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História O Acompanhante Profissional - Capítulo 5


Escrita por: Meowye

Notas do Autor


Como prometido...
Ah! Esse é o penúltimo capítulo.

Capítulo 5 - Capítulo 5


O despertador do celular tocava insistente sobre o criado mudo quando Kyungsoo o pegou e desligou, resolveu virar de frente para o maior e tentar dormir, mas Kai também havia acordado.

— Oh você acordou, desculpe, eu esqueci de desativar o alarme pra hoje.

— Não tem problema, mas estranho que é a primeira vez que eu o escuto…

— Você tem o sono muito pesado por que ontem ele tocou, mas você nem se mexeu.

— Hm… E você não vai se arrumar pra ir pra atividade?

— Eu não te avisei que a atividade hoje seria um luau às 22hs? E que você vai comigo?

— Ah sim, verdade… Então o que vamos fazer com nosso tempo livre? Podemos ficar mais um pouco na cama se você quiser. É estranho você está em uma viagem de lazer, mas não aproveitar a cama quentinha do hotel pra dormir até tarde.

— Eu aceito ficarmos mais tempo deitados…

Kai riu enquanto observava Kyungsoo se aconchegar entre os lençóis, vê-lo tão despreocupado e manhoso com a preguiça matutina era algo raro, durante aquela semana, fazia com que suas expressões se suavizassem e acentuasse um charme único ao menor. Kai sorria ainda mais com a cena.

— Hm… Kai…? Posso te perguntar uma coisa?

— Pode, mas não garanto que vou responder… - O maior sorriu travesso.

— Ok, é justo… a quanto tempo você trabalha com isso?

— Um pouco mais de 1 ano…

— E… você já se interessou por alguns dos seus clientes antes?

— Por que todas essas perguntas de repente?

— Porque, não sei, eu quero saber mais sobre você… Estamos a quase um semana juntos direto e o que sei sobre você se resume a sua idade, um nome falso e o curso da faculdade. Você sabe bem mais de mim do que eu sei sobre você, só me pareceu injusto…

— Você sabe bastante de mim... sabe que não sou de Seul e do meu medo de ficar sozinho em lugares novos, sabe da minha faculdade e que Kai é meu nome falso.

— Okay, okay.

Kyungsoo se virou e encarou o teto, deveria respeitar o espaço do outro e o direito dele não querer revelar sobre si, mas queria tanto se sentir mais próximo. Eles poderiam se tornar amigos, não? Afinal se deram bem durante essa semana, ou a sensação de confiança mútua que Do sentia entre eles era tão artificial quanto o “namoro” deles? Ele não sabia, mas pensar aquilo o deixou triste.

— Jongin, Kim Jongin, é meu nome verdadeiro…

Kai falou baixo olhando para Kyungsoo, queria estudar suas expressões ao ouvir sua revelação. Gostava do menor e sabia que podia confiar nele, apesar de se sentir encabulado por revelar seu nome pela primeira vez a um cliente, sentia que estava fazendo a coisa certa entre eles e a amizade que haviam construído com esses poucos dias.

Kyungsoo não soube reagir, continuou encarando o teto até lentamente virar o rosto para olhar o maior, era impressão sua ou Kai parecia estar nervoso? Não sabia ao certo.

— Seu nome é bonito… - “Assim como você.” pensou consigo. — Combina contigo.

— Obrigado.

— Pra quantos dos seus clientes você falou seu nome verdadeiro…?

— Eu não posso falar dos meus outros clientes com você, políticas de sigilo.

— Certo, acho que eu já descobri muito por hoje… Algum lugar pra irmos por enquanto? A recepcionista indicou mais coisas?

— Hm… deixa eu ver aqui, eu tinha anotado no celular.

Kyungsoo observava Jongin usar o celular. Se perguntava desde quando a atração e o interesse que sentia pelo outro havia ficado tão forte, talvez fosse o fato de assumir pra si mesmo e aceitar que estava se entregando aos encantos do moreno que ajudou a intensificar tudo que estava sentindo, não saberia responder, mas iria usar esses dois últimos dias da melhor forma possível ao lado do outro, aproveitaria sua companhia ao máximo, sem se importar que seu namoro, na realidade, não passava de algo forjado.

— Gosta de me admirar? - Jongin sorriu travesso vendo o rosto do Kyungsoo enrubescer com a pergunta repentina.

