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História NY Vampires - Fionna revê um velho amigo


Escrita por: BluePopCorn

Notas do Autor


Oiiiiii!
Desculpem a demora pra postar, mas eu tava presa com uns trabalhos da escola - sim, já estão passando trabalhos, se brincar até em provas estão falando... - Mas enfim, boa leitura! *3*

Capítulo 10 - Fionna revê um velho amigo


Gumball estava tendo um dia perfeitamente incrível - tinha levantado mais cedo e tomado café em um dos seus restaurantes preferidos, havia sido sorteado na promoção atual de cinco ingressos para a próxima temporada de jogo dos Eagles, e estava conseguindo se mover relativamente rápido no trânsito – até Beatrice ligar.

Alô...? Gumball?

— Hum? — ele respondeu pondo o copo de café expresso no porta-copos do carro.

— Fionna está aí com você?

— Fionna? — ele repetiu, incerto— Não... porquê?

— Ela passou por aí então?

— Não... Por que a pergunta? O que aconteceu?

Ele sentiu Beatrice hesitar.

— Nada de mais. — ela disse, então a linha ficou muda. Gumball pôs o celular no bolso.

Ele sabia que as duas tinha combinado de se encontrar para terminar um trabalho de história, mas já era tarde, e se Beatrice ligou, significava que ela não tinha aparecido. Talvez isso não fosse motivo o suficiente, mas ele fez a curva, indo à caminho da casa de Fionna, pensando em uma boa desculpa para explicar sua visita caso a encontrasse em casa.

Ele encostou o carro, desceu sem mesmo puxar as chaves da ignição e bateu na porta, ansioso.

Nada.

Ele bateu novamente, e quanto estava certo de que ninguém atenderia a porta, Gumball enfiou a mão na terra de um vaso de plantas velho e puxou as chaves douradas extras de Fionna.

Dentro da casa não havia ninguém – nem mesmo a gata estava lá. Uma sensação quente o apertou no torso, como se algo se projetasse contra o seu peito. Ele apertou os lábios.

Será possível que ela tenha passado a noite toda com...?, Gumball não completou seu raciocínio. Mas é claro que não. Ele se recusava a pensar assim, é claro que tinha uma explicação bastante lógica para ela não ter voltado para casa ontem e ele estava disposto a descobri-la.

***

— Hum... e o que você come? — Fionna estava deitada no sofá da sala mastigando o que sobrou do café da manhã – um pacote de batatas fritas -, e parecendo bastante confortável.

No outro sofá, Marshall se mexeu, ele disse um pouco apreensivo:

— Sangue...?

— Sangue tipo...

— Não! — ele se apressou em dizer, e então se recompôs — Quer dizer... não mais.

— Então você é tipo vegetariano?

Ele fez uma careta.

— Acho que não... Quer dizer, eu ainda bebo sangue, mas não de humanos.

— Então naquela noite, quando fomos ao cassino... — ela calculou — Você estava dizendo a verdade sobre vampiros poderem entrar em casas sem serem convidados?

Ele concordou, olhando pra longe e se acomodando no sofá.

Era estranho como eles se sentiam mais confortáveis um com o outro. Marshall se perguntou se estava usando persuasão, ele nunca sabia se estava usando-a acidentalmente, ou se as coisas realmente aconteciam simplesmente por acontecer.

— É, bem, essa regra nunca funcionou pra mim. — ele deu um sorriso.

Talvez fosse loucura, mas eles estavam apenas jogando conversa fora. Não era o melhor para se fazer, entretanto, e Fionna havia notado que sua onda de choque nos dias anteriores estavam apenas atrasando Marshall, ele estava ali, com ela, falando sobre o que não precisava, tentando ser gentil, enquanto um bando de criaturas de outro mundo estavam provavelmente planejando sua morte. Ela não queria isso, não queria somente estar lá e atrapalhar tudo. Eles não tinham tempos para choques, embora Marshall tenha sido paciente quanto a isso... Então ela se decidiu. Estava determinada a fazer algo.

