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História Nunca subestime um garoto E.T. - Eu não sou noivo do Jungkook


Escrita por: TrustFundJerk

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece, né non? c.c

Capítulo 2 - Eu não sou noivo do Jungkook


Fanfic / Fanfiction Nunca subestime um garoto E.T. - Eu não sou noivo do Jungkook

 

"Este número encontra-se fora de área ou desligado, por favor, tente novamente mais tarde ou esper-"

— Merda.

— Jimin, para de graça. 

Geralmente na vida passamos por situações onde realmente nos irritamos, um pequeno detalhe que tira toda nossa paciência e estraga nosso dia. Uma pessoa chata em nosso encalço, aquele wi-fi de merda que nunca carrega, o tio avô que insiste em te puxar para as missas de domingo. 

O detalhe de Park Jimin no momento estava sendo o garoto de cabelos pretos em seu sofá. Com certeza, se Jimin não fosse ateu já teria pedido para algum ser divino tirar aquele estranho em seu sofá que sorria com o carinho que recebia de Taehyung. 

Aquela situação toda só lhe fazia sentir saudades da época em que estava no útero de sua mãe. Sem dúvidas a melhor fase de sua vida.

— S-sai daí! Ele pode ser perigoso! — não era sua intenção gaguejar, mas o olhar do garoto próximo a Tae para si era tão intenso que Jimin queria muito bater a frigideira que segurava na cabeça dele. 

— Você poderia parar de ser esse poço de ignorância e abaixar essa frigideira. — Apesar de Tae estar sério, seu tom de voz carregava um leve divertimento. — Olha que bonitinho. — Afagou os cabelos do outro que poderia ronronar com o toque. — Quantos anos você tem?

O rapaz, que agora usava uma cueca que Jimin tinha comprado dias atrás e - à muito custo - emprestou para ele, abriu a boca para responder.

Mas é claro que Jimin não deixou nem que um pouquinho de som saísse da sua boca. Não queria nem sonhar em ouvir a voz do maluco novamente. Não queria, não queria, não queria.

Levantou a frigideira que segurava com sua canhota e cuidadosamente encostou no pescoço do menino como se aquilo fosse uma faca. Para a infelicidade do baixinho, nenhum dos dois pareceram se intimidar, pelo contrário, Tae tinha um olhar de deboche. 

Jimin sempre foi cabeça quente, mesmo quando era criança, fazia parte dos que iam parar na diretoria, odiava qualquer tipo de mudança em sua vida monótona e "sem graça" - que era como Taehyung falava - e sem dúvidas não estava nada feliz com aquele maluco sentado em seu sofá, recebendo um cafuné de seu melhor amigo e usando sua cueca novinha. 

Por isso, ligar para Min Yoongi, seu amigo de longa data e que trabalhava em um escritório de advocacia, o qual Jimin adorava ligar para reportar seus "maiores" problemas, era mais que essencial, visto que já estava prestes a chutar Taehyung e o mais novo "amigo" dele na rua. 

— Por que o Yoongi não me atende?! 

— Cala a boca e deixa ele falar! 

Calou-se, não por causa de Taehyung é lógico, mas porque lhe interessava mais ligar para Yoongi do que ouvi-los "conversarem". 

Jungkook assentiu vagamente, como se aprovasse a fala do Kim e voltou a abrir a boca para falar.  — Eu tenho 238 anos. — Comentou  sorridente, com uma normalidade inacreditável. 

É lógico que o Park não deixou de soltar um riso de escárnio e, mesmo que digitasse fervorosamente para que Min atendesse suas ligações, não deixou de resmungar para Taehyung tirar aquele maluco dali enquanto ainda havia tempo. 

Já Tae pareceu extremamente fascinado com aquilo, como se, ao contrário de Jimin, não duvidasse de nem uma vírgula que saía da boca do garoto. 

A senhora Kim, mãe de Tae, costumava dizer que a galáxia é infinita demais para acharmos que somos os únicos habitantes vivos dela e, apesar de quase não haver provas sobre isso, o garoto acreditava cegamente na existência de algum ser verde com a cabeça e olhos gigantes, desproporcionais demais para o corpo magrelo. 

Jimin definitivamente não acreditava nessas coisas, especialmente porque, ao contrário das fotos de E.Ts que seu melhor amigo lhe mostrava, aquele rapaz em seu sofá que alegava ser um, era estranhamente bonito demais, humano demais, quase que despertava um interesse no Park que desejou que o outro fosse um pouquinho menos bonito. 

— Eu vim aqui para buscar um humano e fazer dele meu noivo. — Continuou sem nem ao menos notar o olhar reprovador de Jimin e animado de Tae. — E eu escolhi Park Jimin, o humano NWC7766822. — Deu de ombros, a frase sendo dita com naturalidade e ao mesmo tempo com um ar robótico, como se aquela fosse uma informação gravada em sua mente como se grava um texto no Word. 

Taehyung, dividido entre gargalhar da cara indignada do melhor amigo e mostrar-se extremamente estupefato com as afirmações do menino, preferiu manter-se quieto e prosseguir com suas perguntas (nada) discretas. 

