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História O Acordo - Capítulo XIX - O culpado e a verdade


Escrita por: JamileMiyaakemi

Notas do Autor


Olá meus amores!!!
Desculpem a demora. E tive que mudar muuuuita coisa. Eu pretendia postar na terça, mais aí tive que viajar e tals... E ontem passei o dia inteiro fora e ainda recebi visita surpresa a noite. ¬¬'
Óh: o capítulo está grande e tem cenas diferentes!!!! Cuidado para não se perderem! Também incluí uma cena que não estava prevista. Foi algo que vocês comentaram/"pediram" bastante no Capítulo XVI - Confissões. Revisei mais de uma vez, mas caso tenha algum erro, perdoem-me. Ok?

Música tema da Sakura: Take Me Home - Jess Glynne *-*

Boa leitura.

Capítulo 19 - Capítulo XIX - O culpado e a verdade


Fanfic / Fanfiction O Acordo - Capítulo XIX - O culpado e a verdade

Fanfic O Acordo

Capítulo XIX - O culpado e a verdade

By Miyaakemi

 

“Ela ia contra tudo o que eu acreditava que precisava na vida, quando na verdade a resposta era ela mesma.”

(Fanfic Felicidade Clandestina – Capítulo 1; Autor: Sona_Buvelle)

 

 

"-Eu não consigo suportar a possibilidade de um mundo sem você.

-Pode sim.

-Não, não posso."

(Fanfic Infame - Capítulo 5; Autor: Soein)

 

 

Os passos seguiam silenciosos sobre o carpete cinza escuro que cobria todo o chão do andar. O terno preto alinhado a perfeição, contrastava com o corte de cabelo arrepiado e rebelde. A face séria transmitia responsabilidade aos homens e arrancava suspiros das mulheres americanas por sua beleza exótica.

Quem o visse de longe, saberia que ele era um homem importante. Um homem de uma posição social de destaque. O CEO da empresa do Japão que havia vindo à filial dos EUA pessoalmente.

Quem olhasse de fora, veria a autoridade incrustada na sua postura rígida e ereta. Não era alguém que se poderia ganhar com bajulações e meias palavras. Não era alguém cujo tempo deveria ser perdido com questões frívolas.

Apesar de tudo, quem o visse de longe nunca imaginaria que por debaixo de tanta seriedade e polidez residia um coração partido. Uma saudade misturada com a culpa por ter se envolvido demais que, a cada dia, estavam o levando ao limite. Um coração partido, pesa. Muito. E mascarar seus sentimentos, era ainda mais difícil.

Havia chegado ao continente americano fazia cinco dias. Ele sabia que não a esqueceria. Arriscava até dizer que nunca seria capaz de tal ato. Contudo, não esperava que fosse ficar refém da sua mente traiçoeira a ponto de todas as noites reviver as memórias de olhos verdes intensos.

Era como assistir uma cena de filme várias e várias vezes. Na primeira noite fora só a lembrança de sua partida — como se isso já não o destruísse o suficiente. Depois o chá de bebê do sobrinho, os almoços, o beijo no hospital, a ida à loja de imóveis, a primeira vez que se viram... Como uma mulher podia abalar tanto seu ser em somente duas semanas?

Sentia-se aliviado de estar indo para uma reunião da qual ele não deveria guiar. Porque a insônia noturna se transformou no terror de sua concentração no trabalho. Documentos que ele levava minutos para ler e analisar, agora levavam horas. Estava muito distraído e mau humorado e isso só atrapalhava seu desempenho.

– Bom dia, senhores. — cumprimentou, entrando na sala de reuniões.

Um homem negro cumprimentou lhe de volta enquanto Neji limitou-se à um aceno de cabeça. Os olhos claros analisaram o chefe e amigo. As olheiras estavam um pouco mais profundas naquele dia. Esperava que a concentração dele também não tivesse piorado.

Tão logo pisaram na empresa, Sasuke e Neji concordaram em contratar um detetive particular para investigar o desvio de dinheiro. Ambos tinham um palpite, mas não provas concretas. Portanto, se fez necessário a ajuda do profissional. O moreno achou, no entanto, que levaria mais tempo para a investigação. Ficou surpreso quando o Sr. Hank o ligou na noite passada pedindo para marcar uma reunião para hoje.

– E então? — perguntou ao sentar-se na ponta da mesa entre os outros dois.

– Os senhores estavam certos sobre suas suspeitas. De fato, é o senhor Maxwell, o responsável pela filial, que está desviando o dinheiro.

Sasuke bateu na mesa em punho, em parte pela raiva e por suas suspeitas estarem corretas. Era bom saber que sua intuição estava intacta.

– Você tem as provas que precisamos para incriminá-lo? — o Hyuuga perguntou.