— Eu… eu…

— Não precisa ficar com vergonha, olhar ainda faz parte do pacote. - Kai se virou totalmente para Kyungsoo, ficando de lado na cama e apoiando seu peso em apenas um dos braços, isso fez com que o lençol descesse até sua cintura, deixando seu torso à mostra para que o menor o visse melhor.

O rosto de Kyungsoo se tornou mais vermelho e o menor ficou atônito, não sabia se virava o rosto para outro lado ou continuava a olhar. Os músculos bem definidos do moreno o faziam querer passar sua mão por toda a extensão de pele exposta para si, mas os olhos castanhos lhe encarando com um brilho divertido no olhar o faziam queimar em timidez, se viu em um conflito interno e antes que pudesse resolver Jongin se levantou informando que tomaria um banho.

“Ele com certeza se diverte às minhas custas.”  Pensou irritado pela saída repentina do outro.

— Você já decidiu o que vamos fazer?

— Bem, eu estava pensando de irmos primeiro tomar café da manhã e lá decidimos melhor. Eu estou com fome… - Kai falou a última frase de maneira manhosa e Kyungsoo sorriu, não conseguia acreditar que a mesma pessoa que estava agora sendo manhoso e fofo poderia o estar provocando a minutos atrás.

— Kai, acho que só falta a gente…

— Sim...

A noite estava fria e parecia se tornar mais escura cada vez que se aproximavam do mar, as estrelas e as luzes em volta do local que seria o luau era tudo o que iluminava o ambiente. Os dois chegaram cumprimentando a todos e sentando-se lado a lado.

Havia muito comida para todos e uma música animada era cantada por todos enquanto Chanyeol tocava um violão. Fazia tempo desde a última vez que Kyungsoo se sentiu tão bem em um ambiente com muitas pessoas. Todos sorriam e contavam piadas, algumas sem graça outras nem tanto.

O chefe da equipe havia separado algumas brincadeiras para que todos pudessem interagir e aproveitar a noite, mas quando resolveram dá uma pausa as perguntas pessoais começaram, e por mais que Kyungsoo estivesse preparado pra elas, ainda se sentia desconfortável em respondê-las.

— Então, agora é a vez do Chanyeol contar como conheceu o Baekhyun… - perguntou uma das garotas da equipe.

— Ah, bem…

Chanyeol contava animado como tudo tinha acontecido e às vezes era interrompido por Baekhyun que dizia que o outro estava mentindo ou exagerando. Kyungsoo observava a cena dos dois juntos e imaginava como seria se ele e Kai realmente namorassem, será que contariam uma história animada por terem se conhecido? Tudo que envolvia os dois parecia artificial demais.

Kyungsoo não poderia dizer que estava apaixonado pelo moreno, menos de uma semana é muito pouco para determinar essas coisas pensava ele, mas era certo que foi tempo suficiente para fazerem suas insatisfações do passado irem embora com a ajuda do acompanhante. Foi tempo suficiente para o Do ficar se imaginando em um relacionamento de verdade com o outro e em como seriam seus dias, pensar naquilo tudo o deixava tristonho, e aquilo era a última coisa que queria, estava tentando aproveitar ao máximo a presença do outro, não podia se deixar levar por pensamentos bobos.

— E vocês, Kai e Kyungsoo, como se conheceram? - Baekhyun perguntou.

— No cinema! - Os dois falaram em uníssono se lembrando do que foi acordado dias atrás entre si.

— Nossa, pelo visto foi inesquecível, os dois falaram tão rápido, nos contem mais… - O chefe falou rindo.

— Ah… não foi algo tão tão assim… - Kyungsoo falou tímido, enquanto contava toda a história combinada percebia o quanto era bobinha e sem coisas especiais nos acontecimentos, talvez devesse mesmo ter deixado algo mais enfeitado já que não passa de pequenas mentiras.

Todos escutaram atentos e fizeram algumas perguntas aos dois, algumas vezes se embolavam em responder e causavam risos no restante, mas nada que os complicou e logo a pergunta foi passada adiante para os outros casais. Por mais que Kyungsoo evitasse comparar ele e Kai com outros casais ele não conseguia, sempre voltava ao pensamento de como seriam se fossem reais. Será que já estava bêbado demais pra ficar se sentindo carente e só pensando na mesma coisa?

