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História NY Vampires - Contatos


Escrita por: BluePopCorn

Notas do Autor


Bom, primeiramente, eu sei que eu disse que só ia postar na segunda, mas a verdade é que o capítulo já tava pronto e eu estava com os dedos coçando pra postar D:
Então tá aqui. Espero que gostem. Boa leitura.
PS. Onde está escrito TUDO em itálico é flashback, viu?

Capítulo 2 - Contatos


Fionna abotoou o casaco azul escuro assim que entrou na propriedade da escola, havia prendido o cabelo, e suas mãos se encontravam nos bolsos do casaco. Ela viu no canto do seu olho, uma sombra se mover ao seu lado, e virou a cabeça automaticamente, mas só haviam dois garotos conversando, um era alto e loiro, e o outro tinha pele morena e cabelo escuro, eles estavam olhando pra ela e rindo. A garota ignorou-os.

Ela havia ido à casa de Aiden com Gumball, mas ele não estava em casa. Fionna perguntou-se ou que faria se ele estivesse. Ela estava com raiva, talvez batesse nele. Ainda bem que ele não estava, Divagou ela, caminhando apressada.

 

Beatrice a estava esperando no topo da escada – olhos escuros embaixo dos óculos de armação retangular, cabelos claros presos em um coque por canetas; ela tinha círculos cinzentos embaixo dos olhos, que indicavam que havia passado a noite em claro, e usava uma blusa cinza de mangas junto a uma legging preta até os joelhos por baixo da saia azul celeste.

— Hey — Fionna cumprimentou a amiga com um sorriso.

As duas passaram pelo arco e chegaram ao salão de entrada.

— Você está bem? — Fionna perguntou.

— O quê, por quê? — Beatrice franziu o cenho e um traço de entendimento passou pelo seu rosto. — Ah, isso? — Ela puxou as bochechas para baixo aumentando os olhos, num gesto que indicava as olheiras.

Fionna assentiu.

— Passei a noite inteira no computador — ela deu de ombros e bocejou. — Estou com sono.

Uns segundos depois ele entrou.

Ele era um garoto de porte médio, pele pálida e cabelos negros, seus olhos eram pretos e quase não apresentavam pupila, os olhos de Fionna estavam vidrados no rosto do garoto quase sem poder se desviar. Ela quase não notou sua combinação estranha de roupas: Ele usava uma blusa fina de mangas arregaçadas até os cotovelos, um dos botões estava aberto e revelava um sinal na sua clavícula, ele usava jeans pretos e tênis converse da mesma cor, mas o que se destacava eram os suspensórios vermelhos traçando duas linhas paralelas entre a camisa, e se cruzando atrás com fivelas de prata. Mas o mais intrigante de tudo era que, mesmo com aquelas roupas - que ficariam ridículas em qualquer um - ele parecia terrivelmente bonito.

Fionna olhou para longe e esperou que ele não tivesse notado o quão estúpida ela pareceu, provavelmente não havia. A capitã das lideres de torcida estava caminhando em sua direção com um sorriso provocativo. Ela era uma garota de cabelos escuros e longos, olhos verdes contornados perfeitamente em delineador preto, as bochechas estavam levemente coradas com o blush, fazendo uma perfeita combinação com seu uniforme vermelho e branco apertado. Ela passou por Marshall com um longo olhar significativo que ele não entendeu.

Ele estava ocupado demais notando algo com o canto do seu olho. Uma garota. Uma garota loira. Uma garota que ele não criaria laços emotivos. Uma garota de casaco azul; e que provavelmente desapareceria da escola até o fim do ano.

Ele foi até a diretoria, sendo terrivelmente fitado pela Sra. Peterson.

Marshall se aproximou do balcão de madeira marrom, onde havia uma mulher com cabelos castanhos cheios de fios brancos presos num coque. Ele apoiou os braços nas mesas, olhando para baixo, no balcão, e suspirou profundamente antes de falar – agora, fitando-a nos olhos e sorrindo fraco, usando até o último recurso de sua persuasão que podia - tendo se alimentado apenas de sangue de esquilo:

— Me arranje uma vaga, sim? — Ele sorriu e pegou um documento que arranjou no dia anterior.

A mulher levantou-se, ereta, caminhando em direção a algo como um gaveteiro de metal cinza. A diretora puxou a última gaveta e retirou uma papelada. Mas então parou, parecendo confusa com o que estava fazendo. Marshall engoliu, tenso, então olhou para ela - para o fundo de seus olhos, e escavou através da senhora até quase achar um vislumbre de sua alma antes de dizer:

— Vamos depressa com isso, huh?