– Sim. Ele não foi nem um pouco cuidadoso em apagar seus rastros. Tem relatórios de transferências de contas bancárias e registros de computador que mostram que os valores de lucro foram modificados. Contudo, tem mais.

– Mais? — Sasuke ficou surpreso.

– Pelo que descobri, o senhor Maxwell não está nesse esquema sozinho. Tenho a gravação de um telefonema em que o diretor do setor financeiro dá a ideia do roubo. Ele explica como podem fazer a corrupção e a divisão da quantia que iriam desviar a cada mês.

– Diretor do setor financeiro? Quem é? — o Uchiha voltou-se para Neji.

– Hum... — ele abriu a pasta que tinha a sua frente com as informações básicas dos setores. — Um tal de James Payne.

– Não. Esse é o antigo diretor. O novo foi transferido do Japão para cá. Seu pai, senhor Uchiha, o indicou pessoalmente. Disse que era um excelente funcionário e que ajudaria a filial a alavancar os lucros. — falou o detetive Hank lendo suas anotações. — O nome dele... Onde está...? Aqui. O senhor Sasori Akasuna.

Neji levantou os olhos ao ouvir o barulho da cadeira caindo no chão. Olhou para a porta a tempo de ver o moreno saindo transtornado.

– Precisa de alguma coisa, senhor Uchiha?

– Onde fica o setor financeiro? — disse entredentes.

– Sétimo andar, senhor. — respondeu a funcionária, assustada.

O moreno continuou seguindo a passos largos.

– Sasuke! — Neji gritou seu nome, mas as portas do elevador já haviam se fechado. — Mande seguranças para a sala do diretor do setor financeiro. Já! — entoou a voz fazendo a secretária se mexer enquanto descia pelas escadas de incêndio.

As mãos fechadas em punho tremiam de ódio. Sentia todo o seu corpo se acionando como um vulcão prestes a soltar lava para todos os lados. Lembranças da história que Naruto lhe contou vinham a cada segundo.

 

"– Ela teve um namorado na faculdade da Inglaterra. Um tal de Sasori Akasuna. Era maluca por ele. Completamente apaixonada.

– Hum... E?

– E aí que teve um dia em que o cara quis sexo. Ela disse que não. E ele começou a tentar forçá-la a ceder... "

 

Se ele fosse um tigre suas garras já teriam saído e suas presas afiadas estariam expostas medonhamente. Nunca sentiu tanta raiva assim. Uma parte de si se assustava enquanto a outra ansiava que ele colocasse na pessoa que lhe causava tal sensação. Uma sensação que o corroía.

As portas de metal se abriram e os funcionários olharam atentos. Alguns levantaram-se para ter certeza do que viam. O CEO, o senhor Uchiha, com a face expressiva de ódio. Os punhos fechados e o olhar mortal.

Os que andavam no corredor logo abriram espaço, não querendo ficar de frente contra o homem. Muitos estavam assustados e incrédulos. Curiosos para tentar descobrir o que ocorrera para que o CEO, sempre sério, rígido e calmo, transmitisse somente com o olhar, um instinto assassino.

 

"– Mas essa não é nem a pior parte. (...) No dia seguinte, Sakura disse que não faltaria à faculdade e então elas foram. Quando chegaram ao refeitório havia cartazes de uma modelo da Playboy com a foto do rosto da Sakura colada no lugar da cara da mulher. Além de frases super escrotas sobre ela ser fácil e dada. Sasori armou uma vingança por ela ter chutado as suas bolas. Ele a humilhou na frente da faculdade inteira."

 

O moreno abriu a porta de vidro, sem nem pedir licença. O ruivo estava no telefone e sem levantar os olhos para ver quem era, estendeu a mão em sinal de espera.

Sasuke sorriu sarcástico. Ele foi até a mesa do mesmo, pressionou o botão do aparelho encerrando a chamada, levantou-o pela gola da camisa social e deu-lhe um soco no olho esquerdo.

O homem se afastou cambaleando.

-Mas o que é isso? – gritou, exigindo respostas pela violência.

Fora pego outra vez ganhando agora um corte no supercílio direito pelo segundo soco que recebeu no outro olho.

Ele teve sorte. Sasuke queria mesmo era quebrar-lhe o nariz.

-Isso foi por ter traído a confiança do meu pai! – rugiu o moreno – Achou mesmo que não iríamos descobrir seu esquema?!

O Akasuna ergueu-se, andando para trás evitando que fosse agredido de novo. Engoliu em seco quando viu o Uchiha estalar os dedos e os punhos. Ergueu as mãos em punho e avançou tentando se defender ou impedir que o outro o atacasse.

Sasuke desviou e a adrenalina gritou ainda mais forte dentro de si pela tentativa do oponente. Ele deu um soco quebrando o nariz, finalmente, do agora ex-diretor do setor financeiro.

O ruivo urrou de dor, caindo ajoelhado no chão e segurando o nariz com as mãos.

