História Nunca te esquecerei - Meu nome é Queen bee

Adrien on

Ela me olhava como se esperasse que eu começasse a gargalhar e dizer que era só uma brincadeira de mau gosto, mas não era, eu não mentiria desse jeito, nunca.

-P-Por que agora, poxa Adrien, agora,porque agora ?-Ela disse abaixando a cabeça. -Você deixou várias vezes bem claro que nós só éramos amigos e que o beijo não significou nada pra você.

-Tá eu disse mas não era verdade. Eu tenho medo Mari, e se não desse certo ?-Questionei caminhando pelo quarto.

-E se desse ?-Ela perguntou rebatendo o que eu havia dito antes.

-Não quero estragar a nossa amizade. -Disse indo até a janela.

-A poucos minutos você dizia que já não éramos amigos, que você não me considerava uma a muito tempo ? -Ela disse me pegando de surpresa, nesse ponto eu podia ver que ela não havia mudado, lembro de quando nós fazíamos nossos trabalhos juntos e discutimos sobre o tema, e ela sempre ganhava, ela tem um dom de conseguir virar suas palavras contra você.

-Você não sabe como seria te ver todos os dias e saber que nunca mais poderíamos conversar, e que por causa de uma relação mal resolvida tivesse esse tal efeito nas nossas vidas. -Disse tentando tirar o foco da pergunta anterior.

-Eu já me sinto assim, você não sabe o que é tiver todos os dias sem poder te abraçar, te fazer bem, Adrien eu gosto de você mas, a decisão está nas suas mãos. Eu estou disposta a correr o risco, mais e você ?

Marinette on

Eu esperava sua resposta mas nada saía da sua boca, seria então um não ? Peguei minha bolsa em cima da sua cama e sai do quarto murmurando um passar bem. Eu nem consegui atravessar a porta, ele segurou a minha mão e me empurrou na parede me beijando com urgência. Sua boca tinha gosto de menta, e nossas bocas se moviam em sincronia me fazendo suspirar no beijo. Minha bolsa já não estava na minha mão estava em algum canto do quarto sei-lá só sei que não passaria somente de beijos.

Ele estava ainda me beijando encurralada na parede, então ele começou a me conduzir até a cama. Deitei no colchão super macio e ele começou a subir devagar, meu coração iria sair da boca, ele continuou a subir até encontrar novamente meus lábios, suas pernas estavam uma de cada lado da minha cintura, e minhas mãos estavam sendo seguradas ao alto de minha cabeça.

Tudo estava indo muito rápido e bom, não queria parar mas meu subconsciente falava mais alto. Comecei a afastá-lo delicadamente até enxergar seus olhos novamente, nós dois estávamos ofegantes.

-Eu fiz alguma coisa errado. -Ele se ergueu e eu me sentei.

-Não mas, eu não quero que seja assim Adrien pelo menos não com você. Se eu ficar com você agora será como, será como. Eu não sei explicar.

-Entendo. -Ele disse com um quê de mágoa.

-Entende mesmo ou não quer admitir que eu sou seu caminho de perdição?-Disse rindo vendo ele se deitar ao meu lado, e me puxou para deitar junto dele, seu braço estava me segurando e seu peito me servia de travesseiro.

Tudo estava calmo, e eu me sentia protegida em seu braços, e era tão bom ficar assim abraçadinha com ele.

-Adrien. -Eu disse bem baixo quase sussurrando.

-Que ?-Ele respondeu no mesmo tom.

-Você precisa comer. -Ele não responde apenas se levantou colocando o braço apoiado na mão para me olhar.

-É uma maneira de você dizer que não gostou de ficar abraçada a mim ?-Neguei.

-Não é isso, a Nathalie disse que você não come desde ontem.

-Ela disse ?-Ele fez careta.

-Disse, agora trate de ir comer.

Dito isso, senti ele se levantar e me cobrir, dando me logo em seguida um beijo estalado no topo da minha testa.

XX

Acordei depois de algumas horas, Adrien tinha saído, e Gabriel ainda não tinha chegado então, resolvi ir embora já que Nathalie disse que os mesmos demorariam, e como era tarde provavelmente Adrien não voltaria pra casa,me fazendo ficar enciumada.

XX

Adrien on

Marinette havia adormecido. Ela parecia um anjo dormindo, seu rosto tão angelical. Me dava vontade de beijá-la. Mas eu não faria isso, eu queria fazer o que eu já estava planejando pra hoje. Chat Noir não pode ficar escondido por mais tempo, não mais.

Terminei de comer, peguei as coisas para me vestir, tudo que eu iria precisar para hoje a noite.

Entrei no grande banheiro colocando tudo o que eu precisaria. A máscara, as orelhas a roupa de couro preta com um sininho no zíper, e o meu rabo. Porque não existe gato sem rabo.