Jimin, tomado por um nervosismo momentâneo, deixou seu celular de lado e juntou toda sua força - que compensava sua falta de altura - fazendo a única coisa que um mau humorado constrangido faria: deu uma frigideirada no mais novo "amigo" de Taehyung.

Se já estava irritado antes, aquilo foi o estopim para sua fúria. A verdade é que tinha quase certeza que o mundo tinha tirado o dia para lhe tirar do sério. Um cara maluco e nu invade seu apartamento e diz ser um extraterrestre? Ok. Um cara maluco e nu invade seu apartamento e diz ser um extraterrestre que escolheu ele como noivo? É quase como apertar o botãozinho de fúria que existe no baixinho. 

O corpo caiu do sofá instantaneamente, demonstrando que estava desacordado pelo impacto na cabeça.

Taehyung deixou um gritinho de insatisfação sair enquanto Jimin estufava o peito em aprovação.

Park Jimin 01 × 00 Kim Taehyung 

 

 

— Sai daqui que ele tá acordando! 

— Sai de cima dele, Kim, ainda dá tempo de arrasta-lo até a rua. 

— Para de falar merda!

— Não desamarra ele senão eu jogo vocês dois na rua! 

— Hey! — Tae acenou para o garoto que agora já tinha os olhos abertos, mas não deixou passar despercebido o rosto do outro perigosamente próximo do seu. 

Para a sorte do "Garoto E.T." - que foi como Tae afetuosamente apelidara o intruso -, Jimin havia deixado Tae deitá-lo no sofá, com a condição de que este amarrasse os pés e mãos dele.

— Minha cabeça dói. — Choramingou. 

Jimin aproximou-se receoso, ainda segurando a frigideira e jurara não soltar nem para tomar banho enquanto aquele esquisito continuasse em seu apartamento. Armou-a na frente do corpo quando o outro soltou o grunhido de dor e se remexeu tentando levar umas das mãos até o galo em sua testa. 

Escondeu-se atrás de Tae com os olhos arregalados e a frigideira apontada para o rapaz confuso no sofá, que aos poucos e usando muito esforço, conseguia sentar-se de forma decente.

— Quem é você?! Eu vou ligar pra polícia! — Satisfeito ao ver que sua voz não saiu falha, continuou gritando alguns resmungos desconexos, sem de fato estar interessado em uma resposta do outro.

— Eu não sabia que humanos eram tão agressivos assim... — Tae curvou-se para frente, visto que o outro reclamava baixinho. — Meu nome é Jungkook. — disse agora mais alto e adotando um tom mais sério, diferente do ar infantil que usava minutos atrás, antes de Jimin bater nele. 

— Tá. — Sem tirar os olhos do - agora - Jungkook, Jimin esticou o braço livre e pegou o notebook aberto em cima da mesa de centro, escorando-o no encosto do sofá e digitando algumas coisas. — Sobrenome? 

— Sobrenome? — Respondeu amuado, como se estivesse com medo de ser repreendido ou de levar outra frigideirada na cabeça.

— Vai me dizer que não lembra seu sobrenome? Eu to falando que ele é um maluco, Taehyung! 

Tae, que apesar de ser uma montanha de paciência e a pessoa mais propícia a saber lidar com os ataques de fúria de Jimin, rolou os olhos deixando que sua empolgação sumisse momentaneamente: — Depois que você quase explodiu a cabeça do menino com essa frigideira eu não duvido que esteja mesmo. Abaixa essa droga e vamos conversar como pessoas civilizadas! 

— Ah, tudo bem sobre isso, o planeta terra é o planeta com seres mais fracos. Jimin em particular parece ainda mais delicado que os demais humanos. — Comentou o outro, sem se importar com a carranca no rosto do Park. 

Jimin revirou os olhos mesmo que por dentro gritasse como você tem coragem de falar assim de mim, seu maluco de merda?! 

— E seu sobrenome? — Kim relembrou o assunto inicial. 

— Eu não tenho. — Por mais que seu rosto fosse infantil, ele falava com uma expressão compenetrada, que Jimin quase achou extremamente atraente.

— Você não consegue se lembrar? — Tae perguntou retoricamente. 

— Não, eu não tenho sobrenome. Quando nascemos colocam um pequeno chip em nosso braço e isso se torna nossa identificação. — Tombou a cabeça para o lado, alternando em olhar para Jimin e Taehyung. 

A melodia sincronizada do toque de celular o Park despertou os três do transe o qual encararam por alguns segundos. Jimin arrastou o dedo da bolinha verde na tela, sem tirar os olhos de Jungkook: — Yoongi, tem um maluco na minha casa. — Não esperou para que o outro se pronunciasse.

 Será que você e o Tae não conseguem passar um dia sem brigar? — A voz rouca de Min Yoongi se fez presente através do celular. 

— Não, eu to falando de outro maluco. Ele tá falando que quer ser meu noivo.

— Eu sou seu noivo. 

Dez segundos de silêncio: — Que? Quem é esse? Tá no viva voz?

— Tá. — Jungkook respondeu com desânimo. 