– Sasuke! – Neji entrou na sala ficando entre os dois. Os seguranças vieram e pegaram cada um dos braços do moreno para pará-lo. – O que deu em você? Ficou maluco?

– E essa, foi pela Sakura, seu lixo. – rosnou.

– Sakura? – Sasori levantou os olhos, surpreso.

– De que droga você está falando, Sasuke? – perguntou nervoso e confuso. Neji permanecia com os braços estendidos na altura do ombro para caso o moreno se soltasse.

– Esse verme, era o ex-namorado da Sakura que levou um chute nas bolas quando tentou estuprá-la! E como se não bastasse isso, ainda a humilhou com cartazes caluniosos por todo o refeitório da faculdade.

– Sakura Uzumaki? É da "santinha" que você tá falando? – Sasori debochou, atraindo a atenção dos dois. – Ela mereceu! Eu tinha várias atrás de mim, mas aceitei ficar com ela. O mínimo que ela podia ter feito era me satisfazer deixando-me comê-la.

– Ela não é um pedaço de carne, seu imbecil! – o moreno rebateu. – Ela é uma mulher incrível que teve a desgraça de cruzar o caminho de um lixo como você! Você nunca a mereceu!

– Ah, vejo o que acontece aqui. Você é o namoradinho que está aqui defendendo a honra dela? Que bonitinho... – debochou. – Ela o deixou na seca, também? Duvido que seja boa de cama. – riu, arrogante.

Neji balançou a cabeça pela estupidez do homem. Ele viu a raiva do amigo se transmutar em fúria. Logo ele bateria nos próprios seguranças para conseguir se soltar.

– Respire fundo. – o Hyuuga ficou no campo de visão do amigo do colegial – Respire fundo! – repetiu enfático. – Só mais um golpe. Ouviu? Só um. — disse seriamente.

Sasuke acenou com a cabeça entendendo a oportunidade que o amigo estava lhe dando. Neji acenou e os seguranças soltaram o chefe.

– Pode até ser covardia, falando de homem para homem, mas... O que você acha, Neji? – sorriu maldoso. – Vamos deixar nosso amigo sem diversão por um tempo?

Sasori arregalou os olhos arrependendo-se instantaneamente do que disse. Seu grito fora tão alto que pode ser ouvido por todos os funcionários do andar, e talvez até pelos dos outros.

Sasuke virou saindo antes que acabasse fazendo uma besteira.

– Castrado. – O Hyuuga disse, rindo minimamente.

Depois do ocorrido, Neji aconselhou o amigo a voltar para o hotel e descansar. O dono de olhos exóticos cuidou para que o que havia acontecido não saísse da empresa, além da demissão do Akasuna e Maxwell.

Contudo, isso não impediu Sasori de alegar-se como vítima e processar Sasuke. Na audiência, a juíza declarou que o Uchiha iria ter de pagar os cuidados médicos do Akasuna e uma taxa de danos morais pela humilhação pública que o causou diante dos outros funcionários. Já ao ruivo, ela decretou que ele seria preso, assim como seu cúmplice, e que ambos teriam de devolver a quantia roubada e também uma parcela a mais para ressarcir os prejuízos causados na Uchiha's Company USA enquanto faziam o desvio do dinheiro.

Sasuke não se importou com sua "punição". Só de ver o ex da Sakura em uma cadeira de rodas e com o rosto desfigurado, já estava satisfeito.

Na noite de sexta-feira, foi feita uma festa onde ele e o  amigo anunciaram o novo CEO da filial. O orgulho de dever cumprido refletia-se nas feições do Hyuuga enquanto voltavam ao hotel. Finalmente havia acabado e eles podiam voltar para casa.

Assim que chegaram, Sasuke trocou de roupa rapidamente e se jogou na cama de seu quarto. Sua mente ainda o torturava, porém agora sobre qual teria sido a reação de Sakura ao saber do ocorrido. Ela choraria de agradecimento? Bateria o pé em teimosia alegando que não precisava ser defendida? O beijaria? Ou faria aquele lindo biquinho de criança emburrada, como quando a viu fazer no dia que se conheceram, após ela negar que estava chateada por ele não ter atendido o telefone?

Dúvidas rondavam a sua mente. Incertezas, o seu coração. Nada era mais cruel do que a expressão "E se..." para ele naquele momento. Ele sentia muito a falta dela. Tanta que chegava a doer. Porque? Porque ele se envolveu? Não podia ter tratado a história toda como apenas um negócio a ser cumprido? Da mesma maneira como encarava o seu trabalho?

Fechou os olhos e as esmeraldas apareceram na sua mente, lhe presenteando com a bela visão e atormentando o coração. Que irônico. Todo o foco que ele aprendeu a ter e toda a mania dela de controlar as coisas não foram suficientes para prever aquilo. O alvo era a tia da rosada, mas as balas ricochetearam e acabaram atingindo seu coração.

