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História NY Vampires - A Invasão


Escrita por: BluePopCorn

Notas do Autor


Vocês devem ter reparado que eu sou um lixo em nomes de capítulos, não é? Mas tudo bem. >.<
Explicação chatinha do professor chatinho logo no começo >.< Ignorem-na, mas eu tenho que admitir que este capítulo foi particularmente trabalhoso. Enfim, eu gostei dele, espero que vocês também, boa leitura e muito obrigada pelos favoritos e comentários.

Capítulo 3 - A Invasão


Após o intervalo, o Sr. Willians era o professor que estaria na quarta aula de Marshall. Ele entrou na sala passando pelo pequeno e irritado professor de matemática. O professor barrou, em seguida, dois alunos atrasados apenas por um minuto, impedindo-os de entrar em sua sala e fechando a porta bege com um ’’click’’ da trava logo em seguida.

Todos estavam silenciosos em seus assentos. O Sr. Willians deu uma olhada na turma, com uma das suas sobrancelhas falhas levantadas, ele caminhou para o quadro, e começou a copiar a matéria, traçando riscos com barulho no quadro negro. Depois de ter enchido dois lados do quadro - com algumas informações desnecessárias. Ele explicou rapidamente, limpando o giz das mãos com um pano branco manchado, tentando manter a voz firme:

— Qualquer número que se reduz a um quando você pega a soma do quadrado dos algarismos repentinamente é um número feliz. Caso contrário, não são. — ele observou os alunos com um ar superior antes de continuar — Números são primos felizes, obviamente, quando o número é primo, e feliz ao mesmo tempo — Então se virou e pôs-se a apagar o quadro apressadamente, como se para irritar alguém. Ele murmurou com sua voz aguda: — Espero que tenham entendido e copiado a matéria do quadro, pois esse assunto cairá na prova e eu não vou explicar novamente.

Marshall passou as duas mãos nos cabelos, intrigado, apoiando os cotovelos na mesa.

Ele passou os olhos na sala e percebeu que todos anotavam e escutavam atentos às palavras do professor. Poucos eram os alunos que escolhiam aulas com o professor de matemática. Eles aparentavam ser bem interessados na matéria com seus olhos bem abertos e testas franzidas. Talvez já soubessem que a aula era assim.

É claro que ele já sabia tudo isso: Estava lá quando o sistema matemático surgiu. Mas como essa gente aprendia matemática, de qualquer modo? Não podia ser com o pequeno e franzino homem que estava virado para o quadro.

Ele olhou a longa janela de vidro transparente ao seu lado – estavam na sala de matemática, que ficava no térreo, então Marshall pôde observar atentamente o ginásio, onde alguns alunos tinham aula de Ed. Física. O ginásio não era perto da sala, na verdade, eram mais de cem metros da pequena sala até a quadra de educação física, mas a visão de Marshall era tão poderosa que conseguia ampliar coisas num raio de setecentos metros; contudo por algum motivo esquisito, quando tirava o seu anel não podia ver tão bem.

Ele pôde ver manchas difusas que se movimentavam rapidamente, e que muito lentamente ganhavam uma silhueta humana.

Alguns alunos estavam correndo na pista de corrida e ele pôde ver o suor, o rubor de sangue no rosto de cada um deles. Quase podia sentir seu cheiro... Ele viu uma mancha cortar o ginásio e um garoto alto e desengonçado, caiu na pista – desequilibrado pelo vulto. Ele caiu por cima do seu braço, e se contorceu no chão, arregalando os olhos, seu rosto só havia uma expressão: dor. Um forte grito cortante rompeu pelos ouvidos aguçados de Marshall. O garoto estava vermelho e sua boca permanecia aberta, num grito; seus olhos - agora muito apertados - estavam borrados pelas lágrimas. Os alunos se ajuntaram apressadamente numa pequena multidão ao seu redor para ver a cena. O grito havia aumentado, mas ninguém viu o que Marshall viu.

