BARA LIAMINO
Tudo começou naquela quarta-feira ensolarada e quente, tão quente que escolhi vestir um vestido veranil. Eu estava me sentindo feliz e ansiosa pois conheceria pessoas novas, já que começava um novo ano letivo que marcaria minha vida para sempre: o primeiro ano do colegial, o High School Brazil. Cheguei na escola sorridente e com um bom pressentimento. Caminhava saltitante pelos verdes das gramas do colégio, como Iracema na floresta, porém com o coração triste e solitário pois não havia para mim nenhum ou nenhuma Martin - não confunda com Lartin Mevy, aluno no colégio - falarei sobre ele depois. Entrei na sala fortemente iluminada pelos raios de sol que adentravam pelas janelas escancaradas, e procurei por uma carteira vazia, com o coração pesado e cheio de nervosismo e solidão. Ouvi uma voz doce e primaveril que dizia:
- Há quanto tempo não te vejo, querida Bara!
Me voltei para ver quem tinha falado, e era Tsabella Iie, uma querida e estimada amiga. - Como foi de férias?
- Ah, amiga, já sabe, foram três meses de férias que passaram depressa, curtir foi a prioridade, tive que aproveitar bem, então fui nessa, mas teve que rolar novidade...
- Como por exemplo?
- Ah, deixa pra lá, não ficarei te incomodando com umas músicas sobre as férias.
Nesse instante, meus olhos, como ímãs que buscam o metal precioso, encontraram os de um garoto num canto escuro da sala, enfiado em uma jaqueta preta de couro, com headphones daoras. Escrevia alguma coisa em japonês num caderno ae, e me aproximei para perguntar:
- O que está escrito? - para depois rir graciosamente, enquanto passaros entravam pela janela e me rodeavam, cantando o som do verão.
- Porra pássaros, vão se fuder - ele disse, batendo nos pássaros com o caderno. tirou os headphones e olhou para mim com ódio - não tem coisa melhor pra fazer não? to tentando ouvir música, porra.
- Ai, como você é rude - eu disse, revoltada, e me afastei.
Durante as primeiras aulas, não conseguia parar de pensar no garoto misterioso e na sua revolta contra mim. Por que será que ele tinha uma alma tão sombria e triste em meio a tanta beleza e natureza? No intervalo, estava passeando pelos corredores e cumprimentando os meus amigos, dos quais sentira tanta falta, ex:
- Lartin Mevy, do qual falei antes, era um rapaz com longos cabelos revoltados, e eu não sabia bem se ele gostava das pessoas ou não, mas os cabelos eram daora;
- Fndré Aumis, um jovem cheio de energia e capitalismo, cujo hobbie era privatizar coisas e tudo o mais;
- Aedro Pzevedo, um jovem alto e comprido que fazia poemas espaciais nos seus cadernos;
- Cernardo Bosta, um jovem que não sei se era cocoto ou mais ou menos, mais muito gente boa e tocava uns violão;
-Sarolina Cantiago, uma menina alta e legalzona que estava praguejando contra um caprica - aliás descobri depois que o garoto revoltado tinha alguma coisa em capricórnio.
Enfim, encontrei esses e outros amigos. Do nada, quer dizer, repentinamente, vi o garoto misterioso praguejando contra um ser alto e meio perdido que parecia ter brisado e esbarrado nele.
- Olha por onde anda, fdp - disse o garoto misterioso.
- Desculpe, desculpe, sou novo, to perdido, to sempre perdido - o outro jovem que parecia estar totalmente chapadão respondeu.
- DEIXE ELE EM PA\Z - gritei, e um vento moveu meus cabelos para trás e eu dei um chute triplo mortal.
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