— Hyung, o Jimin me enoja. — Tae intrometeu-se, frisou o "hyung" porque sabia que Jimin quase nunca chamava os mais velhos pelo pronome de tratamento.

— Tá, pera. Quem é o cara que tá ai? 

— Será que dá pra vocês pararem de falar como se eu não estivesse aqui? — Jungkook comentou com um muxoxo, se remexendo no sofá visto que seus punhos e tornozelos ainda estavam bem amarrados. 

Ficaram em silêncio até Yoongi se pronunciar, até porque Tae estava ocupado demais analisando o galo na cabeça do Jungkook: — Certo... desculpa... eu acho...

— Então, a gente tinha pedido pizza. Eu encomendei uma fucking pizza e me mandaram um maluco! Me despediram do meu emprego e provavelmente vou ter que ligar para os meus pais e contar a boa nova, minha irmã vai ficar bem feliz em saber que eu to ferrad- Taehyung, não solta ele! — Guinchou, quase que derrubando o celular no chão enquanto Tae desamarrava Jungkook, alheio a tudo o que Jimin falava. 

— Caralho, Jimin, se acalma! — Yoongi rebateu.

— Tem um cara seminu na minha sala, falando que quer ser meu noivo e o Taehyung ainda solta ele!...

— Eu sou seu noivo... — Jungkook retrucou chateado, passando as mãos nos pulsos agora livres da corda de gravata improvisada que Jimin tinha feito. 

— ... Eu vou ligar pra policia e mandar esse doido pra lá, que tipo de pessoa invade a casa dos outros como veio ao mundo?! — Continuou deixando passar despercebido a interrupção de Jungkook. 

— Aparentemente minhas roupas foram absorvidas pela atmosfera quando eu entrei no planeta terra. — Defendeu-se. 

— Ele disse que tem 238 anos! Caralho, Yoongi, ele tem 238 anos!  — Pausou para respirar por alguns segundos e o Min agradeceu mentalmente o descanso momentâneo para seus ouvidos. — YOONGI, TEM UM CARA DE CUECA NA MINHA SALA! 

— SE ACALMA, JIMIN! 

Jimin parou para respirar enquanto olhava Taehyung com fogo nos olhos e o Kim sabia que na cabeça de Jimin ele tá tinha sido assassinado de todas as maneiras possíveis. — Certo, alguém empresta uma roupa pra esse Junkuk usar. — Min prosseguiu, ao fundo dava pra ouvir ele mexendo em alguma coisa. 

— Jungkook. — O garoto corrigiu, agora Tae analisava para ver se seus pulsos estavam machucados, mas tudo o que tinha era apenas uma vermelhidão que sumia gradativamente. — Eu to confortável assim.

— Se você quiser ficar na minha casa vai vestir uma roupa! - Jimin praticamente gritou a frase, o que fez Yoongi afastar o celular da orelha.

— Então vai me deixar ficar na sua casa?!  

Pela primeira vez o baixinho não soube o que falar e a reação só deu a Jungkook um sentimento incomum de satisfação, pela primeira vez também não foi um sorriso infantil ou tristonho que surgiu na boca dele, e sim um sorrisinho levemente desafiador: — Sabe, meu pai me deu um prazo de 30 dias até conseguir te levar para meu planeta e então nós nos casarmos, mas não podemos ir sem antes fazer tudo o que casais fazem aqui na terra. Eu preciso te provar para manter minha aparência... 

As bochechas gordinhas de Jimin ganharam um tom avermelhado que subiu até a ponta de suas orelhas, mas ele logo disfarçou ao virar o rosto para o outro lado e cruzar os braços, enfurecido. Tae e Yoongi ocuparam-se por manter os ouvidos atentos na conversa ao passo que tentavam esconder um sorriso travesso, mesmo que, no caso de Min, Jimin não pudesse vê-lo. — Y-Yah! Sai de perto de mim, seu estranho!  Você vai dormir na sala e amanhã vou ligar para a polícia! 

E foi totalmente constrangido que Jimin se retirou da sala, despedindo-se de Yoongi com um tchau mal humorado e a certeza de que se ficasse mais tempo ali iria a loucura. 

A pizza chegou minutos depois que o baixinho nervoso se escondeu no quarto e Tae acabou dividindo-a com Jungkook, que em uma repentina animação por provar algo tão novo e tão gostoso acabou por esquecer-se que seu "noivo" não era um dos mais amigáveis e que não lhe permitira dormir em outro lugar que não fosse o sofá. 

A verdade é que Jimin acreditava estar sonhando, então nem incomodou-se quando dois braços quentinhos o puxou para aninhar-se em um peito durinho que se elevava pela respiração. Continuou dormindo, mesmo que resmungasse vez ou outra, não era sempre que tinha sonhos tão vívidos com um cheiro cítrico tão gostoso assim. 


Notas Finais


Então... Não fumem pó de Toddy antes de escreverem.
Eu juro que não sei da onde tirei tanta coisa "????" pra escrever em uma só fanfic.
Ela vai ser uma shortfic, creio eu, me desculpem por qualquer erro.
Até a próxima, xuxus <3


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