Ele havia seguido a sombra com os olhos até ver um garoto de pele escura e pálido com os olhos apertados rindo de alguma coisa. E todos culpariam a chuva pelo acontecimento.

Algumas líderes foram ajudar o garoto deitado no chão quando Marshall finalmente desviou o olhar, motivado pelas manchas de sangue em sua camisa.

 

O caderno de Marshall estava com exercícios de matemática ainda não resolvidos, enquanto ele se perdia em devaneios, retornando há uns minutos atrás, juntando as pontas e pensando no que podia e o que não podia estar na sua sala de história. Ele se viu pensando em Fionna, na sua expressão. E se perguntou o que a teria assustado. Será que havia lobisomens morando lá perto? Não, provavelmente teriam sentido seu cheiro e se mantido bem longe. Uma voz fina o despertou para a realidade.

— Você quer ajuda? — Perguntou uma menina franzina com cabelos cheios presos em uma trança volumosa, Marshall olhou pra ela e ela instantaneamente ficou sem jeito — Ahn... quero dizer... Eu vi seu caderno não respondido e achei... já que você é novo aqui e tudo mais, que poderia precisar de ajuda, sabe. Às vezes o Sr. Willian é muito rápido nas suas explicações, mas me desculpe, eu não vou te incomodar mais se não quiser ajuda...

— Não. Tudo bem. — ele murmurou, sorrindo fraco, afinal, era pra isso que decidiu ir pra escola, não foi? Se aproximar das pessoas — Eu acho que estou precisando mesmo de ajuda nessas questões.

Ela sorriu amigável, puxou uma cadeira ao seu lado e apresentou os conceitos básicos da matéria, se aprofundando no assunto.

***

Fionna observava a cena horrorizada e com um gosto metálico na boca: Ross Tyler – o garoto do terceiro horário-, estava deitado no chão, com o lado esquerdo da camisa totalmente ensanguentado. Ela sentiu o gosto de bile e seu estomago revirou. Ela, diferentemente dos outros, havia prestado bastante atenção na cena e no vulto que o arrastou contra o chão. Ela também percebeu o garoto moreno rindo, sutilmente afastado de todos, e ela se viu atingida por uma onda de fúria.

 Do que você está rindo, imbecil?, ela pensou, com os olhos cerrados. O olhar do garoto automaticamente pousou nela com uma expressão um tanto sombria. Como se houvesse escutado seus pensamentos.

Fionna percebeu que ele estava sozinho e que seu amigo não estava por perto, - embora ela o tivesse visto no início da aula. Talvez ele também não seja bom com sangue.

A expressão do garoto tornou-se divertida outra vez.

Ela desviou o olhar e caminhou atônita para perto de Ross – Fionna se abaixou, ao seu lado, cortando a multidão e ignorando o sangue que manchou seu braço. Taylor Gardner estava ajoelhada a seus pés, transtornada na quadra laranja – com manchas vermelhas agora- Fionna comprimiu os lábios, lembrando-se do dia em que, acidentalmente, derramou molho de tomate em Cake. A gata havia ficado toda vermelha e ensopada, lambendo o próprio pelo; Ross estava assim, só que molho de tomate era vermelho escuro e parecia doer.

Beatrice ainda estava na aula de matemática. Talvez ela soubesse o que dizer agora. Quando Ross se virou, Fionna notou algo relativamente esquisito: haviam três rasgos na pele de seu braço e a manga de sua camisa também estava rasgada. Talvez já estivesse assim, ela tentou convencer a si mesma de que nada estava errado. Mas estava; Uma queda no ginásio não era o bastante pra quebrar o braço de ninguém. Qualquer coisa que o tivesse feito quebra-lo tinha acontecido antes da queda.

‘’Depois de ter eliminado o impossível, o que restar, mesmo que improvável, é a verdade’’. Fionna, inevitavelmente, lembrou-se da frase de Sherlock Holmes.

Ross foi levado à enfermaria e a aula foi suspensa.