Foi até o banheiro, bagunçando os cabelos, nervoso. Desde quando era tão dramático assim? Desde quando ficava choramingando pelos cantos com pena de si mesmo? Ridículo!

Abriu a torneira e trouxe a água fria para a pele de seu rosto. Uma, duas, três vezes. Respirou fundo e fechou o registro secando o rosto com a toalha. Encarou seu reflexo no espelho e um lampejo de uma perguntou tirou-lhe o ar por uns instantes. Não... Balançou a cabeça saindo do banheiro. Parou em frente a janela de vidro e logo a ideia martelou sua mente outra vez. Era uma pergunta que, atrelada ao tempo, poderia ajudar a solucionar a dor em seu peito.

E se ele ficasse permanentemente nos Estados Unidos?

 

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– Alô?

– Oi, querido.

– Tudo bem, mãe? — perguntou já começando a ficar preocupado. A mãe nunca o ligava quando estava no trabalho por medo de atrapalhá-lo. — Aconteceu alguma coisa?

– Acho que sim. Mas não sei o que é... — a aflição era clara em seu tom de voz e ele também notou o choro preso.

– Você está chorando?

– Não...

– Mãe, não me assuste!

– É que...

– Respire fundo e me conte o que houve.

– Ah, filho... É a sua irmã. Ela chegou em casa chorando muito, trancou-se no quarto e não me deixou entrar. Eu insisti, mas ela não respondeu. Deixei passar uns 30 minutos e quando fui tentar de novo ouvi uns barulhos estranhos. Coisas sendo arrastadas e carregadas de um lado para o outro e... — o soluço veio com força. — Estou preocupada, filho. Ela nunca se negou a abrir a porta para mim. Não sei o que fazer.

– Calma, mãe. Eu estou indo. Certifique-se de que a Sakura não saía de casa. Chego em quinze minutos no máximo.

– Ok. — a Sra. Uzumaki desligou o telefonema e foi atrás do  segurança que cuidava do portão de entrada e das chaves dos carros da família.

 

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– Entre. – disse a voz da tia vindo de dentro do escritório de Shizune.

– Mandou me chamar, tia? – a rosada entrou. A face séria e profissional, mas os olhos estavam cansados e angustiados.

– Sim. Eu tomei uma decisão e queria que você estivesse ciente dela. Sente-se. – apontou para a cadeira ao lado da chefe do hospital. – Como você sabe, esse hospital pertence à minha família. Nossa família. E bom, eu não tenho interesse em me mudar de Londres e Shizune em breve irá pedir a aposentadoria. Nós duas conversamos e concordamos que, independente de ser minha sobrinha, você é a mais adequada para assumir a direção do hospital.

A rosada acenou com a cabeça.

– Amo meu trabalho. Faço-o da melhor maneira que posso.

– Sim, querida. Sabemos bem disso. – Shizune sorriu-lhe, orgulhosa.

– De fato, você é esforçada e dedicada totalmente no que faz. Mas o trabalho não é tudo na nossa vida. Não pode ser. Para estarmos cem por cento bem em uma área de nossa vida, precisamos entender que as outras também são importantes e que elas influenciam quem somos ou passamos a ser. Deve sempre haver um equilíbrio e uma busca por ele. Shizune me contou sobre o ocorrido de seu namorado ter vindo lhe buscar tarde da noite para que você pudesse descansar. E pelo que vi na sua festa, sei que vocês estão felizes um com o outro. Há companheirismo, apoio e amor entre vocês. Isso é visível a qualquer um que os observe bem. — Sakura surpreendeu-se com as palavras da tia.

– Acha mesmo, tia Tsu? — perguntou, insegura.

– Acho, não. Eu vi! — a Senju esticou a mão pegando na da sobrinha. Uma demonstração de afeto que chocou a rosada, pois não era um comportamento comum da mais velha. — Você sabe o quanto eu sou teimosa, carrancuda, fechada e séria. E eu admito que fiquei com medo muito grande de você começar a se espelhar em mim. Porque a verdade é, e que aquele velho pervertido nunca saiba, — olhou em advertência para as duas. — se não fosse por Jiraiya, eu não seria tão feliz como sou hoje. Eu não saberia como é ser amada, como é ter alguém com quem pudesse contar. Eu não sabia que precisava tanto dele, até que ele se tornou o meu tudo. Meu grande companheiro.

Sakura viu a sinceridade no olhar da loira. Viu o brilho de uma mulher apaixonada. Uma mulher que por debaixo de toda a armadura que construiu para si, arriscou-se no sentimento mais maravilhoso e turbulento da vida.

Então, a condição para ter um namorado não era para que pudesse ser apta para dirigir o hospital, mas sim para que ela encontrasse a mesma felicidade que a tia. Para que ela encontrasse uma pessoa que estivesse ao lado dela para todas as horas, que a confortasse e quebrasse suas barreiras.