— O que foi Kyung? - Kyungsoo se arrepiou ao ouvir a pergunta, não sabia se era pelo apelido carinhoso que Kai lhe chamou ou por ter sussurrado em seu ouvido.

— Kyung?

— Ah… é que todos estão se chamando de alguma forma carinhosa, então pensei se eu deveria fazer o mesmo, sabe, só pra ficar mais real… tudo bem eu te chamar assim?

— Ah, claro, tudo bem. - E lá estava a questão de serem artificiais de novo. Kyungsoo não conseguia compreender como algo que ele mesmo havia inventado e procurado estava o irritando tanto.

— Você parece estranho… algum problema? - Kai reparou que Kyungsoo estava ficando com um semblante triste desde que Chanyeol e Baekhyun contaram como haviam se conhecido.

— Kyung, vamos pra outro lugar?

— Pra onde você quer ir?

— Não sei, podemos ver. Vamos, muitos já estão indo também.

Kyungsoo olhou em volta e percebeu que o local estava mais vago, já fazia muito tempo que todos haviam chegado lá e não estava muito longe de começar a amanhecer.

— Se nos derem licença, nós já vamos também… - Kyungsoo falou se curvando em despedida a todos.

— Ah, tudo bem. Acho que todo mundo já está quase indo também. Até logo pra vocês e não percam o voo amanhã, ou melhor, hoje. - O chefe da equipe falou e se curvou em despedida.

Kai levava Kyungsoo para longe de todos, queria que ficassem a sós, se sentia incomodado com o olhar triste do menor e achava que poderia deixá-lo, nem que fosse um pouco mais contente.

— Vamos ficar um pouco aqui, observando o mar?

— Kai, o mar tá super escuro… se a gente voltar pro quarto e apagar as luzes dá pra dizer que estamos observando o mar…

— Mas aqui tem o vento, as estrelas…

— Não sabia que você é daqueles tipos de bêbados poetas sensíveis…

— Eu não sou… - Kai falou manhoso e Kyungsoo levou uma de suas mãos aos cabelos do maior acariciando de leve.

— Estou brincando. Vem, vamos sentar… - Kyungsoo o puxou de leve para se sentarem lado a lado, seus ombros se encostavam um no outro. Kai se surpreendeu com a atitude carinhosa do outro, mas atribuiu a culpa ao álcool. Os dois ficaram um bom tempo calados até que Kyungsoo voltasse a falar.

— Quanto tempo você acha que leva pra uma pessoa se apaixonar pela outra? - Do perguntava sem olhar para o moreno, seus olhos estavam fixos na escuridão do mar a sua frente.

— Às vezes basta alguns dias. - Kai se lembrou da conversa no luau mais cedo e resolveu responder com cautela.

— Alguns dias… será que uma semana é tempo suficiente…?

— Talvez sim, talvez até menos, não dizem nos filmes que existe amor à primeira vista?

— Verdade, mas o que será que levam as pessoas a se apaixonarem?

— Por que o hyung tá com toda essas perguntas?

— Porquê eu estou bêbado… agora responde…

— Eu nunca parei pra pensar nisso… Talvez a personalidade da pessoa? - Kai falou olhando para Kyungsoo, mas este ainda encarava o mar.

— Talvez... - Kyungsoo ficou calado por um bom tempo, fazendo o moreno achar que o assunto havia se encerrado.

— Jongin… - Kyungsoo o chamou pelo nome verdadeiro fazendo o maior se surpreender, era a primeira vez que o menor o chamava assim, seus olhos se encontraram quando Kai virou o rosto e Do já o estava encarando.

— Oi… - Kai respondeu devagar, ainda estava surpreso.

— O que você acha que faz as pessoas perceberem que estão apaixonadas pelas outras?

— Eu não sei. - Demorou a responder, os olhos castanhos do menor tão próximos de si o encarando tão profundamente o faziam se sentir hipnotizado. — Talvez, quando sentimos uma vontade imensa de beijar a pessoa. - Os olhos de Kai se fixaram nos lábios do menor. — Sempre que estamos muito perto dela, começamos a encarar os seus lábios e pensar que gosto eles teriam… - A medida que falava se aproximava mais do outro, sua voz diminuindo o tom, como se suas palavras se tornassem um segredo apenas dos dois.