Na saída, alguns alunos do terceiro horário esperaram Ross até ele sair da sala da Sra. Doodle.

Ele estava com o braço enrolado por gaze médica e trazia um pedaço de pano branco enrolado em seu braço, traçando o contorno do pescoço, servindo de apoio. Ele tinha um curativo na bochecha esquerda quando fechou a porta branca da enfermaria atrás de si. O sangue da sua camisa verde-musgo já estava quase seco, quando ele finalmente se deu conta dos cinco estudantes que o observavam; ansiedade pairando sobre o rosto de cada um.

Ele corou.

— Ah... — Começou ele — Eu estou bem. Digo, vai ficar tudo bem comigo, a Sra. Doodle me garantiu que eu só precisava ir a um médico, tipo, urgente enfaixar o braço com gesso de verdade. — ele lançou um sorriso apreensivo aos amigos. Antes de adicionar, vendo seu olhar de descrença: — Estou falando sério. Só desloquei o ombro. Acho que escorreguei por causa do terreno molhado...

— Eu avisei que não deveríamos ter tido aula nessa chuva! — Taylor Gardner lamentou, balançando a cabeça de cachos castanhos.

Fionna saiu de lá assim que viu Ross sair da sala; ela sabia que ele ficaria bem, além do mais Taylor estava lá com ele.

Ela viu, de longe, Gumball sair do carro preto assim que chegou ao estacionamento, mas também observou, de soslaio, Marshall caminhar com determinação para algum lugar. Ela foi atingida por um forte impulso de curiosidade que a fez observá-lo.

Ele olhou ao redor com um vinco entre as sobrancelhas, passando a mão levemente nos cabelos negros antes de traçar caminho pelas quadradas peças de cerâmica clara da escola, atravessando, em seguida, um curto espaço não calçado. Fionna seguiu seu caminho quando viu que ele apressava seus passos. As pessoas não veriam o que estava fazendo – ou pelo menos esperava que não.

+++

Marshall seguiu o garoto com a jaqueta de couro preta na saída. O garoto estava totalmente descontraído e despreocupado enquanto caminhava pisando os sapatos enlameados no asfalto frio, sem saber que Marshall seguia cada passo seu como uma sombra. O garoto tirou um maço de cigarros do bolso da jaqueta e colocou um na boca, guardando a caixa de volta e se curvando para acendê-lo com um isqueiro prateado.

Com esse movimento, Marshall pôde ver o começo de uma tatuagem triangular em sua clavícula.

A rua em que estavam era cheia de prédios, construções e – surpreendentemente - havia poucos carros naquela parte do tráfego da grande Manhattan.

O garoto entrou no espaço vago entre dois prédios e Marshall o seguiu.

Não sabe o quanto os becos de Manhattan são perigosos?, Questionou Marshall, em pensamento.

O garoto moreno riscou uma bomba e Marshall notou que ele planejava jogá-la dentro da caixa de lixo. Mas a bomba não acendeu.

— Droga — ele murmurou, girando os calcanhares.

Um segundo após o garoto se virar, Marshall o tinha preso contra a parede – sua mão direita apertada contra o pescoço dele. O cigarro quase imediatamente caiu da boca do garoto, e ele soltou um gemido de dor. Embora seus olhos escuros dissessem: Olha o que você me fez fazer.

— Quem é você? — Marshall pronunciou as palavras lentamente, fechando mais o aperto quando o garoto não respondeu. — Vou perguntar uma última vez. Quem é você?

O garoto tossiu e a palavra raspou sua garganta quando falou com voz entrecortada:

—M-Mason — Marshall suavizou o aperto, e antes que ele pudesse falar qualquer coisa, o olhar do outro garoto se moveu, instintivamente à direita e ele se apressou em dizer em tom divertido: — seu pequeno lanche está chegando.

Marshall quase não percebeu sua mão cair ao lado de seu corpo e, instintivamente olhou para trás para ver Fionna – seus fios louros bagunçados pela corrida.  Ela encarou-a por um momento.