Imediatamente lembrou-se do moreno. De como ele conquistara sua confiança, lhe dera espaço, um ombro para apoiar a cabeça e ouvidos para escutar seus desabafos. Ela se armou até os dentes contra uma marreta de demolição, quando na verdade ele encontrou as rachaduras de suas defesas e penetrou seu coração sem que ela percebesse.

 

“Ele não só derrubou minhas defesas.

Todas elas foram derrubadas com mais rapidez do que qualquer outra defesa derrubada na história das defesas derrubadas.”

(Liis — Bela Redenção; Irmãos Maddox — Livro 2; Autora: Jamie McGuire)

 

– Sendo assim... – Tsunade voltou a falar atraindo sua atenção. Assinou a folha à sua frente e depois passou a caneta para a amiga. Shizune rubricou o documento e estendeu a caneta à médica mais jovem da sala. Sakura assinou e levantou os olhos para a tia. – Parabéns, Sakura. Você é a nova diretora do Hospital Senju.

Shizune bateu palmas e a Tsunade lhe sorriu com orgulho.

– Obrigada. – ela agradeceu, sorrindo minimamente.

– Eu ainda vou ficar por um tempo para te ensinar algumas coisas, antes de me aposentar. – explicou Shizune.

 Sakura acenou com a cabeça e levantou-se para voltar ao seu trabalho. Ao chegar na sua sala, sentou-se na cadeira e abriu a gaveta tirando dali o que roubara dias atrás.

– Isso era tudo o que eu queria. Lutei muito para ter este hospital nas mãos. Mas então, porque, tudo o que eu consigo sentir é tristeza? — ela mordeu os lábios sentindo os olhos lacrimejarem.

 

“Sentia falta dele, do seu cheiro, do seu abraço e dos seus olhos negros que enxergavam mais do que eu aparentava mostrar.”

(Fanfic Daylight — Capítulo 9; Autor: JessiHigurashi)

 

 

– Ah que boba que eu sou... Se eu ao menos tivesse coragem... Coragem de te ligar. — acariciou a fotografia. — Sasuke... — sussurrou e uma lágrima escorreu. — Eu não estou inteiramente feliz com a promoção, porque você não está aqui ao meu lado para saber e comemorar. Eu sei. Eu sei que eu deveria te ligar, mas eu ainda tenho medo. E se você não me quiser mais? ... Você me pareceu tão decidido quando foi embora. Como eu poderia simplesmente lhe dizer que eu...

– Sakura? — uma voz soou do outro lado da sua porta. — Posso entrar?

– Só um minuto! — gritou de volta. Ela guardou a fotografia dos dois na gaveta e pegou um lenço limpando os olhos. Inclinou a cabeça para trás e deu leves batidas nas bochechas para tentar manter a compostura. Respirou fundo e pôs o melhor sorriso que conseguiu na face. — Entra.

– Oi amiga. — Tenten entrou cautelosa. Tinha uma notícia e não sabia como a outra reagiria. — Tudo bem?

– Claro, Tenten! — forçou animação no tom de voz. A Mitsashi soube que ela mentia. Olhou para o lenço de papel ao lado do telefone e a marca de uma lágrima seca na bochecha. — Precisa de alguma coisa?

– Na verdade, eu que devo te fazer essa pergunta. — sentou-se de frente para a outra. — Sakura... — engoliu em seco. — Vou ser direta: está tudo bem entre você e o Sasuke?

A rosada se remexeu inquieta e levantou-se dando a volta na mesa, andando pela sala para tentar disfarçar.

– Claro! Estamos muito bem. — gesticulou com as mãos, nervosa. — Ele... Ele me faz muito feliz e...

– Sakura. — chamou-a. — Sou eu, lembra? A Tenten. Sua amiga para todas as horas. Eu sei que talvez seja difícil admitir as coisas quando algo assim acontece e...

– Tenten, do que você está falando?

– Então você não sabe...? — disse para si mesma perplexa, porém a Uzumaki ouviu.

-Não sei o quê?

A morena puxou a amiga, sentando-a na cadeira ao lado da sua.

– Sakura, eu estava com Neji no telefone há poucos minutos atrás e ele me disse que... Ele me disse que ficou sabendo pela secretária que Sasuke está procurando um apartamento nos Estados Unidos porque talvez vá se mudar para lá permanentemente.

Tentem viu a amiga perder completamente o controle. O desespero subindo pela garganta e manifestando-se em choro com fortes soluços. Ela assistiu a personificação de um coração partido em sua melhor amiga e nada poderia tê-la assustado mais.

Sakura sentiu seus olhos nublarem instantaneamente e logo, tudo o que segurava dentro de si a sete chaves, saiu em forma de lágrimas. Seu peito doía e o ar chegava a lhe faltar. Não podia ser verdade. Sasuke iria ficar longe dela para sempre?