Kyungsoo olhava fixo a boca do maior cada vez mais próxima da sua, seus olhos quase se fechando em expectativa, o ar em volta parecia pesado demais pra respirar normalmente. Ele sentiu seus lábios se roçarem e então se encontraram em um beijo suave, lento e ritmado, contradizendo o turbilhão de sentimentos que atingiu Kyungsoo, seu coração parecia que iria saltar pra fora de seu peito a qualquer momento.

Jongin levou ambas as mãos até a nuca de Kyungsoo aproximando ainda mais o menor de si e aprofundando lentamente o beijo, queria experimentar o sabor do menor com calma. As mãos de Kyungsoo acariciavam os braços de Kai e subiam devagar até a nuca, o puxando para mais perto de si, tateando cada centímetro de pele como se para constatar que aquele momento era real, que os dois estavam de fato se beijando.

Kyungsoo sentia seus lábios serem tomados com urgência pelo outro, como em um pedido mudo de que se entregasse por completo pra si, sentia todas as suas defesas criadas se esvaindo aos poucos que nem uma muralha sendo colocada abaixo. Os dedos do moreno se embrenhavam por seus cabelos e massageavam a área com carinho fazendo Kyungsoo arfar entre o ósculo, seus olhos se abriram milimetricamente, precisava ver o outro se deleitando com o beijo, precisava ver o responsável por lhe causar tantas sensações novas e despertar tantos desejos até então esquecidos.

Suas línguas se tocavam em uma dança silenciosa que apenas os dois sabiam os passos. Kai se inclinou sobre Kyungsoo o fazendo deitar sobre a areia, uma de suas mãos desceram pela lateral do corpo do menor e pararam na sua cintura pressionando e arranhando de leve o local.

— Jongin… estamos em um local público… - Kyungsoo falou com certa dificuldade, puxando o ar para seus pulmões. — Vamos voltar para o hotel.

— Sim… - Kai falou devagar, parecia recobrar os sentidos e perceber onde de fato estavam.

Os dois continuaram imóveis, se encaravam em silêncio, não sabiam o que dizer nem como reagir, se sentiam acanhados. Kyungsoo riu e acariciou a bochecha do maior.

— Está com vergonha? Ficou tão quieto de repente…

— E você não está? - Kai estava cada vez mais surpreso com o menor, ele nunca era tão impulsivo quando se tratava de contato entre eles e agora parecia fazer tudo naturalmente.

— Sim, mas não quero ficar tímido por muito tempo…

kyungsoo falou voltando a unir suas bocas. Os lábios já familiarizados se tocavam com veemência, as mãos ávidas por sentir o outro passeavam pelos corpos, pressionando e marcando um ao outro a cada novo toque. Estavam em um diálogo de corpos onde as carícias trocadas valiam mais que palavras, cada carícia explicitava o quanto um necessitava e desejava o outro.

— Desculpa... eu falei que estávamos em público, mas não te soltei... Eu... - Kyungsoo falou devagar empurrando o corpo do moreno pra longe.

— Vem, vamos voltar logo. - Kai falou ajudando o outro a se levantar.

Os dois andavam abraçados e caminhavam devagar todo o caminho, não trocaram mais nenhuma palavra até chegarem ao quarto do hotel, apenas Jongin que uma hora ou outra beijava as costas da mãos do menor. Ao entrarem no quarto e ficarem de frente pra cama de casal sentiram-se tendo um déjà vu, porém mais constrangedor ao lembrarem do ocorrido na praia.

— Ér… eu vou tomar um banho… - Kyungsoo falou se dirigindo ao banheiro.

Kai se viu sozinho e permitiu-se relaxar, estava tão tenso sem saber como agir. Não entendia como as coisas tinham chegado a tal ponto e culpava a bebida por tudo, será que Kyungsoo estava chateado consigo e apenas estava agindo de forma educada agora? Não teve muito tempo para divagar sobre quando o menor saiu do banho.

— Você já terminou?

— Eu… apenas me molhei… - Kyungsoo falou abaixando a cabeça, fazia muito tempo que não ficava em uma situação assim com alguém e tudo era muito constrangedor.

— Kyungsoo… Eu estava pensando… acho melhor a gente tentar dormir, daqui a pouco temos o nosso voo e é melhor irmos descansar para não perdermos o horário…

— Sim, sim. Tem razão.