— O que está fazendo aqui? — ela perguntou, enfim, então adicionou: — Quero dizer, sozinho?

Ele olhou para trás e o garoto já não estava mais lá. Ele, lentamente, liberou o ar pelo nariz.

Se preocuparia com isso depois.

— Você não é louco, é?

Marshall gargalhou.

— Eu não. — ele jogou a cabeça indicando Fionna — Não fui eu que segui um cara até um beco escuro.

Fionna corou.

 — Bem — ela começou — Eu não estava te seguindo, eu apenas quis...

— O quê? — Ele levantou uma sobrancelha e seus olhos faiscaram com diversão. — O que você queria? — Ele se aproximou dela e ela não conseguiu terminar seu raciocínio - estava estupidamente nervosa.

Marshall riu, outra vez.

— Fionna! — Chamou uma voz distante que Marshall não reconheceu — Fionna? — Um garoto de cabelos escuros em um topete apareceu, olhando os dois no beco, arfando, depois da corrida. — vamos... O que você está fazendo aí?

Era Gumball.

Fionna corou novamente e Marshall sorriu.

— É melhor você ir. — murmurou Marshall, contra seu ouvido, lançando um olhar provocativo à Fionna ao se afastar — Não vai querer chatear seu namorado, vai?

Ela arrepiou.

Ele não é meu namorado, quis dizer. Mas as palavras não vieram. Invés disso, ela se encontrou caminhando até Gumball e dando uma última olhada em Marshall antes de seguir caminho até o estacionamento.

Gumball demorou um longo tempo para finalmente falar alguma coisa, já dentro do carro, dirigindo para casa de Fionna.

— O quê vocês estavam fazendo lá? — Ele perguntou, mantendo os olhos na estrada. Ele ainda não havia olhado para ela desde o incidente no beco.

— Não estávamos fazendo nada. — Ela respondeu, por fim e esperou um pouco até dizer: — Por que está me perguntando isso?

— Nada.

Depois de um tempo - em um silêncio desconfortável, ela se pronunciou:

— Podemos ir para sua casa?

Gumball franziu as sobrancelhas.

— Por quê?

— Ah, sabe — Começou ela, escolhendo as palavras — Eu estava pensando se não poderia dormir lá esta noite. Eu estou um pouco cansada e...

— Não — Disse ele, apenas, concentrado no trânsito.

— O quê?

— Quero dizer — ele se corrigiu, olhando pra ela, pela primeira vez, envergonhado, — Hoje não vai dar. Lembra daquela garota, Brittany? — ele virou os olhos pra estrada e fez uma curva.

— Lembro.

— Bom, a verdade é que ela vai lá pra casa hoje à noite e eu estava pensando que seria bom se uma garota de dezessete anos não estivesse lá, sabe.

Fionna permaneceu calada.

 

Ela desceu do carro um pouco desapontada e entrou na casa antes que Gumball pudesse se despedir.

Sete. Sete anos de amizade, e Gumball nunca havia dito não pra ela quando pedia pra dormir na sua casa, desde os treze anos.

Ela se jogou na cama de colcha branca, enroscando-se no lençol, sentindo o cheiro de rosas do amaciante. Cake pulou em cima dela enroscando-se em Fionna, e soltando um longo ronronar, como que para consolá-la. Fionna alisou a gata, sentindo um gosto amargo na boca.

+++

Mason caminhou com passos ecoantes através do corredor de pedra escuro iluminado apenas por algumas velas presas à parede; sombras eram despejadas em formas difusas e fantasmagóricas contra as pedras, dando um ar sombrio ao corredor. Ele chegou a uma porta escura revestida com uma pelagem marrom e virou-se para Hunter, dispensando-o. O garoto encarou-o de volta – surpresa inundando suas feições.

Você não pensou que iria entrar comigo, pensou?, perguntou ele, dentro da mente do garoto loiro.

Hunter soltou o ar e virou-se bruscamente, dando meia volta.