 

*************************************************************************

 

– Sakura? Sou eu, Naruto. — falou diante da porta. — Abra. — silêncio. Suspirou. — Vamos, Sakura. Se não abrir, irei arrombar. — ouviu um resmungo e o barulho da chave. Girou a maçaneta e entrou no cômodo.

Enquanto vinha pelas ruas de Tóquio, ele já tinha um leve palpite sobre o que poderia estar acontecendo, mas mesmo assim, não estava preparado para o que encontrou. Uma mala vermelha e grande estava aberta em cima da cama. Haviam roupas jogadas na mesa da escrivaninha, na cadeira e também na cama. Sapatos espalhados pelo chão e documentos de viagem caindo para fora de uma bolsa marrom.

– Sim. Sakura Uzumaki. Quero uma passagem para os Estados Unidos. — ele viu a irmã mais nova saindo do closet e tacando um vestido florido na mala sem dobrar. — Só daqui a dois dias? Não! Eu quero para hoje! — sua voz era impaciente e desesperada. — Moça não me interessa quanto vai custar, ok? Eu preciso de uma passagem para os Estados Unidos para hoje! — disse entre dentes. — Quer saber? Cansei da sua incompetência! Me passa para o gerente. — o loiro arregalou os olhos. Nunca viu a irmã tratar ninguém daquela forma. Ela pegou um par de sapatilhas no chão. Apoiou o celular no ombro e tentou enfiar o calçado numa sacola, mas sem êxito jogou tudo na mala, irritada. — Argh! Esquece! Tentarei outra agência.

Desligou o aparelho pondo-o no bolso de trás do jeans. Entrou no banheiro e voltou carregando uma bolsa transparente cheia de cremes. Pôs a na mala também. O loiro não entendia o que estava acontecendo, mas pela bagunça e comportamento da irmã sabia que era algo sério.

– Sakura. — chamou-a.

A Uzumaki não o ouviu entrando novamente no closet e saindo de lá com dois jeans no antebraço, enquanto segurava contra o peito algumas blusas pondo tudo na mala. Ela sacou o telefone outra vez.

– Boa tarde, é da United States Linhas Aéreas? Ótimo. Eu preciso de uma passagem de avião para os Estados Unidos. — ficou em silêncio. — Para hoje. — outro silêncio. — Olha, eu sei que está em cima da hora, mas é uma emergência. Pago o preço que for, mas preciso ir para os Estados Unidos hoje! — dizia enérgica.

– Sakura... — ela levantou a mão para ele esperar.

– Argh! Maldita música de linha de espera! — resmungou indo ao quarto de roupas e voltando com calcinhas e sutiãs. — O que foi, Naruto? — pela primeira vez dirigiu-se ao irmão.

– O que você está fazendo?

– Bom, se as linhas de avião não fossem tão estúpidas eu já estaria indo para os Estados Unidos. — resmungou.

– Estados Unidos? O que você... — sua voz morreu quando a compreensão lhe veio ao raciocínio. — Sasuke. — Sakura o olhou de soslaio. — Você está indo atrás dele, não é?

A mulher se interrompeu voltando ao telefone.

– Sim. Estou aqui. O quê? Três mil e duzentos reais? — ficou em silêncio. — Ah, sim. Como se a primeira classe custasse tudo isso. — ironizou. — Que horas irá sair? Às 16 horas? — disse olhando no relógio de pulso. — Três e quinze... Ok. Vou querer e... — o aparelho foi puxado de sua mão. — Naruto! — o Uzumaki desligou o telefone. — Mas que droga você está fazendo? Me devolve isso! — avançou contra ele que colocou o aparelho por dentro da calça. — Seu nojento. Me dê isso agora, senão terei que te castrar!

Naruto ignorou a ameaça, afastando-se.

-Sakura, você não está sendo racional. Você sabe em qual parte dos Estados Unidos Sasuke está? Qual a cidade? Onde é a empresa?

– Não sei se você conhece uma coisa nova que inventaram. Se chama IN-TER-NET! — parafraseou, debochada.

– Não me provoque... — apontou o dedo para ela.

– E você, não me enche! — ela voltou-se para a mala fechando a tampa e forçando o zíper que emperrou pelo volume de coisas que ela colocou de qualquer maneira. — Eu tenho que ir para os Estados Unidos!

– Me dê um bom motivo para eu deixá-la atravessar o mundo para ir a um país onde você nem sabe o nome de uma cidade. – pôs as mãos na cintura.

– New York, Chicago, Califórnia, New Jersey, Los Angeles... — ela enumerava com os dedos. — Francamente, Naruto. Eu não tenho... — forçou a mala mais uma vez. — tempo para isso. Fecha, droga! — gritou com o objeto.