— Eu vou só tomar um banho também…

Kyungsoo se deitou na cama e tocou seus lábios de leve, ficou relembrando o que tinha acontecido, parecia tudo tão irreal, se perguntava se Kai estava tão eufórico e sem graça quanto ele, como seria amanhã quando os dois acordassem, se deveria contar ao maior tudo que estava sentindo, ou seria muito precipitado. Será que ele beijava outros clientes bêbados também e ele só não passava de mais um…? Queria perguntar tantas coisas, mas quando viu o outro sair do banheiro bocejando resolveu deixar todas as dúvidas para o outro dia.

Kyungsoo acordou e viu Jongin sentado na beirada da cama de costas pra si, ele já estava vestido o que fez o menor pensar se estava muito perto da hora do voo. Do observava o moreno que parecia concentrado no celular, e sorriu com as lembranças da noite anterior, resolveu se aproximar de mansinho do outro para não assustá-lo. Kyungsoo chegou perto e se sentou ao lado do Kai, com uma das mãos acariciou o cabelo do maior. Kai se assustou e virou rapidamente o rosto para Kyungsoo revelando algumas olheiras leves.

— Você não dormiu direito? - Do perguntou preocupado.

— Eu tive um pesadelo, apenas…

— Ah, ainda temos quanto tempo até o voo? Você pode tentar dormir mais um pouco.

— Só temos algumas horas, acho melhor você ir se arrumar… - Jongin respondia tudo rápido e falava em um tom baixo, fazendo Kyungsoo estranhar aquela atitude.

— Você tá se sentindo mal? Estou te achando estranho…

— Na verdade eu preciso falar com você, é sobre ontem… - Kai falou baixo e incerto sobre suas palavras, fazendo Kyungsoo sentir seu coração falhar algumas batidas.

— Pode falar…

— Desculpa pelo que aconteceu, eu sei que sou eu que disse desde o começo pra você que não pode ter beijos, etc e acabou que eu te beijei primeiro, eu sinto muito…

— Não precisa se desculpar, eu - Kyungsoo tentava dizer ao outro que não tinha problema caso Kai tenha gostado, porque ele também gostou, mas foi interrompido pelo maior.

— Eu tenho namorado Kyungsoo… um de verdade, e por isso beijos e sexo não entram no acordo… Eu sinto muito, muito mesmo. - Kai falou cabisbaixo.

— Você… você tem um namorado? - “De verdade?” Kyungsoo queria terminar a frase, mas as palavras haviam ficado presas em sua garganta. Ele viu Kai balançar a cabeça em concordância e não sabia como reagir. — Eu… eu entendo. - Se sentia um tolo por se deixar envolver.

— Eu vou ficar sentado na área de descanso do hotel…. Quando você estiver pronto pode me avisar pra gente ir ao aeroporto junto.

— Okay…

Kyungsoo observou a porta ser fechada e se deixou desabar por completo, estava desacreditado do que havia escutado. Como não havia pensado nisso antes? Deveria ter percebido que com certeza existia um motivo pra beijos e sexo serem proibidos. O que ele queria? Que sua vida fosse um drama desses que passam na televisão e que ele e Kai acabariam se apaixonando? Deveria ter colocado um lembrete pra si mesmo que aquela é a vida real e não um roteiro de filme ou algo do tipo.

Olhou em volta do quarto e tudo lhe pareceu tão decadente, ele em si lhe parecia decadente vendo seu reflexo no espelho. “Um namorado de verdade” aquelas palavras não paravam de ecoar na sua mente, tudo que ele queria era ser real com Kai, mas pelo visto era só ele, por quê sempre era só ele que nutria e mantinha os sentimentos?

Do se levantou da cama e caminhou a passos lentos até o banheiro, todo o processo de se arrumar e ajeitar o resto das suas coisas foram feitos sem animação alguma, talvez se alguém estivesse o observando sentiria pena ou impaciência, mas Kyungsoo não queria encarar o maior tão cedo.


Notas Finais


Acho que agora vcs devem estar querendo me matar.... '-'
Só consigo pedir desculpas por usar tanto a Lei de Murphy nessa fic, MAS tenham fé no último capítulo, por favor... Eu queria me explicar mais, mas vou deixar pro próximo cap... >~<


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