Mason sorriu para a cena antes de levantar a mão para abrir a porta, não podendo passar da linha de entrada.

— Entre. — Convidou Caos, de dentro da sala, e Mason pôde finalmente entrar.

A sala era escura, banhada apenas pela morna e dourada luz de uma tocha que fez Mason se afastar instintivamente.

— Espero que tenha boas notícias para vir aqui tão cedo — murmurou o líder, olhando-o em pé, atrás da mesa. Ele tinha mais de três mil anos, mas ainda aparentava não ter mais que vinte anos de idade, seus cabelos eram loiros quase com o tom de luz dourado da sala e seus olhos eram de um convidativo tom cor-de-mel. — Você tem alguma? Conseguiu minha joia?

— N-não...

— Entendo. — Cortou Caos com um olhar vazio no rosto — Você falhou. Diga-me, vampiro... — O homem deu um calmo passo a frente — Por que eu não deveria matá-lo agora mesmo?

— Porque eu descobri uma coisa. E eu sou importante.

— Se você descobriu uma coisa, então sim, mas não me diga que você é importante, porque não é. — Despejou o líder em tom arrasador — Acha que só por causa dos seus dons eu não te mataria? — ele deu uma risada fria — Pois está enganado, pequeno vampiro. Ande. Conte-me o que descobriu e torça para ser bom o suficiente.

Mason engoliu em seco.

— É sobre o vampiro, – o garoto que carrega o cristal. — ele começou — Eu acho que ele finalmente está amolecendo, tem uma garota e...

A risada fria do líder o fez parar.

— Uma garota? — Ele fitou-o com descrença — este vampiro vem matando todas as moças que se apaixonaram por ele algum dia e você acha que ele amoleceu só por causa de uma garota?

— Eu li os pensamentos dele. — contou Mason — Ele acha que só a vê como todas as outras que um dia já se aproveitou. Mas eu vi lá no fundo de sua mente, um pensamento tão guardado e bem escondido que nem mesmo ele sabe de sua existência.

Caos ouvia-o atentamente, escutando cada palavra e estudando-as de perto.

— Interessante. — O líder pronunciou a palavra, saboreando-a. — Vá, então, não vou matá-lo. Ainda. Traga-me mais informações, vampiro. E quem sabe eu te deixo viver por um bom tempo.

Mason assentiu, aliviado, e deixou a sala.

***

Uma rajada de vento frio soprou pela janela do quarto escuro e Fionna acordou, percebendo, - já fora de seu torpor - que havia cochilado a tarde toda.

Ela pôs os pés para fora da cama, já sentada, e levantou-se, caminhando até a janela para fechá-la.

Fionna tateou as paredes à procura do interruptor e as luzes foram acesas.

Ela tomou uma ducha no chuveiro, escutando um barulho de vidro quebrando embaixo de seu quarto. Ela vestiu o roupão branco e saiu apressadamente da suíte, descendo as escadas e indo checar a sala.

Fionna viu a silhueta de um garoto com cabelos escuros; ele usava uma camisa preta, calça jeans escura e tênis Converse preto. Fionna percebeu que não era Gumball, como ela esperava ser.

— Você — disse ela, não reprimindo o desapontamento em sua voz.

— É Marshall — Corrigiu o vampiro, ficando de pé e segurando um caco de vidro com as mãos. Ele colocou-o em cima da mesinha.

— O que está fazendo aqui? — Quis saber ela, sentindo uma corrente de frio e passando os olhos pela sala, demorando-se na porta de madeira – aberta. Ela arregalou os olhos — Você invadiu minha casa?!

— Ei, calma aí — disse o vampiro levantando as mãos — Não invadi sua casa...

— Então por que ela se encontra escancarada e você está aqui?!

— Quer, por favor, me deixar terminar? — Pediu ele fitando-a — Obrigado. Acontece... — continuou — que você deixou a chave na porta.