– Ok, chega! — o loiro puxou a irmã de cima da mala e sentou-a na cama ficando de frente para ela. — Sakura, você está me deixando preocupado. A mamãe me ligou assustada porque você chegou em casa chorando e se trancou no quarto sem deixá-la entrar. Entendeu? A mamãe ligou para o meu trabalho. — repetiu. A rosada olhou para a janela. Ele suspirou e sentou-se ao lado dela, acariciando-lhe a mão. — Me conta... O que foi que aconteceu?

 – Eu fui promovida. Tia Tsunade me passou a direção do hospital hoje. — disse ainda olhando para a janela. — Era tudo o que eu queria, sabe?

– E porque você não me parece feliz?

– Porque ele não está aqui... — ela sussurrou encarando o irmão com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu o deixei partir sem que ele soubesse como me sinto de verdade. E agora... — um soluço a interrompeu.

– Shi... — ele abraçou-a pelos ombros. — Tudo bem. Eu estou aqui. Vai ficar tudo bem...

– Não, Naruto. Você não entende. — ela se afastou. — Tenten me disse que Neji falou para ela que Sasuke está procurando um apartamento nos Estados Unidos. Que ele está pensando em morar lá permanentemente. — o loiro arregalou os olhos. — Eu preciso ir atrás dele, Naruto.

– Mas, Sakura...

– Não. — ela se levantou. — Mesmo que ele não goste mais de mim ou que já tenha me esquecido eu preciso dizer a ele.

– Dizer o quê? Quando ele te pediu para ficarem juntos você disse que não podia. – acusou. – Eu achei que já tinha superado Sasori. – disse decepcionado.

– Superado Sasori? O quê?

– Ele me contou, Sakura. Tudo. Sobre o acordo e sobre o pedido que fez a você para tornarem as coisas reais. E eu contei a ele sobre Sasori. Que você não tinha superado ele ainda e por isso o rejeitou.

– Seu idiota! — ela bateu o travesseiro nele inúmeras vezes. — Porque você fez isso? Quem te mandou contar sobre o Sasori? Quem te mandou dizer que eu não o superei? Seu... Argh... Estúpido!

– Para Sakura! — ele agarrou o objeto, jogando-o do outro lado do cômodo. — E o que eu deveria ter dito? Eu conheço o Sasuke bem o suficiente para saber que ele não é muito de demonstrar sentimentos pela expressão do rosto. Ele é reservado diante de pessoas que não são íntimas dele. Mas no dia da festa, com não sei quantos convidados à nossa volta, eu vi com meus próprios olhos que ele estava magoado.

– Ninguém mandou você se meter. Você deveria ter ficado quieto, Naruto!

– Como você fez? — rebateu ácido, já de pé. — Não... Eu não sou assim. Eu não deixaria que um idiota de cabelo ruivo de não sei quantos anos atrás me impedisse de ser feliz!

– Não foi por causa de Sasori que eu disse não! — Sakura gritou de volta.

– Então foi por quê? Porque você disse não ao Sasuke? — ele gritou também.

– Porque eu tive medo!

Naruto a olhou surpreso.

– Você o quê?

Ela sentou-se na cama, cansada.

– Depois de Sasori, eu nunca mais nutri sentimentos por ninguém. Eu nunca me permiti. Achava que o amor entre um homem e uma mulher não era algo para mim, sabe? Eu não queria sofrer de novo. Entregar meus sentimentos na mão de alguém que poderia me machucar...? Não dava para passar por isso mais uma vez. Eu não sou tão forte quanto os outros pensam.

 

Wrapped up, so consumed by

Cheia, tão consumida por

All this hurt

Toda essa dor

If you ask me, don't

Se você me perguntar o por quê, não

Know where to start

Saberei por onde começar

 

Anger, love, confusion

Raiva, amor, confusão

Rolls the gold nowhere

Não me levaram a nada

I know that somewhere better

Eu sei que existe um lugar melhor

Cause you always take me there

Por que você sempre me leva lá

 

– Mas então, o Sasuke apareceu. Com aquela irritante mania de me fazer relaxar, de aproveitar o momento e parar de tentar controlar tudo. Com aqueles olhos que... Argh! Sabiam exatamente o que eu tentava esconder dele. Malditos olhos! — ela sorriu de canto, revelando sua discordância com as próprias palavras. Amava olhar e ser olhada pelas íris negras. — O jeito que ele mexe no cabelo quando está irritado e seu estranho gosto por tomates. Ridículo, eu sei. Não sei se era intenção dele, mas... — o início do choro nublou a sua visão. — Ele me conquistou, Naruto.

– Então, o Sasori...