Ela concordou, naturalmente, como se tivesse lembrado o que estava fazendo e achado perfeitamente coerente.

Ele soltou um suspiro preso.

Na saída da sala, Marshall encontrou a garota da entrada – não a que tinha lhe encarando. A outra, a de cabelos louros. Ele olhou para ela; seus olhos eram azuis e refletiam uma dócil inocência que Marshall havia desejado ter um dia. Suas bochechas estavam vermelhas, mas parece que todas as vezes que ele a olhava estavam assim. Talvez ela fosse assim naturalmente, pensou ele.

Ela estava na sua sala de biologia, no primeiro horário, sentava-se um pouco longo dele no meio da sala, ele estudava-a com olhos indecifráveis. Marshall encarou suas próprias mãos juntas, repousadas em cima da mesa branca e esqueceu-se da sala com paredes claras e desgastadas. Sua mente viajou até a antiguidade; a França antiga.

 

A risada da garota era curta e convidativa, ela olhou através do salão para Marshall, e ele a retribuiu um sorriso.

Os dois garotos aparentavam ter dezesseis anos de idade. Roselie era uma garota magra, de cabelo castanho ondulado, olhos verdes e pele branca. Ela usava um vestido verde e branco, bordado e detalhado, com mangas até os pulsos, e com uma calda que ia até o chão, como uma mulher comum nos ano de 1853. Ela já estava prometida à casamento, mas nunca pôde resistir aos encantos de Marshall; pra ela, ele era um garoto mistérios. Um garoto diferente dos outros capachos que estava acostumada... Algo novo.

Ela se despediu dos convidados quais estava conversando e caminhou lentamente, respeitosa, atravessando o salão mal iluminado; seguindo Marshall à um beco de pedra por trás do lugar. A multidão acenava para ela, perto dos lustrosos candelabros franceses, ou da lareira.

 

  Roselie se moveu por entre as paredes escuras do beco, levantando o vestido para não que não sujasse na lama.

— Marshall...? — Sussurrou ela divertida, sangue fluindo nas veias, empolgada com o perigo — Onde você está?

— Estou aqui. — respondeu ele, calmo, sem um traço de emoção na voz, e a garota virou-se em direção a ele.

— Ah, Marshall — Ele se aproximou lentamente da moça com um sorriso fechado, afastou seus cabelos e beijou-lhe os lábios. A garota se deixou afundar na sensação, e passou-lhe os braços ao redor do pescoço, esquecendo-se de tudo por um momento. Ele segurou-a pela cintura, quebrando o beijo e passando o nariz pela sua bochecha, fechando os olhos, traçou caminho por seu maxilar, então, lentamente, roçou-o pela sua mandíbula, causando arrepios na garota. Ele fechou os olhos e respirou a fragrância do sangue correndo pelas veias da garganta de Roselie. Sua mandíbula apertou e as presas deslizaram sem permissão, cortando seus lábios. Ele provou do próprio sangue - tinha gosto salgado -, e então o mínimo vestígio de sanidade que possuía se esvaiu. Suas pupilas dilataram completamente e ele cravou as presas no pescoço dela, a garota deixou escapar um grito de surpresa e horror.

Roselie estava mole e fria quando Marshall drenou a última gota do seu sangue para si, largou-a no chão, e deixou o local passando o braço nos lábios. Adicionando-a na lista de garotas mortas quais nunca amou.

A voz tranquila do professor de biologia trouxe Marshall de volta a realidade, ele piscou algumas vezes. E martelou uma questão na sua cabeça, não dando muita importância à aula:

Ele realmente faria isso? Faria mais alguém se apaixonar por ele só pela sensação daquele sangue pulsante que um dia sentiu? Seria egoísta a esse ponto?

A resposta era: Sim, ele seria. Sabia isso no fundo da sua mente. E sem algum motivo aparente, suas artérias imploravam pelo sangue daquela garota.

 

***

O sol estava incrivelmente escondido naquele dia, como se estivesse fugindo de algo. Não demorou muito para a chuva cair em fortes gotas batendo contra as janelas fechadas da escola e no telhado. O Sr. Peterson estava passando um vídeo para classe – ele pediu que prestassem atenção – que era um código exclusivo do Sr. Peterson para: vou fazer um trabalho sobre isso – Fionna estava tomando notas no seu caderno e Beatrice gravava o som do vídeo com seu celular escondendo-o com as mãos embaixo da carteira. Ela estava caindo no sono, mas mantinha os olhos arregalados para caso seu corpo fraquejasse.