Marshall ainda sorria, mas Fionna podia ver um resquício do pesar da noite passada em seus olhos. Ela tentou ignorá-lo, embora fosse um pouco difícil.

Fionna encarou seu pacote de batatas.

— Uhn... Marshall... — ela se sentou desajeitadamente.

— Hum? — ele olhou para ela.

— Eu estava pensando, se eu não poderia dar uma passada lá em casa...

— Ah, claro — Marshall interferiu, ele estava tão distraído que quase se esquecera desse detalhe, ela devia querer mais roupas. Daqui ele podia perceber que as que ela estava usando eram, pelo menos, dois números maiores. Mas embora tivesse concordado, ele pareceu um pouco atordoado.

Marshall se levantou para pegar as chaves do carro, e Fionna o interrompeu:

— Ah, não, não. — disse ela — Não precisa me levar.

Ele voltou seus olhos para ela, confuso.

Ela sentiu as bochechas formigarem.

— Por qu...

— Você sabe — ela cortou, olhando pra ele e se levantando. Ela ajustou suas roupas — Marshall, eu não quero ficar aqui...

Ele engoliu, um pouco desapontado.

— Ah. — ele fez uma pausa — Entendo.

— Não, não é isso... — ela forçou um sorriso, colocando uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha — E-eu só estou atrapalhando, olhe, eu vou voltar pra casa e...

Marshall parecia aturdido.

Atrapalhando? — ele perguntou, com os lábios entreabertos, ela pensou em como ele ficava bonito quando surpreso — Fionna, se você não percebeu, você me ajudou mais vezes do que imagina.

— E essa vez seria...?

Ele bufou, caminhando até ela.

— O que foi aquilo quando você jogou uma pedra na cabeça daquela menina?

Ela ruborizou.

— Olhe eu sei que foi estúpido jogar uma pedra, mas não precisa...

Estúpido? Certo, escute, você não entendeu, a maioria das pessoas teria entrado em pânico e fugido na hora.

— Pode até ser, mas foi apenas aquilo. — Ela falou, frustrada — E aquilo não compensa, os danos que estou causando ficando aqui!

— Mas que danos?

Ela passou por ele e ele segurou seu braço, fazendo-a parar, sua mão havia deslizado e tocado a dela. Fionna soltou apressadamente e ele encolheu os ombros. Não havia feito nada e ela já o estava rejeitando?

— Veja, você disse que não tem feito nada, não é? Ok, então escute isso: Eu estou aqui.

Ela franziu as sobrancelhas.

— O que...?

— Se você não estivesse me prendendo aqui, Fionna, eu já teria saído há muito tempo e provavelmente teria feito uma loucura, uma loucura que possivelmente custaria minha vida. Então se em atrapalhar você quis dizer me manter vivo, então sim, você está atrapalhando.

Ela considerou. Ele estava certo, o que ela estava pensando quando decidiu sair? Não, ela precisava ter certeza de que ele não cometeria nenhuma idiotice, ela tinha que ficar. Fionna segurou seu olhar, que por sinal, ela percebeu, estava bem próximo.

— E-está bem — falou e quando ele sorriu, ela sentiu as bochechas formigarem. Não era um sorriso sexy como o de algum cara tentando ser sedutor. Marshall tinha um sorriso sincero pairando no rosto, ele parecia quase... feliz. E isso a fez se sentir incrivelmente bem.

***

Embora Marshall a tivesse decidido ficar, Fionna ainda queria pegar algumas coisas em sua casa, e então Marshall levou-a.

Assim que pôs os pés no piso, notou uma fresta entre a porta. Marshall franziu o cenho.

— A porta está aberta. — ele murmurou meio que pra si mesmo. — Porque a porta está aberta?

Ela alcançou a maçaneta na mesma hora que ele e sentiu uma pontada de eletricidade contra a frieza. Ela puxou a mão, e então Marshall entrou primeiro. Ele levou os dedos aos lábios como que dissesse ‘’Shh’’. Ela revirou os olhos.