– Eu não me importo com Sasori. O esqueci há muito tempo. Naquele dia, eu rejeitei Sasuke porque fiquei com medo de mim mesma. Eu nunca imaginaria sentir as coisas que sinto agora. Foi uma surpresa para mim a forma como meu coração se agitou quando ele disse que queria algo mais. Uma parte dentro de mim gritou desesperadamente para eu dizer sim. Mas a outra parte... – as lágrimas rolaram pela bochecha e ela as secou rapidamente. – Eu escutei o medo. Meu instinto protetor. Eu não estava pronta para aceitar que podia ficar com alguém de novo. Confiar. Mesmo que fosse ele. Eu não sabia o que fazer. — respirou fundo. — Mas ficar longe do Sasuke até a minha festa, me fez perceber o quanto eu fui burra deixando-o ir embora naquele dia. Eu deveria ter escutado meu coração e não meus temores. E então, quando eu achei que era a hora certa, ele vai e me diz que vai para os Estados Unidos, e que eu deveria usar a sua viagem como pretexto para inventar que ele me traiu e terminar nosso namoro para os outros. Eu disse que não. Que não queria que as coisas fossem assim... Só que ele estava estranho. Hostil. Eu fiquei com medo de novo. Mas quando ele me beijou, todas as minhas dúvidas desapareceram. E aí, ele me disse adeus e sumiu. — a tristeza agora lhe provocava soluços. — E agora, ele está pensando em morar lá? Não... Não posso deixar que ele faça isso. Ele fugiu de mim, sabe? Eu fui ao escritório dele, mas ele já havia partido. Antecipou a viagem. Eu tenho que ir atrás dele, Naruto.

– Deixa eu ver se eu entendi direito. Você está me dizendo que gosta do Sasuke? — o loiro estava surpreso.

– Não.

 

Came to you with a broken faith

Cheguei á você sem esperança

Gave me more than a hand to hold

Você me deu mais que um aperto de mão

Caught before I hit the ground

Me segurou antes que eu caísse

Tell me I'm safe, you've got me now

Me diga que eu estou segura, você me tem agora

 

– Eu estou apaixonada pelo Sasuke.

O Uzumaki abriu um grande sorriso abraçando a irmã. Sakura o correspondeu sentindo-se mais leve. Mesmo que tivesse admitido a mesma coisa para suas amigas no dia da festa, Naruto conhecia a verdadeira história e o peso de suas palavras. Peso que em parte foi aliviado.

– Então você vai mesmo atrás dele?

– Sim. Esse é o plano.

– E se eu tivesse um plano melhor? — uma terceira voz se fez presente.

– Itachi? — Sakura olhou o Uchiha surpresa. — O que faz aqui?

– Eu vim lhe mostrar uma coisa. — ele se aproximou estendendo seu celular.

Sakura olhou a tela do aparelho vendo um vídeo. Um homem alto entrou em um escritório e desferiu socos em outra pessoa.

– Minha Hinatinha! É o Sasuke!

– Sim. — Itachi confirmou.

– Mas o que ele está fazendo... ?

“– Sasuke! O que deu em você?” — ela identificou a voz Neji.

“– E essa, foi pela Sakura, seu lixo.” — estremeceu com a raiva no tom do moreno. Nunca o vira desse jeito.

A câmera se mexeu focalizando a vítima e ela prendeu o ar nos pulmões.

– Sasori?! — seus olhos se arregalaram. — Naruto, é o Sasori! — repetiu ainda sem acreditar.

Itachi parou o vídeo.

– É melhor nem assistir o resto. Parece que esse tal de Sasori estava envolvido no esquema de desvio de dinheiro, mas tenho certeza que Sasuke não o agrediria dessa maneira só por causa disso. — ele olhou para a cunhada. — Eu não sei o que de fato está rolando entre vocês dois, mas ir aos Estados Unidos atrás dele não irá fazê-lo voltar tão facilmente. Sasuke tem a péssima mania de guardar mágoas no peito e deixar que a memória delas o atormentem.

– O que você sugere então?

Itachi sorriu, cúmplice.

 

Would you take the wheel

Você tomaria a direção

If I lose control?

Se eu perdesse o controle?

If I'm lying here

Se eu me deitasse aqui

Will you take me home?

Você me levaria para casa?

 

Could you take care

Você cuidaria

Of a broken soul?

De uma alma quebrada?

Oh, will you hold me now?

Oh, você me abraçaria agora?

Oh, will you take me home?

Oh, você vai me levar para casa?

Oh, will you take me home?

Oh, você vai me levar para casa?

 

"Eu finalmente havia encontrado o tipo de amor pelo qual valia a pena arriscar um coração partido."

(Liis – Bela Redenção; Irmãos Maddox – Livro 2; Autora Jamie McGuire)

 


Notas Finais


E aí? O que acharam?
Sasuke acabou com a raça do Sasori!!! Sakura não ficou feliz com a promoção *0* , porque o moreno não estava com ele <3 own... Itachi tem um plano?! O.o Qual será?
Vejo vocês nos comentários ou no próximo capítulo.
Beijão!!!


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