Ela havia deixado? Não sabia, estava tão chateada na hora que nem percebeu, na verdade, nem se lembrou de que existia alguma chave.

— A propósito — disse ele pegando uma maçã da cesta na mesinha de centro, levantando as duas sobrancelhas e apontando Fionna — belo roupão.

Fionna sentiu as bochechas formigarem.

— Um minuto.

Ela subiu as escadas para o quarto, trancou a porta e pôs a primeira coisa que viu: um vestido branco, de alças que ia até os joelhos.

— Eu não entrei aqui pra ficar esperando do lado de fora da porta, Fionna — Era Marshall; Fionna sentiu um leve estremecer ao ouvir seu nome, lembrando-se logo após que Gumball havia chamado por ela e, provavelmente Marshall havia escutado.

— Bom argumento — Ela passou os olhos pelo quarto de pintura branca – o pequeno guarda-roupas encontrava-se no canto da parece, ao lado da cama, e do outro lado, em cima do seu gaveteiro, havia um fino panfleto, um abajur estava localizado próximo à sua cama – nada estava bagunçado, apenas uma dobra no lençol de cama que Fionna rapidamente arrumou, ela soltou o cabelo do coque que estava e ele caiu em cachos louros por cima do vestido. — À proposito, por que você entrou aqui mesmo?

Ela destravou a porta e girou a maçaneta. E surpresa, percebeu que Marshall havia corado.

— Bom... Você sabe...

Ele recobrou a postura rapidamente e entrou no quarto jogando-se na cama, retirando o panfleto – que Fionna percebeu ser uma revista – de cima do gaveteiro e abrindo-a, passando os olhos por ela. Cake deixou o quarto, apressadamente.

Fionna percebeu que estava brincando com um fio solto do vestido, enrolando-o nos dedos. Ela estava estranhamente ativa – havia passado a tarde inteira dormindo e queria fazer algo essa noite. Havia pensado em ligar para Beatrice antes da ducha, mas agora que Marshall estava lá...

— Você realmente não sabe por que veio aqui, sabe? — Perguntou Fionna.

— Eu vim aqui porque eu vi a porta aberta. — disse ele, ainda com os olhos na revista.

— Ah, então é isso o que você faz? — Inquiriu ela dando um passo à frente.

— O quê?

— Fica por aí assombrando as casas da vizinhança.

— Boa ideia. Sabe, por que eu sou um vampiro louco que invade casas de pessoas — brincou ele.

— Achei que vampiros só pudessem entrar em casas se fossem convidados — ironizou Fionna, entrando na brincadeira também.

— Mitologia barata. — ele tinha uma estranha ponta de certeza na voz.

Marshall virou a página da revista e Fionna fez uma pausa apreensiva antes de perguntar:

— Marshall?

— Sim?

— O que você acha de sair comigo esta noite? — ele finalmente levantou os olhos da revista e estudou-a. Fionna ruborizou, ouvindo o que disse; não parecia daquele jeito quando ela idealizou as palavras em sua mente. Ela desviou o olhar.

— O que tem em mente? — Ele disse, afinal, depositando a revista fechada no gaveteiro.

Fionna pensou um pouco, antes de se pronunciar – ela não achava realmente que ele aceitaria o convite.

— Yonkers Raceway.

— Empire City Cassino? — perguntou com um sorriso.

Ela assentiu.


Notas Finais


Gostou do capítulo? Se sim, favorite e poste seu comentário. Se não, comente o que não está bom para que eu possa melhorar nos próximos. Eu aprecio dicas produtivas também. ;) Beijos! Até o próximo cap!
PS. Eu ia adicionar uma cena última parte, mas isso demoraria um pouco mais e eu achei que já havia ficado dias o bastante sem postar, enfim... Fica o suspense pro próximo capítulo.

P.S.2 – Se eu demorar a postar o próximo capítulo não é por maldade não, viu? É porque as coisas estão ficando bem mais complexas agora e eu preciso manter atenção extra no desenvolvimento da história e qualidade da escrita.
Beijos!


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