— Ah, por favor — Fionna empurrou a porta, fazendo Marshall soltar um muxoxo irritado.

— Fionna!

Ela acendeu as luzes, mesmo estando de dia.

— Eu não vou demorar, só tenho que achar algumas coisas do meu tamanho.

Ela subiu as escadas de madeira para seu quarto, abriu o guarda-roupas e despejou suas roupas em cima da cama, juntando algumas na pequena mala – não ia levar tudo e também não eram muitas coisas. Quando tudo já estava quase pronto ela estalou a língua no céu da boca murmurando:

— Escova de dentes.

Assim que Fionna entrou na suíte do quarto, sua respiração falhou, suas pernas travaram no lugar, e ela arregalou os olhos levando as mãos à boca. Ela via sangue, muito sangue. Bem mais do que no dia em que ele havia quebrado seu braço...

Ross...? — conseguiu dizer, abalada. Seu coração martelou forte contra o peito.

Ross Tyler estava coberto com manchas vermelhas, seu olhar vidrado, pairava cravado na cerâmica da parede, ele estava sentando num canto, seu peito se abria para um profundo corte e a carne viva estava à mostra, sangue continuava fluindo da sua boca, e logo perto dele – misturada à artérias e sangue seco, estava algo róseo e encolhido – um coração humano. O estômago de Fionna gelou, como todas as vezes em que tinha visão de sangue, embora esta vez fosse a pior, ela procurou se apoiar numa parede e seu corpo pendeu para o lado. A garota sentiu firmes mãos a segurarem.

Marshall estava à seu lado, segurando-a e quando ela equilibrou sua postura ele tirou-as. Ele fitava a parede – seus olhos, antes descontraídos, brilhavam com uma tempestade de raiva enquanto encarava os azulejos brancos, Fionna seguiu seu olhar. Na parede, escrito em sangue seco estavam as palavras:

 ‘’Último aviso’’.

O coração de Fionna afundou.

Era tudo culpa dela, se não houvesse feito o que tinha e tivesse deixado aquela vampira dar seu estúpido recado noite passada...

Marshall pousou sua mão gentilmente em seu ombro, como havia feito ao Yonkers Raceway, mas dessa vez ela não quis afastá-lo.

Desculpe — ela sussurrou, baixo demais, para Ross. Seus músculos fraquejaram e ela piscou para que as lágrimas parassem de borrar sua visão.

Uma risada estridente e atormentadora ecoou entre as paredes do quarto. Eles se viraram.

— Vocês demoraram — O garoto moreno falou, sentado em uma cadeira de madeira, um pouco atrás dos garotos, seu corpo inclinado para frente — estava começando a achar que eu tinha esperado todo o tempo pra nada. — ele deu um sorriso afetado — Mas valeu a pena.

Marshall andou raivosamente até ele, mas Fionna o segurou – ela estava surpresa, e era sem dúvidas a pessoa mais indefesa da sala, mas ainda tinha que cumprir com o que prometera a si mesma: impedir Marshall de cometer loucuras.

— Ah, e quase me esqueci — ele fez uma cara tristonha antes de continuar — vocês demoraram muito e eu estava com muita fome, tenho que admitir que foi muito tentador não devorar o mortal — ele disse, se referindo a Ross. Então ele sorriu pousando os olhos brilhantes e amarelos em Fionna — mas o que dizer sobre aqueles pequeninos aperitivos amarelos?

Fionna levou uma fração de segundos para entender o que aquilo significava e as palavras então atingiram-na como um tapa. Ela sentiu um nó na garganta.

Ele está falando sobre... os filhotes de Cake...?

— Oh, sim — Mason respondeu, como se houvesse lido sua mente — estou falando exatamente deles.

Ela se mexeu, avançando, mas desta vez, Marshall a segurou.

— Fionna... — Ele puxou-a para trás. Então, se referindo ao garoto, que já estava de pé — O que você quer?

