatro vezes por semana, ligaram para uma pizzaria e pediram o “sabor de sempre”. A vantagem de viver de pizza e refrigerante era que todos da pizzaria já os conheciam – principalmente após Tae espalhar para todos ali que Jimin era seu namorado.  

- Espero que Hoseok não venha hoje. – Comentou amargurado o garoto de sorriso quadrado.

Jung Hoseok, o garoto de sorriso fácil e despreocupado que parecia desconhecer a palavra “problemas” e que desde muito tempo tinha um enorme penhasco por Kim Taehyung. Hoseok trabalhava de entregador na pizzaria tão conhecida pelos dois amigos e quase sempre entregava a pizza no apartamento de Jimin. O acinzentado nunca entendera a birra que Tae tinha com o moreno sorridente, e tudo que o mais alto falava era que não estava em um filme pornô para se envolver com o entregador.  

Não tardou para a campainha tocar. Uma vez. Duas vezes. Três vezes e logo depois foi quase impossível contar quantas vezes ela foi tocada. Taehyung resmungou do sofá algo como “você vai, não quero ver o Hoseok hoje” e se Jimin não estivesse tão irritado com o amigo teria rido na mesma hora.  

O acinzentado foi até a porta, do outro lado desta a pessoa apertava a maldita campainha como se ela fosse um botãozinho interessante. Taehyung, rodeado por suas maluquices e estranhezas, nem ligara para o barulho incessante. Entretanto Park Jimin já preparava sua melhor lista de xingamentos e os juntava em um só bolo para jogar na cara do idiota que parecia nunca ter visto uma campainha na vida.
Quando abriu a porta com a expressão enfurecida e os palavrões na ponta da língua, foi recebido por um bolo de cabelos castanhos e pele exposta que o abraçou com uma força incomum, Jimin nem mesmo  pode protestar, sua mente havia se tornado uma folha em branco, bom, nem tão branco assim, no meio de sua folha tinha um enorme ponto de interrogação desenhado com cores chamativas.

- Achei  você! – apertou o baixinho ainda mais, aquela voz rouca... Jimin não a conhecia.

Em um lapso momentâneo, ChimChim voltou para o planeta terra, dando-se conta de que estava “abraçado” com um garoto pelado que supostamente tinha o achado... Espera. Pelado?!
As bochechas gordinhas de Jimin formigaram em vergonha quando sentiu que o membro do mais alto roçou pouco abaixo de seu umbigo, a maneira como ele lhe abraçava – diga-se esmagava – fazia sua blusa subir deixando que o pouco de sua pele exposta tocasse naquilo que o deixava totalmente constrangido. O que diabos estava acontecendo afinal?


Notas Finais


Yaaaay
Obrigada por ler até aqui! Por hora eu não tenho nenhum recado, mas se tiver algum erro ao longo da fanfic me avisem pelos comentários que eu vou arrumar.
Esse primeiro capitulo foi mais introdutório, mas acho que deu pra perceber a pegada comédia que eu coloquei na narração, não?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...