Sai do banheiro já vestido e em passos calmos passei pela Marinette, a sorte era que a janela estava aberta, então dava pra eu sair por lá facilmente, sim eu andaria pelos telhados das casas a noite, seria ótimo. Quem sabe eu não de uma passada a casa da Marinette.

Não seria nada mal, faz tempo que ela não vê o amigo dela que foi embora para o Canadá.

XX

Eu caminhava calmamente sobre os telhados das casas, era tão bom se sentir livre, as pessoas me olhavam como se eu fosse um louco, com fantasia, mas eu não ligava, era melhor do que ter uma multidão de garotas gritando o meu nome, ou se batendo para ver quem iria falar comigo. Ridículo.

Enquanto eu caminhava não reparei por onde andava, então dava para olhar uma Marinette adormecida novamente só que na sua casa. Quem sabe eu não visite ela outro dia. Continuei pulando e caminhando, eu me sentia um verdadeiro gato, um de rua. Que vive nos perigos.

Olhei para a rua e comecei a analisar o local, por debaixo de uma porta em um beco bem escuro eu consegui enxergar uma fenda, essa fenda saia umas luzes brilhantes, Como se tivesse acontecendo uma festa. Uma festa proibida.

Resolvi descer para ver o que estava acontecendo.

-Vamos ver se gatos realmente caem de pé. -Eu disse me preparando para pular.

-Falando sozinho. - Me virei rapidamente quase caindo. -Desculpa não queria assustar o gatinho.

-Não me chame assim. -Eu disse em estridentes não queria mais ser chamado daquela forma. Não queria que outras pessoas estragassem minhas boas memórias.

-Desculpa, eu achei que você fosse realmente um gato. -Ela disse rindo. Comecei a olhá-la Ela também usava uma máscara, amarela era a cor, e sua roupa era da mesma cor com várias listras pretas. -Prazer Queen Bee.

-Chat Noir. -Ela estendeu a mão mas eu não acomprimeitei.

-Ok, você por acaso não foi convidado né . -Ela puxou assunto apontando para o que eu pensei ser o único vendo.

-O que é aquilo ?-Eu sentei na borda de um telhado sendo acompanhado pela garota abelha.

-Ali, é um lugar onde somos nós mesmos. Explicando melhor nós vamos lá pra nos divertir.

-Entendo. Mas não vão achar estranho se entrarmos mascarados ?

-Não, magina todos lá dentro usam máscara. -Ela riu novamente pegando uma coisa que parecia um ferrão de abelha também amarelo jogando no Alto de um poste. -Você vem ?

Ela disse vendo se estava firme pulando com a corda. E eu achei que eu era louco.Pulei também, dando uma cambalhota caindo em pé.

-E não é que os gatos caem mesmo de pé. -Ela disse ao meu lado puxando seu ferrão.

-Eu sou demais. -Eu disse dando um sorriso galanteador.

-Comigo não Chat. -É melhor entrarmos.

Caminhei ao seu lado até entrarmos no tal beco. A fenda que eu tinha visto era uma fenda de abertura, no caso onde colocava a mão para puxar uma porta camuflada. A loira me empurrou pra dentro fechando a porta atrás de si. Andamos mais um pouco num corredor bem escuro até chegarmos a uma outra porta. Queen bateu três vezes, até que uns olhos da cor que eu não conseguia identificar por conta do escuro apareceu.

-Cupido negro abre essa porta. -Ela disse brava chutando a parte de baixo do local.

-Calma ae abelhuda tá estressadinha hoje, você precisa relaxar um pouco. -Ele disse dando muita risada. Resolvi me manifestar.

-Tá difícil abrir uma porta ?caramba eu posso te ensinar. -Eu disse fazendo um sorriso síndico.

O cara abriu a porta deixando eu e a loira passar.

-Valeu. -Ela disse. -Ele pega no meu pé a uma cota.

-Tudo bem. -Comecei a olhar o lugar, estava muito barulhento e era bem grande. A esquerda tinha um barman, a direita um enorme palco onde um cara de cabelos vermelhos cantava.

-Aquele ali é o nosso rei. -Ela disse quase gritando por conta do barulho. -Ilustrador do mal.

-Rei ? Quem elegeu ele ?-Perguntei.

-A batalha de música que o elegeu. Ela parou para me puxar pra um lugar um pouco calmo. -Bem é assim, duas pessoas cantam quem tiver mais aplausos é o rei.

-Quanto tempo ele é rei desse lugar ?

-A três anos. As pessoas desafiam ele mas ele sempre ganha. -Ela disse sentando em um degrau.

-Então tá na hora das coisas mudarem por aqui...