— Bom, eu não estava querendo nada... apenas quis ver o rosto de vocês quando vissem o presentinho que eu mesmo preparei — ele apontou a suíte com a cabeça e sorriu divertido — Vocês tinham que ver, foi hilário.

Saia — disse Marshall e Mason pareceu aturdido, ele cambaleou para trás, o que não era de se surpreender: as palavras de Marshall eram tão carregadas de autoridade que até mesmo Fionna sentiu necessidade de sair de lá o mais rápido possível.

— Você... — sua expressão endureceu, Mason teve a mesma raiva que sempre tinha às vezes quando conversava com Marceline, o fato de ela ter a capacidade de convencê-lo com as palavras – como se o fizesse entrar em transe - sempre o aborreceu. Não podia imaginar que este aqui também— De onde você é? O que tem com Marceline?  

O som do nome fez Marshall vacilar. Como Mason sabia desse nome?

Fionna percebeu um pouco chateada. Quem era Marceline? E porque Marshall pareceu se importar?

Ele deu um passo à frente, atordoado.

— De onde você conhece esse nome? — Mas Marshall reagiu tarde demais, Mason havia avançado rapidamente em sua direção e o golpeado. Ele caiu sendo arrastado no chão e o garoto se inclinou em sua frente, prendendo-o. Seus olhos claros manchando-se de vermelho sangue.

— O que você tem com Marceline? — ele perguntou com ar de superioridade, sua voz mudando para um tom grave e surreal. Mas Marshall havia sido pego desprevenido, e ele teria certeza que isso não aconteceria novamente, ele jogou o vampiro contra o chão, afundando-o na cerâmica. Marshall estava com um dos dedos cravados dentro do pescoço do garoto.

A visão de sangue fluíndo pelo chão, foi o suficiente para despertar Fionna de seu transe, ela pensou rápido, e então fez a primeira coisa que veio a sua mente. A garota atravessou o quarto correndo e puxando o pano das cortinas, fazendo a luz do sol inundar o quarto.

Mason soltou um grito cortante e agonizante enquanto sua pele queimava. A visão repentina do Sol fez Marshall larga-lo. Mason se encolheu arrastando-se para as sombras enquanto quase todos os seus membros derretidos se regeneravam.

Marshall voltou a si. Ele se apressou com Fionna à descer o lance de escada, já de pé.

— Você acha que ele vai nos seguir?

— Dificilmente.

Quando Fionna alcançou a fechadura da porta, se surpreendeu com o que viu:

Gumball estava sentado do lado de fora de sua casa.

— Ah — ele disse em voz afetada — Você chegou!

Ele se levantou, cambaleante, e se aproximou de Fionna dando-lhe um abraço.

— Gumbal...?

Ele — Gumball apontou com desgosto, vendo Marshall pela primeira vez, o vampiro parecia um pouco perturbado pela visão — É tu do culpa dele! Não acredito... — ele soluçou — que você passou a noite com ele!

Ele tentou dar um soco em Marshall.

— Você está bêbado? — Fionna questionou surpresa.

O que tinha acontecido? Gumball não bebia com facilidade, e agora aparecia assim...?

— Você que está bêbada — ele disse, e então falou amargamente — Eu confiava em você.

— Do que você está...

Ele tentou dar outro soco em Marshall que apenas olhava a cena com aversão.

— Está bem, chega. — Fionna segurou Gumball e o trouxe pra dentro.

Marshall não disse nada, apenas estava olhando atenciosamente o que Fionna fazia. Ele sentiu uma pontada de algo esquisito. Ele notou o cuidado com que Fionna o levava ao banheiro de baixo. Em como ela parecia ter se esquecido do que havia acontecido e caminhava para a casa sem preocupação alguma a não ser o garoto. Ele não soube o porque, mas desejou aquilo. Marshall se sentia infinitamente infeliz


Notas Finais


O que acharam?? :3
Ah, e sobre os capítulos: Eu vou tentar postá-los a cada sete dias - de semana em semana, ok? :* bjs *3*


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