Beatrice era a única pessoa qual Fionna realmente era amiga na terceira aula. Ela conhecia Taylor Gardner e Ross Tyler. Mas não aparentemente bem, eles se distanciaram dela depois que começaram com seu relacionamento problemático.

Dois novatos entraram na sala de Beatrice e Fionna no terceiro horário, um moreno com sorriso divertido e cabelos incrivelmente pretos, acompanhado de um loiro alto com cara amarrada – eles eram provavelmente amigos. E tinham um tom ligeiramente pálido – até mesmo o moreno. Fionna os reconheceu – eles eram os garotos que tinham rido dela na entrada.

 Eles não estavam rindo de mim, ela disse, mentalmente, a si mesma.

 O Sr. Peterson levantou-se da sua cadeira, e caminhou com um olhar divertido nos olhos, ele deligou o aparelho de vídeo e sorriu.

— Alguma pergunta? — O silêncio que se seguiu foi quase tão assustador quando o raio que cortou o céu naquele momento — Isso é muito bom — disse ele, passando a mão para tirar um fio solto do casaco tweed — Eu quero que vocês façam um trabalho de trinta páginas sobre o assunto.

Os murmúrios que se seguiram foram tão altos que quase não se pôde ouvir o sinal bater.

***

Os alunos desciam as escadas com fortes passadas – alguns estavam se segurando nas bordas para não cair, pois as escadas estavam molhadas. Fionna bateu na própria testa ao lado de Beatrice enquanto desciam.

— Esqueci meu celular — Ela murmurou para Beatrice. — Já volto.

Fionna subiu as escadas cortando entre a multidão de alunos, murmurando ‘’desculpe’’, de vez em quando.

Ela passou pelo corredor vazio e molhado com precaução, passando por algumas salas antes de chegar à sua. Ela empurrou a porta e caminhou até sua mochila verde, abrindo-a retirando o celular. Pôs o aparelho dentro do bolso do casaco e saiu da sala, fechando a porta devagar e voltando pelo corredor.

Ela nunca percebeu o quão sombrio ele parecia; apressou os passos a fim de sair logo de lá, mas um barulho a fez parar; enquanto passava pela sala de história, ouviu ruídos e vozes que murmuravam algo. Ela se aproximou da sala apreensiva e encostou o ouvido na porta.

— Onde está? — Uma voz masculina perguntou. — Onde aquele filho da mãe escondeu...

— Cale a boca — O outro o cortou, seu tom era urgente, Fionna não pôde ver, mas ele sugou o ar profundamente antes de continuar — Tem alguém atrás da porta.

Fionna retirou o ouvido, assustada. Ele não fez uma pergunta. Ele sabia. Olhou brevemente pela janela da sala a ponto de ver uma cabeça loira e outra escura, antes de se virar pra tentar correr. Ela tropeçou e escorregou no chão molhado, iria cair de cara no chão, quando alguém a segurou. Dois braços fortes e frios seguraram os dela antes de poder se chocar contra o assoalho. Ele a ajudou a manter o equilíbrio, Fionna não tentou se soltar. Ela percebeu, aliviada, que não era um dos caras da sala. Era um garoto diferente. Um garoto de cabelos escuros e olhos negros. O garoto da entrada.

— Desculpe — Ela murmurou, e ele a soltou devagar. Desejava que não tivesse soltado. Eles estavam muito próximos, ela percebeu nervosa.

O garoto deu de ombros e colocou as mãos nos bolsos.

— O que estava fazendo aí? — Ela ruborizou, e ele se aproximou da janela para tentar ver o que a havia assustado tanto, Marshall não pôde ver ninguém lá. Ele mudou o olhar para ela, antes de pronunciar pausadamente a frase: — garotas como você não deviam andar sozinhas pelos corredores.

— Garotas como eu? — ela perguntou. — Olhe, eu sei me virar sozinha, ok?

— É, eu vi.

— Você nem me conhece!

— Você também não.

— Não seja estúpido.

— Não estou.

Houve um baque dentro da sala e o sorriso brincalhão de Marshall se desfez. Ele levantou os olhos de Fionna para olhar a sala. Ela seguiu seu olhar.

— O quê foi?

— Você não escutou? — ele perguntou com um vinco entre as sobrancelhas, ainda olhando para a sala.

— Escutar o quê?

Ela não havia ouvido.

Marshall lentamente entendeu, parecendo tenso. Qualquer coisa que estivesse naquela sala não era de origem humana.

— Nada. — Ele disse, apenas olhando para o início da escada — Vamos lá.


Notas Finais


Gostaram?
O que acharam desse capítulo? Mandem sugestões e me avisem se algo ficou incoerente ou no que presisa melhorar, ok?
Beijos! :*


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